Perfil dos entrevistados







Gráfico 1 - Gênero e Escolaridade
Gráfico 2 - Raça-Cor, Idade e Orientação Sexual


IG – Sudoeste do Paraná

IG – Sudoeste do Paraná

O queijo colonial é um dos produtos mais emblemáticos da região Sul do Brasil, especialmente no Sudoeste do Paraná. Produzido a partir de leite cru, trata-se de um queijo maturado, de massa crua, semicozida ou cozida, obtido pela coagulação do leite com coalho ou enzimas coagulantes apropriadas. É amplamente consumido pela população local e considerado parte da cultura regional.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação.27 de junho de 2025


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Produção da Panela de Barro
Produção da Panela de Barro
Produção da Panela de Barro
Produtora
Terra Indígena Serra do Sol
Representação gráfica

Sobre a Indicação Geográfica

A fabricação do queijo colonial no Sudoeste do Paraná tem sua origem com os imigrantes europeus, que trouxeram consigo a tecnologia de fabricação de queijos, adaptando-a às condições brasileiras. As famílias agricultoras chegaram à região mais intensamente a partir da década de 1940, vindos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Conservaram, nesta trajetória, o saber-fazer dos produtos artesanais, chamados “coloniais”. Atualmente, a produção de queijo colonial, como é conhecido, representa uma importante estratégia para a reprodução da agricultura familiar.

Segundo o Censo Agropecuário de 2017 realizado pelo IBGE, o Sudoeste do Paraná é a região do estado que concentra o maior número de produtores de queijo paranaenses, com cerca de 25% do total de produtores do estado, fato que revela a importância deste produto para a agricultura familiar desta região. As peculiaridades na sua forma de produção, da criação do gado leiteiro e das pastagens próprias da região fizeram os queijos regionais lá produzidos ganharem notoriedade por sua qualidade, sabores e forma de consumo, estando arraigado na cultura de quase toda a população regional.

O queijo colonial do Sudoeste do Paraná é elaborado por meio da combinação de práticas tradicionais e técnicas modernas. A produção, que preserva métodos herdados de gerações, tem sido aprimorada com o uso de tecnologias e de manejo sustentável. Esse equilíbrio é um dos fatores que têm levado os queijos coloniais da região a conquistar espaço nos mercados locais e nacionais.

Em todos os 42 municípios do Sudoeste do Paraná há queijarias produzindo o queijo colonial, em decorrência da região ser a maior bacia leiteira do estado. São aproximadamente 60 queijarias formais e em torno de 100 iniciativas com potencial de legalização. É uma realidade que gera renda para os empreendedores envolvidos e oferece aos consumidores, de praticamente todo o território nacional, um produto de característica peculiar, que agrega práticas produtivas e de uso de insumos que o distingue dos demais.

Queijo produzido a partir de leite cru, maturado, de massa crua, semicozida ou cozida, que se obtém da coagulação do leite por meio do coalho ou outras enzimas coagulantes apropriadas. O leite utilizado é predominantemente da raça Holandesa, seguida pela Jersey e mestiço de raças leiteiras.

O queijo colonial é maturado pelo tempo necessário para o desenvolvimento de características sensoriais típicas, podendo ser:
– 10 ou 15 dias de maturação, sendo praticamente um queijo fresco;
– 20 a 30 dias;
– 45, 60 ou mais de 60 dias

O formato e o peso dos queijos podem variar, mas as características sensoriais devem respeitar os seguintes requisitos:
– Consistência: semidura ou branda/macia;
– Textura: compacta, podendo apresentar olhaduras;
– Sabor: brando, ligeiramente ácido;
– Odor: ligeiramente ácido, pronunciado de acordo com o grau de maturação.

A notoriedade da região da produção do queijo colonial é também evidenciada pela sua participação na Rota do Queijo Paranaense, lançada em 2021, que contempla queijarias de todo o estado, possuindo cerca de 51% das propriedades rurais que fazem parte do roteiro. Além disso, as queijarias participam de concursos nacionais e internacionais de alta relevância e a conquista de prêmios é cada vez mais recorrente.

A tradição na produção do queijo colonial na Região Sudoeste do Paraná já é reconhecida pelo Movimento Slow Food, movimento mundial que promove a preservação e cultura ligada aos produtos tradicionais.

Destaca-se, também, que a cultura no consumo do queijo colonial está igualmente presente no mercado consumidor local. Como consequência, em 03 de maio de 2024, entrou em vigor a lei estadual 21.966, que reconhece o queijo colonial do Sudoeste do Paraná como Patrimônio de Natureza Cultural Imaterial do Estado do Paraná.

Associação dos Produtores de Queijo Artesanal do Sudoeste do Paraná
Endereço: Sítio Localidade Mato Branco | Cidade: Chopinzinho/PR | CEP: 85560-000
Telefone: – | E-mail: aprosudpr@gmail.com

Dados Técnicos

Número: BR402023000015-7
Indicação Geográfica: Sudoeste do Paraná
UF: Paraná
Requerente: Associação dos Produtores de Queijo Artesanal do Sudoeste do Paraná
Produto: Queijo colonial
Data do Registro: 17/06/2025
Delimitação: A área geográfica delimitada para a Indicação de Procedência do Queijo Colonial do Sudoeste do Paraná abrange os seguintes municípios: Ampére, Barracão, Bela Vista da Caroba, Boa Esperança do Iguaçu, Bom Jesus do Sul, Bom Sucesso do Sul, Capanema, Chopinzinho, Clevelândia, Coronel Domingos Soares, Coronel Vivida, Cruzeiro do Iguaçu, Dois Vizinhos, Enéas Marques, Flôr da Serra do Sul, Francisco Beltrão, Honório Serpa, Itapejara d’Oeste, Manfrinópolis, Mangueirinha, Mariópolis, Marmeleiro, Nova Esperança do Sudoeste, Nova Prata do Iguaçu, Palmas, Pato Branco, Pérola d’Oeste, Pinhal de São Bento, Planalto, Pranchita, Realeza, Renascença, Salgado Filho, Salto do Lontra, Santa Izabel do Oeste, Santo Antônio do Sudoeste, São João, São Jorge d’Oeste, Saudade do Iguaçu, Sulina, Verê, Vitorino.

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IG – Torrinha

IG – Torrinha

Cultivado em altitudes que se aproximam dos 800 metros, no coração da Cuesta Paulista, o Café de Torrinha reúne tradição centenária, condições agroclimáticas ideais e práticas produtivas rigorosas, alinhadas aos critérios de Indicação Geográfica.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação.19 de junho de 2025


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Produção da Panela de Barro
Produção da Panela de Barro
Produção da Panela de Barro
Produtora
Terra Indígena Serra do Sol
Representação gráfica

Sobre a Indicação Geográfica

A tradição cafeeira de Torrinha tem origem no século XIX, com a chegada de imigrantes europeus e a instalação da Estação Ferroviária em 1896, que impulsionou o escoamento da produção.

Com altitudes próximas a 800 metros, o território reúne condições ideais para o cultivo do café arábica, atividade mantida há gerações pelas famílias locais.

A forte ligação entre religiosidade e agricultura marca a identidade da região, simbolizada pela tradicional Missa do Cio da Terra, realizada há mais de 28 anos, onde a primeira saca da safra é ofertada em agradecimento. A associação de produtores, fundada nesse mesmo espaço, lidera ações pela valorização do café local.

Reconhecida por sua qualidade, Torrinha já foi premiada em edições do Concurso Estadual de Qualidade do Café e se destaca como um polo diferenciado no centro-oeste paulista, preservando a cultura cafeeira com inovação, sustentabilidade e identidade territorial.

Em maio de 2025, ocorreu a criação da primeira Festa do Café de Torrinha, com intuito de desenvolver com a vocação local, o café, também o turismo e o artesanato, potencializando o desenvolvimento econômico local. A Festa deverá ser consolidada por meio de lei municipal, com ocorrência sempre no 4º domingo de maio e constará no cronograma oficial de eventos do município.

A Indicação Geográfica Café de Torrinha abrange exclusivamente o município de Torrinha, localizado na região central do estado de São Paulo. A delimitação contempla a forte presença da cultura cafeeira na formação econômica, social e cultural do território desde meados do século XIX.

A delimitação geográfica oficial foi definida com base na tradição, na vocação produtiva e na concentração de propriedades dedicadas à cafeicultura dentro dos limites do município, conforme representado no mapa da IG.

O café da IG Torrinha é da espécie Coffea arabica e pode ser comercializado nas formas em grão (cru ou torrado) e moído, desde que produzido exclusivamente com matéria-prima oriunda da área geográfica delimitada.

Café em grão: obtido por secagem natural (em terreiro ou secadores), podendo ser descascado, despolpado ou torrado. O produto deve estar livre de aditivos ou impurezas e preservar as características naturais de sabor, cor e aroma, podendo ser comercializado cru ou torrado;

Café moído: obtido após os processos de secagem, descascamento, torra e moagem. Deve ser acondicionado em embalagens apropriadas (a vácuo ou não) e estar em conformidade com todas as normas sanitárias e de defesa do consumidor. É um produto isento de aditivos e impurezas, resultando em uma bebida limpa e segura.

O café de Torrinha é reconhecido por seu compromisso com a qualidade, rastreabilidade e identidade territorial, mantendo o padrão exigido em todo o processo produtivo

Atualmente, são 292 propriedades com lavouras de café e 210 produtores ativos, segundo dados do Sindicato Rural local. A área é caracterizada por relevo ondulado, altitudes próximas de 800 metros e condições agroclimáticas ideais para o cultivo do café arábica.

Associação dos Produtores de Café Natural do Bairro Paraíso do Alto de Torrinha – CAFENATO
Endereço: Rodovia Cesarino Mariano, Km 12,5 | Cidade: Torrinha/SP | CEP: 17.369-899
Telefone: +55 (14) 99124 4895 | E-mail: associacaocafenato@gmail.com

Dados Técnicos

Número: BR402023000019‑0
Indicação Geográfica: Torrinha
UF: São Paulo
Requerente: Associação dos Produtores de Café Natural do Bairro Paraíso do Alto de Torrinha – CAFENATO
Produto: Café arábica (grão cru ou torrado e café moído)
Data do Registro: 03/06/2025
Delimitação: Município de Torrinha – SP

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IG – Curitiba (carne de onça)

IG – Curitiba

A origem da Carne de Onça remonta à década de 1940, com popularização a partir dos anos 50. Hoje, é servido em praticamente todos os bares de Curitiba e é procurado por visitantes de todo o Brasil.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação.22 de janeiro de 2025


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Produção da Panela de Barro
Produção da Panela de Barro
Produção da Panela de Barro
Produtora
Terra Indígena Serra do Sol
Representação gráfica

Sobre a Indicação Geográfica

Há algumas teorias em relação à origem do nome “carne de onça”. Para alguns, a origem estaria no hálito forte – o “bafo de onça” – deixado pela carne crua ricamente temperada; para outros, o consumo da carne in natura estaria próximo aos hábitos alimentares da onça. A origem da “carne de onça” remonta à década de 1940, com popularização a partir dos anos 1950 e, atualmente, é servido todos os dias em praticamente todos os bares de Curitiba e procurado por visitantes de todo o Brasil.

O ritual de serviço feito em alguns bares também ajuda na fama do prato. O garçom mistura a carne e os temperos na frente do cliente, na própria mesa.

O nome curioso do prato teria origem na década de 1940, nos bastidores do Britânia, time de futebol da cidade. Insatisfeito com uma refeição, um dos jogadores soltou a piada: “essa carne é tão bruta que nem onça come”. Desde então, o nome pegou e se tornou marca registrada da iguaria.

Em setembro de 2016 foi publicada a Lei municipal nº 14.928, que declarou a carne de onça Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial da Cidade de Curitiba, o que reforça a importância do produto para a identidade gastronômica e cultural de Curitiba e ajuda a consolidar o reconhecimento do município como produtor de carne de onça.

O produto chamado carne de onça é um prato típico da culinária curitibana, cujo nome possui versões diferentes para sua origem: e nenhuma delas tem relação com o uso da carne do felino. Trata-se, na verdade, de uma iguaria cuja base é a broa de centeio, item relacionado à colonização alemã da região no final do século XIX. A fatia da broa de centeio é coberta com carne moída bovina fresca, servida com cebola branca e cebolinha verde picadas, com temperos, azeite extra virgem, sal e pimenta a gosto.

Estão previstas no Caderno de Especificações Técnicas da Indicação de Procedência apenas três opções de preparo e modo de servir:
1.ª opção: colocação da carne sobre a fatia de broa coberta com cebola branca e cebolinha verde, regada com azeite e temperada toda a parte superior com sal e pimenta.
2.ª opção: preparação da carne misturada ao azeite, ao sal e à pimenta, apenas no momento de servir sobre a fatia de broa, para não interferir na coloração da carne. Incluída a cobertura com cebola branca e cebolinha verde e regada com azeite.
3.ª opção: preparação da carne misturada ao azeite, ao sal e à pimenta, apenas no momento de servir sobre a fatia de broa, para não interferir na coloração da carne. Os demais ingredientes, cebola branca, cebolinha verde e azeite, são disponibilizados separados para o cliente montar a seu gosto.

Nas três opções de preparo o acompanhamento é opcional, sendo admitidos apenas azeite de oliva extra virgem, mostarda escura, mostarda amarela e molho de pimenta.

Com o objetivo de destacar e valorizar ainda mais o prato, é realizado na cidade, desde 2014, o Festival de Carne de Onça, com a participação de diversos bares e restaurantes: estima-se que mais de 190 estabelecimentos já tenham participado do evento, que, em 2023, estava em sua sétima edição. O Festival também apresenta impacto positivo na economia local, uma vez que, além de impulsionar o turismo, promove a agricultura regional com a demanda por ingredientes frescos e produtos locais para a preparação do prato.

Associação dos Amigos da Onça – AAONÇA
Endereço: Rua André Zanetti, 199, Bairro Vista Alegre | Cidade: Curitiba/PR | CEP: 80810-280
E-mail:curitibahonesta@gmail.com

Dados Técnicos

Número: BR402023000018-1
Indicação Geográfica: Curitiba
UF: Roraima
Requerente: Associação dos Amigos da Onça – AAONÇA
Produto: Carne de onça
Data do Registro: 20/05/2025
Delimitação: Município de Curitiba, no estado do Paraná.

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IG – Paranacity

IG – Paranacity

O produto de Paranacity é o urucum das variedades Piave e Piave Anão, tendo como característica principal o alto teor de bixina (acima de 5%), resultante do processo de colheita feita com umidade controlada, com os frutos granados, e secagem realizada pelo período aproximado de vinte dias, a contar da data de colheita.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação.22 de maio de 2025


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Produção da Panela de Barro
Produção da Panela de Barro
Produção da Panela de Barro
Produtora
Terra Indígena Serra do Sol
Representação gráfica

Sobre a Indicação Geográfica

O urucum (Bixa orellana L.) é fruto do urucuzeiro, uma planta nativa da América tropical. O fruto é símbolo notável da região de Paranacity, cuja origem remonta ao desbravamento da área relativamente recente, em 1949, como distrito administrativo do município de Nova Esperança. Em 1954, devido ao comércio ativo e a boa qualidade das terras que geraram propriedades rurais, Paranacity foi elevada à categoria de município, desmembrando-se de Nova Esperança. Um ano após, foi a vez do município de Cruzeiro do Sul se desmembrar de Nova Esperança. Os atuais municípios são limítrofes e complementares, havendo produtores de urucum que possuem propriedades comuns aos dois municípios paranaenses, demonstrando a relação do produto com a origem geográfica.

Os documentos apresentados pela Associação dos Produtores de Urucum de Paranacity também estabelecem a associação e a identidade comum dos municípios envolvidos na delimitação como origem do urucum conhecido pelo nome geográfico Paranacity. A pequena região que iniciou sua produção há menos de meio século se tornou o maior produtor de urucum da região sul do país. Com o fomento à produção, o urucum de Paranacity ganhou notoriedade em toda a região por conta de suas qualidades, a ponto da semente plantada nas terras de Paranacity, ainda na década de 80 serem tratadas como “o ouro vermelho”.

O urucum é símbolo notável da região de Paranacity, cuja origem remonta ao desbravamento da área relativamente recente, em 1949, como Distrito Administrativo do município de Nova Esperança. Em 1954, devido ao comércio ativo e a boa qualidade das terras que geraram propriedades rurais, Paranacity foi elevada à categoria de município, desmembrando-se de Nova Esperança. Um ano após foi a vez do município de Cruzeiro do Sul se desmembrar de Nova Esperança. Os atuais municípios são limítrofes e complementares, havendo produtores de urucum que possuem propriedades comuns aos dois municípios demonstrando a relação do produto com a origem geográfica.

O urucum (Bixa orellana L.) é o fruto do urucuzeiro, planta nativa da América tropical. É uma planta muito útil, historicamente utilizada pelos indígenas para pintar a pele com fins ornamentais e também como repelente de mosquitos. A palavra urucum tem origem da linguagem Tupi-Guarani e significa “vermelho”.

A sua importância econômica é atrelada ao teor de bixina, resina vermelha, substância corante que cobre suas sementes. O produto de Paranacity é o Urucum das variedades Piave e Piave Anão, tendo como característica principal o alto teor de bixina (acima de 5%), resultante do processo de colheita feita com umidade controlada, com os frutos granados, e secagem realizada pelo período aproximado de 20 (vinte) dias, a contar da data de colheita.

Atualmente o urucum, também chamado de colorau, quando está no formato de semente moída, é conhecido pelo uso na indústria de como corante nas indústrias têxtil e química. Já nas indústrias de alimentos e farmacêutica é utilizado também com ação cicatrizante, antioxidante e anti-inflamatória, além de ser ingrediente de bronzeadores solares. Seu uso tem sido impulsionado em tais indústrias, como alternativa a utilização de corantes sintéticos devido a sua alta flexibilidade de aplicação e estabilidade.

A produção de urucum para fins comerciais iniciou-se em 1981 com apenas um produtor tendo atualmente atingido cerca de 950 hectares cultivados por produtores de pequeno porte. A pequena região que iniciou sua produção há menos de meio século e se tornou o maior produtor de urucum da região sul do país. Com o fomento à produção, o urucum de Paranacity ganhou notoriedade em toda a região por conta de suas qualidades, a ponto da semente plantada nas terras de Paranacity ainda na década de 80 serem tratadas como “O ouro vermelho”.

Associação dos Produtores de Urucum de Paranacity – APRUCITY
Endereço: Sítio São Pedro, Estrada Bartelli | Cidade: Paranacity/PR | CEP: 87660-000
E-mail: lary@vivasolucoesbr.com

Dados Técnicos

Número: BR402023000013-0
Indicação Geográfica: Paranacity
UF: Paraná
Requerente: Associação dos Produtores de Urucum de Paranacity – APRUCITY
Produto: Urucum
Data do Registro: 06/05/2025
Delimitação: Municípios de Paranacity e Cruzeiro do Sul, no Estado do Paraná.

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IG – Alegria

IG – Alegria

Embora não existam informações quanto ao ano de fundação da Alegria, há relatos de sua origem remontar aos tempos iniciais da colonização na região de Ipu.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação.22 de maio de 2025


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Cerâmica da Alegria
Cerâmica da Alegria
Cerâmica da Alegria
Cerâmica da Alegria
Cerâmica da Alegria
Representação gráfica

Sobre a Indicação Geográfica

A Cerâmica da Alegria é um trabalho artesanal que carrega tradição, beleza e história em cada peça. Foi iniciada a muitos anos e passada de geração de para geração, onde ficou mais conhecida com as louceiras, que eram talentosas artesãs apaixonadas pela arte do barro, essa cerâmica nasceu do desejo de transformar elementos simples da natureza em obras únicas e cheias de vida que representam a cultura do interior.

Com mãos habilidosas e um olhar sensível, as louceiras iniciaram seu ofício há décadas, transmitindo não só suas técnicas, mas também a alegria em criar. Hoje, a Cerâmica da Alegria é reconhecida pela sua qualidade, cores vibrantes e formas que encantam, mantendo viva a essência do feito à mão e o legado de seus antepassados.

A Comunidade Alegria tem origem que remonta aos tempos iniciais da colonização na região de Ipu. Desde então, Alegria já se destacava pela produção de cerâmica, com fins de atendimento às demandas comerciais ou para fabricação de utensílios domésticos, tanto às casas-grandes como para residências de menor poder aquisitivo.

A técnica local de produção das peças de cerâmica é remanescente da tradição indígena Tabajara. Os Tabajaras, habitantes originários da região, já trabalhavam o barro antes de os europeus aportarem em terras brasileiras. Inicialmente, a cerâmica produzida por eles visava à confecção de urnas para enterrar seus mortos e conservar as cinzas de seus familiares. Com o tempo e o processo de colonização, outras demandas surgiram e as peças de cerâmica passaram a ser construídas para outros fins, como armazenamento de água potável e produção de utensílios domésticos, entre outros usos.

Boa parte da técnica tradicional perdura até os dias atuais: as mulheres levantam as peças usando o cordel, que é o modo mais rudimentar de todos. Aos homens é destinada a tarefa de ir colher o barro nas minas de argila e de fazer a queima no forno. Atualmente os itens são produzidos de acordo com as demandas dos clientes, e podem variar entre panelas, bandejas, jarras, artefatos usados para decoração de casas e vias públicas, entre outros. Os produtos são comercializados por várias partes do Brasil.

As peças, com o passar do tempo, foram sendo trabalhadas com detalhes mais inovadores, renovadas nas pinturas, no bordar das peças e na variedade de artefatos realizados. Mas, apesar da introdução de novas técnicas e inovações decorativas, a maioria das atuais ceramistas, conhecidas como oleiras, aprenderam a arte de moldar a cerâmica com as artesãs mais velhas, de geração anterior.

A peças de cerâmica de Alegria são provenientes de matéria-prima composta de:

Argila: são utilizados dois tipos de barro, o barro vermelho e o barro roxo). O barro vermelho é mais fino e mais ligado, enquanto o barro roxo é mais grosso e mais solto. A extração do barro deve ocorrer na área de abrangência da IP “Alegria”.
Areia: deve ser peneirada e utilizada apenas a parte fina;
Água: toda a água deve ser proveniente de fonte potável;
Madeira: a madeira utilizada no processo de queima das peças de cerâmica deverá ter procedência de fontes renováveis e/ou do reaproveitamento;
Tintas: as tintas utilizadas podem ser tintas óleo, látex e outros tipos de tintas para decoração.

Os produtos autorizados para a IP “Alegria” são: panelas, jarros, travessas, moringas, rosas decorativas; tigelas; luminárias; pratos; cofres; xícaras; bules; canecas; cano de chaminé, potes, cuscuzeira, bacia (taxa, alguidar e torrador); cestas

O processo de produção é manual em todas as fases, caracterizando assim o produto como artesanal, com beleza, durabilidade e resistência diferenciadas.

As artesãs se esmeram para construir peças e artefatos belos, resistentes a altas temperaturas, e que preservem características dos descendentes dos povos originários do Brasil, potencializando sobre essas obras um valor não apenas econômico, mas de toda uma tradição que remonta aos séculos XVII e XVIII. O trabalho realizado coletivamente pelas ceramistas levou à fundação de uma Associação no ano de 1997, envolvidas no beneficiamento do barro e na produção e comercialização das peças de cerâmicas de Alegria.

De vastas águas e terras em abundância, de onde as oleiras retiram seu sustento na feitura de cerâmica, Alegria tem se tornado exportadora da cultura do barro e se destacado pelo seu potencial produtivo na região e em todo o Brasil.

Associação dos Artesãos da Alegria – ADADAI
Endereço: Fazenda Alegria, s/n, Zona Rural | Cidade: Alegria/CE | CEP: 62250-000
Telefone: (88) 99975-3892 | E-mail: ceramicadaalegria@gmail.com

Dados Técnicos

Número: BR402023000012-2
Indicação Geográfica: Alegria
UF: Ceará
Requerente: Associação dos Artesãos da Alegria – ADADA
Produto: Peças de cerâmica
Data do Registro: 24/04/2025
Delimitação: Comunidade da Alegria, localizada na área rural do município de Ipu, no Estado do Ceará.

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IG – Inhamuns

IG – Inhamuns

O mel de aroeira dos Inhamuns é produzido no período de estiagem, quando há escassez de flores disponíveis para que as abelhas se alimentem e possam produzir seu mel.

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Mel de Inhamuns
Mel de Inhamuns
Mel de Inhamuns
Mel de Inhamuns
Mel de Inhamuns
Representação gráfica

Sobre a Indicação Geográfica

Historicamente, o trabalho com o mel na região data, pelo menos, da década de 1980. No entanto, há relatos que apontam para a produção anteriormente a esse período, na época “que não tinha açúcar” e o mel de abelha era o adoçante que dispunham os sertanejos dos Inhamuns. A partir do início do século XXI, mais precisamente do ano de 2001, o trabalho com as abelhas africanizadas foi estabelecido como uma atividade econômica fundamental para toda a região. A apicultura, que já existia desde a segunda metade do século XX, trazia em seu bojo o avanço que viria a se desdobrar nos anos 2000, por meio de investimentos em programas que alavancaram a produção de mel.

As características edafoclimáticas da região possibilitam a existência de uma capacidade bastante interessante para produzir o sustento de várias famílias ligadas à atividade da apicultura, e fortalece uma cadeia produtiva que movimenta a região como um todo.

Mel produzido exclusivamente por abelhas africanizadas (Apis mellífera L.), a partir da aroeira (Myracrodruon urundeuva Allemão) e de honeydew/melato eliminado por insetos (psilídeos). O mel de aroeira dos Inhamuns é produzido no período de estiagem, quando há escassez de flores disponíveis para que as abelhas se alimentem e possam produzir seu mel.

Como a estiagem não afeta a florada da árvore de aroeira, nesse período, suas flores permanecem disponíveis às abelhas, o que permite a produção de um mel monofloral mais puro, com maior consistência quando comparada com demais floradas, e coloração âmbar mais escurecida, com elevados níveis de compostos fenólicos, sendo um mel que não cristaliza.

Nos Inhamuns, são poucas as opções de atividades produtivas rentáveis no meio rural, devido às limitações inerentes à região, em especial a escassez de água. A produção de mel na região ganha, assim, destaque. Nesse mesmo sentido, tem-se que em 2019, o Ceará atingiu 16,99% da produção de mel de todo o país, sendo grande parte dessa produção originária da referida região.

Esse desenvolvimento estimulou a expansão da comercialização do produto, não apenas localmente, mas nas regiões do entorno, em vários estados do Brasil e no mundo. No mercado nacional, as Regiões Sul e Sudeste são os principais destinos da comercialização do mel, além de abastecer o comércio local. Internacionalmente, a venda para o mercado europeu é a mais frequente, com exportações para países como Suécia, Alemanha e França.

Associação Apicultores do Mel de Aroeira dos Inhamuns – APIMAI
Endereço: Fazenda Olho D’Aguinha, Vila de Vera Cruz | Cidade: Tauá/CE | CEP: 63660-000
Telefone: (88) 9921-5873 | E-mail: pauloabelhas@yahoo.com.br

Dados Técnicos

Número: BR402023000006-8
Indicação Geográfica: Inhamuns
UF: Ceará
Requerente: Associação Apicultores do Mel de Aroeira dos Inhamuns – APIMAI
Produto: Mel de aroeira
Data do Registro: 11/03/2025
Delimitação: Os limites políticos dos municípios de Aiuaba, Arneiroz, Parambu, Quiterianópolis e Tauá, no Estado do Ceará.

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IG – Sul de Minas

IG – Sul de Minas

A produção dos vinhos de inverno do Sul de Minas marca o surgimento recente de uma nova zona vitivinícola no Brasil. Localizada em área intertropical e centrada no bioma Cerrado, a produção adapta-se à condição sazonal do clima, marcado por verões chuvosos e invernos secos.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação.22 de maio de 2025


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Plantação de Uva
Plantação de Uva
Plantação de Uva
Plantação de Uva
Representação gráfica

Sobre a Indicação Geográfica

Localizada na zona intertropical e centrada no bioma Cerrado, a produção adapta-se à condição sazonal do clima, marcado por verões chuvosos e invernos secos. Com técnicas desenvolvidas e adaptadas para a referida região, a colheita é programada para o período de temperaturas mais baixas, coincidente com o período de estiagem, proporcionando uvas de excelente qualidade.

A produção das uvas é conduzida, sobretudo, pelo método de inversão do ciclo da videira, conhecido como “dupla poda”, que se mostra extremamente eficiente no Sul de Minas para cultivares de Vitis vinifera tintas e brancas. Essa técnica consiste na realização de duas podas, uma no mês de agosto, e outra no mês de janeiro, permitindo que o desenvolvimento e maturação da uva ocorram durante o outono/inverno, período mais favorável à obtenção de colheitas com índices satisfatórios de qualidade e sanidade.

Assim, expande-se a exploração de vinhedos mais produtivos e com reconhecida boa qualidade, que têm surpreendido consumidores e especialistas pela qualidade e o potencial reconhecido em diversos concursos internacionais da área enológica.

A área geográfica delimitada da Indicação Geográfica (Indicação de Procedência) VINHOS DE INVERNO SUL DE MINAS (I.P. Vinhos de Inverno Sul de Minas) localiza-se no Estado de Minas Gerais. É constituída por um território com altitude igual ou superior a 800 m formando uma área descontínua de 4239,6 km2, cuja descrição dos limites se restringe às áreas dos seguintes municípios: São João da Mata, Cordislândia, São Gonçalo do Sapucaí, Três Corações, Três Pontas, Campos Gerais, Boa Esperança, Bom Sucesso, Ibituruna e Ijaci.

O microclima do Sul de Minas, com invernos secos e ensolarados e altitudes superiores a 800 metros, aliado à técnica da dupla poda, permite a produção de vinhos de excelência, já premiados nacional e internacionalmente.

São autorizadas e indicadas para os vinhos da I.P. Vinhos de Inverno Sul de Minas, exclusivamente variedades de Vitis vinifera L. produzidas exclusivamente na área geográfica delimitada, de acordo com a relação abaixo:
Cultivares para vinho tinto e rosado: Syrah, Merlot, Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Marselan, Tempranillo, Petit Verdot, Pinot noir e Grenache;
Cultivares para vinho branco: Sauvignon Blanc, Viognier, Marsanne e Chardonnay.

São protegidos pela I.P. Vinhos de Inverno Sul de Minas os seguintes produtos vitivinícolas:
Vinho Nobre Tinto Seco;
Vinho Fino Tinto Seco;
Vinho Fino Branco Seco;
Vinho Fino Rosado Seco.

A produção de uvas da I.P. Vinhos de Inverno Sul de Minas é conduzida em regime de dupla poda, em ciclo invertido, para colheita no período de inverno.

A produtividade por hectare deverá estar em equilíbrio para preservar a qualidade da uva e dos vinhos. No sistema em espaldeira, a produtividade máxima será de até 10 toneladas por hectare (t/ha) para uvas destinadas à elaboração de vinhos tintos, de vinhos brancos e de vinhos rosados. O eventual excedente de produtividade por hectare em determinado ano, em relação ao limite máximo acima estabelecido, não será autorizado para a elaboração de vinhos protegidos pela I.P. Vinhos de Inverno Sul de Minas.

Os padrões de qualidade mínimos das uvas autorizadas para vinificação são de 20° Brix para uvas brancas e de 22° Brix para uvas tintas. Para os vinhos rosados o padrão de qualidade mínimo das uvas será de 20° Brix. É vedada a correção dos mostos visando alterações no teor alcoólico dos vinhos.

A notoriedade da região na produção de vinhos pode ser demonstrada também a partir das premiações recebidas: a Edição 2017 do Decanter World Wine Awards, por exemplo, premiou vinhos de Minas Gerais com medalhas de prata e bronze. Também foram vinhos do Sul de Minas que conquistaram o primeiro lugar na Vini Bra Expo 2017 e do Brazil Wine Challenge 2018. Essas premiações não apenas estimulam a produção e outras atividades relativas ao vinho do Sul de Minas, mas também são acompanhadas pelo crescimento do reconhecimento da região e, assim, da procura pelo vinho mineiro. Via de consequência, as exportações de vinhos da região aumentaram substancialmente, bem como o reconhecimento da mesma no mapa de produção vinícola nacional.

Núcleo Regional dos Produtores de Vinho de Inverno do Sul de Minas – NRPROVIN-SM
Endereço: Fazenda São José, s/n, Zona Rural | Cidade: São Gonçalo do Sapucaí/MG | CEP: 37490-000
Telefone: (31) 99296-1177 | E-mail: mcassimiro.alves@gmail.com

Dados Técnicos

Número: BR402023000001-7
Indicação Geográfica: Sul de Minas
UF: Minas Gerais
Requerente: Núcleo Regional dos Produtores de Vinho de Inverno do Sul de Minas – NRPROVIN-SM
Produto: Vinhos de inverno elaborados a partir de uvas Vitis vinifera L
Data do Registro: 11/02/2025
Delimitação: A área geográfica delimitada da Indicação Geográfica (Indicação de Procedência) VINHOS DE INVERNO SUL DE MINAS (I.P. Vinhos de Inverno Sul de Minas) localiza-se no Estado de Minas Gerais. É constituída por um território com altitude igual ou superior a 800 m formando uma área descontínua de 4239,6 km2, cuja descrição dos limites se restringe às áreas dos seguintes municípios: São João da Mata, Cordislândia, São Gonçalo do Sapucaí, Três Corações, Três Pontas, Campos Gerais, Boa Esperança, Bom Sucesso, Ibituruna e Ijaci.

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