IG – Canastra

IG – Canastra

A Serra da Canastra forma uma das mais belas paisagens de Minas Gerais. De longe se avista a imensa formação rochosa, com mais de 50 km de extensão, que se assemelha a um grande baú, dando o nome à região. O paladar inconfundível do Canastra, conquistado gota a gota, depende dos pingos, água que escorre do queijo ressecado com sal grosso e é misturada ao leite da produção seguinte. Essa combinação é que dá textura, aroma e sabor ao tradicional queijo.

Este assunto é de responsabilidade da unidade de Inovação.7 de Agosto de 2018


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Queijo da Canastra.
 Prateleira de queijos.
 Serra da Canastra.
 Produção de queijo da Canastra.
 Queijos da Canastra.
 Associação.

Sobre a Indicação Geográfica

O início da colonização da Serra da Canastra se deu no século XIX, por famílias vindas de São João Del Rei, Barbacena e do Sul de Minas, à procura de diamantes e outras pedras preciosas. Os povoados foram surgindo em torno das capelas, sendo este fato bem caracterizado na formação das cidades de São Roque e Bambuí.

A agricultura era de subsistência, aproveitando as terras férteis situadas na cabeceira do Rio São Francisco. Essas famílias trouxeram o conhecimento da produção do queijo artesanal feito de leite cru, encontrando as condições propícias para a perpetuação desta arte.

O queijo era feito no período de abundância leiteira e guardado para ser consumido no período da seca. Foi nesse período de armazenamento que se descobriu a qualidade do queijo Canastra.

Esta região, ao redor do Parque Nacional da Serra da Canastra, localiza-se ao sudoeste do estado de Minas Gerais. O rio São Francisco, um dos rios mais importantes do Brasil, tem sua nascente no topo da serra.

O clima é classificado como tropical de altitude, típico do cerrado, com temperatura média anual em torno de 22,2 C° e com chuvas distribuídas entre os meses de outubro a março. Tem o inverno seco e o verão úmido. A altitude varia de 637 a 1.485 m, tendo um relevo com cerca de 25% de área plana, 40 % de área ondulada e 35 % de área montanhosa.

As condições físico-ambientais encontradas na região são favoráveis à produção de queijo, devido a um ambiente propício ao desenvolvimento de bactérias típicas que dão o sabor característico do queijo da Canastra.

O meio geográfico e a tradição se unem para a produção de um queijo artesanal feito de leite cru. O queijo da Canastra tem
sabor característico e paladar inconfundível.

O formato do queijo da Canastra é cilíndrico, ligeiramente abaulado nas laterais, com 15 a 17 cm de diâmetros e 4 a 6 cm de altura. A casca lisa amarelada, com tonalidade mais forte em suas bordas, tende a escurecer com a maturação, apresentando mofo branco ou verde. O odor da casca é suave com toques que lembram cheiro da gordura do leite. A massa amarelada é homogênea e sua textura possui poucas e pequenas olhaduras mecânicas ou de fermentação, bem distribuídas, com um ligeiro odor de manteiga ou da gordura do leite. O sabor é suave, levemente picante, ligeiramente ácido e agradável.

A produção do queijo é de expressiva importância para a região, tanto economicamente, uma vez que constitui a única fonte de renda para vários agricultores, quanto culturalmente, já que o reconhecimento do queijo artesanal Canastra é aquele de uma cultura passada de geração a geração.

O reflexo deste reconhecimento foi a publicação da Instrução Normativa n. 30/2013 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que regulamentou e autorizou a venda dos queijos artesanais tradicionalmente elaborados a partir de leite cru para todo o Brasil.

Associação dos Produtores do Queijo Canastra – APROCAN
Endereço: Rua Ana Umbelina, 122 | Cidade: Carmo de Minas/MG | CEP: 37.472-000
Telefone: +55 (35) 3334-1700 | Site: queijodacanastra.com.br | E-mail: aprocan_queijocanastra@yahoo.com.br

Canastra

Indicadores

Indicação de Procedência

A Indicação de Procedência do Queijo da Canastra é delimitada pelos municípios de Piumhi, Bambuí, Delfinópolis, Vargem Bonita, Tapiraí, Medeiros e São Roque de Minas, todos localizados no estado de Minas Gerais. A população somada desses municípios é de cerca de 76 mil habitantes.

PIB per capita

Aproximadamente R$ 16.500,00 (média do Brasil 28.876), cerca de 43% menor que a média brasileira.

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)

O IDH da Indicação Geográfica varia de 0,667 em Tapiraí até 0,741 em Bambuí (0,73 média do Brasil).

Perfil Empresarial

Referindo-se à atividade econômica local,

  • CNAE 1052-0/00: Fabricação de laticínios

Em 2017, mais de 25 mil estabelecimentos agropecuários produziram leite. [1] Em 2017, a quantidade produzida de leite de vaca nos estabelecimentos agropecuários foi superior a 190 mil litros. [1]

As críticas qualitativa e quantitativa dos dados ainda não foram concluídas, razão pela qual os resultados ora apresentados são preliminares, estando, portanto, sujeitos a alterações posteriores.


Referência Bibliográfica

[1] IBGE, Censo Agropecuário, 2017.

Dados Técnicos

Número: IG201002
Indicação Geográfica: Canastra
UF: Minas Gerais
Requerente: Associação dos Produtores de Queijo Canastra
Produto: Queijo
Data do Registro: 13/03/2012
Delimitação: Compreende os municípios de Piumhi, Vargem Bonita, São Roque de Minas, Medeiros, Bambui, Tapirai e Delfinópolis, com uma área total de 7.452 Km².

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IG – Divina Pastora

IG – Divina Pastora

A cidade de Divina Pastora, localizada no estado de Sergipe, tem como destaques a arquitetura de sua igreja matriz, construída no início do século XIX, a devoção a Nossa Senhora Divina Pastora e o seu artesanato de renda. O saber tradicional das rendas feitas à mão, resgatado pelas rendeiras, com base em tradições seculares da Europa, tornou a localidade conhecida como “terra da renda irlandesa”.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 18 de Julho de 2018


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Tecido de mesa bordado.
 Descanso para copos bordado.
 Tecido bordado.
 Toalha com bordados.
 Descanso para copos bordado.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A renda irlandesa, por influência da renda italiana ou veneziana, ganhou contorno próprio, com o estímulo da produção deste tipo de artesanato nos conventos irlandeses, na tentativa para evitar o desaparecimento da renda com o surgimento da revolução industrial, a partir de 1872.

Descrita em livro do século XIX, é introduzida em Divina Pastora, por volta do início do século XX, por Ana Rolemberg, integrante da alta aristocracia. Os Rolembergs constituíam uma família de senhores de engenho, com destaque na vida política e muitas fazendas espalhadas por todo o vale.

Abolida a escravidão, os homens e mulheres livres ainda viviam à sombra dos antigos senhores, que cederam terra para o plantio. É nesse ambiente que a renda irlandesa é introduzida na cidade, envolvendo senhoras da aristocracia local e pessoas humildes relacionadas a elas. Assim, a técnica foi difundida entre todas as mulheres da cidade, ganhando uma feição própria.

A igreja Matriz, construída com traços barrocos, apresenta belíssimo teto de forro de madeira de cedro, com efeito ilusionista, do final do século XVIII, mostrando a Virgem Maria com o menino Jesus, cercados por carneirinhos. As paredes são em tons de azul e rosa, e no altar principal, oriundo da Espanha, a imagem da Divina Pastora.

A renda irlandesa ganhou, no ano de 2000, o título de Patrimônio Cultural do Brasil, conferido pelo IPHAN, sendo o modo de fazer incluído no Livro de Registro dos Saberes. O município de Divina Pastora foi considerado como a terra da renda irlandesa, porque no local se encontram os elementos que culminaram com a apropriação do ofício.

A renda irlandesa confeccionada pelas rendeiras de Divina Pastora é classificada como do tipo “renda de agulha”. É uma renda singular, de grande beleza, ressaltada pela textura e brilho. Os desenhos com relevos que se combinam de modo especial geram uma renda original e sofisticada.

Apresenta características específicas, pelo uso do tipo cordão sedoso achatado, conhecido como lacê, através de pontos adaptados ou criados pelas artesãs. São listados diversos pontos, os quais são nomeados com formas análogas a animais e vegetais, como exemplo o pé-de-galinha, a aranhinha e o abacaxi.

A agulha é o instrumento básico usado pelas hábeis mãos das rendeiras que reinventaram a técnica, transformando cordões e fios de linha na famosa e tradicional renda irlandesa.

O ofício, relacionado ao universo feminino, caracterizado como longa continuidade histórica, surgiu como uma alternativa de trabalho. Hoje, a confecção de renda irlandesa constitui a principal atividade de mais de uma centena de artesãs, além de ser uma referência cultural. O artesanato em renda irlandesa é responsável pela ascensão social de muitas mulheres que abandonaram o trabalho na roça para custearem os estudos a partir de sua produção e venda. Atualmente, 80 % da produção é comercializada para outros estados, principalmente Rio de Janeiro e São Paulo.

Associação para o Desenvolvimento da Renda Irlandesa de Divina Pastora – ASDEREN
Endereço: Praça Getúlio Vargas, 149 | Cidade: Divina Pastora/SE | CEP: 49.650-000
Telefone: +55 (79) 3271-1306 | Site: www.site.com.br | E-mail: asderem.dp@hotmail.com

Dados Técnicos

Número: IG201107
Indicação Geográfica: Divina Pastora
UF: Sergipe
Requerente: Associação para o Desenvolvimento de Renda Irlandesa de Divina Pastora
Produto: Renda de agulha em lacê
Data do Registro: 26/12/2012
Delimitação: A área delimitada fica compreendida no município de Divina Pastora.

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IG – Cachoeiro de Itapemirim

IG – Cachoeiro de Itapemirim

Cachoeiro do Itapemirim é conhecida nacional e mundialmente pelo seu parque industrial de beneficiamento de rochas ornamentais. O mármore conferiu destaque à cidade, principalmente na economia local, alavancando o construtivismo cultural, arquitetônico e até turístico. O mármore capixaba conta com mais de 50 anos de prestígio.

Este assunto é de responsabilidade da unidade de Inovação.25 de Julho de 2018


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Hall de entrada da associação.
Hall de entrada.
Mármore em bancada.
Pedreira.
Placa de granito.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

Os primeiro colonos portugueses, que chegaram à região, em busca do ouro, aproximadamente em 1570, encontraram um território dominado pelos temidos índios Purís, que disputavam a área com os Botocudos. Passado quatro séculos, nasce a Vila de Itapemirim, e com isso, o crescimento de fazendas provenientes de grandes latifúndios estendendo-se por toda a região.

O caminho da mineração do calcário surgiu, no entanto, por volta de 1874, quando chegaram os primeiros colonos italianos. Logo, o intercâmbio entre culturas, com o começo do beneficiamento do mármore, originou na primeira marmoraria, no ano de 1930. A bagagem cultural desses povos tornou-se parte do crescimento da mineração.

O início da extração do mármore não foi fácil, foi necessário pioneirismo e criatividade para efetuar o corte dos blocos na pedreira. Hoje, o parque tecnológico de rochas ornamentais de Cachoeiro do Itapemirim utiliza sistemas de produção com alto conteúdo tecnológico.

O setor mineral é a fonte principal da economia do município, que começa na extração de blocos e segue com serrarias, beneficiamento, talhas-blocos, cal, moagem de calcário, insumos, máquinas e tudo mais que for necessário para atender o setor da mineração.

As formações rochosas fazem parte do visual estético e engrandecedor do Espírito Santo. Os contornos da serra começam e se entrelaçam desde os limites do Rio de Janeiro até a Bahia. Em Cachoeiro do Itapemirim, particularmente, a paisagem muda e encanta. O mármore branco faz contraste natural com outras colorações de pedra, como o granito.

Pode-se afirmar que fica no Brasil a maior reserva de mármore e granito do mundo. Trata-se de uma camada de proporções gigantescas, de riqueza, ainda impossível de ser equacionada em sua dimensão.

Em estado de pureza, o mármore é de cor branca, podendo apresentar uma ampla faixa de cores. De Vargem Alta a Cachoeiro do Itapemirim, os mármores afloram continuamente, numa camada espessa e densa, constituindo um maciço de cerca de 20×8 km.

O interesse dos mercados pela beleza do mármore branco alvo, caramelo e chocolate caracteriza o seu grande valor mineral. O mármore é uma rocha metamórfica, ou seja, formada pela transformação de uma rocha preexistente, como o calcário. Essa transformação é o resultado de uma mudanã no meio geológico, no qual a estabilidade da rocha pode ser mantida somente por uma modificação correspondente à sua forma. No caso do mármore ocorre o metamorfismo termal, onde há predominâncias de temperaturas elevadas e onde são mais acentuados os fenômenos de recristalização.

A evolução dos setores de exploração e beneficiamento de mármores e granitos, a sua produção e comercialização nacional e internacional transformaram Cachoeiro do Itapemirim no centro mais importante do país, sendo considerada a maior vitrine de negócios do setor de rochas ornamentais. A Feira Internacional do Mármore e Granito acontece desde os anos 1980.

Centro Tecnológico do Mármore e Granito – CETEMAG
Endereço: Avenida Frederico Algusto Coser, 234 | Cidade: Cachoeiro do Itapemirim/ES | CEP: 29.300-970
Telefone: +55 (28) 3521-3131 | Site: www.marmoredecachoeiro.com.br | E-mail: secretariaexecutiva@sindirochas.com.br

Indicadores

Indicação de Procedência

O Mármore do Cachoeiro do Itapemirim é uma Indicação de Procedência brasileira. É delimitada pelos municípios de Cachoeiro do Itapemirim e Vargem Alta (Espírito Santo). Juntos, possuem população de cerca de 209 mil habitantes, sendo aproximadamente 50% da população analfabeta ou sem ensino fundamental completo.

PIB per capita

Aproximadamente R$ 24.612,00 (média do Brasil: R$ 28.876,00), cerca de 15% menor que a média brasileira.

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)

O IDH da Indicação de Procedência varia de 0,663 em Vargem Alta até 0,745 em Cachoeiro do Itapemirim (média do Brasil: 0,73).

Perfil Empresarial

Referindo-se à atividade econômica local,

  • CNAE 0810-0/03: Extração de mármore e beneficiamento associado
  • CNAE 2391-5/03: Aparelhamento de placas e execução de trabalhos em mármore, granito, ardósia e outras pedras.

Em 2014, haviam 575 empresas que atuavam na atividade da Indicação, sendo 459 pequenos negócios. [1] Em 2015, essas empresas exportaram cerca de 2,16 milhões. [2] Em 2015, 6.904 pessoas ocupadas, sendo 4.905 por pequenos negócios. [3]


Referência Bibliográfica

[1] RFB – Receita Federal Brasileira
[2] MDIC – Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços
[3] Relação Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho

Dados Técnicos

Número: IG201007
Indicação Geográfica: Cachoeiro de Itapemirim
UF: Espírito Santo
Requerente: Centro Tecnológico do Mármore e Granito
Produto: Mármore
Data do Registro: 29/05/2012
Delimitação: A delimitação da área corresponde aos limites políticos dos municípios de Cachoeiro de Itapemirim e Vargem Alta, somando uma área de 1.291,529 Km².

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