IG – Mossoró

IG – Mossoró

A produção de melão de Mossoró representa, em certas épocas do ano, mais de 80% do mercado. A competitividade e as exigências internacionais transformaram a agricultura praticada pelos produtores da região, que apresenta um alto grau de profissionalismo, resultando num produto de qualidade e apresentação visual atraente:
o melão de Mossoró!

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 17 de Abril de 2018


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Melão de Mossoró.
Trabalhadores.
 Coleta do melão.
 Melão de Mossoró sendo transportado.
 Lavagem do produto.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

As referências literárias indicam que a difusão do melão se deu da Ásia para Europa pela região do mar Mediterrâneo. O seu consumo já era popular na Itália, por volta do século III, alcançando a Espanha durante o século V. No entanto, a entrada do melão na França se deu somente por volta do século XV.

O melão foi trazido pelos escravos para o Brasil, por volta do século XVI. Porém, foi com os imigrantes europeus, no século XIX, que ocorreu a expansão da cultura nas regiões Sul e Sudeste.

Foram nos estados de Rio Grande do Sul e São Paulo, na década de 1960, que o cultivo do melão alcançou escala comercial. Mas, por motivos de melhor adaptação ao meio físico e às condições climáticas, no início dos anos 1980, a produção transferiu-se para a região Nordeste do Brasil.

O melão estabeleceu-se no semiárido nordestino ao longo da década de 1990. Nas últimas décadas, o Brasil deixou de ser importador para ser exportador de melão de alta qualidade.

A região de Mossoró, de clima tropical semiárido, é propícia para a produção do melão de grande valor no mercado nacional e no exterior. Os melões cultivados na região encontram excelentes condições climáticas, possuindo ótima aparência, harmonia e sabor.

As características gerais do solo e da irrigação, combinados com os índices de insolação, temperatura, velocidade do vento e precipitação apresentam uma perfeita combinação para produção de um melão de melhor qualidade.

Em algumas áreas, de solo mais arenoso, os produtores têm a possibilidade de plantio durante todo o ano, sobretudo porque esses solos não armazenam água, o que diminui a umidade na superfície do solo, garantindo as suas excelentes propriedades e características.

O melão produzido nessa região tornou-se conhecido no Brasil e no mundo como melão de Mossoró.

O melão (cucumis mello), embora confundido como fruta, é uma hortaliça muito apreciada. Excelente fonte de vitamina A, C e muitos minerais, como o potássio e suas fibras dietéticas, é altamente nutritivo e refrescante. O melão de Mossoró é ótimo para ser degustado in natura ou em sucos. Suas características nutricionais fazem dele excelente recompositor energético.

Uma curiosidade são suas sementes comestíveis, deliciosas quando tostadas e salgadas. Em termos de frescor, o melão da Região de Mossoró é de reconhecida reputação!

O melão tem uma grande importância para o comércio do Brasil. Representa o terceiro maior produto, considerado fruta fresca, em valor de exportação. No mercado internacional, o melão brasileiro goza de alta aceitação, devido à sua qualidade.

Atualmente, a produção do melão gera 24 mil empregos diretos e outros 60 mil empregos indiretos, apenas na região de Mossoró. Este setor demanda mão de obra intensiva e qualificada, mantendo o homem no campo, evitando o êxodo rural.

A agricultura na Região do Mossoró permite uma vida digna às famílias, em pequenas propriedades ou nos grandes projetos.

Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte – COEX
Endereço: Rod. BR 110, km 47, Costa e Silva – Campus da UFERSA | Cidade: Mossoró/RN | CEP: 59.625-900
Telefone: +55 (84) 3312-6939 | Site www.coexrn.com.br | E-mail: coex@mikrocenter.com.br

Dados Técnicos

Número: IG201108
Indicação Geográfica: Mossoró
UF: Rio Grande do Norte
Requerente: Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte
Produto: Melão
Data do Registro: 17/09/2013
Delimitação: Mista – A área geográfica que delimita abrange os municípios de Afonso Bezerra, Alto do Rodrigues, Areia Branca, Açu, Baraúna, Carnaubais, Grossos, Ipanguaçu, Mossoró, Porto do Mangue, Serra do Mel, Tibau e Upanema, todos do estado do Rio Grande do Norte.

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IG – Ortigueira

IG – Ortigueira

O município de Ortigueira está situado na região centro-oriental do estado do Paraná. A flora diversificada da região de Ortigueira mantém os enxames sempre populosos e prontos para produzir um dos melhores méis do mundo.

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Abelha de Ortigueira.
Apicultores.
Produção de mel.
Mel de Ortigueira.
Apicultores trabalhando.
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A história da apicultura na cidade de Ortigueira tem por origem a família Kalçoviski. Em meados da década de 1970, o patriarca Carlito e seus filhos Tadeu, Airton e Antonio foram os precursores na comercialização da produção de mel.

Antes da década de 1960, o mel era produzido somente para consumo. Vendia-se a cera e o mel era usado como açúcar. “Era o açúcar que o povo tinha”, como relatam os antigos produtores. Também era usado para engordar os porcos.

A partir da década de 1980, a apicultura começou a deslanchar, motivada por Tadeu Kalçoviski, que aprimorou a técnica de extração e ensinou os outros apicultores, tornando-se um negócio rentável. Em 1984, os produtores fundaram a Associação dos Produtores
Ortigueirenses de Mel (Apomel).

A experiência dos produtores mais antigos foi repassada a cada novo produtor, o que fez com que a prática se tornasse um modelo, passando a produzir mais e melhor. Desde o ano de 1999, Ortigueira mantém uma posição de destaque no ranking da apicultura, resultado do grande potencial da região, considerada referência nacional.

O clima predominante na região é o subtropical úmido mesotérmico, de verão fresco e inverno rigoroso, com ocorrências de geadas de várias intensidades. As chuvas concentram-se nos meses de verão, com precipitação média anual de 1.500 mm e temperatura média de 18,4°C.

A cidade guarda uma das maiores reservas remanescentes de Mata Atlântica do Paraná, com cobertura florestal em 13,28% do seu território e 11.319 hectares de plantios florestais.

A qualidade da flora melífera de Ortigueira sofre influência de diversos fatores, como: do solo e sua formação, do clima, da temperatura e da ação do homem. As diferentes fontes botânicas de néctar resultam em variações na composição química, propriedades físicas e nos atributos sensoriais do mel.

As características físico-químicas do mel (cor, viscosidade, propriedades higroscópicas e pH) foram determinadas pela sua origem botânica, vinculando o mel ao meio geográfico, comprovado por meio da análise de polens, distinguindo o mel da Ortigueira, de coloração clara e sabor suave, como um mel único, de excelente qualidade.

O mel é um líquido doce, viscoso, formado de carboidratos, aminoácidos, enzimas e vários outros compostos em pequenas quantidades. É o único alimento que contém substâncias de abelhas e néctar de flores.

O mel monofloral é feito do néctar das principais floradas. Segundo os apicultores, as mais importantes para a produção do mel são: capixingui, eucalipto, assa-peixe, canelas, maria-mole, gurucaia, aroeira, vassourinha, gabiroba e angico.

O mel silvestre, ou polifloral, é a mistura de vários néctares, formado pelas demais espécies melíferas da região de Ortigueira.

A Apomel teve como objetivo, desde a sua fundação, fortalecer as atividades de aprendizagem, pesquisa, inovação na produção, integração da cadeia produtiva e o mapeamento de toda a rede apícola. Das conquistas da Apomel, destaca-se a constituição de uma Unidade de Beneficiamento de Mel e do Centro de Transferência de Tecnologia Apícola.

A busca por um produto de excelência e um processo de qualidade resultou na obtenção do reconhecimento da Denominação de Origem (DO), por se tratar de um mel único, que refletirá no valor agregado do produto e na abertura de novos mercados.

Associação dos Produtores Ortigueirenses de Mel – APOMEL
Endereço: BR 376, km 354 – Rodovia do Café | Cidade: Ortigueira/PR | CEP: 84.350-000
Telefone: +55 (42) 9 8828-4851 | E-mail: apomelcooramel@gmail.com

Referência Bibliográfica

Número: BR412013000002-0
Indicação Geográfica: Ortigueira
UF: Paraná
Requerente: Associação dos Produtores Ortigueirenses de Mel (Apomel)
Produto: mel de abelha
Data do Registro: 01/09/2015
Delimitação: a área delimitasse pela extensão territorial do município de Ortigueira, região Centro-Oeste do estado do Paraná.

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IG – Região de Pinhal

IG – Região de Pinhal

A cafeicultura da região de Pinhal constituiu em um dos pilares do desenvolvimento econômico da região e do Brasil, sendo referência do trabalho livre e de melhoria da qualidade de vida para a população local.

Este assunto é de responsabilidade da unidade de Inovação.4 de Setembro de 2018


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Passagem entre a plantação.
Café da região.
Vista da indicação geográfica.
Grãos de café ao sol.
Flor.
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A história da cafeicultura da região se inicia em 1850. O desenvolvimento da região ocorreu concomitantemente ao desenvolvimento da cafeicultura. Em 1881, foi criada por meio da Lei nº 62 a Comarca do Espírito Santo do Pinhal e, em 1883, elevada a à categoria de cidade. Todo esse processo de transformação política de Espírito Santo do Pinhal estava atrelado à riqueza acumulada com a cafeicultura e foi liderado pela elite cafeicultora.

Apesar de haver uma produção baseada na escravidão nesse período no Brasil, desde 1867, a Colônia de Nova Lousã, em Espírito Santo do Pinhal, se destacou e constitui objeto de estudo de historiadores pela sua experiência com o trabalho livre. Foi tamanho o sucesso da colônia, que recebeu ilustres visitas, inclusive o Imperador D. Pedro II, em 1878.

A cafeicultura significou desenvolvimento e progresso para a região, uma vez que os recursos oriundos da cafeicultura eram investidos em outros setores da economia, como foi o caso da construção da ferrovia, inaugurada em 1889. A melhora no transporte constitui um marco para a região e possibilitou melhoria na cidade, facilidade da circulação de notícias e contribuiu para o aumento da produção de café.

A Região Mogiana pode ser subdivida com base na característica de produção; organização política e associativista dos produtores de café; relevo, aspectos históricos; perfil da bebida; em três áreas: baixa, média e alta. A Região da Mogiana de Pinhal corresponde à média Mogiana, que abrange 16 municípios, totalizando 43.992 ha de cafezais do tipo arábica, situada na face paulista da Serra da Mantiqueira, com altitudes que variam de 800 a 1.100 metros.

A região é caracterizada pela cafeicultura de montanha com cultivos de espaçamento tradicional e sistemas de produção de perfil familiar. O clima é ameno, com temperatura média anual variando de 14°C a 21°C, e período definido de déficit hídrico, de abril a setembro.

O café da Região de Pinhal é caracterizado pelo equilíbrio entre corpo, acidez e doçura, com aroma intenso e finalização longa. Os cafés oriundos do processamento do tipo natural devem obter pontuação mínima de 75 pontos na metodologia SCAA (Associação Americana de Cafés Especiais) e aqueles oriundos do processamento do tipo cereja descascado e despolpado devem obter pontuação mínima de 80 pontos.

São utilizadas as variedades da espécie Coffea arabica, obtidas por meio da colheita manual no pano ou mecanizada. Somente será aceita a utilização da Indicação Geográfica blends com no mínimo 60% de cafés verdes da Região de Pinhal com outros cafés da espécie Coffea arabica.

Um dos pilares da Indicação Geográfica Região de Pinhal é a sustentabilidade. O Regulamento de Uso prevê a responsabilidade social, ao prever condições de segurança e qualificação aos trabalhadores da região; e também a responsabilidade ambiental, ao estabelecer a adequada destinação aos resíduos e embalagens, dentre outras disposições.

Conselho do Café da Mogiana de Pinhal – COCAMPI
Endereço: Rua Eduardo Teixeira, 120 – Centro | Cidade: Espírito Santo do Pinhal/SP | CEP: 13.990-000
Telefone: +55 (19) 3661-8181| Site: www.coopinhal.coop.br

Dados Técnicos

Número: BR402014000001-8
Indicação Geográfica: Região de Pinhal
UF: São Paulo
Requerente: Conselho do Café da Mogiana de Pinhal – COCAMPI
Produto: Café Verde e Café Torrado e Moído
Data do Registro: 19/07/2016
Delimitação: Os municípios que compõem a Região de Pinhal são Espírito Santo do Pinhal, Santo Antônio do Jardim, Aguaí, São João da Boa Vista, Água da Prata, Estiva Gerbi, Mogi Guaçu e Itapira, todos localizados no Estado de São Paulo. A região possui coordenadas extremas: Norte 21º49’6.33”S (município de Águas da Prata), Sul 22º35’9.66”S(município de Itapira), Leste 46º35’54.87”W (município de Santo Antônio do Jardim) e Oeste 47º14’31.52”W (município de Mogi Guaçu). Dentro da Região de Pinhal, o município de Espirito Santo do Pinhal é o maior produtor de café, sendo que já cultivava café em meados da década de 1980.ua área é de 394 km², a altitude da sede atinge 870 m. Encontra-se a uma latitude 22º11’00” sul e a uma longitude 46º44’00” oeste, com clima temperado, sujeito às variações moderadas; Seus limites são, ao norte com as cidades de Aguaí, São João do Boa Vista e Santo Antônio do Jardim; ao sul, com Mogi Guaçu, Itapira e Jacutinga (MG); ao leste, com Jacutinga (MG) e Santo Antônio Jardim e a oeste, com Aguaí e Mogi Guaçu. Sua distância é de 190 km da cidade de São Paulo capital do Estado. O Rio Mogi Guaçu corta o Município de Pinhal, no extremo sudeste, a partir da Fazenda Guatapará até a confluência do Rio Eleutério, que é a nossa divisa natural com o município de Itapira. Os rios do Espirito Santo do Pinhal pertencem às bacias hidrográficas do Mogi Guaçu e do Jaguari Mirim. O grande espigão central sobre o qual a cidade funcional como um dispersor de águas, que demandam as citadas bacias. A Região de Pinhal se localiza entre os contrafortes da face paulista da Serra da Mantiqueira, na parte noroeste do Estado de São Paulo e junto à fronteira estadual com Minas Gerais. Pertencem à grande morfoestrutura, conhecida por Planalto Atlântico. Neste vasto planalto, temos variações fisionômicas regionais, que possibilitam delimitar unidades geomorfológicas distintas. O relevo é composto por morros e cristas, com topos convexos, típica dos chamados “mares de morros”. As altitudes variam de leste para oeste, na divisa com o Estado de Minas Gerais estão entre 900 a 1.100 metros e, parte central, onde está a sede municipal, variam entre 800 a 900 metros. As rochas desta parte morfológica são constituídas por gnaisses e magmatitos e os solos são do tipo Cambissolos e Podzólicos vermelho-amarelado, sendo que nestes solos são comuns os afloramentos rochosos nas encostas mais inclinadas. São facilmente encontradas, ainda, grandes rochas arredondadas formadas pelas intempéries, chamadas matacões. Ao norte do Espirito Santo do Pinhal, um desses esporões recebe o nome local de Serra do Bebedouro, com altitudes que podem atingir 1.200 metros, onde esta Fazenda Santa Inês e vizinhanças. A Serra do Bebedouro serve, em alguns segmentos, de divisa estadual com Minas Gerais e, também, divisa com o município vizinho de Santo Antônio do Jardim. Ao sudeste está a Serra da Boa Vista, onde encontramos as fazendas Juventina, Floresta, Boa Vista, Funil, Guatapará e outras.

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IG – Vale dos Vinhedos: Denominação de Origem

IG – Vale dos Vinhedos: Denominação de Origem

O Vale dos Vinhedos, consagrado hoje como Denominação de Origem, foi a primeira Indicação de Procedência do Brasil. O reconhecimento oficial, a consolidação no mercado, e os benefícios auferidos, fizeram do Vale dos Vinhedos um exemplo, estimulando diversas outras iniciativas de novas Indicações Geográficas.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 17 de Abril de 2018


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Vinhedos.
Vinho do Vale dos Vinhedos.
Trabalhadores.
Vista do Vale dos Vinhedos.
Uvas da indicação geográfica.
Garrafas armazenadas.

Sobre a Indicação Geográfica

A partir da experiência conquistada, a Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos – APROVALE, em 2005, se mobilizou para iniciar o processo de pedido de registro para o depósito de uma Denominação de Origem, no INPI, para os seus vinhos e espumantes finos.

Realizou-se um trabalho minucioso, com a caracterização agronômica e enológica, a integração de dados de solo, clima e resposta vitivinícola às condições naturais, para a seleção de condições de excelência de produção, em conjunto com a elaboração do regulamento de uso e das normativas de controle, fundamentando um pedido de reconhecimento no ano de 2010.

O Vale dos Vinhedos foi reconhecido, em 2012, como a primeira Denominação de Origem para vinhos do Brasil.

A área compreendida situa-se na região do Planalto das Araucárias, numa altitude entre 500 a 700 metros, a nordeste do estado do Rio Grande do Sul. O clima corresponde a um dos topoclimas que ocorre na região vitivinícola da Serra Gaúcha. Possui condição térmica intermediária quando comparado com os mesoclimas ocorrentes nesta região.

As temperaturas médias anuais são de 17,2°C, com uma amplitude térmica anual de 10°C. A precipitação pluviométrica distribui-se ao longo do ano, com valores médios mensais de 107 e 185 mm. A insolação é de 2.240 horas/ano, com valores mais elevados no verão, correspondente aos dias mais longos.

Na vitivinicultura, o solo e suas propriedades, a planta, o sistema de condução e o manejo do vinhedo imprimem personalidade aos produtos finais da videira. O clima do Vale dos Vinhedos, por sua vez, é muito peculiar quando comparado com os demais grupos climáticos encontrados na vitivinicultura mundial, tendo em vista o seu padrão térmico. Tal diagnóstico é um indicador de que as uvas colhidas na área delimitada possuem características próprias na sua composição química, e nas características sensoriais dos vinhos, associadas ao meio geográfico.

Os vinhos do Vale dos Vinhedos possuem um sistema de vinificação diferenciado. Permitem-se apenas quatro variedades de uvas para a elaboração de vinhos finos tintos, estabelecendo, ainda, um percentual mínimo da variedade Merlot (estruturante), que apresenta elevado desempenho quanto a composição química e sensorial.

Os vinhos e espumantes finos do Vale dos Vinhedos refletem uma arte em conjunto com a tradição, um saber-fazer, aliada com a tecnologia.

Os vinhos tintos são elaborados com um mínimo de 60% de uvas Merlot, sendo o restante Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Tannat. Os vinhos brancos possuem um mínimo de 60% de uvas Chardonnay, sendo o restante exclusivamente da uva Riesling Itálico. Os vinhos-base para a elaboração do espumante podem ser brancos ou tintos, com um mínimo de 60% de Chardonnaye ou Pinot Noir.

O Vale dos Vinhedos, no ano de 2007, foi reconhecido pela Comunidade Europeia, integrando a lista de terceiros países com Indicação Geográfica de vinhos, de acordo com o Regulamento CE 1.493/1999 da União Europeia. Os vinhos finos do Vale dos Vinhedos, primeira Denominação de Origem de vinhos do Brasil, estampam a identidade e qualidade para o restante do Mundo.

Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos – APROVALE
Endereço: RS 444, Km 14.85 – Estrada do Vinho, Bairro Vinosul | Cidade: Bento Gonçalves /RS | CEP: 95.701-430
Telefone: +55 (54) 3451-9601 | Site: www.valedosvinhedos.com.br | E-mail: faleconosco@valedosvinhedos.com.br

Vale dos Vinhedos

Dados Técnicos

Número: IG201008
Indicação Geográfica: Vale dos Vinhedos
UF: Rio Grande do Sul
Requerente: Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos
Produto: Vinhos: tinto, branco e espumante
Data do Registro: 25/09/2012
Delimitação: A área geográfica delimitada possui uma área total de 72,45 km2 e está localizada nos município de Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul.

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IG – Vale dos Vinhedos: Indicação de Procedência

IG – Vale dos Vinhedos: Indicação de Procedência

Os vinhos finos e espumantes do Vale dos Vinhedos trazem 140 anos de história da imigração italiana no Brasil. A bagagem histórica e cultural desta região proporciona um ambiente raro e rico, onde o homem de origem italiana, religioso por tradição, elabora um produto que, há mais de um século, abastece a mesa de sua família e de apreciadores de vinho de todo Brasil e também do mundo.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 17 de Abril de 2018


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Vinhedos.
Vinho do Vale dos Vinhedos.
Trabalhadores.
Vista do Vale dos Vinhedos.
Uvas da indicação geográfica.
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

O Vale dos Vinhedos, colonizado em meados de 1875 por imigrantes italianos, vindos em sua maioria das regiões de Trento e Vêneto, reúne diversas características que o distingue dos demais. O legado histórico e cultural deixado por esses imigrantes está enraizado nas pessoas, nos costumes e, até mesmo, na paisagem do Vale dos Vinhedos. A construção de capelas, a devoção aos santos, o dialeto vêneto e, principalmente, o cultivo da videira e a produção do vinho são marcas da imigração.

A beleza e o aconchego do Vale dos Vinhedos, assim como seu colorido, perfume e romantismo são claramente sentidos por quem o visita. As estações do ano podem ser claramente percebidas devido à explícita transformação do cenário natural. Na primavera e no verão, os vinhedos formam verdadeiros tapetes verdes. Os vales, cheios de parreirais, carregam uvas de diversas variedades. Com a chegada do outono, o cenário ganha tons mais avermelhados. Já no inverno, os dias de neblina remetem a um clima europeu. O Vale dos Vinhedos possui uma área total de 8.112,30 hectares. Desta área, 26% é plantada com vinhedos.

É autorizada a produção de vinhos finos, dos tipos tintos, brancos e espumantes, com requisitos definidos de produção, controlados pelo Conselho Regulador da Indicação de Procedência, formado por seis representantes de associados da Aprovale, dois representantes de entidades técnico-científicas e um representante de consumidores.

Para a produção do vinho, é autorizado o cultivo de 12 cultivares de Vitis vinifera L. tintas e 11 de uvas brancas, sendo permitido o rendimento máximo de 150 hectolitros por hectare. Os produtos da Indicação de Procedência são elaborados com, no mínimo, 85% de uvas produzidas na área delimitada.

Como principais benefícios alcançados pela Indicação de Procedência Vale dos Vinhedos, pode-se citar a melhoria da gestão do espaço vitícola e a gestão agrovitícola, através do sistema de condução, práticas vitícolas e da qualidade da uva. Com relação ao desenvolvimento territorial, observou-se um aumento do preço das terras, a geração de postos de trabalho e uma melhor gestão territorial. Percebeu-se também uma valorização do vinho pelo mercado. Hoje, a Indicação Geográfica do Vale dos Vinhedos é inclusive reconhecida pela União Europeia.

Atualmente, as vinícolas e demais empreendimentos do Vale dos Vinhedos empregam diretamente mais de 2000 mil pessoas, sem contar as famílias proprietárias e novos empreendedores ligados ao turismo e ao setor vinícola, que passaram a se instalar no roteiro.

Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos – APROVALE
Endereço: RS 444, Km 14.85 – Estrada do Vinho – Bairro Vinosul | Cidade: Bento Gonçalves/RS | CEP: 95.701-430
Telefone: +55 (54) 3451-9601 | Site: www.valedosvinhedos.com.br | E-mail: faleconosco@valedosvinhedos.com.br

Dados Técnicos

Número: IG200002
Indicação Geográfica: Vale dos Vinhedos
UF: Rio Grande do Sul
Requerente: Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos
Produto: Vinhos: tinto, branco e espumante
Data do Registro: 19/11/2002
Delimitação: A região do Vale dos Vinhedos possui uma área total de 81,23Km2, distribuída na sua maior parte no Município de Bento Gonçalves, mas também nos Municípios de Garibaldi e Monte Belo do Sul.

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IG – Vale dos Sinos

IG – Vale do Sinos

A produção de couro acabado no Vale do Sinos é fruto de uma rica história e do encontro entre duas culturas, a gaúcha, baseada na pecuária, e a dos imigrantes alemães, sustentada pelo cultivo em pequenas propriedades e pelo artesanato. O Vale do Sinos é a mais antiga região de curtumes, sendo a primeira Indicação Geográfica de um produto industrial no Brasil, e de couro acabado no mundo.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 17 de Abril de 2018


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Couro do Vale dos Sinos.
 Sapato em couro.
 Texturas dos couros.
 Couro da indicação geográfica.
 Textura do couro.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

Na história da indústria brasileira, o segmento de curtumes se apresenta como um caso de extrema especificidade. O segmento surgiu em função da combinação de uma série de fatores que não se repetiram em nenhum outro lugar ou época no Brasil: o encontro de mão de obra especializada livre, referente aos imigrantes alemães chegados ao Brasil, com a demanda de mercado.

Analisando a composição profissional dos grupos de imigrantes, entre os que chegaram até 1830, 60% eram artífices, sendo que destes, o ramo dos tecidos (alfaiates e tecelões) foi o mais fortemente representado, seguido de perto pelo ramo de couros (sapateiros, curtidores, seleiros). Os artesãos alemães que tinham a sabedoria de trabalhar o couro foram os grandes responsáveis pelo início da atividade coureira na região, tendo o conhecimento como grande diferencial, o que transformou a região em referência internacional na produção de couro acabado.

O crescimento do número de curtumes foi ocasionado por condições muito específicas, propiciadas pelas guerras do século XIX, que permitiram a formação de uma região geográfica caracterizada pela produção de couro. Essa especificidade foi reforçada, no século XX, pela entrada da indústria calçadista no segmento de exportação – o que levou a indústria dos curtumes, seu principal fornecedor de insumos, a passar por um processo de aperfeiçoamento.

O território Vale do Sinos compreende o que era originalmente o município de São Leopoldo, berço da colonização alemã no Rio Grande do Sul, em 1824, e que ao longo dos anos foi desmembrado em diversos municípios, o que ocorreu em função da expansão das indústrias produtoras de couro.

Hoje, o território abrange 44 municípios e tornou-se uma referência na formação de mão de obra altamente especializada, resultado da implantação das escolas técnicas, centros de pesquisa e da inteligência setorial ali gerada.

O couro acabado, que recebe o registro da Indicação de Procedência do Vale do Sinos, é fruto de uma produção industrial altamente controlada, que obedece a normas rígidas de produção. Essas normas abrangem desde o recebimento e controle da matéria-prima até qualidade do produto final, passando pelos mais rígidos controles socioambientais. O couro acabado atende a diversas finalidades, como a fabricação de calçados, acessórios, vestuário, estofamento, dentre outros, e é caracterizado por tipos de couro produzidos e acabamento aplicado sobre o mesmo.

O grande benefício buscado pelas indústrias participantes do projeto de Indicação de Procedência do couro acabado do Vale do Sinos é diferenciar o couro acabado, através de um selo de origem que garante qualidade na produção e no produto final, buscando lhe agregar valor.

A implementação do regulamento de produção com referências em normas técnicas nacionais e internacionais possibilita às indústrias a otimização do processo, trazendo maior controle e gerando ganhos de produção e qualidade. Além disso, visa a proteção e a valorização do nome Vale do Sinos no mercado nacional e internacional.

Associação das Indústrias de Curtumes do Rio Grande do Sul – AICSul
Endereço: Rua Lucas de Oliveira, 49/Sala 801 – Centro | Cidade: Novo Hamburgo/RS | CEP: 93.510-110
Telefone: +55 (51) 3273-9100 | Site: www.aicsul.com.br | E-mail: aicsul@aicsul.com.br

Dados Técnicos

Número: IG200702
Indicação Geográfica: Vale do Sinos
UF: Rio Grande do Sul
Requerente: Associação das Indústrias de Cortumes do Rio Grande do Sul
Produto: Couro acabado
Data do Registro: 19/05/2009
Delimitação: A zona de produção compreende os municípios delimitados pelos Conselhos Regionais de Desenvolvimento do Vale do Sinos, Paranhana/Encosta da Serra e Vale do Caí.

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IG – Goiabeiras

IG – Goiabeiras

A cidade de Vitória é uma das capitais mais antigas do Brasil, com registro ainda dos anos 1550. Um bairro da cidade conhecido como “Goiabeiras” se popularizou pela produção de panelas de barro, num hábito que é uma herança cultural de indígenas e afrodescendentes, residentes ali há mais de 300 anos.

Aliada inseparável da gastronomia local, nas panelas de barro de Goiabeiras são feitas as famosas “moquecas” capixabas, reconhecidas como uma especialidade da gastronomia nacional.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 17 de Abril de 2018


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Paneleiras de Goiabeiras.
 Panela de barro.
 Fabricação das panelas de barro.
 Panelas de barro.
 Panelas secando ao sol.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

Em Goiabeiras, o ofício das paneleiras é tradicional. As artesãs produzem panelas de barro utilitárias e sua confecção está ligada à gastronomia e é indissociável na apresentação das moquecas de peixe e de outros frutos do mar, como também da torta capixaba, iguaria consumida também de forma tradicional na Semana Santa. Esses elementos fazem parte dos valores que se constituem na sua identidade cultural.

A torta, as moquecas e as panelas de barro ganharam o mundo e configuram, na literatura gastronômica, uma das “mais brasileiras das cozinhas”, por reunirem e mesclarem elementos das culturas indígena, portuguesa e africana. A fabricação das panelas de barro é uma atividade tradicionalmente feminina, uma vez que constitui um saber repassado de mãe para filha por gerações sucessivas, no âmbito familiar e comunitário.

A fabricação artesanal de panelas de barro é o ofício das paneleiras de Goiabeiras, bairro de Vitória, capital do Espírito Santo. A técnica cerâmica utilizada é de origem indígena, caracterizada por modelagem manual, queima a céu aberto e aplicação de tintura de tanino.

O conhecimento técnico e habilidade das artesãs, que são as guardiãs desse saber, é resultado da tradição passada por várias gerações desde o período pré-colonial. A matéria-prima para a confecção das panelas de barro, a argila, é extraída de uma jazida localizada no Vale do Mulembá, em Goiabeiras, e é feita pelos chamados de “tiradores de barro”, que a misturam com sedimentos que são encontrados na superfície, dando a “liga” necessária para a produção das panelas.

O processo de produção das panelas de Goiabeiras conserva todas as características essenciais que a identificam com a mesma prática dos grupos indígenas das Américas, antes da chegada de europeus e africanos.

Os produtos autorizados para a Indicação de Procedência Goiabeiras são compostos pelas panelas dos tipos: moquequeira ou frigideira, a panela de arroz ou pirão, o caldeirão, a assadeira onde é assada e servida a típica torta capixaba, e as panelas de caldo, com bastante demanda entre os restaurantes. Foram estes tipos de panelas que deram a notoriedade nacional às panelas de Goiabeiras.

Um dos principais benefícios que a Indicação de Procedência trouxe às paneleiras de Goiabeiras é a garantia de origem e legitimidade para estas tradicionais panelas, que, por terem alcançado fama em todo território nacional, eram muito copiadas e falsificadas. O registro do nome no Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI protege o nome Goiabeiras, evitando que ele seja utilizado de forma indevida.

A agregação de valor ao produto também traz em si história e tradição, principalmente por este modo de fazer o artesanato mais que centenário, que se pode sentir em cada uso das panelas de Goiabeiras.

Associação das Paneleiras de Goiabeiras
Endereço: Rua das Paneleiras, 55 | Cidade: Vitória/ES | CEP: 29.075-100
Telefone: +55 (27) 3327-0519 | E-mail: bereniciapaneleira@hotmail.com

Dado Técnicos

Número: IG201003
Indicação Geográfica: Goiabeiras
UF: Espírito Santo
Requerente: Associação das Paneleiras de Goiabeiras
Produto: Panelas de barro
Data do Registro: 04/10/2011
Delimitação: A área delimitada para a Indicação Geográfica, identificada como Goiabeiras, situa-se na parte continental da cidade de Vitória.

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IG – São João Del Rei

IG – São João Del Rei

A cidade de São João Del Rei é marcada pela religiosidade, mantendo viva toda a tradição das procissões, do culto e do soar dos sinos. As peças artesanais em estanho carregam um sentido de natureza simbólica, referente à identidade cultural são-joanense.

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Artesanato em estanho.
Peça fabricada em estanho.
Processo de fabricação de peças em estanho.
Fabricação da peça artesanal.
Peça artesanal.
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

O estanho já era produzido em São João Del Rei e Tiradentes desde o século XVIII. O uso de estanho na confecção de utensílios domésticos e litúrgicos foi muito difundido nessa região no período colonial. Porém, com o advento dos utensílios de alumínio e outros materiais, o estanho foi substituído, sendo o seu uso mais restrito à liga do bronze.

Somente a partir da década de 1960, com a insistência de um antiquário inglês, John Leonel Walter Somers, que a fabricação de peças de estanho se consolidou. Ele aprendeu a fabricar as peças e ensinou o ofício a outras pessoas. Logo, fábricas de produtos de estanho proliferaram pela cidade mineira.

As produções, no entanto, remontam às mesmas características coloniais do século XVIII, mantendo uma continuidade com o passado. As peças artesanais fabricadas em estanho na cidade de São João Del Rei representam a tradição local, e a identidade histórico-cultural da região.

Escolhida como Capital Brasileira da Cultura, em 2007, São João Del Rei é uma das principais cidades históricas de Minas Gerais, com um vasto patrimônio histórico e cultural. Está posicionada com destaque no Circuito dos Inconfidentes e na Estrada Real.

O conjunto arquitetônico e urbanístico da cidade foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 1983. As ladeiras, capelas, igrejas, casarios, os casarões coloniais, as pontes e os Passos da Paixão são magníficas edificações do barroco a composições do gosto rococó, guardando a riqueza do ciclo do ouro.

O estanho é um metal beneficiado a partir da cassiterita, muito macio, o que impede de ser utilizado puro. Por isso, é feita uma liga denominada como “pewter”, que contém de 90 a 98% de estanho, sendo o restante composto por 1 a 8 % de antimônio e 0,25 a 3% de cobre.

O artesanato em estanho de São João Del Rei tem características barrocas, peças sacras e os utensílios domésticos possuem design colonial. O estanho de design colonial é um produto que reforça a identidade cultural de São João Del Rei. Nas peças sacras, são mantidas as formas arredondadas da religiosidade são-joanense. Estes aspectos agregam valor ao produto na medida em que o estanho traz a representação da cidade em si.

O fortalecimento do grupo de artesãos, o aumento da competitividade e atratividade do produto, o produtor como agente formador de uma identidade coletiva e a construção de um acervo para a comunidade, tudo isso consolida a tradição no favorecimento do desenvolvimento regional.

A cidade possui 10 fábricas, com uma produção de 5 mil peças/mês. O faturamento médio das empresas é na ordem de R$ 150 mil por mês, gerando pelo menos 80 empregos diretos, alem do montante de R$ 15 mil mensais de impostos para o município.

As peças em estanho são uma expressão de um patrimônio imaterial relacionado ao saber-fazer artesanal, com as características identitárias e culturais próprias da cidade de São João Del Rei.

Associação dos Artesãos de Peças em Estanho de São João Del Rei – AAPE
Endereço: Praça Embaixador Gastão da Cunha, 50 | Cidade: São João Del Rei/MG | CEP: 36.300-084
Telefone: +55 (32) 3372-1352 | E-mail: estanhossantaclara@yahoo.com.br

Dados Técnicos

Número: IG201010
Indicação Geográfica: São João Del Rei
UF: Minas Gerais
Requerente: Associação dos Artesãos de Peças em Estanho de São João Del Rei
Produto: Peças artesanais em estanho
Data do Registro: 07/02/2012
Delimitação: A área delimita coincide com a área do Município de São João Del Rei.

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IG – Rio Negro

IG – Rio Negro

Os peixes ornamentais da Amazônia encantam criadores de peixe ao redor do mundo há muitas décadas. Os piabeiros e ribeirinhos percorrem, na bacia do médio Rio Negro, as doces águas de rios, igapós, lagos e igarapés, à procura das diversas espécies de peixes de pequenos portes de cores exuberantes.

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Cardume de cardinal.
 Cardume de peixe-borboleta.
 Peixe-lápis (ao centro).
 Acampamento de pesca.
 Barco de pesca.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A pesca artesanal dos peixes ornamentais, conhecidos como piabas, é uma atividade extrativista, com décadas de existência, que ocorre nas áreas inundáveis do Rio Negro, gerando renda aos ribeirinhos e sustentando as comunidades rurais.

Em meados da década de 1950, o pesquisador H. Axelrodi, em sua primeira viagem ao Brasil, à procura da espécie de peixe ornamental Acará-disco, no Rio Negro, descobriu o Cardinal tetra. Logo, montou uma operação envolvendo 50 pescadores, na cidade de Barcelos, para a pesca do Cardinal.

No início de 1956, os espécimes chegaram aos pesquisadores americanos, que as descreveram cientificamente em poucos dias, sendo identificados com o nome de Cardinal tetra. A Comissão Internacional de Nomenclatura posteriormente validou a descoberta, adotando o nome científico de Cheirodon axelrodi.

A descoberta do Cardinal tetra desencadeou uma grande mudança no comércio de peixes ornamentais, dando origem a um novo ciclo de exportação dos peixes ornamentais do Rio Negro.

A bacia do Rio Negro é uma região relativamente intocada, devido à grande área de florestas intactas, rios e ecossistemas variados, como igapó, igarapé e lagos. A ictiofauna é caracterizada pela alta diversidade de peixes, com cerca de 1.000 espécies, com mais de 30% endêmicos da bacia. Dentro desta diversidade, encontramos os peixes ornamentais, que constitui uma considerável parcela.

O peixe ornamental é um dos poucos recursos oriundos do extrativismo viável no interior da Amazônia, devido à grande área de planície inundável, à abundância das espécies e à rápida renovação. Trata-se da maior área de pesca extrativista de peixes ornamentais do Brasil.

A maioria dos peixes ornamentais é de pequeno porte, com ciclo de vida curto (de um a dois anos), com alto potencial reprodutivo e rapidamente renovável. Os peixes são considerados recursos naturais sustentáveis, desde que devidamente manejados, gerando pouco ou nenhum impacto aos ecossistemas.

O Cardinal tetra é o peixe ornamental mais abundante e cobiçado, por conta do seu colorido ventral, azul e vermelho. Representa mais de 80% do total de peixes exportados por ano. O cardinal prefere as margens dos igarapés, nos remansos, locais de pouca ou nenhuma correnteza e baixa concentração de oxigênio.

Atualmente, cerca de 180 espécies de peixes de água doce são liberadas para a pesca. Entre estas, reguladas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), destacam-se neon verde (Paracheirodon simulans), rodóstomo, (Petitella georgiae), rosa-céu (Hyphessobrycon sp), borboletas (Carnegiella) e apistogramas (Apistogramma).

Estima-se que mais de 1.000 famílias estejam envolvidas na pesca, no transporte e no comércio dos peixes ornamentais. Em torno de 100 espécies são exploradas e mais de 40 milhões de peixes são exportados por ano, gerando um negócio em torno de US$ 5 milhões.

A Indicação de Procedência (IP) Rio Negro fortaleceu a sociedade local, a gestão participativa, a conservação do meio ambiente e o bem-estar dos peixes vivos ao longo da cadeia produtiva. A partir do reconhecimento, desenvolveu-se um plano de políticas públicas capaz de garantir a preservação desta atividade, incrementando o valor dos peixes ornamentais do Rio Negro.

Cooperativa de Pescadoras e Pescadores Artesanais de Peixes Ornamentais do Médio e Alto Rio Negro – ORNAPESCA
Endereço: Bairro Nazaré, Rua Dorval Porto | Cidade: Barcelos/AM | CEP: 69.700-000
Telefone: +55 (92) 3657-0539 | E-mail: ornapesca@gmail.com

Dados Técnicos

Número: BR2012000003-9
Indicação Geográfica: Rio Negro
UF: AM
Requerente: Ornapesca – Cooperativa P.P.A.P.O.M.A. Rio Negro
Produtos: peixes ornamentais
Data do Registro: 09/09/2014
Delimitação: a região delimitada está inserida no estado do Amazonas, sendo composta pelos municípios de Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro.

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IG – Franca

IG – Franca

Franca também é conhecida como a Capital dos Calçados. Seus produtos ocupam os espaços mais sofisticados do mundo, atendendo a todos os padrões de consumo, cada vez mais segmentados. Em uma atividade no qual predomina o trabalho essencialmente manufatureiro, e por vezes, artesanal, o saber-fazer é ponto crucial na produção e sucesso dos calçados.

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Sapatos de Franca.
 Fabricação de calçados.
 Calçados de Franca.
 Calçados.
 Fábrica de calçados.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A Vila de Franca do Imperador foi um dos principais entrepostos da chamada Estrada dos Goiases, rota do comércio que ligava a capital da província de São Paulo aos sertões do Mato Grosso do Sul e Goiás. Para atender as necessidades dos tropeiros e mercadores que transitavam por este caminho, artesões locais produziam arreios, sapatões de atanado, sandálias, bainhas para facas e outros artigos de couro.

Foi o Curtume Progresso, remodelado e modernizado, em 1917, que estabeleceu um marco, ao disponibilizar para a indústria local matéria- prima apropriada para a manufatura de sapatos mais refinados.

Na década de 1940, com a chegada da maquinaria, as empresas calçadistas, pouco a pouco, comercializavam seus produtos para todo o país, vindo a consagrar-se como o mais importante polo de fabricação do Brasil.

Na década de 1980, devido a mudanças políticas econômicas brasileiras, somada a globalização, Franca passou por uma reestruturação. Grandes empresas encerraram suas atividades, e vários operários se tornaram pequenos empresários.

Franca reinventou-se, como grande polo de fabricação, mantendo o mesmo entusiasmo e tradição na produção de calçados.

O município de Franca, localizado no interior do estado de São Paulo, é o principal polo fabricante de calçados masculinos do país.

Possui todos os elos da cadeia produtiva, tais como curtumes, fabricantes de máquinas para calçados, solados, colas adesivas, formas, palmilhas, facas para corte, adornos e acessórios de metal, entre os mais importantes. Destaca-se a presença de mais de 1000 empresas de grande, médio e pequeno porte.

Há uma preocupação constante com o bem-estar dos trabalhadores e o meio ambiente. Os centros de ensino e pesquisa no setor calçadista, incluindo centros de design e formação profissional, são considerados os mais modernos que existem, sendo referência nacional e internacional.

A reestruturação de Franca, ao intensificar a difusão do trabalho domiciliar, contribuiu para disseminar o saber-fazer de fabricação de calçados por amplas camadas da população; ao facilitar o acesso de modelos, designs e materiais num ambiente produtivo no qual as condições de estabelecimento por conta própria são favoráveis.

Franca produz calçados masculinos e femininos para adultos e crianças. Os calçados são fabricados em couro, material sintético; tênis de distintos materiais, e possuem diversas finalidades, como: uso diário, estação, caminhada, práticas de esportes, uso caseiro, entre outros. Todos os produtos destinados à Indicação de Procedência passam por ensaios para a verificação da qualidade.

Os produtores de calçados de Franca, através da sua representação SINDIFRANCA estabelecem o intuito de colaborar com os poderes públicos e demais associações, visando a solidariedade da classe e os interesses nacionais.

A substituição das grandes empresas por pequenos empresários aumentou o número de fabricantes. A preservação secular de um ofício e a motivação de ex-trabalhadores a repetirem o êxito das primeiras indústrias na vocação de Franca em fazer calçados.

Sindicato da Indústria de Calçados de Franca – SINDIFRANCA
Endereço: Rua Dr Cecim Miguel, 2760, Parque Moema | Cidade: Franca/SP | CEP: 14.409-174
Telefone: +55 (16) 3712-9400 | Site: www.sindifranca.org.br | E-mail: sindifranca@sindifranca.org.br

Dados Técnicos

Número: IG201012
Indicação Geográfica: Franca
UF: São Paulo
Requerente: Sindicato das Indústrias de Calçados de Franca
Produto: Calçados
Data do Registro: 07/02/2012
Delimitação: A delimitação corresponde aos limites do município de Franca, no interior do estado de São Paulo.

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IG – Farroupilha

IG – Farroupilha

Berço da imigração italiana no Rio Grande do Sul, a cidade de Farroupilha constitui-se na região de maior concentração de uvas moscatéis do país, com foco na produção de vinhos finos moscatéis, espumante moscatel e moscatel frisante.

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Uvas de Farroupilha.
Cacho de uvas.
Cachos de uvas.
Videira de uva.
Uvas de Farroupilha.
Marca visual.

Sobre a Indicação Geográfica

Em maio de 1875, a região recebia as primeiras famílias italianas de imigrantes vindas de Milão. Em curto espaço de tempo, chegaram mais famílias, das regiões de Piemonte e Vêneto.

Os imigrantes ocupavam lotes denominados colônias, produzindo uma diversidade de produtos necessários para a sua subsistência. O plantio de videiras iniciou assim que os imigrantes instalaram-se em suas propriedades e, rapidamente, surgiu uma pequena produção de vinhos artesanais nos porões das casas.

Nas décadas de 1920 a 1930, leis estaduais e federais romperam com a produção artesanal e centralizaram a produção do vinho em grandes vinícolas. A dificuldade de comercialização da produção estimulou a criação de duas grandes associações: a Cooperativa Vinícola São João e a Cooperativa Vinícola Linha Jacinto, no ano de 1931.

As duas associações tinham sede no território que deu origem à cidade, criada no ano de 1934. A partir da década de 1960, com uma legislação mais branda e uma nova realidade educacional para a vitivinicultura, surgiram novas vinícolas. Desde então, Farroupilha consolida-se como produtora de vinhos finos e espumantes moscatéis.

Farroupilha está localizada nas Serras Gaúchas, região Nordeste do estado do Rio Grande do Sul. O clima é quente e temperado, com temperatura média de 16,8°C e média anual de pluviosidade de 1.837 mm.

A cidade é a terceira maior produtora vitivinícola do país e a maior produtora nacional de uvas moscatéis. Também ocupa a segunda posição no estado na produção de uvas Vitis vinifera (para vinhos finos). A estrutura vitivinícola local envolve cerca de 1.400 propriedades vitícolas, em uma área de vinhedos de aproximadamente 4.000 hectares.

O nome da cidade foi dado em homenagem ao centenário da Revolução Farroupilha. Famosa pela produção de kiwis, a cidade também é conhecida como capital nacional da malha e por abrigar um dos maiores centros de fé do estado, o Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio.

Os fatores naturais da região condicionam a fisiologia da planta videira, seu metabolismo primário, tais como carboidratos e ácidos orgânicos, e secundários, tais como precursores aromáticos, compostos fenólicos, estilbenos e outros. O efeito marcante do mesoclima regional determina alguns aspectos particulares na composição da uva, pelo efeito das temperaturas mais amenas, determinando uma maturação mais tardia.

São seis os produtos vitivinícolas da Indicação de Procedência (IP) Farroupilha: vinho fino branco moscatel, vinho moscatel espumante, vinho frisante moscatel, vinho licoroso moscatel, mistela simples moscatel, brandy de vinho moscatel.

O reconhecimento de Farroupilha como IP produtora de vinhos e espumantes moscatéis, de qualidade e origem, é a consolidação do crescimento dos últimos anos. O reflexo do reconhecimento é evidenciado pela organização do setor substanciado pela Associação Farroupilhense de Produtores de Vinhos Espumantes, Sucos e Derivados (Afavin), pela diversidade dos mercados que os vinhos e espumantes alcançaram, pela mídia espontânea e especializada e pelos prêmios obtidos em concursos nacionais e internacionais.

Associação Farroupilhense de Produtores de Vinhos, Espumantes, Sucos e Derivados – AFAVIN
Endereço: Rua José Martelli, nº 361, apto 601 | Cidade: Bento Gonçalves/RS | CEP: 95.707-010
Telefone: +55 (54) 9 8111-2119 | Site: www.afavin.com.br | E-mail: contato@vinhosdefarroupilha.com.br

Dados Técnicos

Número: BR402014000006-9
Indicação Geográfica: Farroupilha
UF: Rio Grande do Sul
Requerente: Associação Farroupilhense de Produtores de Vinhos Espumantes, Sucos e Derivados (Afavin)
Produto: vinho fino branco moscatel, vinho moscatel espumante, vinho frisante moscatel, vinho licoroso moscatel, mistela simples moscatel, brandy de vinho moscatel
Data do Registro: 14/07/2015
Delimitação: a região delimitada é uma área contínua de 379,20 km², incluindo integralmente o município de Farroupilha.

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IG – Região Pedra Madeira

IG – Região Pedra Madeira

O setor de rochas ornamentais é responsável por grande parcela do desenvolvimento econômico regional. A Pedra Madeira vem ampliando a sua participação no mercado nacional e internacional.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 17 de Abril de 2018


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Pedra madeira.
Aplicação em parede da pedra madeira.
Piso exterior em pedra madeira.
Região de extração da pedra madeira.
Pedra madeira.
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A produção de rochas no Noroeste do Rio de Janeiro teve seu início na década de 1960, que ensejou a constituição de um Arranjo Produtivo Local, que tem por base tipos litológicos e comerciais de características únicas no país.

No entanto, foi na década de 1990 que teve início a exploração da rocha denominada Pedra Madeira. Essa rocha apresentava coloração branca e amarelada, sendo comercializada também na forma de fragmentos trabalhados a mão, apelidada de almofadada.

A Pedra Madeira, junto com as demais rochas do Noroeste Fluminense, conquistou o mercado nacional, devido às singularidades das pequenas placas, conhecidas como “lajinhas”. Esses produtos alavancaram a atividade mineral da região.

O noroeste do Rio de Janeiro é o principal polo mineral do estado, onde encontramos a famosa Pedra Madeira. A área de maior extração e beneficiamento da Pedra Madeira consiste no município de Santo Antonio de Pádua.

Segundo a distribuição litológica, há uma predominância de rochas ornamentais do tipo granito, incidindo em 256 áreas, com características de cores claras, como branco e amarelo, e de granulação variando desde a fina à grossa.

O protólito da Pedra Madeira é uma rocha ígnea, que cristaliza a partir de magma, com composições granítica, apresentando um bandamento composicional marcado por bandas brancas, com maior quantidade de plagioclásio em relação a feldspato potásico, e bandas rosadas, com maior quantidade de feldspato potásico em relação a plagioclásio.

Durante o processo metamórfico e deformacional, posterior ao alojamento do corpo rochoso e cristalização da rocha, atinge-se o granulito, com enriquecimento dos plagioclassicos em cálcio e consequente modificação da coloração deste mineral branco para esverdeado. As características da Pedra Madeira são o resultado de eventos geológicos ocorridos há mais de 600 milhões de anos atrás.

A Pedra Madeira apresenta como característica geral colorações claras e lineações marcantes, produto do estiramento de minerais, principalmente o quartzo, no entanto, com quatro variações de cor: branca, rosa, verde e amarela.

A variedade branca é caracterizada pela presença do plagioclásio, a rosa pelo feldspato potásico, a verde pela granulação mais intensa, e a amarela da alteração de minerais ricos em ferro, devido à percolação de água ao longo de microfraturas presentes na rocha.

Os principais produtos beneficiados e comercializados pelas empresas certificadas são as lajinhas (23×11,5×5 cm), placas (47x47x4 cm), chapas (em medidas diversas), blocos (23×11, 5x 4 cm) e filetes decorativos (oriundos de corte de outras peças).

O reconhecimento da Pedra Madeira permitiu a caracterização e registro das suas peculiaridades, definindo-a em critérios geológicos, visando agregar valor ao produto e diferenciá-la das demais rochas e pedras de revestimento produzidas no país. A Indicação Geográfica da Pedra Madeira é o resultado de estudos técnicos e proteção das rochas do Noroeste Fluminense.

Sindicato de Extração e Aparelhamento de Gnaisses no Noroeste do Estado do Rio de Janeiro – SINDGNAISSES
Endereço: Avenida Doutor Themístocles de Almeida, nº 314 – Centro | Cidade: Santo Antônio de Pádua/RJ | CEP: 28.470-000
Telefone: +55 (22) 3853-1120 | Site: www.sindgnaisses.com | E-mail: sindgnaisses@sindgnaisses.com

Dados Técnicos

Número: IG201005
Indicação Geográfica: Região Pedra Madeira Rio de Janeiro
UF: Rio de Janeiro
Requerente: Sindicato de Extração e Aparelhamento de Gnaisses no Noroeste do Estado do Rio de Janeiro
Produto: Gnaisse milonítico de coloração clara com quatro variedades de cor: branca, rosa, verde e amarela. Nas pedreiras é feito o desplacamento da rocha em lajes brutas de 50x50x8cm. Nas serrarias estas lajes são beneficiadas produzindo as lajinhas comercializadas.
Data do Registro: 22/05/2012
Delimitação: Engloba parte dos municípios de Santo Antonio de Pádua, Miracema, Laje do Muriaé, Itaperuna, Porciúncula, Varre-Sai, Natividade, Cambuci, São José de Uba e Aperibé, com área aproximada de 2.700 km².

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IG – Região Pedra Cinza

IG – Região Pedra Cinza

No noroeste do estado do Rio de Janeiro, a produção da Pedra Cinza é tradicional, iniciando-se na década de 1960, e continuando até os dias de hoje, sem interrupção, e com aumento da produção e de novos usos para esse formidável material.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 31 de Julho de 2018


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Banco feito em pedra cinza.
 Pedra cinza.
 Placas denominadas “lajinhas”.
 Descrição da imagem.
 Muro feito de pedra cinza em formato de placas.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

O início da atividade da extração de rochas na Região foi no município de Santo Antônio de Pádua, no final da década de 1950 e início da década de 1960, com a lavra dos milonito-gnaisses, que receberam, primeiramente, a denominação comercial de pedra Miracema, e, mais recentemente, de Pedra Cinza. Estas rochas, de coloração cinza e textura rugosa, eram comercializadas no formato de placas brutas, sem polimento, sob a denominação de placas de curral.

Na década de 1990, quando surgiram as primeiras serrarias, as placas brutas eram transformadas em pequenas placas denominadas “lajinhas”. Ao lado de outras rochas similares, estes produtos alavancaram a atividade mineral numa região hoje considerada Arranjo Produtivo Local de base mineral pelas instituições oficiais.

A área tradicional de exploração da Pedra Cinza ocorre na Serra do Bonfim, no município de Santo Antônio de Pádua, numa faixa formada com aproximadamente 22 km, que se estende por mais 60 km, até o município de Natividade, com uma segunda faixa entre os municípios de Laje do Muriaé e Varre-Sai. A pedra para revestimentos comercializada com o nome Pedra Cinza é extraída de um ou mais corpos rochosos de forma tabular, com espessura máxima de 70 metros e extensão da ordem de dezenas de quilômetros, encaixados em rochas do Complexo Juiz de Fora.

A Pedra Cinza apresenta coloração cinza devido à matriz fina da rocha, formada por biotita e hornblenda. A sua principal característica é a presença da forte foliação milonítica. Esta foliação é o produto de intensa deformação, com recristalização dos minerais e diminuição da granulometria original da rocha, isto é, sem fusão com a rocha. É ao longo da foliação milonítica presente na Pedra Cinza que a rocha é desplacada, produzindo o material que será cortado nas serrarias para a produção das lajes e chapas.

Durante a colisão de dois paleocontinentes, há 560 milhões de anos atrás, ocorreu o alojamento e cristalização do protólito da Pedra Cinza, na base de uma espessa zona de cisalhamento, no qual rochas como a Pedra Cinza, bem como as rochas encaixantes do Complexo Juiz de Fora e os paragnaisses associados à Megassequencia Andrelândia foram transformadas em gnaisses miloníticos por meio de processos metamórficos e deformacionais, responsáveis pela geração da mineralogia atual. Esses processos ocorreram a profundidades superiores a 27 km no interior da crosta terrestre, e temperaturas acima de 600° C.

As rochas de revestimento da Pedra Cinza trazem ao setor da mineração o desenvolvimento necessário, aliado à tecnologia para exploração, com a devida preservação do meio ambiente, na medida em que se aproveitam os resíduos. Tudo isso alinhado com benefícios socioeconômicos para a comunidade envolvida.

Sindicato de Extração e Aparelhamento de Gnaisses no Noroeste do Estado do Rio de Janeiro – SINDGNAISSES
Endereço: Av. Doutor Themístocles de Almeida, nº 314 | Cidade: Santo Antônio de Pádua/RJ | CEP:28.470-000
Telefone: +55 (22) 3853-1120 | Site: www.sindgnaisses.com | E-mail: sindgnaisses@sindgnaisses.com

Dados Técnicos

Número: IG201006
Indicação Geográfica: Região Pedra Cinza Rio de Janeiro
UF: Rio de Janeiro
Requerente: Sindicato de Extração e Aparelhamento de Gnaisses no Noroeste do Estado do Rio de Janeiro
Produto: Gnaisse milonítico de coloração cinza possuindo três variedades: “olho de pombo”, “pinta rosa” e “granito fino”. Nas pedreiras é feito o desplacamento da rocha em lajes brutas de 50x50x8cm. Nas serrarias estas lajes são beneficiadas produzindo as lajinhas comercializadas.
Data do Registro: 22/05/2012
Delimitação: Engloba parte dos municípios de Santo Antonio de Pádua, Miracema, Laje do Muriaé, Itaperuna, Porciúncula, Varre-Sai, Natividade, Cambuci, São José de Uba e Aperibé, com área aproximada de 2.700 km².

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IG – Região Pedra Carijó

IG – Região Pedra Carijó Rio de Janeiro

As rochas do noroeste do estado do Rio de Janeiro são tradicionalmente empregadas nas construções, para a confecção de revestimentos, tanto internos quanto externos. As características físicas da Pedra Carijó são resultantes de uma colisão entre dois paleocontinentes, há mais de 500 milhões de anos.

Este assunto é de responsabilidade da unidade de Inovação.31 de Julho de 2018


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Rocha para extração de Pedra Carijó.
 Extração da Pedra Carijó.
 Descrição da imagem.
 Cidade do Rio de Janeiro.
 Revestimento de parede feito em pedra carijó.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

Em 1840, Frei Bento de Gênova coordenou a construção da igreja de Santo António de Pádua, na atual praça Pereira Lima. Aos poucos, os moradores passaram a chamar a localidade de Santo Antonio de Pádua, que passou de arraial a vila, e depois a cidade.

Um século depois, a trilha percorrida na mineração deixa raízes no declínio dos últimos ciclos econômicos dos arrozais e da pecuária. No final da década de 1950, a extração de rochas torna-se uma opção em função das diversas dificuldades da agricultura e criação de gado. A febre da pedra abriu pedreiras em fazenda, convertendo currais em serrarias.

A lavra da Pedra Carijó ocorre em maciços rochosos, mantendo o mesmo método de extração desde o início da sua exploração. No inicio da década de 1990, as serrarias que produziam pequenas placas denominadas “lajinhas” conquistam o mercado nacional.

A extração da Pedra Carijó está tradicionalmente vinculada à região noroeste do estado do Rio de Janeiro, sendo desenvolvida em serrarias que estão localizadas no entorno da área de ocorrência geológica da referida rocha. A área de maior extração e beneficiamento está localizada no município de Santo Antonio de Pádua, seguido por Cambuci, São Jose de Ubá e Natividade.

O sucesso da exploração da Pedra Carijó deve-se à facilidade de extração ao longo da foliação milonítica presente na rocha e também da grande extensão dos corpos rochosos, possibilitando o aproveitamento de um alto percentual do volume total desses corpos rochosos.

Geologicamente, a Pedra Carijó é classificada como um gnaisse, rocha metamórfica, apresentando composição granítica, sendo a mineralogia principal composta por Quartzo, Feldspato, Potássio, Plagioclásio e Granada com escassa Biotita, e entre outros minerais acessórios ocorrem zircão, allanita, apatita e minerais opacos.

O produto denominado Pedra Carijó apresenta três variedades: “olho de pombo”, “pinta rosa” e “granito fino”. Estes produtos são usados para revestimentos de pisos e paredes, tanto em ambientes internos quanto externos.

A singularidade da rocha da qual é extraída a Pedra Carijó está relacionada com eventos geológicos ocorridos há mais de 560 milhões de anos atrás. O desenvolvimento das principais características que a define ocorreram durante a colisão de dois paleocontinentes, o São Francisco e o Arco Magmático do Rio Negro, pertencente à microplaca Serra do Mar, resultando na formação do paleocontinente Gondwana.

O reconhecimento da Região Pedra Carijó Rio de Janeiro é a consolidação do desenvolvimento do setor da mineração voltado para as rochas de revestimento, por meio de ações de reconhecimento de novas áreas de exploração, segurança no trabalho, a tecnologia da exploração, o aproveitamento de resíduos e o retorno socioambiental da exploração mineral.

Sindicato de Extração e Aparelhamento de Gnaisses no Noroeste do Estado do Rio de Janeiro – SINDGNAISSES
Endereço: Av. Doutor Themístocles de Almeida, nº 314 | Cidade: Santo Antônio de Pádua/RJ| CEP: 28.470-000
Telefone: +55 (22) 3853-1120 | Site: http:www.sindgnaisses.com | E-mail: sindgnaisses@sindgnaisses.com

Dados Técnicos

Número: IG201004
Indicação Geográfica: Região Pedra Carijó Rio de Janeiro
UF: Rio de Janeiro
Requerente: Sindicato de Extração e Aparelhamento de Gnaisses no Noroeste do Estado do Rio de Janeiro
Produto: Gnaisse fitado milonítico de coloração branca e pontos vermelhos de diâmetro inferior a 1 centímetro. Nas pedreiras é feito o desplacamento da rocha em lajes brutas de 50x50x8cm. Nas serrarias estas lajes são beneficiadas produzindo as lajinhas comercializadas.
Data do Registro: 22/05/2012
Delimitação: Engloba parte dos municípios de Santo Antonio de Pádua, Miracema, Laje do Muriaé, Itaperuna, Porciúncula, Varre-Sai, Natividade, Cambuci, São José de Uba e Aperibé, com área aproximada de 2.700 km².

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IG – Região do Jalapão

IG – Região do Jalapão

É possível encontrar no leste do estado do Tocantins um produto natural de beleza inigualável: o Capim Dourado do Jalapão. As cores vivas amarelas dão um toque especial aos cerrados da região. Esta matéria-prima incentivou os moradores locais, no decorrer dos anos, a produzirem peças de costura e trançados. A produção de artigos a partir do Capim Dourado do Jalapão é uma herança das comunidades quilombolas que perdura há anos nesta região.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 17 de Abril de 2018


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Fabricação com capim-dourado.
 Chapéis de capim-dourado.
 Capim-dourado.
 Vista do Jalapão.
 Produto da indicação geográfica.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

No Jalapão, a partir de 1930, técnicas artesanais de manuseio do capim dourado foram aprendidas por povos da região, sendo que a partir dos anos 1990 (principalmente no fim da década) é que a produção das peças do artesanato do capim dourado se popularizaram Brasil afora. Atualmente, sua produção é reconhecida em todo o País, o que vem a estimular a produção e valorizar os produtores locais. Comunidades quilombolas do Jalapão são as responsáveis pela produção deste renomado artesanato, que ganha notoriedade no Brasil e no mundo por ser um produto coletado da natureza, por meio de técnicas que garantem a sustentabilidade ambiental e pela produção das peças de forma manual.

O Jalapão é uma região árida com temperatura média de 30°C, cortada por imensa teia de rios, riachos e ribeirões. A época de chuvas na região se restringe de dezembro a março. Na região, há dunas de areias douradas com até 30 metros de altura. A retirada do capim dourado é feita nos campos úmidos, uma espécie de vegetação rasteira sem árvores ou arbustos. O capim é uma planta sempre-viva, com tempo de vida de 5 a 10 anos. Entre abril e maio, as hastes começam a crescer, enquanto a colheita é feita pela segunda quinzena de setembro, quando o capim está bem maduro.

A costura do capim é um processo que exige muito cuidado, pois a peça de capim pode quebrar e inutilizar todo aquele filete. Os materiais utilizados para a confecção do artesanato são extremamente simples: capim, a “seda” do buriti (cordão originário de uma planta local) e uma agulha. Os artesãos da região definem dois tipos de capim: o “douradão”, com hastes mais grossas para peças grandes; e o “douradinho”, com filetes mais flexíveis para peças pequenas.

A maioria destes artesãos trabalha em casa, e estes trabalhos manuais surgem como uma forma de incentivar o trabalho e possibilitar maiores oportunidades de renda para os moradores da região. Estes produtores também foram aprimorando suas técnicas no decorrer dos anos, com o apoio de várias entidades, em cursos de produção e design. Uma herança cultural cada vez mais preparada e uma população com mais recursos para crescer. A Indicação de Procedência além de garantir o uso do nome do Jalapão às comunidades locais deverá qualificar a produção, agregar valor e incentivar ainda mais o turismo aliado ao artesanato na região do Jalapão.

Associação dos Artesãos em Capim Dourado da Região do Jalapão do Estado de Tocantins – AREJA
Endereço: 103 Norte, rua nº 516, Plano Diretor Norte | Cidade: Palmas/TO | CEP: 77.001-020
Telefone: +55 (63) 3216-3484 | E-mail: arejacampimdourado@yahoo.com

Dados Técnicos

Número: IG200902
Indicação Geográfica: Região do Jalapão do Estado do Tocantins
UF: Tocantins
Requerente: Associação dos Artesãos em Capim Dourado da Região do Jalapão do Estado do Tocantins
Produto: Artesanato em Capim Dourado
Data do Registro: 30/08/2011
Delimitação: A região do Jalapão do Estado do Tocantins abrange os municípios de Mateiros, São Felix do Tocantins, Ponte Alta do Tocantins, Novo Acordo, Santa Tereza do Tocantins, Lagoa do Tocantins, Lizarda e Rio Sono.

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