IG – Maracaju

IG – Maracaju

A linguiça é o mais antigo embutido do mundo. Nas origens, preparava-se com carne fresca de caça, sobretudo de javali. No Brasil, Maracaju é conhecida como a capital da linguiça, pelo seu tradicional embutido de iguarias nobres e sabor diferenciado.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 17 de Abril de 2018


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Linguiça de Maracaju.
Associação.
Vista aérea da Festa da Linguiça.
Linguiça na grelha.
Segunda imagem da Festa da Linguiça
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

O município de Maracaju foi criado em 11 de junho de 1924 e foi colonizado, em grande parte, por mineiros que viajavam em comitivas e levavam a tradição da produção da linguiça caseira que era feita de carne suína. Na época, a melhor forma de conservar a carne era dentro das tripas. A gordura e os condimentos ajudavam a preservar e apurar o sabor.

Levando em conta a tradição pecuária local, os fazendeiros passaram a usar a carne de boi para fazer a linguiça. A receita foi sendo espalhada e modificada. A laranja azeda foi introduzida no embutido como um acidulante natural, junto com o alho e o sal, dando uma característica peculiar na conservação e no processo de fabricação.

Com o passar dos anos, o produto passou a ser consumido não só pelas tradicionais famílias de Maracaju, mas também por pessoas vindas de outras cidades e estados que participavam das festividades da região. A chegada dos refrigeradores e a grande procura pelo embutido alavancaram a comercialização do produto, ainda na década de 1980, consolidando a notoriedade de Maracaju.

As histórias da cidade e da linguiça entrelaçam-se em diversos momentos, e seus reflexos são vistos nos quatro cantos. A linguiça de Maracaju apareceu no Guiness Book, em 1988, pela maior linguiça já fabricada, com 31 metros de comprimento.

Maracaju é um município no Sudoeste de Mato Grosso do Sul. Localiza-se na região do Cerrado e campos de vacaria. Encontra-se em uma região de planaltos, sob a influência da bacia do Rio da Prata e do clima tropical, úmido a subúmido, com precipitação pluviométrica anual em torno de 1.600 mm.

Maracaju está entre as cinco maiores economias do estado, sendo a principal produtora de grãos. O farelo de soja e a soja são os principais produtos exportados, seguidos da carne bovina.

As criações de gado mantêm fortes raízes culturais na cidade. As principais festividades, que deram destaque nacional à linguiça artesanal de Maracaju, são a exposição agropecuária, que acontece em junho, e a festa da tradicional linguiça de Maracaju, em abril, sendo conhecida como a capital da linguiça.

A linguiça de Maracaju é feita com cinco tipos de corte da carne bovina: contrafilé, filé mignon, picanha, alcatra e coxão mole. A carne é picada na ponta da faca, sempre em ângulo ou na diagonal. Os bifes são subdivididos em tiras. A gordura incorpora a massa na medida de 30% por quilo.

Acrescentam-se pimenta dedo-de-moça, alho, sal, cheiro verde e o segredo: 50 ml de suco de laranja azeda a cada quilo de recheio. Deixa-se descansar uns minutos para que os temperos incorporem-se. Enche-se a tripa e está pronta a tradicional linguiça de Maracaju.

A criação da Associação dos Produtores da Tradicional Linguiça de Maracaju (APTRALMAR) trouxe uma maior união da classe para enfrentar as dificuldades encontradas na comercialização e expansão do mercado. Em Maracaju, há 18 empresas legalizadas que fabricam o produto, gerando, em média, mais de 70 empregos diretos, produzindo mais de 11 toneladas da linguiça.

Entre as oportunidades vislumbradas no mercado está a certificação sanitária por meio do órgão municipal, a valorização do produto e o combate à falsificação. O reconhecimento da região como Indicação Geográfica (IG) permite garantir a genuinidade, origem e qualidade da tradicional linguiça de Maracaju.

Associação dos Produtores da Tradicional Linguiça de Maracaju – APTRALMAR
Endereço: Rua Franklin Ferreira Ribeiro, n.2880 | Cidade: Maracaju | CEP: 79.150-000
Telefone: +55 (67) 9 9973-1071 | E-mail: gilsonmarcondesvereador@hotmail.com

Dados Técnicos

Número: BR402014000007-7
Indicação Geográfica: Maracaju
UF: Mato Grosso do Sul
Requerente: Associação dos Produtores da Tradicional Linguiça de Maracaju (APTRALMAR)
Produto: linguiça
Data do Registro: 24/11/2015
Delimitação: a área geográfica delimitada encontra-se nos limites da cidade de Maracaju.

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IG – Paraty

IG – Paraty

A cachaça de Paraty é produzida desde o século XVII, e sua história se confunde com a história do Brasil Colônia e do Brasil Império. No século XVIII, já era exportada para a Europa, como aperitivo, e também utilizada como moeda forte para a compra de escravos. Paraty guarda reminiscências da história do Brasil e de uma das maiores especialidades nacionais.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 30 de Janeiro de 2024


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Cachaça armazenada em barris.
 Vista da cidade Paraty.
 Cidade de Paraty.
 Vista do porto em Paraty.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A história da cachaça e a de Paraty se confundem de tal maneira que é praticamente impossível falar de uma sem se referir à outra. A partir do início do século XVIII, com a prospecção do ouro em Minas Gerais, Paraty dispunha do único caminho de ligação do Rio de Janeiro às minas e se transformou num dos mais importantes portos do Brasil Colônia. Em 1805, Paraty já produzia aproximadamente 1.200 litros de cachaça. Em 1808, a vinda da família real para o Brasil impulsionou o comércio entre Paraty e o Rio de Janeiro. Em 1820, havia em Paraty 12 engenhos de açúcar e mais de 150 alambiques, com uma população aproximada de 16 mil habitantes.

Após a abertura da estrada de ferro D. Pedro II, em 1870, e com a promulgação da Lei Áurea, em 1888, a produção de açúcar e cachaça em Paraty entrou em declínio. Dos mais de 150 engenhos existentes no século XIX, apenas três permaneceram ativos ao final do século XX. O século de abandono fez com que ficasse preservada toda a Vila de Paraty, como se o tempo ali tivesse parado. Um presente aos turistas e à história do Brasil.

O clima e o solo de Paraty são considerados ideais para a plantação de cana-de-açúcar. Sua geografia acidentada e seus numerosos rios facilitaram a construção de rodas d’água, indispensáveis para a moagem, em grande escala, da cana-de-açúcar. Esses elementos transformaram Paraty no maior centro produtor da bebida durante os períodos colonial e imperial. A Baía de Paraty constitui unidade geográfica e cultural singular. A área delimitada da Indicação de Procedência possui coordenadas extremas, limitando-se por serras ao norte, oeste e leste, e pelo Oceano Atlântico ao sul. A riqueza ambiental é tamanha que na área há um Parque Nacional, uma Reserva Ecológica e uma Área de Proteção Ambiental. A área total da Denominação de Origem da cachaça de Paraty é de aproximadamente 90 mil hectares.

A cachaça de Paraty obedece a uma normativatécnica rígida, com produção artesanal, familiar, limites máximos de produção estabelecidos e uma tradição secular, controlados pelo Conselho Regulador da Associação dos Amigos e Produtores da Cachaça de Paraty (APACAP).

Toda a cana-de-açúcar é produzida em áreas agrícolas, respeitando os requisitos ambientais e sociais. Os produtos da Denominação de Origem são a cachaça, a cachaça envelhecida, a cachaça Premium e a aguardente da cana composta azulada.

A Indicação Geográfica Paraty para cachaça foi um projeto de resgate a uma das mais tradicionais produções do País. A produção de cachaça em Paraty entrou em declínio, quase desaparecendo. Um grupo de produtores locais, motivados pela história da cachaça em Paraty, iniciou um processo de resgate da produção, fundando também a Associação dos Produtores e Amigos da Cachaça de Paraty. Atualmente, os produtores vendem praticamente toda a sua produção aos turistas que visitam Paraty, e trabalham num processo de proteção ao nome Paraty contra o uso indevido por produtores de fora da área delimitada.

Associação dos Produtores e Amigos da Cachaça Artesanal de Paraty – APACAP
Endereço: Avenida Roberto Silveira SN, Loja 4, Shopping Paraty, Centro | Cidade: Paraty/RJ | CEP: 23.970-000
Telefone: +55 (24) 2122-0632 | Site:www.apacap.com.br/ | E-mail: contato@apacap.com.br

Dados Técnicos

Número: IG200602
Indicação Geográfica: Paraty
UF: Rio de Janeiro
Requerente: Associação de Produtores e Amigos da Cachaça Artesanal de Paraty
Produto: Aguardentes, tipo cachaça e aguardente composta azulada
Data do Registro: 10/07/2007
Delimitação: A delimitação está compreendida no município de Paraty, com uma área total de 700 Km².

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IG – Pelotas

IG – Pelotas

Os doces de Pelotas surgem da estreita ligação cultural entre Portugal e o Brasil, onde os imigrantes europeus trouxeram receitas de doces finos de confeitaria e de frutas, que aqui se “aculturaram”. Os doces de Pelotas passaram a ser parte da economia e tradição local, e que hoje fazem parte da identidade da cidade e das heranças de sua população.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 18 de Julho de 2018


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Trouxas de Amendoa.
 Quindim.
 Pastel de Santa Clara.
 Doce de Pelotas.
 Flores da Região Pelotas.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A cidade de Pelotas teve sua economia baseada no charque, sendo grande fornecedora deste produto para todo o País e também o exportando para a Europa. Esta intensa interação com os europeus fez com que muitos hábitos daquele continente fossem introduzidos na população local, como por exemplo, por volta de 1860, iniciou a produção dos tradicionais doces de confeitaria, originários de Portugal. Já a produção dos doces de frutas é uma tradição e conhecimento trazidos pelos imigrantes alemães, que foram fixados na zona rural de Pelotas. Os doces finos de confeitaria e os doces de frutas de Pelotas fazem parte da tradição local, sendo reconhecidos nacionalmente com uma especialidade gastronômica.

Localizado na região sul do Rio Grande do Sul, Pelotas é um município muito antigo, com um acervo arquitetônico belíssimo, onde casarões e sobrados de estilo português remontam a rica época do ciclo do charque, onde os doces tradicionais de confeitaria eram servidos nos banquetes oferecidos pelos barões do charque. Com clima subtropical úmido ou temperado, a cidade possui uma hidrografia bem diversa e abundante, conferindo uma elevada umidade relativa do ar o ano todo. Sua temperatura média é de 17.5°C, sendo que em seu período mais quente (janeiro) essa média sobe para 23°C. Esse clima possibilitou a maior produção de pêssegos para a indústria de conservas do País.

Nenhum doce tradicional de confeitaria de Pelotas utiliza leite condensado. A base das receitas destes produtos, vindas de Portugal, foi mantida, com base de ovos e açúcar. As transformações ocorridas no decorrer do tempo agregaram ainda mais qualidade e valor aos produtos. Seus doces não são requintados e o método de preparo e os cuidados herdados desde a produção na Europa fazem com que esses produtos sejam considerados joias a serem apreciadas pelos mais apurados paladares. Na Indicação de Procedência de Pelotas está autorizada a produção dos seguintes doces: Bem casado, Quindim, Ninho, Camafeu, Olho-de-sogra, Pastel de Santa Clara, Papo de Anjo, Fatias de Braga, Trouxas de Ovos, Queijadinha, Broinha de Coco, Beijinho de Coco, Amanteigado, doces cristalizados de frutas.

O combate ao uso indevido do nome Pelotas para a produção de doces foi um dos principais benefícios que a Indicação Geográfica gerou para as doceiras de Pelotas, pois este é, sem dúvida, um dos nomes de territórios vinculados a um produto mais usurpados no País. Também se busca a agregação de valor em um produto tradicional e artesanal, vinculado à gastronomia nacional. O fortalecimento do turismo na região foi alcançado, principalmente durante a Feira Nacional do Doce – Fenadoce, que acontece desde 1986, na qual são atraídos milhares de turistas dos mais variados lugares. Toda essa produção surge como uma forma de fortalecer pequenos produtores locais e valorizar a herança cultural dos antigos doces caseiros. O consumidor também ganha, com um produto cada vez mais qualificado e com garantia de origem.

Associação dos Produtores de Doces de Pelotas
Endereço: Rua Sete de Setembro, 274, sala 110, centro | Cidade: Pelotas / RS | CEP: 96.015-000
Telefone: +55 (53) 3028-1541 | Site: www.docesdepelotas.org.br | E-mail: atendimento@docesdepelotas.org.br

Dados Técnicos

Número: IG200901
Indicação Geográfica: Pelotas
UF: Rio Grande do Sul
Requerente: Associação dos Produtores de Doces de Pelotas
Produto: Doces finos tradicionais e de confeitaria
Data do Registro: 30/08/2011
Delimitação: Incluem os limites políticos dos municípios de Arroio do Padre, Capão do Leão, Morro Redondo, Pelotas, São Lourenço do Sul e Turuçu, no Rio Grande do Sul.

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IG – Pedro II

IG – Pedro II

O nome opala é de origem sânscrita, na qual “upala” significa pedra preciosa. As opalas são conhecidas pela sua grande variedade de cores na mesma pedra. A formação das opalas preciosas se deve a fenômenos geofísicos específicos, necessitando de milhões de anos para a sua formação.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 9 de Agosto de 2018


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Pedra opala.
 Joias artesanais confeccionadas com pedra opala.
 Bracelete com aplicação de pedra opala.
 Peça feita em mosaico utilizando resíduos da lapidação de opala.
 Brinco feito em mosaico.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A descoberta das opalas está associada a casos fortuitos. As três versões existentes remetem ao final da década de 1930. A primeira é a história de um agricultor, que estava preparando a roça e, ao arrancar o pé de macaxeira, encontrou com a pedra brilhante. A segunda refere-se a um caçador que colocou a mão na toca de um tatu-peba e lá encontrou uma gema. A terceira fala de um morador da cidade usava roupas enfeitadas com botões de opala.

O certo é que a identificação das rochas como opala deu abertura ao surgimento das primeiras áreas de garimpo e mineração. Em meados da década de 1960, a empresa de Minérios Brasil começou a explorar a área chamada Boi Morto, que se tornou a principal jazida da região. Paralelamente, desenvolveram-se outros garimpos.

Na década de 1980, houve um início de esvaziamento da região, devido à dificuldade de encontrar pedras de
qualidade. Acredita-se que este fato ocorreu por causa da redução das reservas naturais. No entanto, estudos mais recentes estimaram uma reserva geológica de 1.200 toneladas de opalas brutas em Pedro II.

A cidade de Pedro II, localizada ao norte do Piauí, foi fundada e emancipada por portugueses, em 1854. A área onde ocorre o garimpo está assentada sobre serras, cujas altitudes chegam a atingir até 850 m. O clima durante o ano todo é frio seco, com temperatura média de 18°C a 28°C.

As condições necessárias para a formação da opala na natureza são extremamente raras. As ocorrências situam-se, geralmente, em terrenos áridos, a profundidades rasas abaixo da superfície, variando de 15 a 40 m. Depende essencialmente do fenômeno comum de evaporação das águas subterrâneas contendo soluções silicosas nas cavidades das rochas. Acredita-se que as opalas levaram aproximadamente 60 milhões de anos para se formar.

As opalas preciosas de Pedro II são opalas naturais, e apresentam um jogo de cores característico produzido pela difração da luz branca através de uma estrutura ordenada de micros esferas de sílica. As opalas não sofrem modificações do estado natural que se encontram, exceto para serem cortadas e polidas. As opalas preciosas são do tipo: pura, boulder e matriz. A tonalidade corpórea da opala preciosa varia de tons claros a escuros, de translúcidas a opacas.

As joias artesanais de opala, por sua vez, permitem a combinação das opalas preciosas com outros materiais, tais como ouro, prata e tucum. Os artesões desenvolvem designs próprios, criando uma identidade artística e valorização das suas joias, em forma de colares, pingentes, brincos, anéis.

A opala é conhecida como pedra da boa fortuna. Por sua vez, a cidade de Pedro II é responsável por praticamente 100% da produção de joias artesanais de opalas do Piauí, constituindo a principal atividade econômica da cidade. As joalherias possuem estruturas próprias de lapidação e de fundição, com investimento em maquinário e mão de obra qualificada. O Festival de Inverno de Pedro II é um dos maiores eventos do estado, exibindo as opalas preciosas e as joias artesanais de Pedro II.

IG Pedro II
Endereço: Av. Coronel Cordeiro, 672 – Centro | Cidade: Pedro II/PI | CEP: 64.255-000
Telefone: +55 (86)3271 -1559 | E-mail: opalas@uol.com.br

Dados Técnicos

Número: IG201014
Indicação Geográfica: Pedro II
UF: Piauí
Requerente: Conselho da União das Associações e Cooperativas de Garimpeiros, Produtores, Lapidários e Joalheiros de Gemas de Opalas e de Joias Artesanais de Opalas de Pedro II
Produto: Opalas preciosas de Pedro II e jóias artesanais de opalas de Pedro II
Data do Registro: 03/04/2012
Delimitação: A área compreende o município de Pedro II.

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IG – Vale do Submédio São Francisco

IG – Vale do Submédio São Francisco

A elevada qualidade de uvas de mesa e mangas do Vale do Submédio São Francisco se deve às características únicas de seu terroir. Os fatores do meio geográfico combinados com o manejo e alta tecnologia asseguram níveis de produtividade e qualidades únicas às frutas desta região. A coloração intensa e o sabor das uvas e mangas é o destaque que conta como preferência dos consumidores nacionais e internacionais.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 17 de Abril de 2018


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Mangueira do Vale do Submédio.
 Mangas da indicação.
 Mangas coletadas para consumo.
 Vinícola da indicação geográfica.
 Cacho de uvas.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

Desde que nasce no estado de Minas Gerais até chegar ao Oceano Atlântico, o rio São Francisco, também conhecido como Velho Chico, percorre 3.160 quilômetros de terras castigadas por secas periódicas, trajetória longa e sinuosa que corta seis estados brasileiros.

A partir da visão de lideranças locais e apoio dos governos, foram construídas estruturas que desviam parte da vazante do rio para a irrigação de milhares de hectares de frutas do Vale do Submédio São Francisco. Graças a essa iniciativa, a região se tornou um polo produtor de frutas reconhecido mundialmente.

Há décadas, tem-se ciência da importância do Velho Chico para a mais castigada das regiões brasileiras, tanto que a Constituição de 1946 determinou a criação de um órgão federal para promover o desenvolvimento do Vale do São Francisco. Em 1948, foi criada a então Comissão do Vale do São Francisco (CDVS). Anos mais tarde, a CVSF foi transformada em Superintendência do Vale do São Francisco e, mais recentemente, em Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (CODEVASF).

O Vale do Submédio São Francisco está localizado na região sertaneja no semiárido do Nordeste do Brasil, a oeste do estado de Pernambuco e norte do estado da Bahia. A temperatura média da região gira em torno de 26°C, com uma umidade relativa média de 50% e precipitação anual média de 450 mm. A insolação anual de 3 mil horas, correspondentes a 300 dias de sol, é um diferencial para a produção de frutas.

As águas do rio São Francisco irrigam uma área de 110 mil hectares. O controle de irrigação permite que a região colha 2,5 safras por ano com alta produtividade. O polo de fruticultura da região do Vale do Submédio São Francisco responde por um terço das exportações de frutas brasileiras.

A região destaca-se por desenvolver o cultivo mais tecnificado de uvas de mesa e mangas do Brasil, assegurando a qualidade das frutas, além da aplicação de procedimentos técnicos coerentes com o respeito ao ambiente, à saúde e à segurança dos trabalhadores e à saúde do consumidor. Para receberem o registro da Indicação de Procedência, as frutas devem ser produzidas em propriedades certificadas GLOBALGAP, TESCO, Produção Integrada de Frutas (PI) ou outra certificação que siga os princípios das boas práticas agrícolas. A região responde por aproximadamente 95% da exportação brasileira dessas frutas.

A proteção do nome do Vale do Submédio São Francisco, que tem sido usurpado por outros produtores de frutas de fora dessa região, visa a garantia ao consumidor da origem do produto. A UNIVALE também garante a qualidade das frutas, de acordo com padrões definidos pelos compradores e certificações internacionais.

Conselho da União das Associações e Cooperativas dos Produtores de Uvas de Mesa e Mangas do Vale do Submédio São Francisco – UNIVALE
Endereço: Rodovia BR 235 km 14, sala 2, s/no – Zona Rural | Cidade: Petrolina/PE | CEP: 56302-970
Telefone: +55 (87) 3863-6000 | E-mail: secretaria@valexport.com.br

Dados Técnicos

Número: IG200701
Indicação Geográfica: Vale do Submédio São Francisco
UF: BA/PE
Requerente: Conselho da União das Associações e Cooperativas dos Produtores de Uvas de Mesa e Mangas do Vale do Submédio São Francisco
Produto: Uvas de Mesa e Manga
Data do Registro: 07/07/2009
Delimitação: O vale do Submédio São Francisco localiza-se na região sertaneja no oeste do estado de Pernambuco e norte do estado da Bahia, com uma área de 125.755 km², abrangendo municípios dos dois estados.

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IG – Mantiqueira de Minas

IG – Mantiqueira de Minas

Região localizada no sul e sudeste mineiro é uma das mais importantes produtoras de café especiais do país, com elevada qualidade sensorial e reconhecimento internacional

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 14 de Dezembro de 2021


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Café
Colheita do café
Vista da região
Café
Grãos de café
Representação gráfica

Sobre a Indicação Geográfica

A economia regional é fundamentada na agropecuária, sendo a cafeicultura a principal atividade econômica responsável pela geração de empregos e receitas.

A cafeicultura da Região Mantiqueira de Minas teve seu início no século 19, sendo aos poucos implantada em municípios vizinhos, expandindo a cada ano sua área plantada e atualmente possui 55.000 hectares de café.

Sendo um dos maiores patrimônios existentes, o reconhecimento de produtos devido às suas características singulares, associadas à sua origem, a APROCAM iniciou seu projeto de Indicação Geográfica, com o objetivo de buscar um diferencial para a região, que tem tradição na produção cafés finos, conquistando cada vez mais grande visibilidade tanto no mercado nacional como internacional.

Em 09 de junho de 2020, a Região passa a ter o reconhecimento como “DENOMINAÇÃO DE ORIGEM MANTIQUEIRA DE MINAS, demostrando que a combinação dos fatores geográficos e humanos, caracterizam a região como produtora de cafés de alta qualidade, com características peculiares, resultando em cafés com doçura, acidez e corpo pronunciados.

Como região de tradição secular, a cafeicultura encontra-se em sua quarta ou quinta geração, demostrando um movimento contínuo de sucessão familiar, perpetuando assim a cafeicultura regional.

A cafeicultura da Região Mantiqueira de Minas, é ao mesmo tempo, tradicional e moderna.

A Tradição traduz o respeito aos nossos antepassados, ao nosso território e a experiência adquirida pela produção secular de cafés na região.

A modernidade traduz ao movimento dinâmico, na busca pela evolução na produção de cafés de alta qualidade, se adequar as necessidades atuais, mas também manter a autenticidade de nossa origem, valorizando um futuro sustentável para nossa região.

Esse é nosso Espirito:

“TRADIÇÃO E VANGUARDA” NA PRODUÇÃO DE CAFÉS RAROS E SURPREENDENTES”

A Região Mantiqueira de Minas está localizada na Face Mineira da Serra da Mantiqueira, no Sul do Estado de Minas Gerais, parte integrante do ecossistema da Mata Atlântica, considerado o pulmão verde da região.

Com extensão territorial de 631.812 hectares e posição geográfica com as coordenadas 21° 39’ 43’’ e 22°46’10’’ de Latitude Sul e 46° 2’ 20’’ e 44°34’28’’ de Longitude Oeste, composta por 25 municípios, 55.000 hectares de café, 8.000 produtores, sendo 83% agricultura familiar, a região possui uma safra média anual em torno 1.100. 000 sacas de café.

A qualidade dos cafés da Mantiqueira de Minas, estão intrinsicamente ligados aos fatores geográficos encontrados na região e também ao saber fazer humano de seus produtores.

Sendo a topografia é um dos fatores naturais de maior relevância para a cafeicultura da região, com altitude entre 900 a 1550 metros e relevo montanhoso com declive variando de médio a acentuado, a cafeicultura regional está implantada basicamente acima de 1.000 metros, condições ideais para a qualidade do café.

O solo predominante, são os Latossolos Vermelho-Amarelos, Latossolos Vermelhos, Nitossolos Vermelhos latossólicos e Cambissolos Háplicos, precipitação pluviométrica anual média é de 1.700 mm, umidade relativa do ar é de 71,0%, para as altitudes entre 1000 e 1200 metros e temperatura média do ar para altitudes acima de 1000m a média é 19,7oC, resultam em condições geográficas únicas e ideais para a produção de cafés da região.

A região produz de forma sustentável, preservando o meio ambiente, nascentes e matas nativas existentes nas propriedades, buscando a harmonia entre a produtividade e a preservação da biodiversidade.

As variedades são obrigatoriamente todas da espécie Coffea arábica L., para a produção de café que levarão o Selo da Denominação de Origem MANTIQUEIRA DE MINAS.

Quanto ao aspecto físico, o café deverá apresentar classificação mínima de tipo 2/3 (dois três) com o máximo de 12 (doze) defeitos, segundo Instrução Normativa nº 8 do Ministério de Agropecuária, Pecuária e Abastecimento – MAPA.

Quanto a classificação do café quanto à qualidade da bebida, os cafés são submetidos à avaliação organoléptica da bebida, por degustadores com certificados Q-grader, cadastrados pelo Conselho Regulador, devendo apresentar, no mínimo, classificação de 83 (oitenta e três) pontos na metodologia SCAA (Specialty Coffee Association of America).

O teor de água final dos grãos deve ficar entre 10,5% (dez pontos porcentuais e cinco décimos) e 12,0 % (doze pontos porcentuais), aspecto importante para que as características físicas e sensoriais dos grãos sejam preservadas durante o armazenamento.

A colheita é predominantemente manual, devido ao relevo montanhoso da região, aceitando também a colheita mecanizada.

Os Sistemas de Produção devem envolver boas práticas agronômicas, abrangendo-se técnicas de produção que respeitem a atual legislação ambiental e social.

PERFIL SENSORIAL:

Sabor: intensamente adocicado, com predominância típica de notas frutadas. Caramelo, chocolate, frutas maduras, papaia, manga, vinho tinto, abacaxi.
Aroma: intenso, floral, mel, caramelo, frutas maduras.
Corpo: devido ao elevado grau de doçura, são cafés encorpados. Cremoso e aveludado.
Acidez: de média a alta intensidade, com predominância da acidez cítrica.
Aftertaste: longo, prazeroso, mel, caramelo, notas de frutas muito doces

A Associação dos Produtores de Café da Mantiqueira – APROCAM, é a entidade que representa, controla e promove a Denominação de Origem através das Cooperativas (COCARIVE, COOPERRITA e COOPERVASS) e Sindicatos de Produtores Rurais ( Carmo de Minas e Santa Rita do Sapucaí) que compõem a governança da região.

A dedicação dos produtores com a qualidade, aliada ao ambiente favorável para a produção de cafés especiais e o trabalho realizado pelas Cooperativas, tornou a região reconhecida tanto no mercado interno como externo.

A Mantiqueira de Minas vem em intensa expansão, atendendo os mercados mais exigentes e conquistando seu espaço no mercado mundial. Destinando cafés para mais de 30 países, levando qualidade e o reconhecimento do trabalho dos produtores até a mesa do consumidor.

Os cafés com Selo da Denominação de Origem, para grão torrado/moído são encontrados em vários Estados Brasileiros, fazendo parte do portfólio de grandes cafeterias, torrefações, empórios, supermercados, etc, devido aos atributos singulares dos cafés, comprovados durante os 04 anos de pesquisas do projeto ¨PROTOCOLO DE IDENTIDADE, QUALIDADE E RASTREABILIDADE PARA EMBASAMENTO DA INDICAÇÃO GEOGRÁFICA DOS CAFÉS DA MANTIQUEIRA DE MINAS – Projeto MAPA – CNPq – coordenação Dr. Flávio Meira Borem (UFLA) e Dra. Helena Maria Alves Ramos (Embrapa– Café).

Associação dos Produtores de Café da Mantiqueira – APROCAM
Endereço: Rua Virgílio Alves Pereira , 55 – Sala 01 | Bairro: Novo Horizonte | Cidade: Carmo de Minas/MG | CEP: 37472-000
Telefone:+55 (35) 99702-5693 | Site: www.mantiqueirademinas.org | E-mail: regiaomantiqueirademinas@gmail.com

Dados Técnicos

Número: IG200704
Indicação Geográfica: Mantiqueira de Minas
UF: Minas Gerais
Requerente: Associação dos Produtores de Café da Mantiqueira – APROCAM
Produto: Café verde em grão e café industrializado torrado em grão ou moído
Data do Registro: 31/05/2011
Delimitação: A delimitação corresponde aos 25 municípios que compõem a área de abrangência da Serra da Mantiqueira em Minas Gerais, localizados na região denominada Mantiqueira de Minas, demarcada por meio da portaria IMA nº 1600, de 11 de abril de 2016. São eles: Baependi, Brasópolis, Cachoeira de Minas, Cambuquira, Campanha, Carmo de Minas, Caxambu, Conceição das Pedras, Conceição do Rio Verde, Cristina, Dom Viçoso, Heliodora, Jesuânia, Lambari, Natércia, Olímpio Noronha, Paraisópolis, Pedralva, Piranguinho, Pouso Alto, Santa Rita do Sapucaí, São Lourenço, São Gonçalo do Sapucaí, São Sebastião da Bela Vista e Soledade de Minas.

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IG – Vales da Uva Goethe

IG – Vales da Uva Goethe

A região de Urussanga, hoje conhecida como Vales da Uva Goethe, colonizada por italianos, foi o grande palco para a vitivinicultura brasileira. A tradição vitivinícola faz parte do local e da vida de seus habitantes.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 17 de Abril de 2018


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Uvas Goethe.
Coleta das uvas.
Plantação das uvas Goethe.
Cacho de uvas.
Uvas da Indicação Geográfica.
Uvas em taças.

Sobre a Indicação Geográfica

A história da uva Goethe começou, na região, com a chegada do regente do consulado italiano, Senhor Giuseppe Caruso Mac Donald, no inicio do século XX. Além da função de acompanhar as colônias de imigrantes, também foi o responsável pela introdução e distribuição desta variedade.

Os títulos conquistados pelos viticultores com os vinhos da uva Goethe deram tanto destaque à região que o Governo de Getúlio Vargas decidiu apoiar a vitivinicultura, instalando, em 1942, a Subestação de Enologia de Urussanga. Na década de 50, o município de Urussanga foi considerado a Capital do Vinho.

A atividade vitivinícola sofreu um declínio na década de 1970, com ascensão de outras atividades industriais. No entanto, a insistência dos produtores e a retomada dos estudos pela antiga Subestação, na década seguinte, mantiveram e perpetuaram a fama da região.

No ano de 2004, o Vales da Uva Goethe recebe o título de Capital Catarinense do Bom vinho, outorgado pela Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina.

A região dos Vales da Uva Goethe está situada na porção sul do litoral catarinense, no início das elevações da Serra Geral, coberta pela vegetação nativa da mata atlântica.

As uvas e os vinhos dos Vales da Uva Goethe incorporam as horas de insolação, o calor do dia, os dias de chuva, a duração da neblina e o frio da noite. Todos estes elementos são influenciados pela energia da radiação solar, pelas correntes da Malvinas, pela umidade e sais trazidos do Oceano Atlântico e pelos ventos das escarpas, relevo que possui altitudes de 1800 metros.

Os Vales da Uva Goethe apresentam condições climáticas inigualáveis. O mosaico de fatores que constroem o meio geográfico pode ser considerado como um patrimônio da comunidade.

A variedade da uva Goethe no cultivo e na produção de vinho sempre foi destaque na região, tanto pela sua ótima adaptação ao território, quanto pela notoriedade dos vinhos produzidos. Certamente um vinho único, jamais encontrado em outro local.

Os vinhos dos Vales da Uva Goethe são elaborados com as variedades Goethe encontradas neste território, a “Goethe Clássica” e a “Goethe primo”, originárias e adaptadas há mais de 100 anos nesta região. Os vinhos são reconhecidos como verdadeiros terroirs devido à sua íntima relação com as condições específicas do clima e dos solos.

A importância do registro da Indicação de Procedência dos Vales da Uva Goethe vai além da proteção e certificação da origem dos vinhos.
Todos os esforços da associação dos produtores, parceiros e colaboradores possibilitaram o resgate histórico da uva e do vinho Goethe na região e na sua revalorização, fortalecendo a identidade local, os laços culturais, preservando a própria historia, de um produto único.

A busca pelo reconhecimento consolidou a organização dos produtores e o estabelecimento do enoturismo. Com um intenso suporte técnico e econômico, o registro da Indicação de Procedência Vales da Uva Goethe garante ao consumidor a qualidade, a tipicidade e a tradição dos vinhos Goethe.

Associação dos Produtores da Uva e do Vinho Goethe – PROGOETHE
Endereço: Rua D. Lúcia Delfino da Rosa, 150 – Bairro da Estação | Cidade: Urussanga/SC | CEP: 88.840-000
Telefone: +55 (48) 3465-6238 | Site: www.progoethe.com.br | E-mail: contato@progoethe.com.br

Vales da Uva Goethe

Dados Técnicos

Número: IG201009
Indicação Geográfica: Vales da Uva Goethe
UF: Santa Catarina
Requerente: Associação dos Produtores da Uva e do Vinho Goethe
Produto: Vinhos: Branco, Espumante E Licoroso
Data do Registro: 14/02/2012
Delimitação: Microrregião compreendendo os municípios de Urussanga, Pedras Grandes, Cocal do Sul, Morro da Fumaça, Treze de Maio, Orleans, Nova Veneza e Içara.

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IG – Serro

IG – Serro

O município do Serro está ligado à história do Brasil Colônia, sendo o seu centro urbano um significativo conjunto arquitetônico deste período, que por sua excepcionalidade mereceu o primeiro tombamento de caráter nacional no Brasil. Nesta região montanhosa, tradicional produtora de ouro e diamantes, e que faz parte da Estrada Real, se produz uma especialidade mineira: o famoso queijo do Serro.

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Queijo do Serro.
Processo de produção do queijo.
Fabricação do queijo do Serro.
Queijo fabricado.
Processo de produção.
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A região do Serro teve a tradição da produção do queijo introduzida pelos colonizadores portugueses, oriundos da região da Serra da Estrela, há mais de dois séculos, quando se formaram as primeiras fazendas de gado na região para dar suporte à promissora exploração do ouro e diamante.

Com a decadência do ciclo do ouro, o município do Serro intensificou sua atividade agropecuária e no momento de expansão o queijo foi o produto que garantiu divisas para a região, por sua qualidade e volume de vendas. A partir de então, o queijo do Serro consagrou-se como símbolo de representação de identidade cultural pelo peculiar sabor e modo de produção.

Na região do Serro, o queijo é mais que um bom produto, é uma herança que passa de pai para filho. Produzir um bom queijo do Serro faz parte da tradição e consiste em motivo de orgulho regional.

Situada no centro-nordeste de Minas Gerais, na região central da Serra do Espinhaço, a região produtora do queijo do Serro é formada pelos municípios de Alvorada de Minas, Conceição do Mato Dentro, Dom Joaquim, Materlândia, Paulistas, Rio Vermelho, Sabinópolis, Santo Antonio do Itambé, Serra Azul de Minas e Serro.

O clima é tropical de altitude, com chuvas bem distribuídas entre os meses de setembro a março. A altitude varia entre 600 a 1.200 m, sendo que 67% da área delimitada é montanhosa.

A altitude, as condições geomorfológicas e edáficas, e as características microclimáticas locais propiciaram o aparecimento de pastagens naturais típicas dos campos de altitude, dieta base das vacas leiteiras da região.

De cor branca amarelada, cilíndrico, com peso entre 700 a 1000 gramas, o queijo do Serro é um produto especial, com características únicas. É o resultado de um processo artesanal de produção, a partir do leite cru e integral de vaca, produzido numa região onde um conjunto de fatores de solo, relevo, clima e vegetação contribuem diretamente no grupo de bactérias que proporcionam o sabor especial ao queijo.

A região do Serro possui atualmente 98 produtores cadastrados pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), no Programa Queijo Minas Artesanal.

O reconhecimento do queijo do Serro como Indicação de Procedência, além de garantir o reconhecimento da origem desta especialidade, deverá agregar valor ao queijo, além de potencializar o turismo urbano e rural regional.

A garantia deste saber-fazer pelos produtores locais é parte importante dos benefícios gerados pela Indicação de Procedência e garantirá a perpetuação desta tradição gastronômica mineira e nacional.

Associação dos Produtores Artesanais do Queijo do Serro – APAQS
Endereço: Provisioriamente junto ao Sindicato dos Produtores Rurais de Serro na Praça Angelo Miranda, 108 – Centro
Cidade: Serro/MG | CEP: 39.150-000
Telefone: +55 (38) 3541-1281 | E-mail: apaqs_serro@yahoo.com.br

Dados Técnicos

Número: IG201001
Indicação Geográfica: Serro
UF: Minas Gerais
Requerente: Associação dos Produtores Artesanais do Queijo do Serro
Produto: Queijo
Data do Registro: 13/12/2011
Delimitação: Compreende os municípios de Alvorada de Minas, Conceição do Mato Dentro, Dom Joaquim, Materlândia, Paulistas, Rio Vermelho, Sabinópolis, Santo Antônio de Itambé, Serra Azul de Minas e Serro.

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IG – São Tiago

IG – São Tiago

Desde o século XIX, há o reconhecimento do valor cultural do biscoito em São Tiago. Fazer biscoitos em São Tiago é recordar gerações, é fazer o que sempre se fez, é voltar ao passado. Da simples atividade de se fazer o biscoito, se estabeleceu uma tradição local. A confecção do biscoito artesanal deu continuidade a essa herança deixada à cidade.

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Biscoitos de São Tiago.
 Produto da indicação geográfica.
 Processo produtivo da indicação.
 Biscoitos com chocolate.
 Lanche com produtos da indicação geográfica.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A origem do biscoito aparece em conjunto com a povoação de São Tiago. Conta-se que a cidade foi povoada, em 1708, quando bandeirantes espanhóis seguiam as margens dos Rios da Morte e dos Peixes.

A construção do arraial por estrangeiros deixou marcas europeias. Aqui se destaca, de uma maneira muito especial, os legados referentes às receitas, que ainda hoje são encontradas. São Tiago era ponto de parada, localizada em uma das comarcas mais promissoras de Minas Gerais.

Os tropeiros, aqueles que conduziam as bestas de cargas com mantimentos para serem comercializados nas cidades, eram recepcionados especialmente com esses biscoitos quando vinham, e levavam considerável quantidade quando se iam.

Na década de 1990, a fabricação de biscoito em São Tiago ultrapassa as cozinhas, com a abertura de diversas padarias. A realidade começa a ser transformada. Aos poucos, o biscoito feito à mão, ainda de modo artesanal, alcança as cidades vizinhas. Hoje, São Tiago é reconhecida como a cidade do biscoito.

Localizada no interior de Minas Gerais, São Tiago é a terra dos biscoitos. A festa do “Café com Biscoito” criada pela própria população, que perdura por anos e anos, é a concretização desta tradição.

No mês de setembro, ocorre o tradicional evento na Praça da Matriz. Com a presença dos artesões, das famílias, dos grandes fabricantes de biscoitos, toda a cidade se concentra nessa comemoração, presenteando amigos e parentes com os deliciosos biscoitos artesanais de São Tiago. Os visitantes degustam biscoitos juntamente com o café, saboreando o melhor da cidade.

Com a instituição da Parada do Café-com-Biscoito, retomando as paradas dos tropeiros, São Tiago alcança objetivos culturais e econômicos, resgatando as suas tradições, fortalecendo seus valores locais e atraindo um numero expressivo de turistas e visitantes.

A receita é simples: os biscoitos são obtidos através do amassamento e cozimento conveniente de massa preparada com farinhas, amidos, féculas fermentadas ou não, e outras substâncias alimentícias. Mas, o ingrediente secreto, está no seio de cada família são-tiaguense, a sua forma tradicional de fazer biscoitos artesanais, que é passada de geração a geração. São encontrados mais de 20 tipos de biscoitos artesanais nas padarias de São Tiago.

Atualmente São Tiago tem quase 40 fábricas que produzem uma grande variedade de biscoitos, doces e salgados. A economia da cidade hoje está totalmente baseada nas fábricas e padarias, direta ou indiretamente, com a venda dos produtos. O setor terciário é o grande sustento, colaborando com 51%. Segundo os moradores da cidade, “só não trabalha quem quer”, devido ao crescimento e numerosa venda dos populares biscoitos de São Tiago. O pico da produção ocorre entre julho e agosto, e atinge cerca de 15 mil toneladas.

Associação São-Tiaguense dos Produtores de Biscoitos – ASSABISCOITO
Endereço: Praça Ministro Gabriel Passos, s/nº | Cidade: São Tiago/MG | CEP: 36.350-000
Telefone: +55 (32) 3376-1636 | Site: assabiscoito.blogspot.com | E-mail: assabiscoito@outlook.com

Dados Técnicos

Número: 201104
Indicação Geográfica: São Tiago
UF: Minas Gerais
Requerente: Associação São- Tiaguense dos Produtores de Biscoito
Produto: Biscoitos
Data do Registro: 05/02/2013
Delimitação: A área delimitada coincide exatamente com a área do município de São Tiago.

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IG – Paraíba

IG – Paraíba

O algodoeiro é considerado a mais tradicional das culturas do semiárido, existindo na região crescentes estoques de conhecimentos e tecnologias desenvolvidas para o seu cultivo, como é o caso dos têxteis e do algodão naturalmente colorido da Paraíba.

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Tecido com algodão da Indicação Geográfica.
 Modelo com vestido em algodão.
 Macaco de pelúcia feito em algodão.
 Modelos de blusas em algodão.
 Bonecas de pelúcia.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

O desenvolvimento da Paraíba está diretamente ligado à produção de algodão, fibra oriunda da malvaceae Gossypium hirsutum spp. Na década de 1920, a cidade de Campina Grande ficou conhecida como a “Liverpool” brasileira, o segundo pólo de comércio de algodão do planeta.

Na década de 1960, o Nordeste vivia e respirava o algodão, que chegou a ser chamado de “ouro branco”, pela riqueza que gerava. Contudo, na década de 1980, a produção de algodão na Paraíba teve uma queda significativa, motivada pela praga do bicudo, onde o plantio foi praticamente dizimado.

Ainda nos anos de 1980, com a implementação do programa de melhoramento genético, foi originada a primeira variedade de algodão de fibra colorida no Nordeste, que se chama BRS 200, de cor marrom claro. Na década seguinte, houve intensificação destes estudos, e novas cores e melhores fibras foram produzidas. Logo, a Paraíba retoma o plantio com um grande diferencial, o algodão naturalmente colorido.

A fundação do consórcio Natural Fashion e da Cooperativa de Produção Têxtil Afins do Algodão da Paraíba, no início do século XXI, teve papel relevante no fortalecimento das empresas têxteis e na comercialização para o País e para o exterior.

A Paraíba está localizada na posição mais oriental do território brasileiro. O clima úmido no litoral, com chuvas abundantes, torna-se semiárido depois da Serra da Borborema, na direção do interior, com estiagens prolongadas.

O planalto da Borborema é o mais marcante do relevo do Nordeste. Na Paraíba, ele tem um papel fundamental no conjunto do relevo, rede hidrográfica e nos climas. As serras e chapadas atingem altitudes que variam de 300 a 800 metros de altitude.

O algodão é uma das principais culturas, devido à sua capacidade de tolerar a seca e produzir, com pouca água, uma das melhores fibras do mundo.

O algodão naturalmente colorido foi inicialmente desenvolvido pelos incas e astecas há 4.500 anos. Na maioria das
espécies primitivas, o algodão possui fibras coloridas, principalmente na tonalidade marrom.

Esses algodões coloridos, por longos períodos, foram descartados pela indústria mundial, por serem considerados
como contaminação indesejável dos algodões brancos. Estes tipos coloridos, no entanto, foram preservados pelos povos nativos em vários países.

No Brasil, foram coletados plantas de algodoeiros asselvajados, nas tonalidades creme e marrom, em misturas com
algodoeiros brancos. Esses algodões coloridos tinham uso apenas artesanal ou ornamental.

A partir de 1989, desenvolveu-se o trabalho de melhoramento genético, com o objetivo de elevar a resistência das
fibras, a finura, o comprimento e a uniformidade, bem como estabilizar a coloração das fibras nas tonalidades creme e marrom e elevar a sua produtividade no campo.

A cultura do algodão é altamente significativa para a agricultura familiar nordestina, proporcionando uma melhoria na qualidade de vida. As confecções produzidas por pequenos tecelões já são, em sua grande maioria, exportadas para a Europa.

Existe grande quantidade de produtores tradicionais de algodão que foram estimulados pela política de revitalização
da produção dos produtos têxteis do algodão naturalmente colorido da Paraíba.

Cooperativa de produção têxtil de afins do algodão – COOPNATURAL
Endereço: Rodovia 104 km 143 | Cidade: Queimadas/PB | CEP: 58.101-400
Telefone: +55 (83) 3337-7077 | Site: www.naturalfashion.com.br | E-mail: atendimentontf@gmail.com

Dados Técnicos

Número: IG200904
Indicação Geográfica: Paraíba
UF: Paraíba
Requerente: Cooperativa de produção têxtil de afins do algodão
Produto: Têxteis de algodão naturalmente colorido
Data do Registro: 16/10/2012
Delimitação: O estado da Paraíba localizasse na posição mais oriental do território brasileiro, limitando-se ao norte com o Rio Grande do Norte, ao sul com Pernambuco, ao leste com o Oceano Atlântico e a oeste com o Ceará.

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IG – Pampa Gaúcho

IG – Pampa Gaúcho da Campanha Meridional

A carne do Pampa Gaúcho da Campanha Meridional é uma especialidade produzida numa das mais belas regiões do Brasil. As pastagens naturais recortadas pelas matas ciliares são uma das maiores diversidades florísticas do mundo. O forte do pampa é o equilíbrio: caracteriza-se por uma paisagem bucólica belíssima, preservada por bovinos e equinos que, há quase quatro séculos, representam a atividade agropastoril mais antiga do continente sulamericano.

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Criação de gado.
 Pampa Gaúcho.
 Gado da região.
 Área de pasto.
 Gado criado na região.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A carne do Pampa Gaúcho da Campanha Meridional é uma especialidade produzida numa das mais belas regiões do Brasil. As pastagens naturais recortadas pelas matas ciliares são uma das maiores diversidades florísticas do mundo. O forte do pampa é o equilíbrio: caracteriza-se por uma paisagem bucólica belíssima, preservada por bovinos e equinos que, há quase quatro séculos, representam a atividade agropastoril mais antiga do continente sulamericano.

O Pampa Gaúcho da Campanha Meridional tem clima temperado, com temperaturas médias de 18°C, e é formado basicamente por um relevo plano, levemente ondulado, onde se situam os campos de produção pecuária, e por várzeas que se caracterizam por áreas baixas e úmidas. A área da Indicação de Procedência possui 1.293.479,04 hectares, totalmente inseridos no Bioma Pampa.

O Pampa Gaúcho da Campanha Meridional encontra-se dentro da área de maior proporção de campos naturais preservados do Brasil.

A carne do Pampa Gaúcho da Campanha Meridional obedece um programa de avaliação da conformidade que analisa o processo de produção e o produto final, controlado pelo Conselho Regulador da Associação dos Produtores de Carne do Pampa Gaúcho da Campanha Meridional – APROPAMPA.

É a única carne brasileira com Indicação de Procedência, produzida exclusivamente a partir das raças Angus e Hereford, com alimentação exclusiva de pastagens nativas, nativas melhoradas ou cultivadas de inverno, num regime de criação extensivo, no qual os animais são rastreados desde o nascimento.

Como principal benefício alcançado pela Indicação de Procedência do Pampa Gaúcho da Campanha Meridional, cita-se a organização dos produtores em prol da valorização do ambiente e da agregação de valor da carne. A carne vendida com o selo da Indicação Geográfica atingiu um preço 30% superior às outras carnes no varejo.

Associação dos Produtores de Carne do Pampa Gaúcho da Campanha Meridional – APROPAMPA
Endereço: Av. Portugal, 495 – Castro Alves | Cidade: Bagé/RS | CEP: 96.640-000
Telefone: +55 (53) 3242-8888 | Site: www.carnedopampagaucho.com.br | E-mail: carnedopampagaucho@gmail.com

Dados Técnicos

Número: IG200501
Indicação Geográfica: Pampa Gaúcho da Campanha Meridional
UF: Rio Grande do Sul
Requerente: Associação dos Produtores de Carne do Pampa Gaúcho da Campanha Meridional
Produto: Carne bovina e seus derivados
Data do Registro: 12/12/2006
Delimitação: A área geográfica compreende os municípios de Herval, Pinheiro Machado, Pedras Altas, Candiota, Hulha Negra, Bagé, Aceguá, Dom Pedrito, Santana do Livramento, Lavras do Sul e São Gabriel.

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IG – Norte Pioneiro do Paraná

IG – Norte Pioneiro do Paraná

A formação social, econômica e cultural da região Norte Pioneiro do Paraná está intimamente ligada à expansão cafeeira. Localizada numa área propícia à cafeicultura, apresenta condições edafoclimáticas ideais para a produção de cafés finos, cuja bebida se destaca com atributos como doçura, corpo acentuado, agradável acidez cítrica, aroma que oscila entre chocolate, caramelo, floral cítrico e frutado, além de marcante sabor residual.

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Café do Norte Pioneiro do Paraná.
 Trator de coleta dos grãos de café.
 Grão de café.
 Secagem do café.
 Café da Indicação Geográfica.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

O Norte Pioneiro do Paraná foi o portal de entrada para a colonização de toda a região norte paranaense. Quando os
cafeicultores iniciaram a subida do curso do rio Paraíba, identificaram o planalto de São Paulo como ideal para suas plantações, local onde começa a convergência do cultivo para as terras roxas do oeste paulista. Consequentemente, São Paulo passou a ser o principal produtor de café do Brasil, e o principal fornecedor para o mercado externo.

No entanto, implementada a cobrança de impostos por novos pés de café, para conter o avanço da cafeicultura, os fazendeiros do sudeste de São Paulo se sentiram motivados a fazer novas plantações, e escolheram as terras roxas do Paraná.

O cultivo itinerante do café determinou a vinda de diversos tipos de imigrantes, gerou construções de ferrovias e
estabeleceu as relações econômicas da região. Mais de 200 cidades surgiram na metade do século XX, tais como Jacarezinho, Cornélio Procópio, Londrina e Maringá. Tradicionais famílias vivem na região, com mais de 100 anos de rica história ligada ao café.

A região do Norte Pioneiro do Paraná está localizada numa área com alta latitude, 23° S, e alta altitude, acima dos 500 m, numa área de transição climática, com temperatura média anual de 19 a 22° C. Estas características interferem na formação e maturação dos frutos, alterando as características intrínsecas do grão, possibilitando obtenção dos mais variados tipos de café, com potencial para os cafés especiais.

Soma-se, ainda, as propriedades bem estruturadas, solos férteis, topografia favorável, produtores capacitados, disponibilidade de técnicos e laboratórios qualificados, órgãos de pesquisa e extensão, corretores, cafeeiras e cerca de 30 indústrias torrefadoras.

O café em grão verde na região do Norte do Paraná é obtido das diversas variedades da espécie Coffea arabica, sendo caracterizado como café especial e superior.

Os cafeicultores apresentam cuidado extremo em todas as fases da produção: no manejo da lavoura, passando pela colheita e processamento, nas formas “cereja natural” ou “cereja descascada”, livre de grãos estranhos ou prejudicais ao padrão desejado, até o armazenamento.

As características da qualidade da bebida proporcionada pelos cafés produzidos na região são objeto de provas constantes de avaliação através de análises sensoriais em laboratórios credenciados.

O resultado é um café equilibrado, de excelente caracterização, com aroma, sabor, acidez, corpo e doçura, perfeito para atender as necessidades do mercado mais exigente, comprovado pelas premiações de concursos nacionais e internacionais.

O Resgate do nome da região como tradicional área na produção de cafés de qualidade, o aumento de renda e a organização dos produtores rurais numa entidade que os representem, as melhores condições de produção e comercialização são conquistas obtidas com o registro de Indicação de Procedência do Norte Pioneiro do Paraná.

Associação dos Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná – ACENPP
Endereço: Rua Vicente Machado, 186 | Cidade: Abatea/PR | CEP: 86.460-000
Telefone: +55 (43) 998423063 | Site: www.acenpp.com.br | E-mail: cocenpp@cocenpp.com.br

Dados Técnicos

Número: IG200903
Indicação Geográfica: Norte Pioneiro do Paraná
UF: Paraná
Requerente: Associação dos Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná
Produto: Café verde em grão e industrializado torrado em grão e ou moído
Data do Registro: 29/05/2012
Delimitação: A delimitação da área geográfica refere-se aos 45 (quarenta e cinco) municípios das regiões administrativas do estado do Paraná, representadas pelas Associações de Prefeituras Municipais, a AMUNORPI e a AMUNOP.

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IG – Manguezais de Alagoas

IG – Manguezais de Alagoas

Nos Manguezais de Alagoas, há alta incidência da planta Dalbergia ecastophyllum, que produz substância resinosa de coloração avermelhada, retirada do seu caule pelas patas das abelhas africanizadas e levada para a colmeia. É esta a matéria-prima para a produção da própolis vermelha, que vem se destacando pelas suas propriedades terapêuticas.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 17 de Abril de 2018


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Abelhas da Denominação de Origem.
Apicultores.
Produção da própolis-vermelha.
Colméias.
Própolis-vermelha.
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

Desde a década de 90, as propriedades químicas da própolis vermelha dos Manguezais de Alagoas começaram a ganhar destaque nas bancadas científicas do Brasil. A União dos Produtores de Própolis Vermelha do Estado de Alagoas foi constituída recentemente, no ano de 2010, para a proteção e gestão deste importante patrimônio, a Denominação de Origem.

Os Manguezais de Alagoas localizam-se na região litorânea e lagunar do estado de Alagoas. Banhados pelo Oceano Atlântico, os manguezais possuem um clima tropical úmido, sem grandes oscilações térmicas ao longo do ano, com períodos chuvosos no outono e inverno, e secos na primavera e verão. Possuem um tipo de vegetação arbóreo-arbustiva que se desenvolve nos solos lamosos dos rios tropicais e subtropicais, numa zona de transição entre os habitats de água doce e salgada.

Dentre as atividades sustentáveis pela população das zonas costeiras e ribeirinhas está a apicultura. A criação de abelhas favorece o equilíbrio biológico dos ecossistemas, através da polinização, minimizando o impacto ambiental.

Estudos realizados revelaram que a própolis oriunda de colmeias desta região pertenciam a um novo grupo de própolis, com características químicas e farmacológicas únicas.

As propriedades biológicas da própolis estão diretamente ligadas à sua composição química. A própolis vermelha se diferencia pelo seu alto teor de compostos fenólicos, especificamente isoflavonóides, as quais nunca foram encontrados em nenhuma outra própolis. A própolis vermelha foi classificada como um novo tipo, em função de sua origem vegetal, a leguminosa Dalbergia ecastophyllum, planta nativa e característica das áreas de mangue do litoral alagoano.

A cor avermelhada deu o nome à própolis oriunda dos Manguezais de Alagoas. É gerada a partir de substâncias resinosas, gomosas e balsâmicas, colhidas por abelhas da espécie Apis mellifera, de brotos, flores e exsudados predominantes da planta Dalbergia ecastophyllum – popularmente chamada de Rabo de Bugio, transformada na colmeia pela ação salivar das abelhas, além de cera e pólen. A própolis vermelha in natura apresenta coloração avermelhada, sabor balsâmico, aroma anis-adocicado, é rígida em temperatura abaixo dos 20°C, e consistente maleável entre 20 a 40°C.

As propriedades únicas da própolis vermelha trazem diversos benefícios para a saúde, como prevenção de doenças cardiovasculares, osteoporose, combate ao colesterol. Também é indicada para dermatites, ferimentos, inflamações e infecções. Além disso, é utilizada para fabricação de pasta de dente, solução de bochecho, balas, entre outros.

O acompanhamento técnico para o aumento da produção, as ações trabalhadas coletivamente e o uso de ferramentas gerenciais trazem para a própolis vermelha possibilidades de ampliar o seu comércio. A região dos Manguezais de Alagoas representa um ecossistema fundamental para a estabilidade da geomorfologia costeira, a conservação da biodiversidade e a manutenção de amplos recursos pesqueiros. Trata-se de um patrimônio ambiental, cultural, econômico e social de alta relevância.

União dos Produtores de Própolis Vermelha do Estado de Alagoas – Uniprópolis
Endereço: Chácara Âncora, Vila Goiabeira, 7 – Fernão Velho | Cidade: Maceió/AL | CEP: 57.070-440
Telefone: +55 (82) 9 9931 3397 | Site: www.unipropolis.com.br | E-mail: unipropolis@gmail.com

Dados Técnicos

Número: IG201101
Indicação Geográfica: Manguezais de Alagoas
UF: Alagoas
Requerente: União dos Produtores de Própolis Vermelha do Estado de Alagoas
Produto: Própolis vermelha e extrato de própolis vermelha
Data do Registro: 17/07/2012
Delimitação: A área geográfica localiza-se nos municípios do litoral e complexo estuarinolagunar, no estado de Alagoas.

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IG – Litoral Norte Gaúcho

IG – Litoral Norte Gaúcho

Um território de beleza única, onde a produção sustentável de arroz e a natureza convivem de forma harmoniosa há mais de 70 anos, resultando num produto de qualidade, com características únicas, fruto da íntima interação do meio com a produção. Assim é o arroz do Litoral Norte Gaúcho, a primeira Denominação de Origem do Brasil!

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 17 de Abril de 2018


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Plantação de arroz.
Garças.
Coleta de arroz.
Litoral Norte Gaúcho.
Arroz da Indicação Geográfica.
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

No Litoral Norte Gaúcho, o arroz foi introduzido, em 1936, por italianos e, em 1937, por alemães e produtores da região. A partir desta data, houve uma miscigenação de culturas na lavoura do arroz, que sempre manteve foco comercial, levando o desenvolvimento para a região e tornando-a grande produtora do cereal. A partir da década de 1970, com o uso de novas tecnologias, a lavoura obteve um aumento da produtividade e o arroz do Litoral Norte Gaúcho começou a ser vendido para várias partes do País. Assim, a qualidade deste produto tornou-se reconhecida pelos consumidores brasileiros. Muito demandado pelos compradores, o arroz do Litoral Norte Gaúcho sempre teve preços superiores a de outras regiões produtoras do grão.

O território de produção do arroz do Litoral Norte Gaúcho é formado por uma península arenosa com aproximadamente 300 km de extensão, paralela a costa litorânea, entre duas grandes massas de água, a Lagoa dos Patos e o Oceano Atlântico. Esse complexo de ecossistemas costeiros inclui também outras lagoas de água doce e lagunas de água salgada, praias, dunas, banhados, vegetação de restinga e uma área marinha, compondo um ambiente diverso e riquíssimo do ponto de vista ambiental, considerada uma das paisagens mais belas do Brasil.

O arroz do Litoral Norte Gaúcho se diferencia pelo seu alto rendimento de grãos inteiros, translucidez e vitricidade. A região do Litoral Norte Gaúcho possui elevada estabilidade das temperaturas diárias, apresentando uma menor amplitude. Isto ocorre em função da alta umidade relativa do ar e das grandes massas de água que envolvem a região. O regime de ventos da região determina sua paisagem e vegetação. Estes ventos representam um importante elemento que contribui para a dissipação do calor, sobretudo na época da formação do grão de arroz. Assim, o regime de ventos, associado à estabilidade térmica da região, resultam em condições geográficas ideais e únicas para a produção de qualidade, influenciando diretamente nas características do produto.

O arroz é produzido em harmonia com o meio ambiente. O regulamento de uso foi construído para que a produção esteja alinhada com as mais modernas práticas da sustentabilidade ambiental, social e econômica, prevendo que haja licenciamento ambiental e racionalização do uso da água nas lavouras, controle do uso de defensivos agrícolas, produção com sementes certificadas, além de registros e controles em todas as etapas da produção, possibilitando a rastreabilidade da lavoura ao prato do consumidor. Tanto o processo de produção, quanto o produto final são controlados através do Conselho Regulador. O resultado é um arroz branco de qualidade, com alto rendimento de panela e sabor diferenciado.

Com a Denominação de Origem, o arroz do Litoral Norte Gaúcho é reconhecido como uma especialidade, o que agrega valor à produção. A qualificação da cadeia produtiva do arroz também é atingida, uma vez que passa a ter um protocolo de produção nas distintas etapas do processo produtório.

Associação dos Produtores de Arroz do Litoral Norte Gaúcho – APROARROZ
Endereço: Rua 27 de abril, nº 974 – Centro | Cidade: Palmares do Sul/RS | CEP: 95.540-000
Telefone: +55 (51) 3668-1186 | E-mail: aproarroz@aproarroz.com.br

Dados Técnicos

Número: IG200801
Indicação Geográfica: Litoral Norte Gaúcho
UF: Rio Grande do Sul
Requerente: Associação dos Produtores de Arroz do Litoral Norte Gaúcho
Produto: Arroz
Data do Registro: 24/08/2010
Delimitação: A região é composta pelos seguintes municípios: Balneário Pinhal, Capivari do Sul, Cidreira, Palmares do Sul, Mostardas, São José do Norte, Tavares e Tramandaí e parte dos municípios de Imbé, Osório, Santo Antonio da Patrulha e Viamão, com aproximadamente 300 quilômetros de extensão.

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IG – Pantanal

IG – Pantanal

O Pantanal é uma das maiores extensões úmidas contínuas do mundo e está localizado no centro da América do Sul, sendo considerado Patrimônio Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera pela UNESCO. Nesse ambiente único é colhido o mel do Pantanal.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 17 de Abril de 2018


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Abelhas do Pantanal.
 Produção do mel pelas abelhas.
 Equipe de apicultores.
 Mel coletado.
 Apicultores do Pantanal.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

O Pantanal, que fora considerado apenas uma rota para as minas de ouro, recebeu, durante o século XVIII, uma leva de imigrantes que lá construíram suas casas. O mel fazia parte das atividades extrativistas e a técnica empregada era a mesma usada em séculos anteriores pelos índios, que o buscavam no oco das árvores.

No início do século XIX, surgiram os latifúndios, cuja principal atividade era a criação de gado. Ao lado destes, permaneceram algumas tribos indígenas e moradores independentes, sendo a miscigenação a sua principal característica étnica.

Os relatos das expedições etnológicas aos índios pantaneiros, do alemão Max Schmidt, datados de 1901, registraram que a coleta de mel de abelhas era comum entre esses povos, e recebia o nome de mapaguá. O mel de abelhas silvestres era coletado apenas quando desejavam consumi-lo, o que, normalmente, ocorria por meio da derrubada da árvore em que se encontrava a colmeia.

O conhecimento empírico dos pantaneiros sobre a qualidade e diferenças do mel somou-se, a partir de meados do século XX, a estudos científicos sobre o bioma do Pantanal. O Programa de desenvolvimento e incentivo da Apicultura, proposto pela Empresa de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural – EMPAER, foi um marco na década de 1980, proporcionando um rápido crescimento da apicultura e a criação de novas associações.

O Pantanal possui um bioma constituído por uma savana estépica, alagada em sua maior parte, com mais de 300 mil km² de extensão, altitude média de 100 metros.

Presente em dois estados brasileiros possui uma área de 150.355 km², ocupando 25% do Mato Grosso do Sul e 7% do Mato Grosso, subdivido em 11 pantanais.

A flora apícola do Pantanal é riquíssima, com floração durante quase todo o ano, o que favorece a produção de mel. O clima também é propício para a apicultura, em virtude da estabilidade da temperatura e de um inverno não rigoroso.

O mel do Pantanal é colhido em meio à biodiversidade, o que o torna raro no mundo. Tem chamado a atenção principalmente por ser silvestre, de uma região onde predomina a criação de gado, com pequenas áreas de lavoura.

O mel do Pantanal é produzido pelas abelhas africanizadas (Apis mellifera), a partir do néctar das flores ou das secreções procedentes de partes vivas das plantas, que as abelhas recolhem, transformam, combinam com substâncias específicas próprias, armazenam e deixam madurar nos favos da colméia. O mel é uma solução concentrada de açúcares com predominância de glicose e frutose.

O Pantanal possui 206 espécies de plantas apícolas catalogadas, sendo 86 ervas, 44 árvores, 44 arbustos e 24 trepadeiras. Dentre estas, a assa-peixe, cumbaru, hortelãzinha e o tarumeiro são as mais procuradas pelas abelhas. Essa variedade de espécies somada aos índices de temperatura e umidade resultam em um mel silvestre singular, consistente, fino, de sabor forte e acentuado, levemente doce.

A organização dos apicultores em associações foi fundamental para o amadurecimento desses profissionais que, juntos, perceberam a importância do trabalho coletivo, da troca de informações e da apropriação de conhecimentos técnicos. A convicção na apicultura e a confiança no associativismo, cooperativismo e em redes colaborativas, possibilitou o valor agregado ao mel do Pantanal e o incremento nas vendas.

Conselho das Cooperativas, Associações, Entrepostos e Empresas de Afins a Apicultura do Pantanal do Brasil – CONFENAL
Endereço: Estrada NE2, 361 | Cidade: Campo Grande/MS | CEP: 79.037-804
Telefone: +55 (67) 3326-4570 | E-mail: apiarioszen@gmail.com

Dados Técnicos

Número: BR2013000004-0
Indicação Geográfica: Pantanal
UF: MS/MT
Requerente: Conselho das Cooperativas, Associações, Entrepostos e Empresas de Afins a Apicultura do Pantanal do Brasil – CONFENAL
Produto: Mel
Data do Registro: 10/03/2015
Delimitação: A delimitação da área geográfica corresponde ao bioma Pantanal que está presente em dois estados brasileiros, ocupa 25% do Mato Grosso do Sul e 7% do Mato Grosso.

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