IG – Terra Indígena Andirá -Marau

IG – Terra Indígena Andirá-Marau

Produzindo pó e pão do verdadeiro guaraná originado nas terras amazônicas, os indígenas da etnia Sateré-Mawé se organizaram para garantir produtos únicos que são reconhecidos nacional e internacionalmente.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação.17 de novembro de 2021


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Guaraná
Guaraná
Waraná em pó
Guaraná
Terra Indígena Andirá-Marau
Representação gráfica

Sobre a Indicação Geográfica

Na década de 1980 foi realizada uma primeira experiência de comercialização do guaraná produzido pelos Sateré-Mawé. Embora tenha sido positiva, a iniciativa não resultou em condições mínimas de autossustentabilidade, chamando a atenção para a necessidade de criação de um espaço de comércio internacional no qual o “valor de preservação” fosse reconhecido e embutido no preço do produto, auxiliando os Sateré-Mawé, inventores da cultura do guaraná, a sobreviverem como etnia diferenciada.

Foi assim que, em 1996, vinte quilos de pó de guaraná foram enviados para o comércio justo internacional por meio de parceria com a Associação de Consultoria e Pesquisas Indianistas da Amazônia – Acopiama, localizada em Manaus/AM. A ação marcou o nascimento do Projeto Integrado de Etnodesenvolvimento.

Com o passar dos anos, por meio do Projeto Guaraná, as famílias indígenas foram recebendo apoio para se organizarem dentro da sociedade Sateré-Mawé e dentro da economia mundial.

Em 2001, o prestigiado guia Philips da Amazônia faz menção aos Sateré-Mawé como os descobridores das virtudes do guaraná e ao Projeto Guaraná como sendo uma iniciativa de preservação do único banco genético da planta existente no mundo.

Entre os desdobramentos desse reconhecimento, em 2002 a Coca-Cola passou a fabricar, na Itália, o Guaranito (refrigerante produzido a partir do casquilho e do pó de waraná produzido pelos Sateré-Mawé), que chegou a ser símbolo do comércio justo.

A projeção do pó de guaraná produzido pela etnia Sateré-Mawé foi se expandido até que, em 2009, nasceu o Consórcio dos Produtores Sateré-Mawé – CPSM. Em março 2010, o CPSM conseguiu acesso ao SISCOMEX (sistema brasileiro de comércio exterior) e se tornou a primeira organização indígena brasileira a exportar diretamente os produtos da sua agrosilvicultura para os mercados internacionais.

Em 2012, o Consórcio depositou o registro da marca Nusoken junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), por meio da qual, em 2015, a organização participou da Exposição Universal de Milão (Itália).

Dando continuidade ao processo de expansão e reconhecimento da qualidade do guaraná produzido na Terra Indígena Andirá-Marau, em 2016 o Consórcio depositou no INPI o pedido de reconhecimento como denominação de origem do verdadeiro guaraná nativo, reconhecimento alcançado em outubro de 2020.

Já em 2021, a Rede de Soluções de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (SDSN/ONU) reconheceu a grande contribuição do povo Sateré-Mawé na construção de uma “nova bioeconomia amazônica”.

A Terra Indígena Andirá-Marau, demarcada em 1982 e homologada em 1986, está localizada na divisa entre o Amazonas e o Pará, em uma extensão de 788.528,38 hectares.

Além da terra indígena demarcada, o território da Indicação Geográfica conta com o acréscimo da área denominada Vintequilos, de propriedade coletiva do Povo Sateré-Mawé; do território que une Vintequilos à terra indígena; e de uma área limítrofe à terra indígena que abrange as imediações da direita (ao norte) e esquerda (ao sul) do rio Marau, constituída prevalentemente por áreas de posse indígena que não foram incluídas na demarcação de 1982.

O guaraná produzido pela população nativa na Terra Indígena Andirá-Marau é resultado de uma junção de diversos fatores, como a influência de solos de origem antrópica, incluindo a chamada Terra Preta de Índio. Essa terra teve origem em assentamentos indígenas como resultado de práticas de manejo de dejetos como carvão e cinzas vegetais, ossos de animais e outros restos de cozinhas e casas. Os solos antrópicos permitem melhor crescimento, produtividade e qualidade do guaraná.

As características do solo, associadas às mudas oriundas das “mães do guaraná” (cipós de guaranás nativos que crescem em florestas localizadas na Terra Indígena Andirá-Marau), resultam em sementes de guaraná com qualidade única.

Também a fase de defumação dos pães de waraná é fortemente influenciada pela alta umidade relativa do ar presente na região (a fumaça precisa se misturar com o vapor de água do ambiente para garantir uma aromatização harmônica e intensa, e propiciar condições para que os pães ganhem cor uniforme). A fabricação dos pães é realizada exclusivamente durante o inverno amazônico, quando a umidade relativa do ar é alta e as temperaturas são amenas.

Outras características do território que contribuem para a qualidade final dos produtos são a grande disponibilidade de murici (madeira essencial para conferir sabor e aroma específicos durante o processo de defumação); a umidade necessária para a sobrevivência e a produtividade das abelhas canudo (agente polinizador dos guaranazais nativos); e o mais amplo leque de diferenciação genética distribuída na população de guaraná nativo que se tem conhecimento.

A elaboração do waraná (guaraná nativo) e dos pães de waraná tem início com a secagem dos grãos em fornos de barro. Após esse processo, os grãos são defumados para aromatização e conservação. Concluída essa segunda etapa, os grãos secos e defumados são encaminhados para a transformação em pó de waraná ou em pães.

Para a produção do pó de waraná, o grão é descascado e moído, resultando em um pó com as seguintes características:
– Consistência macia e solta, não granulosa como areia e nem agregada como terra.
– Cor variável desde o muito claro ao claro, mas nunca escura.
– Aroma seco e limpo, frutado quando mais fresco, e levemente defumado.
– Sabor suavemente amargo, deixando na ingestão com água à temperatura ambiente uma sensação de alta digestibilidade.
– Baixa umidade.

Para a produção de pães, os grãos secos e defumados de waraná são descascados manualmente, socados e condensados em bastões compactos, duros e defumados. O pão de waraná da Terra Indígena Andirá-Marau apresenta as seguintes características:
– Consistência dura, mas frágil, podendo ser partido com um único golpe.
– Textura interna do pão compacta e fina, não granulosa, com ausência de espaços ocos (que poderiam causar mofo).
– Cor preta e brilhante.
– Aroma de guaraná homogêneo e suavemente seco, harmonizado pela defumação com madeira aromática.
– Som e vibração à percussão.
– Sabor suavemente amargo, deixando na ingestão uma sensação de alta digestibilidade.

Em média, o guaraná produzido na Terra Indígena Andirá-Marau tem 10,2% de umidade e 4,33% de cafeína.

O Consorcio dos Produtores Sateré-Mawé – CPSM é uma organização formada por 500 famílias de indígenas Sateré-Mawé que assumiram o compromisso “de proteger a Mãe selvagem do Waraná e semi-domesticar seus Filhos conforme a tradição, produzindo e preservando o Waraná, o Guaraná nativo na sua própria terra de eleição, e valorizando as outras riquezas da floresta da nossa Terra, em prol do Povo todo”.

Consórcio de Produtores Sateré-Mawé – CPSM
Endereço: Rua Leopoldo Neves, 516 | Bairro: Centro | Cidade: Parintins/AM | CEP: 69151-065
Telefone: +55 (92) 99138-8367 | Site: www.nusoken.com/consorcio-dos-produtores-sateré-mawé | E-mail: cpsm@nusoken.com

Dados Técnicos

Número: BR412016000005-2
Indicação Geográfica: Terra Indígena Andirá-Marau
UF: Amazonas/Pará
Requerente:Consórcio de Produtores Sateré-Mawé – CPSM
Produto: Waraná (guaraná nativo) e pães de waraná (bastão de guaraná)
Data do Registro: 20/10/2020
Delimitação: Terra Indígena Andirá-Marau, acrescida da área adjacente denominada Vintequilos, do território que une Vintequilos à terra indígena e de uma área limítrofe à terra indígena que é constituída, predominantemente, por áreas de posse indígena que não foram incluídas na demarcação de terras realizada em 1982.

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IG – Santa Catarina

IG – Santa Catarina

Com uvas selecionadas e vinhedos localizados entre 900 e 1.400 metros acima do nível do mar, as vinícolas da Indicação Geográfica garantem alto padrão de produção. Entre seus produtos estão vinhos tintos, brancos e espumantes com características intensas e marcantes, próprias dos terrenos de altitude

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Colheita em vinhedos na Região de Altitude de Santa Catarina (José Eduardo Bassetti)
Plantação (Luiz F. N. Vianna)
Videira (Mara Freire)
Colheita (Marcus Zill)
A neve e o inverno rigoroso nos vinhedos na Região de Altitude de Santa Catarina (Eliana Ribas Bassetti)
Representação gráfica

Sobre a Indicação Geográfica

A vitivinicultura de altitude em Santa Catarina teve início nos anos 1990, quando os primeiros experimentos com uvas da espécie Vitis vinífera L. na região serrana despertaram o interesse empresarial.

Desde então, diversas vinícolas foram instaladas ali. As características ambientais foram determinantes para transformar a região no mais significativo polo da vitivinicultura catarinense.

Após anos de investimentos e pesquisas, o estado conquistou espaço na produção de vinhos finos de qualidade. O Vale do Contestado e a Serra são as duas grandes regiões produtoras, onde o clima frio permite que as variedades de uva amadureçam de forma lenta e completa.

Essas características vêm sendo cada vez mais reconhecidas nos mercados nacional e internacional, inclusive com a obtenção de prêmios pela maior parte das vinícolas estabelecidas na área.

Ocupando integralmente a área de 29 municípios catarinenses, a Indicação Geográfica totaliza 19.676 km², valor que corresponde a 20% do território do estado de Santa Catarina.

Os vinhos produzidos na região possuem íntima relação com as especificidades do território, uma vez que áreas com altitudes acima de 850m apresentam características geoclimáticas que propiciam a maturação completa das uvas viníferas. Assim, o ciclo de desenvolvimento das videiras e dos frutos é afetado positivamente pelo solo e pelo clima locais.

Além disso, as uvas passam por um período de dormência induzido pelas baixas temperaturas do inverno, o que permite o desenvolvimento da produção vinícola de forma tradicional, similar àquela desenvolvida em regiões de clima temperado.

O verão ameno, seco e com amplitudes térmicas elevadas favorecem a concentração de aromas e sabores fundamentais para a qualidade dos vinhos finos.

Os vinhedos são cultivados, sobretudo, em altitudes que variam de 900 a 1.400 metros acima do nível do mar. Devido às temperaturas mais baixas, o ciclo vegetativo e reprodutivo da videira é mais longo, proporcionando maturação mais lenta das uvas para a produção de vinhos finos de qualidade. A altitude da região também favorece o armazenamento do vinho em barricas de madeira, sem que seja prejudicada a tipicidade da bebida.

Outra característica resultante do perfil climático da região é a elevada concentração de ácido málico, por vezes superiores às concentrações de ácido tartárico, devido à grande amplitude térmica, com noites bastante frias. As temperaturas amenas, principalmente durante a noite, deslocam o período de maturação para os meses de menor frequência e quantidade de precipitação pluviométrica, propiciando uvas com maior qualidade enológica.

As regiões produtoras de vinhos finos nas elevadas altitudes de Santa Catarina possuem vinhedos com variedades de Vitis vinifera L. (uma espécie de videira) destinadas exclusivamente à elaboração de vinhos de qualidade.

Entre as variedades cultivadas na região, estão: Aglianico, Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Chardonnay, Garganega, Gewurztraminer, Grecheto, Malbec, Marselan, Merlot, Montepulciano, Moscato Bianco, Moscato Giallo, Nero d’Avola, Petit Verdot, Pignolo, Pinot Noir, Rebo, Refosco dal Pedunco Rosso, Ribolla Gialla, Rondinela, Sangiovese, Sauvignon Blanc, Sémillon, Syrah, Touriga Nacional e Vermentino.

Os vinhos produzidos na Indicação Geográfica Santa Catarina são dos seguintes tipos:
– Vinho Fino e Vinho Nobre Tinto: são, em geral, vinhos de guarda, que estagiam e amadurecem em barricas de carvalho. Apresentam notas de frutas negras ou vermelhas (como morango framboesa, groselha e cereja), notas vegetais, de frutos em calda, como ameixa, além de notas de especiarias, tabaco e resina. Na avaliação gustativa, apresentam acidez equilibrada, são encorpados e com boa estrutura tânica.
– Vinho Fino e Vinho Nobre Branco: são, em sua maioria, vinhos brancos jovens, com visual amarelo palha claro, esverdeado, brilhante e límpido. No olfativo, boa intensidade e descritores de arruda, maracujá, frutas brancas, abacaxi, goiaba serrana, aspargos, pimentão, folha de tomate, pomelo e mineral. No gustativo, vinhos com boa intensidade, equilibrados, persistentes, acidez viva e corpo médio. Já os vinhos brancos de guarda, em geral, passam por barricas de carvalho e apresentam visual amarelo palha de média intensidade, com reflexos que variam de esverdeados a dourados, límpidos e brilhantes. No olfativo, são muito intensos e complexos, com descritores de abacaxi, flores brancas, flor de laranjeira, cítrico, maçã madura, baunilha, coco, amêndoas, manteiga, torrefação e especiarias. No gustativo, são vinhos bastante intensos, muito agradáveis, persistentes, longos, acidez agradável e equilibrada, corpo médio e complexo.
– Espumante Natural: elaborados pelos métodos charmat e tradicional. São utilizadas variedades brancas ou tintas, sendo elaborados espumantes brancos ou rosados, secos e meio-doces. Os espumantes apresentam olfativo com frutas brancas, cítrico, floral, pão torrado, maçã verde, amêndoas, nozes, levedura, favo de mel; aromas intensos e equilibrados, com destaque para os aromas terciários.
– Vinho Moscatel Espumante: vinhos com frescor, equilíbrio doce/ácido, aromas moscatéis típicos, com notas intensas de frutos tropicais (mamão) e florais, com volume intenso de boca.
Brandy: elaborados a partir da destilação de vinhos finos produzidos especificamente para esse fim. A destilação e a redestilação são realizadas em tradicional alambique de inox com serpentina de cobre. Nas duas etapas são separadas a “cabeça”, o “coração” e a “cauda”, sendo que apenas o coração das duas etapas de destilação é reservado. O resultado desse cuidadoso trabalho é armazenado em barris de carvalho por, no mínimo, seis anos, quando acontece o lento amadurecimento que lhe confere o aspecto acobreado e os aromas e sabores distintos.

Diversas vinícolas produzem vinhos nas regiões de altitude de Santa Catarina, com maior concentração no município de São Joaquim.

A capacidade de vinificação das vinícolas é bastante variável. As produções vão de 10 a 20 mil litros, nas vinícolas boutiques, a até 200 mil litros nas unidades tradicionais.

Vinhos de Altitude – Produtores e Associados de Santa Catarina
Endereço: Av. Ivo Silveira, 340 – sala 06 | Bairro: Jardim Minuano | Cidade: São Joaquim/SC | CEP: 88600-000
Telefone: +55 (49) 3233-4261 | Site: www.vinhodealtitude.com.br | E-mail: vinhodealtitude@vinhodealtitude.com.br

Dados Técnicos

Número: BR402020000008-6
Indicação Geográfica: Santa Catarina
UF: Santa Catarina
Requerente: Vinhos de Altitude – Produtores e Associados de Santa Catarina
Produto: Vinho fino, vinho nobre, vinho licoroso, espumante natural, vinho moscatel espumante e brandy
Data do Registro: 29/06/2021
Delimitação: A área geográfica abrange totalmente a extensão de 29 municípios de Santa Catarina, totalizando 19.676 km2 (20% do território catarinense). São eles: Água Doce, Anitápolis, Arroio Trinta, Bom Jardim da Serra, Bom Retiro, Brunópolis, Caçador, Campo Belo do Sul, Capão Alto, Cerro Negro, Curitibanos, Fraiburgo, Frei Rogério, Iomerê, Lages, Macieira, Painel, Pinheiro Preto, Rancho Queimado, Rio das Antas, Salto Veloso, São Joaquim, São José do Cerrito, Tangará, Treze Tílias, Urubici, Urupema, Vargem Bonita e Videira.

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IG – Caparaó

IG – Caparaó

Altitude, clima de montanha e impossibilidade de mecanização da produção fazem do café Coffea arabica produzido na região do Caparaó um produto único, com fragrância e aroma complexos e com sabor suave e doce.

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Sementes de café
Sementes de café
Plantação
Vista da região
Colheita
Representação gráfica

Sobre a Indicação Geográfica

A cafeicultura faz parte da história das famílias dos agricultores. Em ciclos que se retroalimentam, os filhos nascem em meio a esse cenário e crescem tomando para si a condição de produtores de café, ultrapassando a questão da condição econômica. Contudo, embora essa seja uma tradição, somente após a ocupação das áreas menos acidentadas é que foi iniciada a cafeicultura de montanha, característica marcante do Caparaó.

A jornada até o reconhecimento da qualidade do café produzido ali não foi curta. Durante décadas, o café do Caparaó sofreu com deságios nos preços por ter sua bebida classificada como sendo de paladar inferior. A mudança nessa percepção só aconteceu quando os próprios produtores passaram a reconhecer, e acreditar, na qualidade dos grãos que produziam.

Foi assim que, a partir de 2010, os cafeicultores da região começaram a participar, e a ganhar, vários concursos que reconhecem a produção de cafés de alta qualidade, ao mesmo tempo em que estimulam as melhores práticas agrícolas e a sustentabilidade. Desde então, o café do Caparaó vem ganhando, cada vez mais, o reconhecimento nacional e internacional como um produto diferenciado.

A região do Caparaó está localizada na divisa entre o Espírito Santo e Minas Gerais, área caracterizada pelo bioma da mata atlântica e com relevo montanhoso. Sua área total é de 4.754,63 km² e contempla 16 municípios, sendo dez no Espírito Santo e seis em Minas Gerais.

A topografia é um dos fatores naturais de maior relevância para o estabelecimento da cafeicultura da espécie Coffea arabica, pois as condições microclimáticas do Caparaó se aproximam daquelas encontradas entre 1.500 e 2.400m de altitude na zona temperada da Etiópia, origem dessa espécie de café. Além disso, o terreno montanhoso impossibilita a mecanização do processo produtivo, prática comum em outras regiões brasileiras que desenvolvem a cafeicultura.

Em síntese, o café do Caparaó é resultado da combinação de fatores naturais e humanos existentes na região. Entre os fatores naturais, destacam-se:
– Altitude das lavouras, em sua maioria situadas a partir de 800m a nível do mar.
– Relevo montanhoso que impede a mecanização.
– Pluviosidade média anual entre 1.200 e 1.600mm.
– Temperatura média anual entre 19 e 22° Celsius.
– Preferência pelas faces ensolaradas para a implantação das lavouras.
– Solos férteis e com teores de matéria orgânica elevados.
– Propriedades com boa cobertura florestal ou vizinhas do Parque Nacional do Caparaó.

Entre os fatores humanos, há que se destacar:
– Integração das orientações de assistência técnica com conhecimentos empíricos passados há décadas de pai para filho.
– Escolha de variedades de café adequadas a cada localidade.
– Separação das lavouras em talhões identificados.
– Colheita e pós-colheita realizadas por lotes de café.
– Ocorrência de muitas floradas em uma mesma safra, permitindo a colheita apenas dos frutos maduros.
– A busca crescente pela análise sensorial do café por parte do cafeicultor.

A Indicação Geográfica Caparaó comercializa café da espécie Coffea arabica em grãos verdes (café cru), industrializado na condição de torrado e/ou torrado e moído.

Por influência de fatores naturais e humanos, o café produzido na região apresenta as seguintes características:
– Fragrância e aroma muito complexos, com notas de chocolate, caramelo, melaço de cana, açúcar mascavo, rapadura, mel, frutas amarelas (como nêspera, cajá, manga e pêssego), especiarias doces e picantes, baunilha, castanha, amêndoas e floral de rosas ou jasmim.
– Sabor suave e muito doce (sempre aparece melaço e/ou caramelo), com finalização prolongada.
– Acidez delicada e cítrica de laranja.
– Corpo variando de sedoso a cremoso, com a ocorrência de corpo licoroso ligado a fermentações espontâneas que, inclusive, podem conferir ao café sabor alcoólico de conhaque ou vinhoso.

A Associação de Produtores de Cafés Especiais do Caparaó – APEC tem como objetivo promover e incentivar a qualidade da produção na região. Para isso, estimula, entre seus associados, a introdução de melhorias nas instalações; busca apoio para a realização de consultorias, assessorias e auditorias nas propriedades e empreendimentos dos seus associados; organiza compras coletivas referentes às atividades de cafés; desenvolve ações que promovam a organização, a preservação e a sustentabilidade da região; e incentiva ações culturais e eventos relacionados ao universo dos cafés especiais do Caparaó.

Além disso, a APEC atua em frentes como assistência técnica e análise da qualidade do café para produtores que encontram-se em processo de reconhecimento de Indicação Geográfica e oferece atividades de capacitação em temas como gestão, organização social, produção de cafés especiais, desenvolvimento sustentável, preservação da natureza e produção limpa.

Associação de Produtores de Cafés Especiais do Caparaó – APEC
Endereço: Estrada Parque, Km 1,5 | Cidade: Dores do Rio Preto/ES | CEP: 29580-000
Telefone: +55 (28) 3552-1102 | Página oficial: www.instagram.com/do_caparao/ | E-mail: apec.caparao@gmail.com

Dados Técnicos

Número: BR412019000005-0
Indicação Geográfica: Caparaó
UF: Espírito Santo
Requerente: Associação de Produtores de Cafés Especiais do Caparaó – APEC
Produto: Café da espécie Coffea arabica em grãos verdes (café cru), industrializado na condição de torrado e/ou torrado e moído.
Data do Registro: 02/02/2021
Delimitação: Localizada na divisa entre o Espírito Santo e Minas Gerais, a área abrange as imediações do Parque Nacional do Caparaó. Com 4.754,63 km² de extensão, o território é composto pela totalidade da área de 16 municípios, sendo dez no Espírito Santo e seis em Minas Gerais. No Espírito Santo: Dores do Rio Preto, Divino de São Lourenço, Guaçuí, Alegre, Muniz Freire, Ibitirama, Iúna, Irupi, Ibatiba e São José do Calçado. Em Minas Gerais: Espera Feliz, Caparaó, Alto Caparaó, Manhumirim, Alto Jequitibá e Martins Soares.

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Diagnósticos realizados pelo SEBRAE

Diagnóstico - Distrito Federal
Diagnóstico - Pernambuco
Diagnóstico - Piauí
Diagnóstico - Tocantins

IG – Pirenópolis

IG – Pirenópolis

Joias sustentáveis, com design único, produzidas artesanalmente utilizando prata reciclada a partir de resíduos eletrônicos

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação.25 de março de 2022


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Joias de Prata
Anel de Prata
Brincos de Prata
Colares de Prata
Joia de Prata
Representação Gráfica

Sobre a Indicação Geográfica

A relação da região com a produção de joias de prata teve início na década de 1970, com a instalação de artesãos, nas proximidades de Pirenópolis, que ensinaram aos moradores seus ofícios e habilidades de ourivesaria.

A matéria-prima utilizada na produção das peças é adquirida através da reciclagem da prata encontrada em resíduos eletrônicos como: placas de computador e equipamentos hospitalares, pois ao contrário do que muitos pensam não há extração de prata na região.

O design das joias fica a cargo de cada artesão, que podem utilizar de diversas referências para se inspirarem, inclusive a cultura e vegetação do local. Essa diversidade de estilos contribui para gerar uma Indicação Geográfica mais forte e valorizada.

O território da Indicação Geográfica se estabelece dentro dos limites do município de Pirenópolis, Estado do Goiásás, localizado na Zona do Planalto, se limitando ao norte com Vila Propício e Goianésia, ao oeste com Jaraguá e Jesúpolis, ao sul com Pretolina e Anápolis e ao leste com Abadiânia, Corumbá de Goiás e Cocalzinho de Goiás.

Para poderem receber o selo da Indicação Geográfica, as joias necessitam seguir alguns critérios como por exemplo, as etapas de produção (fundição de metais, polimento, montagem, acabamento) devem ser executadas exclusivamente pelos artesãos, a produção necessita ser totalmente artesanal e utilizar os materiais específicos definidos no caderno de especificações:

– Prata de lei
– Gemas Naturais
– Materiais Naturais (coco, cerâmica e sementes)

Os produtos comercializados são:

– Brincos
– Anel
– Pulseira
– Colar
– Tornozeleira
– Pingente
– Bracelete
– Outros (piercings, grampos para cabelo, coroas para noivas)

A cidade, que conta com o turismo como uma de suas principais atividades, ganhou um elemento a mais de destaque com a conquista da Indicação Geográfica, que serve para valorizar os produtos da região.

Em 2019, havia aproximadamente 100 artesões produzindo peças de prata na região e 8 lojas que se propunham a vender especificamente as joias artesanais produzidas pela IG.

Associação Cultural e Ecológica dos Artesãos em Prata de Pirenópolis – ACEAPP
Endereço: Rua Direita, 32-A | Bairro: Centro | Cidade: Pirenópolis/GO | CEP: 72980-000
Telefone
: +55 (61) 996381052 | Site: https://www.igdaprata.com.br/

Dados Técnicos

Número: BR402017000008-3
Indicação Geográfica: Pirenópolis
UF: Goiás
Requerente: Associação Cultural e Ecológica dos Artesãos em Prata de Pirenópolis – ACEAPP
Produto: Joias artesanais em prata
Data do Registro: 09/07/2019
Delimitação: Limites do município de Pirenópolis/GO

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IG – Uarini

IG – Uarini

A farinha de Uarini é conhecida como farinha ovinha por ser uma bolinha, tal como ovinhas de peixe. Há quem diga que é “o caviar das farinhas”. A farinha do Uarini é um acompanhamento indispensável na mesa dos amazonenses, principalmente quando o assunto é peixe, seja frito, assado ou cozido. Mas, muito longe das terras amazonenses, a farinha vem despertando interesse e atraindo atenção de renomados chefs da gastronomia internacional. Todo o processo artesanal de fabricação da farinha de Uarini vem sendo mantido há anos pelos produtores da região.

Este assunto é de responsabilidade da unidade de Inovação.27 de Março de 2020


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Farinha de Uarini
 Plantio da mandioca
 Torragem da farinha de mandioca
 Preparação da farinha de Uarini
 Preparação da farinha de Uarini
 Representação Gráfica da IG

Sobre a Indicação Geográfica

No Amazonas, a mandioca tem importância significativa pelo seu aspecto econômico e principalmente social, dada por sua capacidade de fixar o homem no campo. No contexto histórico das comunidades amazônicas, especificamente nas comunidades ribeirinhas, encontramos peculiaridades de acordo com o ambiente de cada região. O modo de vida dos moradores, a cultura e a forma de organização comunitária se convergem para uma formação tradicional em que as relações sociais se entrelaçam na partilha do conhecimento, bens materiais, valores e crenças.

A mandioca é o principal produto agrícola cultivado no município de Uarini. O seu cultivo, juntamente com a produção do seu principal derivado, a farinha do Uarini, dinamiza a economia da cidade e dos municípios adjacentes.

A produção de farinha tem, em Uarini, um grande papel social e econômico na vida do município. Embora o município seja um grande produtor de farinha — e uma farinha com grande reconhecimento social dadas às suas qualidades — quase nada mudou no processo de produção realizado pelos agricultores, ou seja, não ocorreram mudanças tecnológicas na sua forma tradicional de produção. Seu processo de produção é na maioria artesanal, com mão de obra familiar, difundido há muitos anos nessa região e que são repassadas as novas gerações.

O cultivo de mandioca e a produção da farinha estão fortemente presentes no dia a dia das comunidades de Uarini desde longa data. Apesar de antiga na região, o modo de produção artesanal da farinha permaneceu praticamente constante ao longo do tempo.

A vida cultural em Uarini também gira quase exclusivamente ao redor da produção de farinha. Nesse contexto, não podemos esquecer que a Festa da Farinha, que ocorre no município, é o seu maior evento cultural, levando tradicionalmente milhares de pessoas à Praça Jeocunda Sevalho Lopes. A Festa da Farinha tem calendário fixo nas atividades culturais do município.

Grande parte dos moradores de Uarini, não só entre os que moram na sede do município, mas também, os que moram na zona rural, cultivam mandioca para produzir a farinha, fazendo com que se auto identifiquem como agricultores, já que a principal atividade produtiva deles é realmente a produção da farinha.

No município de Uarini, o cultivo de mandioca se destina à produção exclusivamente de farinha, muito conhecida no Estado do Amazonas por apresentar características diferentes das demais produzidas na região. Sua forma granulométrica bem arredondada, umas maiores e outras menores, têm chamado a atenção de compradores de toda região.

A área geográfica delimitada da Indicação de Procedência UARINI para a produção de farinha de mandioca obedece a delimitação dos municípios de Uarini, Alvarães, Maraã e Tefé, no estado do Amazonas.

Uarini é formada por cinquenta e cinco (55) comunidades rurais localizadas ao longo das margens do lago de Uarini, rio Uarini, Paraná do Uarini, rio Copaca, rio Japurá e rio Solimões, e tem uma população média de 6.000 habitantes na zona rural.

A cultura da mandioca é bem tolerante à seca e possui adaptação às mais variadas condições de clima e solo. Suporta altitudes que variam desde o nível do mar até cerca de 2.300 metros, sendo mais favoráveis às regiões baixas ou com altitude de até 600 a 800 metros. A faixa ideal de temperatura situa-se entre 20 e 27°C (média anual). O período de luz ideal está em torno de 12 horas/dia. Dias com períodos de luz mais longos favorecem o crescimento de parte aérea e reduzem o desenvolvimento das raízes de reserva, enquanto os períodos diários de luz mais curtos promovem o crescimento das raízes de reserva e reduzem o desenvolvimento dos ramos.

Para a seleção das áreas de cultivos deve ser respeitada a legislação vigente que define o uso e ocupação de solo. Nas Unidades de Conservação, a supressão da vegetação deve respeitar o seu plano de gestão. Considerando o tipo de solo da região, para implantação de mandiocais em áreas com declividade acima de 5% (cinco por cento), devem ser adotadas práticas conservacionistas e de preservação ambiental.

Para o cultivo de mandioca de Uarini é obrigatório a realização de pousio (tempo de descanso da terra). O número máximo permitido de ciclos da cultura na mesma área é de 2 (dois) ciclos. Após os 2 (dois) ciclos de uso para plantio de mandioca, a terra deverá permanecer em “descanso” (pousio), no mínimo, até a vegetação se regenerar, a aproximadamente 5 metros de altura, contribuindo para que o solo recupere sua fertilidade e os ciclos de mandioca tenham mais “força”, menos pragas e plantas espontâneas. Devido às características do solo e da vegetação de Uarini, é proibido o uso de máquinas agrícolas de grande porte nas culturas dos mandiocais.

As variedades de mandioca utilizadas pelos agricultores são aquelas que produzem raízes de coloração amarela. Diferentes variedades de mandioca (no mínimo 03) devem ser plantadas concomitantemente na mesma área, havendo preferencialmente revezamento entre variedades de longos e variedades de ciclo curto.

Entre os cultivares mais utilizados na região delimitada destacam-se: Catombo; Manivão; João Gonçalo; Sete anos; Baixotinha; Sacaí e Tapaiona.

A produção de mandioca para a produção de farinha de mandioca em Uarini tem como princípio a Lei dos Orgânicos brasileira e suas respectivas instruções normativas, decretos e outras normas vinculadas a ela. Para o controle de pragas dos mandiocais devem ser utilizados métodos naturais e biológicos com o monitoramento e registros periódicos da incidência de pragas para fins de controle.

Na primeira etapa da produção da farinha, a mandioca é conduzida e colocada solta ou ensacada nos seguintes tipos de reservatórios com água para amolecimento: igarapés, rios, lagos e igapós (com águas limpas); tanques de PVC; canoas, caixotes. A mandioca é mantida mergulhada em água nesses recipientes por 3 a 4 dias para fermentar, amolecer e soltar a casca.

Depois, a massa é espremida no tipiti (objeto de palha trançada especialmente para secar massa de mandioca) ou em prensa e peneirada. Até aí, mesmo processo das farinhas d’água normais. É depositada em caçapa e peneirada.

Então a massa peneirada é colocada num boleador e girada lentamente de forma que os grãos se tornem redondinhos. Numa casa de farinha mais simples, este processo é feito em uma rede de pano, também girada diversas vezes para arredondar os grânulos. A massa é embolada até ganhar o formato de bolinhas que é típico da farinha da Região de Uarini. Esta etapa é crucial para que se mantenha a tipicidade e qualidade do produto (essenciais para a Indicação de Procedência).

Após a massa ganhar o formato de bolinhas no embolador ela é encaminhada para o forno, porém para ser torrada a farinha precisa antes ser peneirada. Nessa etapa a massa é peneirada pela segunda vez para retirada de caroços grandes. Uma vez a massa no forno bem aquecido, utiliza-se o remo/tarubá para mexê-la. Essa etapa é chamada de escaldamento, que consiste em remover a umidade da massa.

Na casa de farinha, alguns equipamentos exclusivos fazem a diferença na hora de produzir a farinha de Uarini, o principal deles é o embolador, que transforma a massa em grãos que uniformemente são esculpidas dentro dessa peça giratória.

Para a realização da torragem, utiliza-se também o remo/tarubá para mexê-la, a temperatura do forno deve ser menor do que a do escaldamento. A massa deve ser torrada até parar de esfumaçar. O saber-fazer dos produtores nessa fase do processo produtivo é fundamental, pois o ponto de torragem é visualizado e experimentado pelos produtores a todo momento. A falta de experiência e o tempo incorreto de torragem resultam um produto inacabado (cru) ou passado do ponto (queimado).

As farinhas de mandioca produzidas devem ser classificadas para serem comercializadas conforme a sua granulometria e formato, em quatro tipos:
I. farinha de mandioca do tipo Filé: farinha de mandioca com perfeito embolamento, ausência total de pó, de coloração amarelo ouro e com grãos de tamanhos regulares;
II. farinha de mandioca do tipo Ovinha: farinha de mandioca com pequenas imperfeições no embolamento, ausência total de pó, de coloração amarelo ouro e com granulometria com pequenas variações;
III. farinha de mandioca do tipo Ova: farinha de mandioca com embolamento irregular, presença de pouco pó, de coloração amarelo claro e com granulometria irregular;
IV. farinha de mandioca do tipo Amarela: farinha de mandioca com embolamento muito irregular, presença de muito pó, sem cor característica e com granulometria muito irregular.

Não só a economia local mas também a vida cultural dos habitantes de Uarini giram em torno da produção e da comercialização da farinha, fazendo com que a grande maioria dos moradores do município, de alguma forma, tenha envolvimento em alguma momento com a produção de farinha no município, seja no momento da plantação da mandioca ou na produção da farinha ou mesmo na comercialização do produto.

Historicamente, a cultura da mandioca no município é cultivada em pequenas áreas, com produção destinada ao consumo das famílias e o excedente comercializado nas principais sedes dos municípios de Uarini, Tefé e Manaus. Com o aumento da demanda
pelo produto passou-se a cultivar áreas maiores e hoje com incentivo dos órgãos oficiais de assistência técnica, atuantes nos municípios, busca-se melhorar a produtividade através de variedades mais produtivas, como também, a qualidade da farinha e seus subprodutos.

O cultivo da mandioca, juntamente com a produção do seu principal derivado, a farinha, dinamiza a economia dos municípios da região. Os produtores de Uarini buscam a cada dia aumentar a produção de farinha investindo em tecnologia, capacitação rural e produção agrícola, porém, sem perder as suas tradições na hora do preparo da mesma.

Em meados de 2018 foi inaugurada a primeira empacotadora automática de farinha, na comunidade Campo Novo, cuja Associação de Moradores da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá Antônio Martins (Amurmam) começou a comercializar a farinha de Uarini diretamente para grandes supermercados e lojas de atacados alimentícios da capital, Manaus.

Associação dos Produtores de Farinha de Mandioca da Região de Uarini
Endereço: Praça Santa Teresa, 546 – Centro | Cidade: Tefé/AM | CEP: 69.550-053
Telefone: +55 (97) 3343-3329 / (92) 99199-4652

Uarini


Dados Técnicos

Número: BR 402017000003-2
Indicação Geográfica: Uarini
UF: Amazonas
Requerente: Associação dos Produtores de Farinha de Mandioca da Região de Uarini
Produto: Farinha de mandioca
Data do Registro: 27/08/2019
Delimitação: Limites dos municípios de Uarini, Alvarães, Tefé e Maraã, no estado do Amazonas.

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Seminário de indicações geográficas – Acordo Mercosul e UE

IG – Oeste da Bahia

IG – Oeste da Bahia

CAFÉ VERDE EM GRÃOS

No Oeste da Bahia, existe um forte componente de integração entre o homem, o ambiente e a tecnologia, que sustenta a história de sucesso do café na região. O café produzido na região delimitada, ao longo dos anos, adquiriu notoriedade, tendo sido exportado para vários países e conquistado diversos prêmios nacionais e internacionais.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 13 de Janeiro de 2020


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Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

Os primeiros registros de cultivo do cafeeiro na região Oeste da Bahia datam do início do século XX, cultivos estes de pequena produção e notadamente nos vales úmidos da região. Nas décadas de 70 e 80, ocorreram alguns experimentos com o cultivo do cafeeiro e implantação de pequenas áreas na região do bioma cerrado, em localidades de 700 metros acima do nível do mar e em condição de sequeiro.

Os resultados dos experimentos com o cafeeiro cultivado em sequeiro, ainda que não tenham apresentado resultados significativos em produtividade, entusiasmaram alguns produtores a investirem na cafeicultura da região, desta feita com a adoção da tecnologia da irrigação, sendo, atualmente, 100% irrigada.

A história da cafeicultura no Oeste da Bahia pode ser dividida em duas fases: anos 1960/1970, época em que se plantava no sistema de sequeiro e apenas para subsistência, e a segunda fase, a partir de 1994, quando se iniciou o plantio comercial e irrigado. Entretanto, registros do início do século XX mostram que o café já era comercializado nessa época em Barreiras, um dos municípios que fazem parte da Indicação Geográfica.

Desde os anos 1990, o plantio de cafés tem se desenvolvido continuamente, representando cerca de 20% da produção total de café do estado da Bahia, segundo o Anuário do Café 2010. O Oeste da Bahia ocupa predominantemente área de Cerrado. O café nessa região é cultivado em áreas a partir de 700 metros de altitude. Diferentes agricultores, conjugando e aperfeiçoando suas experiências, foram responsáveis por tornar conhecida a região como centro produtor de café. Reportagens e diferentes documentos técnicos e acadêmicos mostram o conhecimento do nome “Oeste da Bahia” como local de produção de café.

A área demarcada da Indicação de Procedência Oeste da Bahia abrange os terrenos com altitudes a partir de 700 metros, dos seguintes municípios: Formosa do Rio Preto, Santa Rita de Cássia, Riachão das Neves, Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério, Catolândia, Baianópolis, Correntina, Jaborandi e Cocos.

Na região Oeste da Bahia, além do bioma cerrado, favorecem o cultivo cafeeiro o relevo formado por chapadas, encostas e vales, além dos solos profundos e diversificados. A região possui ainda boa disponibilidade hídrica, possuindo excelentes condições para a cafeicultura irrigada.

O café produzido no Oeste da Bahia é reconhecido pelo sabor agradável, com boa fragrância e aroma levemente frutado e floral, com excelente doçura e boa acidez. Esse é produzido sob condições de temperaturas médias que variam entre 22 e 26 °C, não havendo riscos de geadas, nem interrupções no desenvolvimento do cafezal durante o ano pela pouca variação na temperatura.

A pluviosidade média com cerca 1.600 mm está distribuída entre os meses de outubro e abril. No período seco, a compensação ocorre pela irrigação, a qual conta com grande disponibilidade de água subterrânea ou de superfície, de um dos maiores aquíferos do Brasil, o Urucuia. Este período seco gera grande contribuição para as operações de colheita e pós-colheita, pois não conta com chuvas.

Com luminosidade de aproximadamente 3.000 horas por ano e altitudes médias de 800 metros, são condições favoráveis para o bom desenvolvimento do café arábica. O relevo plano, típico do cerrado, tem permitido alta tecnificação em todas as fases do processo de produção. Estas condições, somadas ao perfil empresarial dos cafeicultores oriundos de regiões tradicionais de cultivo de café no Brasil, possibilitam a criação do cenário ora encontrado.

Cafés da espécie Coffea Arábica são cultivados em áreas acima de 700 metros de altitude em relação ao nível do mar na área demarcada, obtidos por meio de colheita mecanizada ou manual no pano. O catuaí vermelho é a variedade mais cultivada na região.

Os cafés da Indicação de Procedência Oeste da Bahia devem obter nota mínima de 75 (setenta e cinco) pontos, caracterizados por bebida com corpo acentuado, acidez positiva, leve doçura, sabor agradavelmente frutado, gosto remanescente prolongado e aroma floral com boa densidade, conforme metodologia SCAA (Associação Americana de Cafés Especiais).

Os produtores de café do Oeste da Bahia devem demonstrar o atendimento a um conjunto de requisitos relativos à rastreabilidade e segurança alimentar, responsabilidade social e responsabilidade ambiental na produção.

Para impulsionar o setor, a região conta com a atuação dos mais importantes fornecedores de máquinas e insumos, agentes financeiros, grandes exportadores estimulados pela presença do porto de Salvador a 900 km, juntamente com a organização setorial.

Esta dinâmica e moderna produção encontra-se aliada a preservação e monitoramento ambiental. As áreas produtivas encontram-se integradas às áreas de preservação ambiental, mantendo a flora e fauna local. Áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente são respeitadas nas fazendas, juntamente com o constante monitoramento do uso da água pelos Órgãos Ambientais competentes.

O café é reconhecido pelo seu sabor agradável, com aroma levemente frutado e floral, com excelente doçura e boa acidez.

Frente às condições naturais da região do Oeste da Bahia, os empresários dinamizaram o processo de produção através do investimento em tecnologia. Modernas máquinas e insumos são de uso comum, permitindo as maiores produtividades de café do Brasil.

As áreas produtivas encontram-se integradas às áreas de preservação ambiental, mantendo a flora e fauna local. Áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente são respeitadas nas fazendas, juntamente com o constante monitoramento do uso da água pelos órgãos ambientais competentes. Os aspectos sociais são cumpridos adequadamente, promovendo a saúde e segurança no trabalho, paralelamente à valorização do bem-estar humano. Dessa forma, está sendo possível implementar uma das mais modernas cafeiculturas do mundo, a qual alia produtividade e sustentabilidade.

Associação dos Cafeicultores do Oeste da Bahia – Abacafe
Endereço: Rua Sergipe, 388 – Centro
Município: Luís Eduardo Magalhães, BA | CEP: 47.850-000 | Telefone: (77) 3628-2356
E-mail: adm@abacafe.org.br

Dados Técnicos

Número: BR 402014000005-0
Nome Geográfico: Oeste da Bahia
UF: Bahia
Requerente: Associação dos Cafeicultores do Oeste da Bahia – Abacafe
Produtos: café verde em grãos, da espécie Coffea arábica
Data do Registro: 14/05/2019
Delimitação: L: abrange os terrenos com altitudes a partir de 700 metros, dos seguintes municípios: Formosa do Rio Preto, Santa Rita de Cássia, Riachão das Neves, Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério, Catolândia, Baianópolis, Correntina, Jaborandi e Cocos.

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Reconhecimento de Indicações Geográficas Brasileiras na União Europeia



Reconhecimento de Indicações Geográficas Brasileiras na União Europeia

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), o Ministério da Economia e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em parceria com a Delegação da União Europeia no Brasil (DELBRA), organizaram o Workshop Reconhecimento de Indicações Geográficas Brasileiras na União Europeia. O evento teve como objetivo qualificar a atuação das indicações geográficas brasileiras, indicando caminhos para viabilizar o seu reconhecimento na União Europeia.


24 de Junho de 2019

Palestras e debates

Sistema de Indicações Geográficas no Brasil | por Liliana Locatelli, perito nacional
Estrutura, procedimentos de controle e rastreabilidade da Indicação de Procedência de São Matheus | por Helinton H. Lugarini
Estrutura, procedimentos de controle e rastreabilidade da Denominação de Origem da Região do Cerrado Mineiro | por Juliano Tarabal
Procedimentos para proteção de IGs de terceiros países na União Europeia | por Ana Soeiro (Portugal)

Vídeos

IG São Matheus – Erva-Mate | por Helinton H. Lugarini


25 de Junho de 2019

Painel de Mercado Externo para as IGs brasileiras

Mercado Externo para IGs | por Miguel de Carvalho, analista de comércio exterior do Ministério da Economia
Mantiqueira de Minas | por Lucas Alckmin

Palestras

Pós-registo das IG na UE – Acompanhamento de mercado | por Ana Soeiro (Portugal)
A Instrução Normativa N.º 95/2018: o Registro de Indicação Geográfica | por Pablo Ferreira Regalado, chefe da Divisão de Exame Técnico do INPI, e Marcos Eduardo Pizetta Palomino, examinador da Divisão de Exame Técnico do INPI

IG – Tomé Açu

IG – Tomé-Açu

CACAU

As primeiras sementes de cacau foram introduzidas pelos imigrantes japoneses em 1929 na região de Tomé-Açu. Nos anos de 1970, com a implantação de um projeto para a recuperação da cultura cacaueira, o estado do Pará voltou a se tornar um grande produtor de cacau, transformando esse sistema produtivo em um modelo de produção reconhecido e premiado nacionalmente, com capacidade de geração de renda para os habitantes do município.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 08 de Janeiro de 2020


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Cacau de Tome-Açu.
Cacaueiro da Indicação Geográfica.
Sementes de cacau.
Secagem das sementes de cacau.
Processo de secagem das sementes.
Representação gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A contribuição do cultivo do cacaueiro no estado do Pará foi decisiva para o desenvolvimento de uma sociedade florescente no final do século XVII e começo do XVIII. Segundo os registros históricos, em 1687, no Pará foi instalada a primeira fábrica de chocolate do Brasil.

Não há como se negar a influência da cacauicultura no processo civilizatório da Amazônia, dados históricos mostram que o cacau representou 90,6% de todas as suas exportações no período de 1730 a 1744.

As primeiras sementes de cacau foram introduzidas na região de Tomé-Açu em 1929 pelos imigrantes japoneses, com o objetivo de estabelecer o cultivo de uma espécie perene, nativa da floresta amazônica, porém devido ao desconhecimento das técnicas de cultivo e do ataque de pragas, essa iniciativa não foi continuada.

Na década de 1970, com o declínio do monocultivo da pimenta-do-reino, aconteceu a reintrodução do cacau como uma cultura alternativa de geração de renda local, sob a orientação da CEPLAC – Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira.

Em 1976, a Organização Mundial de Saúde (OMS) proibiu o uso de óleo fóssil nos cosméticos, o que culminou numa grande demanda por amêndoa de cacau no mercado, levando assim a aumentar significativamente o seu preço.

Os agricultores ficaram motivados e plantaram mais de um milhão de cacaueiros em Tomé-Açu durante os anos de 1975 e 1976, transformando o sistema produtivo em um modelo de produção com capacidade de geração de renda em longo prazo e que, além de produzir frutas tropicais, essa renda foi complementada com a extração de produtos como: óleos nobres, borracha natural, madeiras legalizadas e outros produtos da Amazônia. O estabelecimento desse sistema conhecido hoje como sistema agroflorestal, originou mais de 100 (cem) combinações diferentes de consórcios, garantindo uma produção estável e contínua, bem como beneficiando a recuperação econômica da colônia japonesa. Esse sistema de produção foi reconhecido nos anos 2000 por vários prêmios de entidades oficiais no Brasil.

A delimitação da área autorizada de produção da Indicação de Procedência Tomé-Açu para o produto cacau está compreendida em toda a extensão territorial do município de Tomé-Açu, localizado no estado do Pará, conforme chancela da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca – SEDAP do estado do Pará.

O município de Tomé-Açú localiza-se no norte brasileiro, a uma latidude 02º25’08 sul e longitude 48º09’08” oeste, estando a uma altitude de 45 metros do nível do mar. O município possui uma população estimada em 61.095 habitantes distribuídos em 5.145,325 km2 de extensão territorial.

O relevo do município é caracterizado por compartimento topográfico bastante simples, tais como, baixos platôs aplainados (tabuleiros), terraços e várzeas, embora, na parte sul, sobressaiam baixas colinas. Insere-se no Planalto Rebaixado da região do Baixo Amazonas.
A vegetação representativa do município é a floresta densa dos baixos platôs, a densa de platôs, bastante alterada, ensejando o surgimento das florestas secundárias ou capoeiras.

O clima do Município de Tomé-Açu é quente e úmido. Caracteriza-se como clima tropical chuvoso e com estação seca bem definida, temperatura média anual entre 26,3 °C e 27,9 °C, umidade relativa entre 82% a 88%, precipitação média anual de 2.500 milímetros anuais, com distribuição mensal irregular, tendo um período (janeiro a abril) com maior intensidade de chuvas.

O Cacau (TheobromacacaoL.) é uma planta umbrófila de porte arbóreo e perene pertencente à família Malvaceae, gênero Theobroma. Chega a atingir 20 m de altura em condições silvestres, mas em condições de cultivo normalmente alcançam ao redor de 5 metros.

Das 22 espécies que compõem o gênero, apenas o Cacau e o Cupuaçu (Theobromagrandiflorum) são explorados comercialmente no Brasil. O cacaueiro é uma planta da classe das dicotiledôneas e, assim sendo, as sementes apresentam dois cotilédones que representam a parte economicamente aproveitável, sendo descartados a casca e o gérmen. É classificada também como uma planta cauliflora, pois as inflorescências se formam ao longo do tronco e ramificações secundárias e terciárias mais desenvolvidas, em estruturas denominadas almofadas florais, compostas de flores hermafroditas e pentâmeras, apresentando pétalas, sépalas, estames e estaminóides. Os órgãos reprodutivos encontram-se isolados por barreiras formadas pelos estaminóides e pétalas. O pólen é pegajoso, formando pequenos grumos, o que favorece a sua aderência à superfície de insetos, que comumente são os agentes polinizadores das flores.

É uma árvore típica de clima tropical, nativa da região de floresta úmida do continente Sul Americano, tendo como provável centro de origem as nascentes dos rios Amazonas e Orenoco. Constitui o principal fornecedor de matéria-prima para a fabricação do chocolate.

No sistema de produção em Tomé-Acú, as espécies arbóreas são utilizadas para sombreamento definitivo da cultura do Cacau, originando-se assim, o Sistema Agroflorestal de Tomé-Açu. Parte do sucesso da safra de cacau no Pará se deve a um trabalho científico que começou lá atrás. Há mais de 50 anos, pesquisadores realizam expedições na Amazônia em busca dos cacaueiros mais produtivos. É possível ver o resultado em um centro de pesquisa, na região metropolitana de Belém, onde existe uma coleção de árvores onde os cientistas estudam o material genético para produzir sementes de cacau de melhor qualidade.

Os pesquisadores da Ceplac, a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira, fizeram cruzamentos entre os pólens de 19 mil cacaueiros selecionados para chegar a sementes mais resistentes a pragas e doenças e até três vezes mais produtivas. 0 cacau que a Ceplac produz a partir dos híbridos que foram selecionados dessa coleção podem chegar a até três mil quilos por hectare.

Além dos reconhecimentos ao sistema de cultivo agroflorestal da região de Tomé-Açú, a qualidade das amêndoas de cacau tem se consolidado como resultados das atuações da CEPLAC e outras instituições nacionais e internacionais. Essa qualidade foi reconhecida pelo “Prêmio Internacional de Qualidade Cocoa of Excelence”, no Salão do Chocolate de Paris em 2010, o que contribuiu para a inserção da região no mercado mundial de chocolates finos e especiais.

O clima e o solo favoráveis colocam a cultura como uma alternativa agrícola rural sustentável na região. Áreas de pastagens degradadas estão sendo recuperadas com o cultivo consorciado a espécies florestais.

Atualmente, há cerca de 15 mil produtores no Estado, que geram cerca de 50 mil empregos diretos e indiretos. Além disso, as autoridades querem que a amêndoa seja processada no Estado, em vez de migrar para as indústrias de outras regiões.

A produção no Pará vem aumentando nos últimos anos. Em 2014, foram 88 mil toneladas de sementes de cacau. Um ano depois passou para 105 mil. Em 2016 chegou a 118 mil toneladas. Até 2022, o Pará quer alcançar 233 mil toneladas.

Associação Cultural e Fomento Agrícola de Tomé-Açu – ACTA
Endereço: Av. Dionísio Bentes, sem número – Vila Quatro Bocas | Município: Tomé-Açu/PA | CEP: 68.682-000
E-mail: acta_tomeacu@yahoo.com.br | Telefone: (91) 3734-1316

Dados Técnicos

Número: BR 402014000010-7
Nome Geográfico: Tomé-Açu
UF: Pará
Requerente: Associação Cultural e Fomento Agrícola de Tomé-Açu – ACTA
Produtos: Cacau
Data do Registro: 29/01/2019
Delimitação: Limites do município de Tomé-Açu/PA.

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IG – Sabará

IG – Sabará

O município de Sabará é conhecido nacionalmente pela produção de jabuticaba e de seus derivados. Os produtos autorizados da Indicação de Procedência são: licor de jabuticaba, geleia de jabuticaba, molho de jabuticaba, casca de jabuticaba cristalizada e compota de jabuticaba.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 13 de Fevereiro de 2019


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Jabuticada de Sabará.
Cachaça e geléia de jabuticaba.
Cachaça e geléia de jabuticaba.
Festival da Jabuticaba.
Produtos da Indicação de Procedência.
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

O município de Sabará realiza o Festival de Jabuticaba de Sabará, evento que ocorre sempre em meados do mês de outubro a dezembro (dependendo da safra da fruta) há 27 anos consecutivos. No festival são comercializados a fruta in natura e os produtos derivados de jabuticaba.

A produção é feita artesanalmente, sendo utilizadas diversas receitas tradicionais, passadas de geração a geração. A produção dos derivados é um elemento da manifestação cultural capaz de intensificar o envolvimento da comunidade no conhecimento de sua própria tradição, da sabedoria popular e especialmente da gastronomia. É onde ocorre a integração econômica, social e cultural que compõe um conjunto de significados determinantes do patrimônio cultural do município e que evoca um encantamento especial aos visitantes, por meio do seu entrosamento com os produtores de quitutes e com os diferentes sabores.

A área delimitada para a Indicação de Procedência “Produtos Derivados de Jabuticaba de Sabará” fica estabelecida nos limites político-administrativos do município de Sabará, localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais, e faz fronteira ao norte com o município de Taquaraçu de Minas, ao sul com os municípios de Nova Lima e Raposos, a leste com Caeté e a oeste com Belo Horizonte e Santa Luzia. Sabará está situada a 723 metros altitude e seu território possui área de 302,173 km2.

A produção de jabuticaba tem característica “temporária”. As jabuticabas são produzidas somente em épocas de chuva, o que as tornam indisponíveis no mercado ao longo do ano. Uma maneira inteligente de se aproveitar a safra, visto que os frutos maduros apodrecem rapidamente, é a produção de diversos derivados da jabuticaba.

Sobre a tecnologia de processamento dos derivados de jabuticaba, Sabará tem se apresentado com um diferencial competitivo muito grande, pois os processos de produção são muito específicos e transmitidos de geração a geração. O município se destaca ainda entre os 49 melhores produtores de derivados de um tipo de jabuticaba conhecido popularmente como Sabará.

A fruteira é adaptável a diversos tipos de solo, mas o cultivo deve ser feito preferencialmente em solos silico-argilosos, que devem ser profundos, bem drenados, férteis e ricos em matéria orgânica. O crescimento da árvore é lento, inicia a produção de frutas a partir do oitavo ano, prolongando-se por média de 35 anos. Uma jabuticabeira produz em média de 200 a 1000 kg de frutos por ano, o que se intensifica com a adubação. Os dois principais fatores que restringem a expansão do plantio são os custos e a dificuldade de colheita e a precariedade de conservação de seus frutos, já que o fruto deve ser colhido pronto para o consumo, e sua fermentação inicia logo após a lavagem da fruta.

Fazendo uso da tradição e do conhecimento da produção dos derivados da jabuticaba, os produtores instalados na área demarcada contribuem para o desenvolvimento econômico do município, por meio da comercialização dos derivados, cada um com seus sabores específicos. Esses produtores são conhecedores das receitas e processos produtivos tradicionais, conquistando um mercado cada vez mais abrangente e peculiar.

Associação dos Produtores de Derivados de Jabuticaba de Sabará – ASPRODEJAS
Endereço: Rua Carlindo Pinto, 36, sala 301 – Centro | Município: Sabará/MG | CEP: 34.505-400
E-mail: asprodejas@hotmail.com | Telefone: (31) 9 8800-4480

Dados Técnicos

Número: BR4020140000093
Nome Geográfico: Sabará
UF: Minas Gerais
Requerente: Associação dos Produtores de Derivados de Jabuticaba de Sabará – ASPRODEJAS
Produtos: Produtos derivados de jabuticaba
Data do Registro: 23/09/2014
Delimitação: A área delimitada para a INDICAÇÃO DE PROCEDÊNCIA “PRODUTOS DERIVADOS DE JABUTICABA DE SABARÁ” fica estabelecida nos limites político-administrativos do município de Sabará localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais, e faz fronteira ao norte com o município de Taquaraçu de Minas, ao sul com os municípios de Nova Lima e Raposos, a leste com Caeté e a oeste com Belo Horizonte e Santa Luzia. Sabará está situada a 723 metros altitude e seu território possui área de 302,173 km2. Sua localização é geograficamente determinada pelas coordenadas 19°53’11 “S, 43°48’24’W.

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IG – Região de Corupá

IG – Região de Corupá

A Região de Corupá é conhecida histórica e qualitativamente pela produção de bananas há mais de 150 anos. O diferencial da banana produzida nessa região é o sabor: doce por natureza.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 19 de Outubro de 2018


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Banana de Corupá.
Vista da região.
Cachos de banana.
Casa da região.
Vista do bairro.
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A Denominação de Origem da banana da Região de Corupá possui uma área de 857,3 km2 distribuídos pelos municípios catarinenses de Schroeder, Jaraguá do Sul, Corupá e São Bento do Sul.

São várias famílias rurais que se beneficiam da produção num ambiente que é único e inigualável, não só pelas peculiaridades de clima e de relevo, mas também pelo saber-fazer, pelas tradições e culturas locais.

O fruto banana, reconhecido para a Denominação de Origem Região de Corupá, compreende todas as variedades de banana do subgrupo “Cavendish” (popularmente conhecida como Nanicão).

As bananas produzidas na Região de Corupá são caracterizadas por um sabor doce mais pronunciado, sendo esse um dos aspectos mais importantes nos atributos sensoriais reconhecidos pelos consumidores.

O manejo integrado na região é favorecido pelas condições edafoclimáticas locais. A cultura da banana chega a receber até dez vezes menos aplicações de produtos químicos que em outras regiões produtoras. O diferencial da banana produzida na Região de Corupá é o sabor: “doce por natureza”, que também é atribuído pelas condições locais, que fazem com que o tempo necessário para a produção de um cacho de bananas seja maior quando comparado às demais regiões produtoras. Como consequência, ocorre maior acúmulo e transformação dos açúcares e ácidos naturais das frutas, resultando em bananas mais aromáticas e saborosas.

Os frutos produzidos em Corupá apresentam menor acidez e maior relação açúcar-acidez (SST/AAT). As oscilações ao longo dos meses mostram que os frutos sofrem grandes interferências do ambiente em que são produzidas, possivelmente devido às temperaturas baixas e aos índices de radiação solar durante o inverno e início da primavera

As frutas produzidas na Região de Corupá apresentam maior teor de K, Ca e Mn, e menores teores de Mg. Essa composição mineral, possivelmente, está associada às características qualitativas das frutas produzidas nesta região.

A qualidade “doce por natureza” é conferida pelas características geo-edafo-climáticas encontradas na área demarcada da Denominação de Origem Região de Corupá, principalmente pela formação geológica e climática dessa região.

No conhecimento popular, a área delimitada de abrangência da Região de Corupá é definida pelas montanhas e vale, delimitada naturalmente pela cadeia contínua de montanhas com produção de banana até a altitude de 600 metros, montanhas que formam as nascentes do Rio ltapocú nos município que integram a região, e são interrompidas na fronteira dos municípios de Jaraguá do Sul e Schroeder com Guaramirim, a jusante do Rio ltapocú, onde se encontra a entrada do “vale” para a Região Corupá.

O sistema produtivo da banana na área geográfica da Denominação de Origem Região de Corupá é estabelecido pelas etapas e critérios descritos no Caderno de Campo do produtor. Ele se aplica a todas as etapas de produção da banana e seus derivados isoladamente ou consolidadas, de acordo com as atividades exercidas pelo produtor, sejam elas: produção da banana, colheita e pós-colheita, armazenagem e climatização, agroindustrialização, distribuição e comercialização.

A banana da Região de Corupá potencializa os recursos humanos existentes, gerando postos de trabalho, contribuindo para a subsistência de inúmeras famílias que veem na bananicultura uma importante fonte de rendimento, melhorando a qualidade de vida das populações e fixando-as no meio rural.

A Denominação de Origem Região de Corupá é uma extraordinária mais-valia para a região e populações que trabalham dia-a-dia no setor, como: o incentivo à produção integrada e mais sustentável; a proteção do nome contra imitações e utilizações indevidas; estratégias de promoção e de mercado deste produto diferenciado em nome da região; o melhoramento do rendimento dos agricultores; a fixação da população rural; e uma proximidade aos consumidores, fornecendo-lhes informações relativas às características específicas dos produtos.

Associação dos Bananicultores da Região de Corupá – ASBANCO
Endereço: R. Agostinho Oliari, 181 – João Tozini | Cidade: Corupá/SC | CEP: 89.278-000
E-mail: eliane@asbanco.com.br

Dados Técnicos

Número: BR412016000003-6
Indicação Geográfica: Região de Corupá
UF: Santa Catarina
Requerente: FEMAP – Associação dos Bananicultores da Região de Corupá – ASBANCO
Produtos: Banana
Data do Registro: 28/08/2018
Delimitação: Compreende parte dos municípios de Schroeder, Jaraguá do Sul, Corupá e São Bento do Sul.

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Evento Internacional de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas



Evento Internacional de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas

O evento teve como objetivo promover e divulgar os conceitos e experiências das Indicações Geográficas e Marcas Coletivas brasileiras e internacionais, além de gerar negócios diretos e indiretos para os diversos elos das cadeias de valor envolvidas. Foram parceiros do Sebrae na realização do evento: Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), Institut National de la Propriete Industrielle (França), Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) e Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa).


29 de Outubro de 2014

Painel de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas: qual o papel de cada entidade?
Indicações Geográficas, o papel do INPI | por Lucia Fernandes do INPI
Marcas Coletivas | INPI
Valorizando Origem, Qualidade e Tradição: o papel do MAPA no uso dos signos distintivos | por Ludimila Gaspar do MAPA
Indicações Geográficas e atuação do Advogado | por Luiz Eduardo de Queiroz Cardoso Júnior da ABPI
O papel do IBGE | por João Bosco de Azevedo do IBGE

Painel de Reflexões sobre Gestão de Registro de Uso Coletivo
Montes de Toledo, Indicações Geográficas e Marcas Coletivas no Setor do Agronegócio | por D. Enrique García-Tenorio
Indicação Geográfica de Procedência PARATY para Cachaça | por Lúcio Gama Freire da APACAP
Amorango, morangos cultivados com amor e qualidade | por Dacir Condack da Amorango
Soluções Educacionais do Sebrae para Cooperação e para Liderança | por Reginaldo Barroso de Resende do SEBRAE


30 de Outubro de 2014

Painel de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas como Mecanismos para Conquista de Mercado Externo
Café da Colombia, Marca de Origen | por Karen Yepes Villegas da Federación Nacional de Cafeteros de Colombia
Vale dos Vinhedos | por Flavio Pizzato em associação com a APROVALE
Projeto Setorial Wines of Brasil | por Roberta Baggio Pedreira da Wines of Brasil e Carlos Raimundo Paviani da IBRAVIN
Plano de Ações Integradas em prol do Desenvolvimento Sustentável da Região do Vale do Café Fluminense | por Celso Merola Junger do MAPA