Qual é a escolaridade do MEI?

Ao se observar a evolução histórica da escolaridade do MEI percebe-se uma tendência: No período de 2011 a 2022 há uma redução da proporção de MEI com nível intermediário de escolaridade (ensino médio ou técnico completo), que foi de 47% para 39% em 2019, com um leve crescimento em 2022, chegando a 42%, assim como dos níveis mais baixos de escolaridade que foram de 36% para 24%. Em compensação de 2011 a 2022, a proporção de microempreendedores individuais com ensino superior incompleto ou mais saiu de 17% para 34%, um aumento de 17 pontos percentuais.

Quais são as atividades econômicas mais frequentes entre os MEI?

A atividade mais comum entre os MEI é a de Cabelereiro. Em segundo lugar vem o comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios, exercida por mais de 650 mil empreendedores. Entre as outras atividades mais frequentes estão Obras de alvenaria (4,5%) e Promoção de Vendas (2,8%).

Quais são as atividades econômicas com maior participação de Mulheres entre os MEI?

Entre os setores com predominância de MEI do sexo feminino, os mais notáveis são as atividades de tratamento de beleza (95,9%), Serviços Domésticos (95,6%) e a fabricação de artigos de vestuário (94,8%)

Onde funciona o negócio do MEI?

A maioria dos microempreendedores individuais tem na sua própria residência o seu local de trabalho, seguidos pelo número de pessoas que trabalham em um estabelecimento comercial.

Comparando-se os resultados de 2022 com os dos anos anteriores, vê-se uma clara redução na participação dos MEI que trabalham em casa, e uma estabilidade na proporção daqueles que trabalham em estabelecimento comercial, na rua ou na casa ou empresa do cliente. Esta estabilidade deve-se ao fato do aumento e inclusão de novas formas de serviço, como o trabalho online e os motoristas de aplicativos.

Quais os motivos que levam o MEI a escolher o empreendedorismo?

Quando questionados acerca do que os levou a se tornar um empreendedor, os MEI citaram a vontade de ser independente, não ter um chefe e a necessidade de uma fonte de renda. Interessante notar que esses dois motivos representam a situação de quase 7 em cada 10 MEI.

Ao cruzar essa informação com a idade, nota-se que essas motivações variam de acordo com idade do microempreendedor individual. Os mais jovens afirmam que foi a vontade de ser independente financeiramente que os levou a se tornar um empreendedor. Aqueles com mais de 50 anos afirmam que precisavam de uma fonte de renda.

Qual é a ocupação do empreendedor antes de se formalizar como MEI?

A ocupação anterior da maioria dos MEI era de empregado com carteira (57%), seguido de empregado sem carteira (15%), empreendedor informal (13%) e dono de casa (4%). Analisando o histórico desses dados, percebe-se uma diminuição significativa da participação dos MEI que eram empreendedores informais, de 31% para 13%.

Quais são os principais motivos para a formalização segundo os MEI?

Quando questionados quanto ao principal motivo que os levou a se tornarem microempreendedores individuais, as respostas principais foram os benefícios do INSS (30%), ter uma empresa formal (23%), a possibilidade de emitir nota fiscal (12%) e a facilidade de abrir a empresa (4%).

Apesar dos Benefícios no INSS serem os mais citados, quando agregados todas as respostas que estão relacionadas ao Benefício do registro formal (i.e., ter uma empresa formal, poder emitir nota, evitar problemas com a fiscalização, etc.) nota-se que os Benefícios relacionados ao registro formal é o principal motivador da formalização.

Por quanto tempo os MEI estiveram na informalidade?

Para aqueles que informaram que antes de se tornarem MEI eram empreendedores informais, questionou-se por quanto tempo eles haviam permanecido na informalidade 53% disseram que passaram mais de 8 anos na informalidade. O tempo médio que os empreendedores passaram na informalidade foi de 10 anos.

O MEI tem outras fontes de renda?

A maioria dos entrevistados relataram que a sua atividade como microempreendedor individual é a sua única fonte de renda. Em relação à pesquisa de 2022 nota-se que não houve diferença nesse quesito.

Qual é o tamanho da família do MEI?

Analisando a série histórica, percebe-se uma leve diminuição no tamanho da família do MEI, em 2017 era composta por 3,4 pessoas, e em 2022 é composta por 3,1 pessoas.

Qual é a renda familiar do MEI?

Em relação a renda familiar do MEI, a pesquisa apontou que a maioria (59%) tem renda de até 4 salários mínimos.

Qual é o impacto da formalização nas vendas totais?

A maioria dos microempreendedores (69%) afirma que houve um aumento no número total das vendas após a formalização.

Qual é o impacto da formalização nas condições de compra com os fornecedores?

Para a maioria dos MEI (72%), a formalização significou uma melhoria nas condições de compra de fornecedores.

Qual é o impacto da formalização nas vendas para outras empresas?

A possibilidade de emitir nota fiscal facilita as vendas para outras empresas, já que pessoas jurídicas têm mais exigências no que diz respeito à compra de produtos e serviços do que pessoas físicas. Nota-se que o número de MEIs que sempre vendem para outras empresas subiu consideravelmente de 2015 para 2019 (15% para 33%). Entretanto, mais da metade (52%) ainda não realiza esse tipo de venda.

Qual é o impacto da formalização nas vendas para o governo?

Outro benefício de se formalizar como microempreendedor individual é a possibilidade de se vender para governos e prefeituras. Um dos mecanismos da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (LC 123/2006), que abarca os microempreendedores individuais, é a preferência em licitações. Porém, os números indicam que esse benefício parece ainda pouco utilizado pelos MEI: 88% afirmaram que nunca venderam produtos ou serviços para a prefeitura ou governo.

Qual é o impacto da formalização no acesso a crédito?

Questionados sobre o acesso ao crédito, a maioria dos microempreendedores individuais afirmou não ter buscado por empréstimos como pessoa jurídica após a sua formalização. O percentual dos que fizeram essa afirmação diminuiu em relação à pesquisa anterior, passando de 79% para 84%%. Outros 8% buscaram mas não conseguiram empréstimo, enquanto que 8% declararam terem buscado e conseguido empréstimo. Esses números parecem mostrar que ainda há espaço para avançar com relação ao acesso a crédito por parte dos microempreendedores, dado que, segundo os próprios empreendedores, apenas 16% buscaram um empréstimo em nome de sua empresa.

Qual é a proporção de MEI que já fez algum curso ou treinamento na área de administração financeira?

Ainda foram poucos os indivíduos que trabalham como MEI que tem algum tipo de formação em termos de gestão financeira. De acordo com o Sebrae, 77% dos MEI nunca fez nenhum curso ou treinamento na área de administração financeira.

Qual é a proporção dos MEI que tem uma previsão do saldo de caixa que seu negócio terá no mês seguinte?

Mais de 2/3 dos Microempreendedores Individuais (68%) não tem uma previsão do saldo de caixa de seu negócio para o mês seguinte.

Registra em algum lugar os dados (de gastos e receitas) para fazer um controle detalhado do negócio?

No grupo dos MEI, o registro dos dados de gastos e das receitas que são realizadas no dia a dia é preponderantemente feito em papel. Cerca de ½ faz esses registros em caderno, 1/5 faz em computador e cerca de 1/3 não faz nenhum tipo de registro.

Com que frequência costuma verificar o saldo de dinheiro que seu negócio tem no caixa ou na conta corrente do banco?

O controle do saldo de caixa do negócio não é feito de forma muito frequente, por muitos MEI. Cerca de 1/3 dos MEI não costuma verificar o saldo de dinheiro do negócio (em caixa ou na conta corrente), 12% faz uma vez a cada quinze dias e 52% o faz pelo menos uma vez por semana.

Qual é a proporção dos MEI que acha que a criação do MEI foi uma política governamental boa?

Para quase 90% dos MEI, a criação do MEI foi uma boa política governamental boa.

O fato de estar trabalhando como MEI ajudou a enfrentar a crise que o país vem passando nos últimos tempos?

Cerca de 67% dos MEI afirma que o fato de estar trabalhando como MEI ajudou, de fato, a enfrentar a crise que o país atravessou nos últimos anos.