

No detalhamento por porte desagregado das empresas, as Microempresas (ME) geraram 8,9 milhões de empregos, representando 23,9% do total, enquanto as Empresas de Pequeno Porte (EPP) foram responsáveis por 10,4 milhões de empregos, ou 27,8% do total. Por outro lado, as Médias Empresas geraram 5,3 milhões de empregos, correspondendo a 14,2% do total, e as Grandes Empresas concentraram 12,7 milhões de postos de trabalho, representando 34,1% dos empregos formais no Brasil em 2022.

Fonte: RAIS. Elaboração do SEBRAE com os resultados da pesquisa.
A Figura, abaixo, apresenta a massa de remuneração dos empregados, que representa a soma dos rendimentos de todos os empregados ativos, no mês de dezembro de 2022, por porte dos estabelecimentos no Brasil em 2022. O total da massa de remuneração alcançou R$ 105,10 bilhões no país, com as MPE contribuindo com R$ 42,82 bilhões, o que representa 40,7% do total. Por outro lado, as MGE detêm uma participação significativa na massa de remuneração, totalizando R$ 62,28 bilhões, ou 59,3% do total. Esse resultado reflete a remuneração média mais elevada entre as MGE.

Massa de remuneração dos empregados por porte do estabelecimento (agregado). Brasil – 2022 (em bilhões de R$).
Fonte: RAIS. Elaboração do SEBRAE com os resultados da pesquisa.
A maior concentração de empregos formais em 2022 está nas cidades com mais de 500 mil habitantes, totalizando 15,6 milhões de postos de trabalho, sendo 45,3% (7,06 milhões) de MPE e 54,7% (8,53 milhões) de MGE. Nos municípios com até 5.000 habitantes, o total de empregos foi de 345 mil, dos quais 71,2% (245 mil) foram das MPE, enquanto as MGE contribuíram com 28,8% (99 mil). Cidades de médio porte, entre 100 mil e 500 mil habitantes, concentraram 11,4 milhões de empregos, com as MPE responsáveis por 52,7% (6,01 milhões) e as MGE por 47,3% 15 (5,39 milhões) dos postos de trabalho. Observa-se que, conforme o tamanho dos municípios cresce, a participação percentual das MPE no total de empregos diminui gradualmente, passando de 71,2% nos municípios com até 5.000 habitantes para 45,3% nas cidades com mais de 500 mil habitantes.

Número e distribuição percentual de empregos formais por porte agregado do estabelecimento – Brasil, 2022.
Fonte: RAIS. Elaboração do SEBRAE com os resultados da pesquisa.
A Figura abaixo traz a evolução do número de empregos formais, por porte de empresa, de 2012 a 2022. Apesar da queda no número de empregos formais nas MPEs de 2019 para 2020 (queda de 550.000 postos de trabalho), o aumento em 2021 compensou em parte a queda do ano anterior. No período de 2019 a 2021 o crescimento do número de empregos formais foi de 2,2% nas MPEs, fato que não superou a queda de 3,4% de 2019 para 2020. Em 2021, com relação à 2020, houve um crescimento de 5,8% no número de empregos nas MPEs, sendo a maior variação anual desde 2013. No mesmo período, a variação do emprego formal nas MGEs foi de 7,1%. Durante todo o período analisado, as MPEs, além de responderem pela maior parte do emprego formal, apresentaram maior estabilidade do emprego, funcionando como um “colchão social” contra o desemprego.

Fonte: RAIS. Elaboração do SEBRAE com os resultados da pesquisa.
Participação relativa das MPEs no total empregos e massa de remuneração paga aos empregados formais nas empresas privadas não agrícolas. Brasil 2012 – 2022
Apesar dos bons números, em termos das MPEs no emprego formal (52%), esta é a menor proporção da série histórica. Adicionalmente, é possível mapear a participação na massa de remuneração e sua evolução ao longo do tempo. Em 2021, a massa salarial cresceu cerca de 1,4% em relação a 2020 – ou 0,6 pontos percentuais (p.p.), mas não recuperou os patamares de 2019. Em parte, isso se deve à queda do rendimento médio dos trabalhadores, em especial, no primeiro ano da pandemia (2020).

Fonte: RAIS. Elaboração do SEBRAE com os resultados da pesquisa.
Na Figura abaixo é possível ver a evolução remuneração média real por porte de estabelecimentos. O ano de 2021, houve um aumento da remuneração média nas MPEs de 3,3% comparado com o na anterior (passou de R$2.084 para R$2.153). No caso das MGEs, houve decrescimento do rendimento médio, de 2020 para 2021, de 0,35% (passou de R$3.187 para R$3.176). Com isso, a diferença relativa entre o rendimento de MPEs e MGEs, que era de 34,6% em 2020 passou apara 32,2% em 2021.

Fonte: RAIS. Elaboração do SEBRAE com os resultados da pesquisa.
Anuário do Trabalho 2016
Análise por UF:
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