IG – Matas de Rondônia

IG – Matas de Rondônia

Região da Zona da Mata abrange 15 municípios, com destaque para Cacoal. É a quinta maior produtora de café do país e destaque nacional na produção da espécie canéfora.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação.16 de Dezembro de 2021


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Cafeeiro (Renata Silva, Embrapa)
Café (Renata Silva, Embrapa)
Café (Renata Silva, Embrapa)
Grãos de café (Renata Silva, Embrapa)
Grãos Torrados (Renata Silva, Embrapa)
Representação gráfica

Sobre a Indicação Geográfica

O início do plantio de café na região Amazônica se deu ainda no século 18, no atual estado do Pará. O crescimento da produção comercial, no entanto, passou a se tornar expressivo apenas na década de 1970, especialmente em Rondônia.

Em Cacoal, município da Zona da Mata de Rondônia, as primeiras sementes de café chegaram ainda na década de 1960. Nos anos de 1980 a 1990, a expansão e o sucesso eram tantos que o município chegou a conquistar o título de “Capital do Café”.

Com a queda do preço do produto, a primeira década do século 21 foi de crise na produção. Desde 2013, porém, houve uma união da cadeia produtiva e o café voltou a ganhar destaque em Cacoal e região.

A região de Matas de Rondônia localiza-se em uma faixa de transição entre os domínios morfoclimáticos Amazônico e Cerrado e, sob suas influências, é determinado o seu clima, com temperaturas normalmente elevadas e uniformes ao longo do ano.

A quantidade e distribuição da precipitação e a umidade dividem o ano em duas estações bem definidas: a chuvosa, que ocorre de dezembro a maio, e seca, com chuvas escassas entre os meses de junho e novembro.

Essas condições climáticas, associadas às características dos solos da região, criam condições propícias a um ciclo de maturação do café do tipo intermediário a tardio.

A área é composta pela totalidade de 15 municípios do estado e a região é conhecida como Zona da Mata.

Os cafés da Denominação de Origem Matas de Rondônia são produzidos exclusivamente a partir de cultivares de café da espécie Coffea canephora.

A base energética das plantas dessa espécie é de natureza híbrida, obtida a partir de clones resultantes do cruzamento entre as variedades Conilon e Robusta, selecionadas ao longo de anos de forma empírica pelos próprios produtores locais.

A consequência desse cruzamento foi um café diferenciado, que passou a ser chamado de Robustas Amazônicos. Seu perfil sensorial inclui a presença dos seguintes descritores: doce, chocolate, amadeirado, frutado, especiaria, raiz e herbal.

Portanto, trata-se de um produto com alto grau de adaptabilidade às condições da região das Matas de Rondônia, resultando em características diferenciadas quando comparado ao café de outras regiões produtoras.

Rondônia é o maior produtor de café da Região Norte, quinto maior do país e o segundo da espécie canéfora (conilon e robusta).

O estado possui, aproximadamente, 22 mil produtores de café que produzem cerca de 2 milhões de sacas por ano.

Em 2020, os cafés de Rondônia obtiveram o título de melhor café do ano na categoria “canéfora fermentação induzida” no concurso “Coffee of the Year”, da Semana Internacional do Café.

Cafeicultores Associados da Região Matas de Rondônia – CAFERON
Endereço: Rua Princesa Isabel, 1640 | Bairro: Liberdade | Cidade: Cacoal/RO | CEP: 78976-335
Telefone: +55 (69) 99955-0993 | Site: www.caferon.org.br | E-mail: cafecaferon@gmail.com

Dados Técnicos

Número: BR412020000004-0
Indicação Geográfica: Matas de Rondônia
UF: Rondônia
Requerente: Cafeicultores Associados da Região Matas de Rondônia – CAFERON
Produto: Café em grão do tipo Robusta Amazônico
Data do Registro: 01/06/2021
Delimitação: A área da Denominação de Origem Matas de Rondônia está localizada entre os paralelos 10° e 14° Sul e os meridianos 60° e 64° Oeste, abrangendo a totalidade dos territórios dos seguintes municípios do estado: Alta Floresta D’Oeste, Alto Alegre dos Parecis, Alvorada D’Oeste, Cacoal, Castanheiras, Espigão D’Oeste, Ministro Andreazza, Nova Brasilândia D’Oeste, Novo Horizonte do Oeste, Primavera de Rondônia, Rolim de Moura, Santa Luzia D’Oeste, São Felipe D’Oeste, São Miguel do Guaporé, Seringueiras.

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IG- Marajó

IG – Marajó

Sete municípios localizados no arquipélago do Marajó se destacam na produção de queijo elaborado exclusivamente com leite de búfala. Queijarias chegam a produzir até 100kg do produto por dia.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação.15 de Dezembro de 2021


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Produção do Queijo
Embalagem
Queijo
Produto
Preparo
Representação Gráfica

Sobre a Indicação Geográfica

Os primeiros búfalos chegaram à Ilha do Marajó, no estado do Pará, entre o final do século 19 e o início do século 20. Até aquele momento, o queijo, um produto tradicional da região, era produzido por fazendeiros portugueses e franceses e tinha como matéria-prima o leite de vaca.

Com o passar dos anos e o aumento do rebanho de búfalos, o produto começou a ser elaborado exclusivamente com leite de búfala.

Atualmente, o maior rebanho de búfalos do Brasil encontra-se no arquipélago do Marajó e representa cerca de três vezes a população de todos os seus municípios. Os animais se tornaram símbolo da região e são, hoje, parte importante da economia do Marajó.

A região produtora do queijo do Marajó é formada por sete municípios localizados no arquipélago: Cachoeira do Arari, Chaves, Muaná, Ponta de Pedras, Salvaterra, Santa Cruz do Arari e Soure.

Todos os municípios fazem parte da microrregião do Arari, parte da mesorregião Marajó, que possui uma área total de 28.948 km² e população de 127.950 habitantes.

OO clima equatorial da região garante temperatura média anual de 26°C, não ficando abaixo de 20°C no mês mais frio. A precipitação média anual é maior que 2.000 milímetros, com umidade relativa do ar sempre superior a 80%.

O queijo do Marajó é um produto elaborado artesanalmente na área geográfica do arquipélago do Marajó, conforme a tradição histórica e cultural da região.

Ele é obtido pela fusão da massa coalhada, dessorada de leite de búfala e/ou leite de búfala misturado com leite bovino na proporção máxima de 40%, lavada com água ou leite de búfala ou bovino, obtido por coagulação espontânea e adicionado de creme de leite ou manteiga.

O leite utilizado na fabricação do queijo pode ser exclusivamente de origem bubalina ou uma composição de leite bubalino e bovino, de todas as raças, desde que ambos tenham sua origem produtiva na área geográfica delimitada.

São produzidas as seguintes variedades de queijo:
– Tipo creme: aquele que, no processo de cozimento da massa, denominado de “fritura”, adiciona-se o creme de leite obtido do desnate do leite a ser coagulado.
– Tipo manteiga: aquele que, no processo de cozimento da massa, denominado de “fritura”, adiciona-se a manteiga propriamente dita.

As características físico-químicas do queijo do Marajó são as seguintes:
– Gordura total: máximo de 40%.
– Gordura no extrato seco: máximo de 65%.
– Umidade: mínimo de 35% e máximo de 50%.
– Cloreto de sódio: mínimo de 1% e máximo de 2%.

O Pará possui o maior rebanho bubalino do país, com cerca de 520 mil cabeças, representando cerca de 40% do rebanho nacional. No Marajó, cerca de 5 mil animais são dedicados à produção de leite, que é inteiramente voltada para a fabricação de queijo.

Estima-se que existam cerca de 70 queijarias no Marajó, chegando a produzir entre 60kg e 100kg por dia na época da safra e entre 35kg e 70kg por dia durante a entressafra.

Associação dos Produtores de Leite e Queijo do Marajó – APLQMarajó
Endereço: Rua Décima, entre a TV. Quarta e TV. Quinta, 222 | Bairro: Matinha | Cidade: Soure/PA | CEP: 68870-000
Telefone: +55 (91) 98106-5626 | Site: facebook.com/Associação-de-Produtores-de-Leite-e-Queijo-do-Marajó-1612217892353880/

Dados Técnicos

Número: BR402018050007-0
Indicação Geográfica: Marajó
UF: Pará
Requerente: Associação dos Produtores de Leite e Queijo do Marajó – APLQMarajó
Produto: Queijo
Data do Registro: 23/03/2021
Delimitação: Compreende os municípios de Chaves (0º09’50” de latitude sul e 49º59’13” de longitude oeste), Soure (0º43’49” de latitude sul e 48º30’05” de longitude oeste), Salvaterra (0º45’30” de latitude sul e 48º30’50” de longitude oeste), Santa Cruz do Arari (0º39’39” de latitude sul e 49º10’37” de longitude oeste), Ponta de Pedras (1º23’45” de latitude sul e 48º51’57” de longitude oeste), Muaná (1º32’21” de latitude sul e 49º13’20” de longitude oeste) e Cachoeira do Arari (1º0’16” de latitude sul e 48º57’27” de longitude oeste). Todos esses municípios integram a base territorial do Arquipélago do Marajó, mais especificamente nos chamados Campos do Marajó, microrregião do Arari, mesorregião Marajó, no estado do Pará.

 

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IG- Gramado

IG – Gramado

Capital Nacional do Chocolate Artesanal, Gramado carrega consigo a herança da imigração europeia e tem no produto uma das principais fontes de receita.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação.14 de Dezembro de 2021


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Chocolate Artesanal
Chocolate Artesanal
Chocolate
Produtos Artesanais (Leonid Streliaev)
Chocolate Artesanal
Representação gráfica

Sobre a Indicação Geográfica

A presença do chocolate na cidade de Gramado se dá a partir de 1975 com a inauguração da primeira fábrica de chocolate caseiro.

A história de Gramado foi diretamente influenciada pela imigração europeia no século 19 e início do século 20. Os europeus traziam consigo habilidades artesanais na produção de diversos produtos, entre eles o chocolate.

Com o decorrer do tempo e com a expansão das empresas produtoras, o chocolate artesanal de Gramado tornou-se reconhecido nacionalmente, passando a ser comercializado além das fronteiras do Rio Grande do Sul.

Desde 1994 a cidade sedia, anualmente, o festival Chocofest.

O clima de Gramado é úmido e temperado, com temperaturas baixas, propício ao consumo de alimentos mais calóricos que mantenham o metabolismo e a temperatura corporal reguladas em climas mais amenos.

Localizada na Serra Gaúcha, na região das Hortênsias, Gramado é distante 115 km de Porto Alegre e está situada a 830m acima do nível do mar. Tem uma população estimada em 35.875 habitantes.

Os chocolates artesanais de Gramado chegam aos consumidores em diversos formatos, como, por exemplo, em barras, ramas, figuras, bombons, trufas, drágeas, cobertos e especialidades feitas de chocolate ao leite, chocolate branco, chocolate meio amargo e chocolate amargo. Todos têm como característica a massa de cacau inteiramente produzida na cidade.

Não é permitido, em nenhum dos produtos, o uso de leite em pó, cacau em pó, soro de leite em pó e gordura vegetal ou gordura vegetal hidrogenada.

Gramado recebeu em 2020 o título de Capital Nacional do Chocolate Artesanal.

O município possui 19 fábricas de chocolate e tem no turismo 90% de sua receita. Anualmente, mais de um milhão de quilos da guloseima são produzidos – cerca de metade para atender a demanda da Páscoa.

Associação da Indústria e Comércio de Chocolates Caseiros de Gramado – ACHOCO
Endereço: Rua Prefeito Waldemar Frederico Weber, 365 | Bairro: Floresta | Cidade: Gramado/RS | CEP: 95670-000
Telefone: +55 (54) 3286 2310 | Site: https://pt-br.facebook.com/ACHOCORS | E-mail: bfsachoco@gmail.com

Dados Técnicos

Número: BR402018000004-3
Indicação Geográfica: Gramado
UF: Rio Grande do Sul
Requerente: Associação da Indústria e Comércio de Chocolates Caseiros de Gramado – ACHOCO
Produto: Chocolate artesanal
Data do Registro: 15/06/2021
Delimitação: Limites geopolíticos do município de Gramado, no Rio Grande do Sul.

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IG- Espírito Santo (Café)

IG – Espírito Santo (Café)

Estado da região Sudeste tem no café conilon seu principal produto agrícola, grande gerador de trabalho e renda para uma parcela significativa da população que vive na zona rural.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação.14 de Dezembro de 2021


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Lavoura em São Domingos do Norte-ES
Café Conilon Cereja
Café Conilon Cereja
Grão Cru do Café
Café Conilon torrado
Representação gráfica

Sobre a Indicação Geográfica

O Espírito Santo é referência nacional e mundial no desenvolvimento da cafeicultura do café conilon, iniciada no estado ainda em 1912, com a introdução das primeiras mudas e sementes do produto.

A expansão do cultivo dessa espécie de café, contudo, se deu somente a partir da década de 1960, em razão da crise cafeeira que levou à erradicação de grande parte da lavoura estadual, que era constituída predominantemente pelo café da espécie arábica.

Na última década, houve uma evolução importante nos padrões de qualidade do café conilon do Espírito Santo, fruto do trabalho de conscientização sobre as boas práticas agrícolas nos cafezais, promovido pelas instituições públicas e privadas ligadas ao setor no estado.

O café conilon é cultivado em todo o estado do Espírito Santo, principalmente em regiões com temperaturas mais elevadas, com médias entre 22°C e 26°C, e também em altitudes menores, de até 600m.

Com uma área de 46.095 km², o Espírito Santo está em sua maior parte caracterizado como um planalto, com altitude média variando entre 600m e 700m acima do nível do mar.

Tem uma população de 4.108.508 habitantes.

O produto da Indicação de Procedência Espírito Santo é o café conilon, da espécie coffea canephora, nas seguintes condições: em grãos verdes (café cru); industrializado na condição de torrado e/ou torrado e moído; e café solúvel.

O café conilon da região apresenta 2,2% de cafeína (quase o dobro do café arábica) e possui sabor e aroma mais amargos e marcantes, com 3% a 7% de açúcares, bem como menor acidez.

Em relação à produtividade, o café conilon tem uma capacidade de produção muito maior do que a verificada no café arábica, além de possuir grãos menores e com a polpa menos espessa.

O café conilon é o principal produto agrícola do Espírito Santo, sendo responsável pela geração da maior parte da renda e dos empregos no meio rural.

O estado possui uma área de aproximadamente 300 mil hectares ocupada com a produção do café conilon, que resultam em cerca de 10 milhões de sacas por ano, o que confere ao Espírito Santo o título de maior produtor nacional desse tipo de café.

Federação dos Cafés do Estado do Espírito Santo – FECAFÉS
Endereço: Avenida João XXIII, 08 | Bairro: Centro | Cidade: São Gabriel da Palha/ES | CEP: 29780-000
Telefone: +55 (27) 2158 1000 | E-mail: luiz.bastianello@cooabriel.coop.br

Dados Técnicos

Número: BR402020000002-7
Indicação Geográfica: Espírito Santo
UF: Espírito Santo
Requerente: Federação dos Cafés do Estado do Espírito Santo – FECAFÉS
Produto: Café conilon
Data do Registro: 11/05/2021
Delimitação: Limites geopolíticos do estado do Espírito Santo.

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IG- Campos das Vertentes

IG – Campo das Vertentes

Região que abrange 17 municípios mineiros é uma forte produtora de café da espécie arábica, mais doces e com aroma diferenciado. Produz anualmente 1,3 milhão de sacas e gera cerca de 230 mil empregos diretos e indiretos.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação.14 de Dezembro de 2021


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Café
Plantação
Café
Café
Plantação
Representação gráfica

Sobre a Indicação Geográfica

Apesar de a relevância da cultura cafeeira na região ser evidenciada apenas a partir da segunda metade do século 20, há registros de propriedades cafeicultoras desde a década de 1860 naquele território.

Até então, a produção cafeeira das fazendas da região se dava em pequena escala e destinava-se, sobretudo, para consumo próprio.

Na década de 1970, contudo, o Plano de Renovação e Revigoramento de Cafezais estimulou a introdução de novas técnicas de plantio, como a utilização de cultivo em curvas de nível, a produção de mudas em viveiros e a adubação química.

Nos últimos anos, a região encontra-se em direção à produção de grãos nobres de café da espécie arábica, mais doces e com aroma diferenciado, reconhecido como gourmet.

A expansão da produção consolidou a vocação agroexportadora da região de Campo das Vertentes.

A região Campo das Vertentes constitui-se por planaltos ondulados, cuja altitude varia de 500 a 1.000m acima do nível do mar. A leste, é cortada pela Serra da Mantiqueira, apresentando ali altitudes acima de 1.500m.

O clima é ameno, com verão fresco e chuvoso e inverno bastante frio nas regiões mais elevadas. Essas condições favorecem a produção do café de qualidade.

A região é representada ao todo por 17 municípios no entorno de Santo Antônio do Amparo (MG), reconhecido como o polo do café da região.

Os cafés finos produzidos na região do Campo das Vertentes são da espécie coffea arábica, mais doces e com aroma diferenciado, reconhecido como gourmet.

Os cafés da região podem ser colhidos manualmente ou de forma mecanizada. Eles são beneficiados por meio dos seguintes processos: natural, cereja descascado, cereja descascado desmucilado, despolpado ou de fermentação controlada.

Os cafés da Indicação de Procedência Campo das Vertentes devem obter nota mínima de 80 pontos, isto é, sem adstringência, sem sabores e aromas estranhos, gosto de madeira e safra remanescente.

No que se refere ao acondicionamento do produto, ele deve ser feito em sacaria nova.

O Campo das Vertentes tem sua economia fundamentada na agropecuária, onde se faz presente a produção cafeeira, tendo um total de 4.311 pequenos e 863 médios ou grande produtores.

As lavouras resultam em uma produção anual de, aproximadamente, 1,3 milhão de sacas e geram em torno de 75 mil empregos diretos e 156 mil indiretos.

A região tem se destacado nos últimos concursos especializados, como o 16° Concurso Nacional da ABIC – Edição Especial Origens do Brasil.

Associação dos Cafeicultores do Campo das Vertentes – ACAVE
Endereço: Rua José Carlos de Carvalho, 22 | Bairro: Centro| Cidade: Santo Antônio do Amparo/MG | CEP: 37262-000
Telefone: +55 (21) 2533-1678 | Site: https://acave.com.br | E-mail: fabricio@welge.com.br

Dados Técnicos

Número: BR402019000013-5
Indicação Geográfica: Campo das Vertentes
UF: Minas Gerais
Requerente: Associação dos Cafeicultores do Campo das Vertentes – ACAVE
Produto: Café em grão verde e café industrializado na condição de torrado em grão e moído
Data do Registro: 24/11/2020
Delimitação: A área geográfica é representada pelos 17 municípios que compõem a área de abrangência do Campo das Vertentes, em Minas Gerais: Bom Sucesso, Camacho, Campo Belo, Cana Verde, Candeias, Carmo da Mata, Conceição da Barra de Minas, Ibituruna, Nazareno, Oliveira, Perdões, Ritápolis, Santana do Jacaré, Santo Antônio do Amparo, São Francisco de Paula, São João Del Rei e São Tiago.

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IG-Resende Costa- MG

IG – Resende Costa- MG

Município mineiro cultiva há dois séculos tradição que atravessou gerações na produção de artesanato em tear manual e produção manual. Cerca de 70% da população da cidade está envolvida no ofício

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação.13 de Dezembro de 2021


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Produção Artesanal
Produtos de artesanato têxtil
Produtos de artesanato têxtil
Tear Manual
Produtos de artesanato têxtil
Representação gráfica

Sobre a Indicação Geográfica

A produção têxtil com o uso do tear manual remonta ao século 19 na região de Resende Costa, antes mesmo da sua constituição como município.

Com uma tradição secular, a história da cidade está estritamente ligada à produção do artesanato, cuja técnica de tecelagem é passada de geração em geração.

A qualidade dos produtos alcançou fama nacional, com grande parte da produção sendo comercializada em outros estados do país.

O município de Resende Costa localiza-se na Mesorregião Campos das Vertentes e faz parte da Microrregião de São João Del Rei, no estado de Minas Gerais. Possui uma extensão territorial de 618 km².

Em relação ao relevo, está localizado no cinturão conhecido como Planalto e Serra do Atlântico Leste-Sudeste. Das terras do município, 60% são onduladas e 20% são montanhosas.

Está distante 124km da capital mineira, Belo Horizonte.

Nem todo artesanato produzido em Resende Costa tem direito ao Selo de Procedência.

Para utilizá-lo, são exigidas as seguintes características do artesanato em tear manual e produção manual:
– Qualidade da matéria prima utilizada (retalho e algodão).
– Intervenção artesanal em todas as fases da produção.
– Ter todas as fases de produção realizadas no município de Resende Costa – MG.

A cidade possui cerca de 80 lojas especializadas no comércio de peças têxteis criadas em tear manual. Estima-se que 70% da população do município viva, direta ou indiretamente, do comércio e da produção de artesanato.

O segmento movimenta anualmente cerca de R$ 6 milhões no município.

Associação das Empresas do Turismo e do Artesanato de Resende Costa – ASSETURC
Endereço: Rua Padre Joaquim Carlos, 254 | Bairro: Centro | Cidade: Resende Costa/MG | CEP: 36340-000
Telefone: +55 (32) 3354-1059 | Site: www.facebook.com/asseturc/ | E-mail: brdilascio@ufsj.edu.br

Dados Técnicos

Número: BR402020000006-0
Indicação Geográfica: Resende Costa – MG
UF: Minas Gerais
Requerente: Associação das Empresas do Turismo e do Artesanato de Resende Costa – ASSETURC
Produto: Artesanatos têxteis produzidos por tear manual e produção manual
Data do Registro: 10/08/2021
Delimitação: Zona rural e urbana do município de Resende Costa, localizado em Minas Gerais, nos limites oeste da longitude -44.250, leste da longitude -44.000, sul da latitude -21.000 e norte da latitude -20.750.

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IG – Região de São Joaquim

IG – Região de São Joaquim

Território que abrange municípios de Santa Catarina é o maior produtor de maçãs do país e tem como grande destaque a do tipo Fuji, produzida a baixíssimas temperaturas na Serra Catarinense

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação.10 de Dezembro de 2021


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A Maçã Fuji da Região de São Joaquim (Arquivo EPAGRI)
Planta matriz da Fuji no Brasil, Estação Experimental de São Joaquim - SC (Fernando Laske)
Cesto de Maçãs Fuji da Região de São Joaquim (Aires Carmen Mariga/EPAGRI)
Floração dos pomares na Região da Maçã Fuji de São Joaquim (Antônio Carlos Mafalda)
Floração da árvore Fuji original na Estação Experimental da EPAGRI em São Joaquim (Fernando Laske)
Representação gráfica

Sobre a Indicação Geográfica

O início da produção de maçã na região de São Joaquim data do início do século 20, quando foram plantados os primeiros pomares da fruta.

A partir da década de 1970, a maçã do tipo Fuji passou a ser produzida, quando o produto foi trazido do Japão e passou a ser desenvolvido por imigrantes japoneses, que formaram uma colônia na região.

Nos anos de 1977 e 1978, foram fundadas uma cooperativa e a Associação Brasileira dos Produtores de Maçã – AMAP, além de ser realizada a 1ª Festa Nacional da Maçã. A partir dos anos 1980 veio a consolidação da produção da fruta em São Joaquim, atraindo mão de obra, investimentos e impulsionando a pesquisa.

A região de São Joaquim está localizada no estado de Santa Catarina, ocupando uma área de 4.928 km². Abrange na totalidade os municípios de São Joaquim, Bom Jardim da Serra, Urupema, Urubici e Painel.

Toda a área possui altitude superior a 1.100m acima do nível do mar, podendo chegar a até 1.800m.

O clima é temperado, com baixas temperaturas no inverno e média anual de aproximadamente 10°C. No verão, a média gira em torno de 18 a 20 graus Celsius.

A Maçã Fuji da Região de São Joaquim deve ser produzida a altitude mínima de 1.100m acima do nível do mar, onde encontram-se as características naturais que definem a qualidade distinta do produto, sobretudo a altitude e o frio.

O inverno gelado da região possibilita que as macieiras tenham 900 horas de frio por ano, com temperaturas inferiores a 7°C, requisito fundamental para a floração e desenvolvimento de frutas com qualidade.

Dada as condições geográficas únicas da região, a fruta apresenta sua forma característica, ovalada, de coloração vermelha mais intensa, mais crocante, com acidez marcante e suculência maior do que a verificada em outras variedades.

A região de São Joaquim é a maior produtora nacional de maçã, com 35% da produção e área plantada do Brasil.

Estima-se que a produção anual de Maçã Fuji ultrapasse as 170 mil toneladas, produzidas por 2.104 unidades produtoras, 90% das quais são pequenas propriedades.

Associação dos Produtores de Maçã e Pera de Santa Catarina – AMAP
Endereço: Rua Lauro Muller, nº 67, Sala 02 | Bairro: Centro | Cidade: São Joaquim/SC | CEP: 88600-000
Telefone: +55 (49) 3233-3977 | Site: www.amapsc.org.br | E-mail: amap@amapsc.org.br

Dados Técnicos

Número:BR412020000010-4
Indicação Geográfica: Região de São Joaquim
UF: Santa Catarina
Requerente: Associação dos Produtores de Maçã e Pera de Santa Catarina – AMAP
Produto: Maçã Fuji
Data do Registro: 03/08/2021
Delimitação: A área geográfica delimitada da Região de São Joaquim possui um total de 4.928 km² e abrange integralmente a extensão dos municípios catarinenses de São Joaquim, Bom Jardim da Serra, Urupema, Urubici e Painel.

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IG – Mamirauá

IG – Mamirauá

Manejo sustentável do pirarucu na região do médio Solimões, no Amazonas, salvou a espécie da extinção e ainda beneficiou milhares de pescadores e comunidades ribeirinhas

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação.10 de dezembro de 2021


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Pirarucu (Bernardo Oliveira, Instituto Mamirauá)
Pesca do Pirarucu (Bernardo Oliveira, Instituto Mamirauá)
Medição do Pirarucu (Bernardo Oliveira, Instituto Mamirauá)
Pesca do Pirarucu (Bernardo Oliveira, Instituto Mamirauá)
Pesca do Pirarucu (Bernardo Oliveira, Instituto Mamirauá)
Representação gráfica

Sobre a Indicação Geográfica

O manejo do pirarucu é uma atividade secular desenvolvida por populações indígenas e ribeirinhas no Amazonas. No início do século 20, com o declínio da exploração da borracha, a pesca se tornou ainda mais importante como meio de subsistência.

Na década de 1970, porém, houve uma intensificação da exploração comercial do pirarucu. Sem controle, a espécie esteve bastante reduzida em rios e lagos da região, chegando a ficar ameaçada de extinção no local.

No início dos anos 2000, com o auxílio do Instituto Mamirauá, foi iniciado o manejo do pirarucu, que consiste em permitir uma cota anual de pesca do peixe. A partir daí, deu-se a multiplicação dos peixes e a melhoria na qualidade de vida e de renda das famílias envolvidas no manejo.

A área geográfica da Denominação de Origem do Pirarucu Manejado envolve trechos de nove municípios do Amazonas.

A área da Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá tem 11.240 km² e está localizada na região do médio Solimões, a cerca de 600 km de Manaus.

O pirarucu manejado de Mamirauá possui características ou qualidades decorrentes do meio geográfico, incluindo fatores naturais e humanos.

Os fatores humanos dizem respeito a aspectos e regras do manejo sustentável do pirarucu, que envolvem boas práticas de pesca, abate, recepção e pré-beneficiamento. Esses cuidados influenciam significativamente na qualidade final do produto, contribuindo para o aumento da durabilidade da carne na prateleira.

Além disso, a relação tempo-temperatura no transporte do pescado entre o lago de pesca e o flutuante onde é feita a armazenagem interfere no aroma agradável do produto.

Há, ainda, uma forte relação entre os fatores naturais e as diversas características ou qualidades da carne do pirarucu. O alto índice de ômega 3 no pescado deve-se à dieta vasta e específica da área de várzea de Mamirauá.

No que diz respeito à sua pigmentação vermelha diferenciada, ela é adquirida pela ingestão de moluscos, principalmente da família Pomaceae, que, por sua vez, obtém tal pigmento ao se alimentarem de vegetais.

O manejo do pirarucu produzido por comunidades ribeirinhas na região de Mamirauá beneficia anualmente mais de mil pescadores e pescadoras envolvidos na atividade.

Dados de 2019 mostram que o manejo do pirarucu naquele ano incluiu 48 comunidades ribeirinhas, 3 colônias de pescadores, 1 associação de pescadores e 1 sindicato de pescadores, tendo obtido uma renda de R$ 2,5 milhões de reais.

Federação dos Manejadores e Manejadoras de Pirarucu de Mamirauá – FEMAPAM
Endereço: Rua Brasília, nº 197 | Bairro: Juruá | Cidade: Tefé/AM | CEP: 69552-215
Telefone: +55 (97) 3343-9776| Site: www.mamiraua.org.br | E-mail: tabatha.benitz@mamiraua.org.br

Dados Técnicos

Número: BR412020000009-0
Indicação Geográfica: Mamirauá
UF: Amazonas
Requerente: Federação dos Manejadores e Manejadoras de Pirarucu de Mamirauá – FEMAPA
Produto: Pirarucu manejado
Data do Registro: 13/07/2021
Delimitação: A área geográfica da Denominação de Origem do Pirarucu Manejado envolve trechos de nove municípios do Amazonas, sendo eles: Alvarães, Fonte Boa, Japurá, Juruá, Jutaí, Maraã, Tefé, Tonantins e Uarini.

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IG- Planalto Sul Brasileiro

IG – Planalto Sul Brasileiro

A união de fatores geográficos e humanos faz do mel de melato da bracatinga produzido na região do Planalto Sul Brasileiro um produto único e de qualidade reconhecida mundialmente.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação.10 de Dezembro de 2021


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Extração do Mel de Melato da Bracatinga, Bocaina do Sul-SC (Antônio Carlos Mafalda)
Mata de Bracatinga, Urupema-SC (Antônio Carlos Mafalda)
Apicultor Alex Boratto extraindo o Mel de Melato da Bracatinga, Bocaina do Sul-SC (Antônio Carlos Mafalda)
Abelha colhendo a secreção da cochonilha, Urupema-SC (Mariléia Corrêa da Silva)
Apicultor Alex Boratto extraindo o Mel de Melato da Bracatinga, Bocaina do Sul-SC (Antônio Carlos Mafalda)
Representação gráfica

Sobre a Indicação Geográfica

Entre o início da produção de mel pelos indígenas, a partir de abelhas nativas há mais de 2000 anos, até a produção do mel de melato da bracatinga no Planalto Sul Brasileiro, muita coisa aconteceu, especialmente a partir dos anos de 1800 quando imigrantes europeus trouxeram abelhas para as suas colônias na região.

A partir desse movimento, a prática da apicultura ganhou corpo e, em 1900, foi fundada a primeira associação de apicultores do sul do Brasil, em São Bento do Sul (SC). Em 1956, as abelhas africanas foram introduzidas no Brasil e, em 1970, foi criada a Associação Catarinense de Apicultores (ACA).

Tido, inicialmente, como um produto de qualidade inferior, o mel de melato de bracatinga começou a ser exportado para a Alemanha em 1980, onde já havia caído no gosto da população. Essa relação comercial foi ganhando fôlego e, em 2000, ocorreu um aumento significativo das exportações para o país germânico.

Com o crescimento das exportações, aumentaram também os reconhecimentos pela qualidade do produto. Em 2007, o mel de melato da bracatinga do Planalto Sul Brasileiro recebeu a medalha de outro no Congresso da Associação Internacional das Federações de Apicultores (Apimondia), realizado na Austrália. O produto ainda seria reconhecido como o melhor do mundo em 2013, na Ucrânia, e em 2017, na Turquia.

Tanto reconhecimento resultou, em 2021, no registro de Indicação Geográfica pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

A área da Indicação Geográfica abrange 58.987km2 e envolve, total ou parcialmente, os territórios de 134 municípios dos estados de Santa Catarina (107), Paraná (12) e Rio Grande do Sul (15).

A região do Planalto Sul Brasileiro possui características essenciais para a produção do mel de melato de bracatinga, bem como para a garantia da qualidade do produto final. O território favorece a existência dos três grandes responsáveis pela produção do mel de melato de bracatinga: a bracatinga (árvore), a cochonilha (inseto que se alimenta da seiva da bracatinga) e a abelha (responsável pela transformação final da seiva em mel).

Ao longo de toda a área existem inúmeros bracatingais, especialmente em terras com altitude acima de 700 metros do nível do mar, onde o clima é classificado como temperado, chuvoso e constantemente úmido.

Associado a isso, o fator humano é essencial para garantir a qualidade do produto. Cabe ao apicultor, valendo-se da sua capacidade de observação dos ciclos da natureza, fazer o manejo das abelhas no momento correto, ou seja, quando a cochonilha atinge a fase adulta e passa a produzir o melato, processo que acontece a cada dois anos.

O mel de melato de bracatinga é obtido a partir da coleta, pelas abelhas, do melato excretado por insetos conhecidos como cochonilhas e que se alimentam da seiva da bracatinga, uma árvore nativa das regiões mais frias do Sul do Brasil. Trata-se de um mel com acidez mais elevada e rico em minerais, em especial o potássio e o magnésio.

Quando a cochonilha realiza a primeira digestão enzimática, ela expele uma excreção açucarada. Esse excremento é colhido pelas abelhas como se fosse néctar, e passa por uma segunda digestão enzimática. Como resultado, tem-se um mel com características únicas, como: não cristalizar, possuir uma cor escura típica, ter na sua composição a presença de monossacarídeos, que são os açúcares simples, e sais minerais com propriedades que estimulam os sentidos do ser humano (olfato, visão, paladar e tato).

O mel de melato de bracatinga é colhido das colmeias na sua forma natural, extraído dos favos e envasado tal como as abelhas o produzem. Por isso, sua qualidade está intimamente ligada ao meio geográfico que o originou.

O associativismo apícola teve início na década de 1970 motivado pelo aparecimento das abelhas africanizadas, bem mais agressivas (defensivas) do que as abelhas ápis-melíferas de origem europeia que habitavam a região. Os apicultores precisaram se organizar para discutirem como iriam manejar estas abelhas.

Inicialmente, foi criada a Associação Catarinense de Apicultores – ACA, de abrangência estadual. Após alguns anos, sentiu-se a necessidade de regionalizar as associações. Foi assim que, em 1979, foi fundada a Federação das Associações de Apicultores de Santa Catarina – FAASC.

Em 2009, a FAASC alterou seus estatutos, passando a representar também os meliponicultores (criadores de abelhas sem ferrão) com a seguinte denominação: Federação das Associações de Apicultores e Meliponicultores de Santa Catarina – FAASC.

Hoje, a Federação congrega 54 associações filiadas, representando aproximadamente três mil apicultores.

Federação das Associações de Apicultores e Meliponicultores de Santa Catarina – FAASC
Endereço: Rodovia Virgílio Várzea, 2554 | Bairro: Saco Grande II | Cidade: Florianópolis/SC | CEP: 88032-001
Telefone: +55 (48) 3238-1066 | Site: www.faasc.com.br | E-mail: faasc.br2009@gmail.com

Dados Técnicos

Número: BR412020000011-2
Indicação Geográfica: Planalto Sul Brasileiro
UF: Santa Catarina
Requerente: Federação das Associações de Apicultores e Meliponicultores de Santa Catarina – FAASC
Produto: Mel de melato de bracatinga
Data do Registro: 20/07/2021
Delimitação: A área é contínua, com 58.987,1 km², entre os paralelos 25°24’52” e 29°44’21” Sul e os meridianos 48°53’76” e 52°13’24,25″ Oeste, abrange total ou parcialmente 134 municípios (107 de SC, 12 do PR e 15 do RS). De Santa Catarina: Abdon Batista, Abelardo Luz, Agrolândia, Água Doce, Alfredo Wagner, Anita Garibaldi, Anitápolis, Arroio Trinta, Atalanta, Bela Vista do Toldo, Bocaina do Sul, Bom Jardim da Serra, Bom Retiro, Braço do Trombudo, Brunópolis, Caçador, Calmon, Campo Alegre, Campo Belo do Sul, Campos Novos, Canoinhas, Capão Alto, Catanduvas, Celso Ramos, Cerro Negro, Chapadão do Lageado, Concórdia, Correia Pinto, Curitibanos, Erval Velho, Fraiburgo, Frei Rogério, Grão Pará, Herval d’Oeste, Ibiam, Ibicaré, Iomerê, Ipira, Ipumirim, Irani, Irineópolis, Itaiópolis, Jaborá, Jacinto Machado, Joaçaba, Lacerdópolis, Lages, Lauro Müller, Lebon Régis, Lindóia do Sul, Luzerna, Macieira, Mafra, Major Vieira, Matos Costa, Mirim Doce, Monte Carlo, Monte Castelo, Morro Grande, Nova Veneza, Orleans, Otacílio Costa, Ouro, Painel, Palmeira, Papanduva, Passos Maia, Peritiba, Petrolândia, Pinheiro Preto, Ponte Alta, Ponte Alta do Norte, Ponte Serrada, Porto União, Pouso Redondo, Praia Grande, Presidente Castelo Branco, Rancho Queimado, Rio das Antas, Rio do Campo, Rio Fortuna, Rio Negrinho, Rio Rufino, Salto Veloso, Santa Cecília, Santa Rosa de Lima, Santa Terezinha, São Bento do Sul, São Bonifácio, São Cristóvão do Sul, São Joaquim, São José do Cerrito, São Martinho, Siderópolis, Taió, Tangará, Timbé do Sul, Timbó Grande, Três Barras, Treviso, Treze Tílias, Urubici, Urupema, Vargeão, Vargem, Vargem Bonita, e Videira. Do Paraná: Bituruna, Coronel Domingos Soares, Cruz Machado, General Carneiro, Inácio Martins, Mangueirinha, Palmas, Paula Freitas, Pinhão, Porto Vitória, Reserva do Iguaçu, e União da Vitória. Do Rio Grande do Sul: Bom Jesus, Cambará do Sul, Caraá, Itati, Jaquirana, Mampituba, Maquiné, Morrinhos do Sul, Riozinho, Rolante, São Francisco de Paula, São José dos Ausentes, Terra de Areia, Três Cachoeiras, Três Forquilhas.

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IG – Jaguaruana

IG – Jaguaruana

Município cearense é considerado a “Terra das Redes” e o produto, confeccionado originalmente pelos indígenas, se transformou na principal atividade econômica para os moradores até os dias de hoje

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação.07 de dezembro de 2021


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Rede
Rede
Rede
Rede
Rede
Representação gráfica

Sobre a Indicação Geográfica

As heranças culturais que permeiam a história de Jaguaruana remetem com frequência à figura indígena, especialmente à dos Tapuias. Uma das mais marcantes heranças desses povos é o hábito de descansar em redes, que se tornou parte da identidade social do jaguaruanense.

A primeira citação escrita sobre redes em território nacional data do ano de 1500 e foi feita por Pero Vaz de Caminha, escrivão da primeira frota portuguesa a desembarcar no país. Ao longo de mais de quatro séculos, emergiram no território brasileiro locais especializados na produção de redes, entre os quais o município de Jaguaruana foi um dos pioneiros.

A confecção de redes de dormir existe no município como herança do mobiliário indígena. Essa atividade foi sendo passada para os filhos e ganhando cada vez mais adeptos. Embora não seja possível precisar o início da fabricação de redes no município, estima-se que essa produção ocorra desde o século 18.

A produção de redes em Jaguaruana compreende toda a extensão territorial do município cearense, que possui área de 867 km² e está distante 183 km da capital do estado, Fortaleza.

O município, conhecido como a Terra da Rede e localizado na região do Vale do Jaguaribe, tem uma população de 32.239 habitantes.

As redes de Jaguaruana são de dez tipos: Açucena, Brim (sol a sol), Bucho de Boi, Casa de Abelha, Dama, Jeans, Maria Bonita, Olho de Peixe, Sarja e Tijubana.

São autorizadas as seguintes matérias-primas na produção das redes:

-Fio têxtil 4/1 ou 8/1 singelo;
-Tecido brim;
-Corda;
-Trancelim;
-Varanda;
-Macramê.

A varanda, ornamento decorativo disposto nas laterais das redes, serve de elemento de identificação para a rede de Jaguaruana. Ela é feita manualmente, sendo a parte mais livre e individual do processo de fabricação da rede, pois é resultado da criatividade de cada produtor.

Jaguaruana possui, aproximadamente, 200 fábricas de rede, com uma produção mensal estimada em 100 mil peças, gerando 8 mil empregos diretos e indiretos.

Associação dos Fabricantes de Redes de Jaguaruana – ASFARJA
Endereço: Avenida Dr. Antônio da Rocha Freitas, 1639 | Bairro: Centro | Cidade: Jaguaruana/CE | CEP: 62823-000
Telefone: +55 (88) 3481-1151 | E-mail: pinheirojr.redes@gmail.com

Dados Técnicos

Número: BR402020000003-5
Indicação Geográfica: Jaguaruana
UF: Ceará
Requerente:Associação dos Fabricantes de Redes de Jaguaruana – ASFARJA

Produto: Redes
Data do Registro: 25/05/2021
Delimitação: Compreende toda a extensão territorial do município de Jaguaruana (de 867 km²), localizado na região do Vale do Jaguaribe no estado do Ceará.

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IG – Capanema

IG – Capanema

Município localizado no sudoeste do Paraná é conhecido como a Terra do Melado e faz do derivado da cana-de-açúcar a força motriz da sua economia

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação.07 de dezembro de 2021


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Corte da Cana
Produção de melado
Produção de melado
Produção de melado
Produção de melado
Representação gráfica

Sobre a Indicação Geográfica

Conhecida nacionalmente como a Terra do Melado, Capanema começou a produção desse derivado de cana-de-açúcar nos anos 1980 por iniciativa de moradores da região.

Com o passar do tempo, a atividade foi se profissionalizando e o sabor único do melado produzido no município ganhou destaque.

Em 1990 foi criada a Feira do Melado, uma exposição e feira agropecuária, industrial e comercial que a cada dois anos movimenta a economia da região.

Localizado no sudoeste do Paraná, margeado pelo Rio Iguaçu e pelo Parque Nacional do Iguaçu, o município de Capanema conta com uma área total de 419.403 km2 e uma geografia extremamente favorável para o cultivo da cana-de-açúcar.

A combinação de temperaturas mais altas, clima mais seco, tipo de solo e forma de produção proporciona aos derivados da cana-de-açúcar um sabor e coloração diferenciados.

O melado produzido em Capanema é dividido em dois tipos: o escorrido e o batido.

O melado escorrido é o produto obtido ao final do processo de concentração e evaporação do líquido da garapa, submetida a processo de aquecimento até que atinja um teor de sólidos entre 65% e 75%. Deve ser envasado logo em seguida de seu resfriamento, sem ser batido, alcançando característica viscosa típica de xaropes, isento de partículas sólidas.

O melado batido também é obtido ao final do processo de concentração e evaporação do líquido da garapa, submetida a processo de aquecimento até que atinja um teor de sólidos entre 65% e 75%. A diferença é que, a partir desse ponto, ele deve ser depositado em batedores apropriados, revolvido enquanto resfria em temperatura ambiente, até que adquira uma consistência pastosa para, então, ser envasado, alcançando a característica de pasta clarificada de cor bege, pouco granulada, isenta de cheiro de açúcar queimado.

Segundo a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, a produção de melado na cidade é de 400 toneladas por ano.

As cooperativas e indústrias de médio porte de Capanema garantem, aproximadamente, 200 empregos diretos.

Associação de Turismo Doce Iguassu
Endereço: Av. Ubiratã, S/N, Parque das Exposições| Bairro: Santa Cruz | Cidade: Capanema/PR | CEP: 85760-000
Telefone: +55 (46) 3552-1590 | E-mail: mariela.millioni@gmail.com

Dados Técnicos

Número: BR402015000009-6
Indicação Geográfica: Capanema
UF: Paraná
Requerente:Associação de Turismo Doce Iguassu

Produto: Melado batido e melado escorrido
Data do Registro: 17/12/2019
Delimitação:Integralmente localizado no município de Capanema, no estado do Paraná, o território possui as seguintes delimitações: ao norte, com os municípios de Serranópolis do Iguaçu, Matelândia, Céu Azul e Capitão Leônidas Marques, com os quais faz divisa pelo Rio Iguassu; ao sul, com o município de Planalto, com o qual possui divisa seca e divisa pelo Rio Lajeado Liso; à leste, com o município de Realeza, com o qual faz divisa pelo Rio Capanema; e à oeste com o município de Comandante Andresito, da Província de Misiones, Argentina, com o qual faz divisa pelo Rio Santo Antônio, fechando assim o perímetro com uma área total de 419.403 km2.

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IG – Campos de Cima da Serra

IG – Campos de Cima da Serra

Região que abrange municípios de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul destaca-se na produção do Queijo Artesanal Serrano, produto de origem portuguesa que tem uma história de mais de 200 anos no Brasil

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação.07 de dezembro de 2021


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Tábua de queijos
Queijo Artesanal
Produção
Queijo Artesanal
Queijo Artesanal
Representação gráfica

Sobre a Indicação Geográfica

Data do início da povoação dos portugueses na região, ainda na primeira metade do século 18, os primeiros registros da produção de queijo artesanal serrano em Santa Catarina.

Conta a história que o gado deixado pelos padres jesuítas há mais de 200 anos foi amansado pelos primeiros proprietários rurais e, a partir dele, começou a ordenha para a confecção do queijo.

A herança deixada pelos lusitanos foi transmitida ao longo dos séculos por meio de várias gerações até chegar aos atuais produtores.

A região dos Campos de Cima da Serra compreende o Planalto Sul de Santa Catarina e o Nordeste do Rio Grande do Sul, uma área de 34.372 km² que abrange 34 municípios, sendo 18 catarinense e 16 gaúchos.

A região apresenta um clima temperado úmido, com verão ameno. A temperatura média anual varia de 13° a 16°C, com precipitações distribuídas em todos os meses do ano e volumes totais anuais variando entre 1.300mm e1.800mm

A maior parte da região se situa numa altitude que varia entre 700 e 1.000m acima do nível do mar. Na parte mais alta, porém, a altitude pode chegar a 1.800m.

O Queijo Artesanal Serrano é fabricado a partir do leite da vaca cru, hígido, integral, recém-ordenhado (no máximo até duas horas após a ordenha) e filtrado, produzido e processado exclusivamente na propriedade de origem, ao qual se adiciona o coalho industrializado e o cloreto de sódio (sal comum), maturado na propriedade.

O queijo é feito com leite de vacas de raças de corte ou mista, alimentadas basicamente com pastagens nativas e com maior percentual de gordura. A textura amanteigada, o aroma e o sabor que se acentuam com a maturação são algumas características que diferenciam esse queijo dos demais artesanais do Brasil.

Estima-se que mais de três mil produtores produzam o Queijo Artesanal Serrano em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, ainda que nem todos estejam inseridos no mercado ou tenham foco apenas no consumo familiar.

Ainda assim, anualmente é comercializada 1,6 tonelada de queijo, gerando um faturamento bruto de aproximadamente R$ 21 milhões.

Federação das Associações de Produtores de Queijo Artesanal Serrano de SC e RS – FAPROQAS
Endereço: Rua Otacílio Vieira da Costa | Bairro: Centro | Cidade: Lages/SC | CEP: 88501-050
Telefone: +55 (49) 3289-6413 | E-mail: ulisses@epagri.sc.gov.br

Dados Técnicos

Número: BR412017000006-3
Indicação Geográfica: Campos de Cima da Serra
UF: Santa Catarina
Requerente: Federação das Associações de Produtores de Queijo Artesanal Serrano de SC e RS – FAPROQAS
Produto: Queijo artesanal serrano.
Data do Registro: 03/03/2020
Delimitação: Abrange 18 municípios de Santa Catarina e 16 do Rio Grande do Sul, inserindo-se total ou parcialmente nos territórios catarinenses de: Anita Garibaldi, Bocaina do Sul, Bom Jardim da Serra, Bom Retiro, Campo Belo do Sul, Capão Alto, Cerro Negro, Correia Pinto, Lages, Otacílio Costa, Painel, Palmeira, Ponte Alta, Rio Rufino, São Joaquim, São José do Cerrito, Urubici e Urupema. No Rio Grande do Sul, total ou parcialmente nos territórios dos municípios de: Vacaria, Bom Jesus, São José dos Ausentes, Cambará do Sul, Campestre da Serra, Caxias do Sul, Ipê, Jaquirana, Monte Alegre dos Campos, Muitos Capões, São Francisco de Paula, Esmeralda, Pinhal da Serra, André da Rocha, Lagoa Vermelha e Capão Bonito do Sul. A área total da IG Campos de Cima da Serra é de 34.372 km².

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IG – Campanha Gaúcha

IG – Campanha Gaúcha

Região onde surgiu a primeira vinícola brasileira, ainda no século 19, está localizada no Pampa, numa área que abrange 14 municípios e é responsável por 31% da produção de vinhos finos no Brasil

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação.07 de dezembro de 2021


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Adega Estância Paraizo
Bodega Sossego
Guatambu
Miolo
Routhier e Darricarrere
Representação gráfica

Sobre a Indicação Geográfica

A região da Campanha Gaúcha produz vinhos desde a segunda metade do século 19. É originária dessa região a primeira vinícola registrada no Brasil, a Marimon & Filhos, cujo início do plantio de seus vinhedos data de 1882.

Foi na década de 1980, porém, que surgiram os primeiros investimentos relevantes na região. Estudos possibilitaram descrever as características sensoriais e a tipicidade de vinhos elaborados com uvas produzidas na região.

Já no início dos anos 2000, a região passa a registrar um aumento cada vez maior de vinhedos e vinícolas se disseminando ao longo dos municípios que integram a Campanha Gaúcha.

Desde então, os vinhos de origem na região têm participado com destaque de eventos, recebendo premiações em concursos nacionais e internacionais.

A Campanha Gaúcha está localizada no bioma Pampa, em uma área que abrange total ou parcialmente 14 municípios do Rio Grande do Sul, totalizando 44.365 km².

O clima é temperado, com invernos frios, onde a temperatura mínima é próxima de 0°, e verões quentes, chegando até os 40°.

A vegetação é campestre/estépica, com presença de matas ciliares, matas de galerias e matas de encostas. A altitude da região varia entre 100 e 360 metros acima do nível do mar.

Os vinhos produzidos na Campanha Gaúcha são elaborados exclusivamente a partir de uvas cultivares de Vitis vinífera L., produzidas 100% na área geográfica delimitada da região.

Os vinhos finos tranquilos brancos, rosados e tintos e os espumantes naturais são os produtos autorizados na Indicação de Procedência. A qualidade que chega ao consumidor é resultado de uma rigorosa fase de produção de uvas, bem como de elaboração, até a etapa de sua degustação.

A qualidade dos vinhos da Campanha Gaúcha é menos influenciada pelo teor de açúcar das uvas do que nas outras regiões avaliadas. Os vinhos finos brancos produzidos ali, em relação às outras regiões, apresentam maior percepção da intensidade de cor, corpo e pungência, bem como maior persistência na boca, com acidez moderada.

A Campanha Gaúcha conta 1.560 hectares de vinhedos, onde estão distribuídas 18 vinícolas, com 36 variedades de vitis viníferas cultivadas.

A região é responsável por 31% da produção nacional de vinhos finos.

Associação dos Produtores de Vinhos Finos da Campanha Gaúcha
Endereço: Rua Almirante Tamandaré n. 2101 | Bairro: Centro | Cidade: Santana do Livramento/RS | CEP: 97537-050
Telefone: +55 (84) 99972-3362 | Site: https://www.vinhosdacampanha.com.br/ | E-mail: associacaovinhosdacampanhag@hotmail.com

Dados Técnicos

Número: BR402017000009-1
Indicação Geográfica: Campanha Gaúcha
UF: Rio Grande do Sul
Requerente:Associação dos Produtores de Vinhos Finos da Campanha Gaúcha

Produto: Vinho fino branco tranquilo; vinho fino rosado tranquilo; vinho fino tinto tranquilo; vinho espumante fino.
Data do Registro: 05/05/2020
Delimitação:Área geográfica contínua de 44.365km² que inclui integralmente a área dos municípios de Aceguá, Barra do Quaraí, Candiota, Hulha Negra, Itaqui, Quaraí, Rosário do Sul, Santana do Livramento, Uruguaiana, dos distritos de Alegrete (pertencente ao município de Alegrete), de Bagé, Piraí e José Otávio (pertencentes ao município de Bagé), de Dom Pedrito (pertencente ao município Dom Pedrito), de Ibaré (pertencente ao município de Lavras do Sul), de Maçambará, Bororé e Encruzilhada (pertencentes ao município de Maçambará); e parcialmente a área do distrito de Torquato Severo, pertencente ao município Dom Pedrito, e do distrito de Joca Tavares, pertencente ao município de Bagé.

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IG- Bragança

IG – Bragança

Distante 220 km de Belém, o município tem na farinha de mandioca um elemento socio-econômico-cultural histórico. Crocante e de sabor intenso, o produto possui reconhecimento internacional

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação.07 de dezembro de 2021


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Mandioca
Produção de Farinha
Produção de Farinha
Produção de Farinha
Produção de Farinha
Representação gráfica

Sobre a Indicação Geográfica

A relação entre Bragança e a produção de farinha de mandioca é quase tão antiga quanto a origem do município, fundado no ano de 1613. Já nessa época, o produto fazia parte do cotidiano dos indígenas que viviam na região.

Contudo, foi a partir do final do século 19 que o produto ganhou mais espaço, com a chegada de migrantes do Nordeste do Brasil que foram para a região com objetivo de formar núcleos agrícolas e exportar a produção de farinha por via férrea.

A reconhecida qualidade da farinha e o seu alto consumo local a transformaram, ao longo do tempo, em um forte elemento da cultura paraense.

A região da produção de farinha de mandioca de Bragança abrange cinco municípios do estado do Pará: Augusto Corrêa, Bragança, Santa Luzia do Pará, Tracuateua e Viseu.

Bragança propriamente dita está distante 220 km da capital Belém e tem uma população de 124 mil habitantes.

O clima é quente e úmido, com temperatura média anual em torno de 26°C, podendo chegar a 37° de outubro a dezembro.

A farinha de mandioca de Bragança é chamada de farinha d’água, posto que é feita de acordo com um método específico de preparo: a mandioca precisa passar por um período de fermentação de 4 a 5 dias, de molho em reservatórios, antes de ser descascada e colocada novamente de molho por mais 24h em água limpa.

Em seguida, o produto é triturado e colocado no tipiti (utensílio indígena que funciona como uma prensa) ou em prensa comum, quando são separados o líquido (tucupi) e a massa da mandioca, escaldada e torrada em seguida, em forno pré-aquecido.

A farinha da região de Bragança é crocante e de sabor intenso. Além do tempo de fermentação, responsável pelo sabor intenso, outro segredo é a torra: ela vai ainda úmida para o tacho e é mexida manualmente durante o processo chamado de escaldamento, quando ela é pré-cozida antes de torrar, processo que resulta na crocância característica da farinha de Bragança.

Em Bragança, a produção de mandioca está presente em praticamente todos os grupos familiares de produção agrícola da comunidade. Os moradores são, prioritariamente, produtores de farinha e baseiam a produção na agricultura familiar e na agroecologia.

Os cinco municípios da região de produzem, juntos, em torno de 32 mil toneladas de farinha por ano, em 13 mil casas de farinha. Estima-se que cerca de 10 mil produtores locais trabalhem na produção da farinha.

Considerada patrimônio imaterial, a farinha de mandioca de Bragança possui reconhecimento nacional e internacional.

Cooperativa Mista dos Agricultores Familiares e Extrativistas dos Caetés – COOMAC
Endereço: Rod. Bragança-Viseu, BR 308, km 12 | Bairro: Comunidade do Cearazinho, Zona Rural | Cidade: Bragança/PA | CEP: 68660-000
Telefone: +55 (91) 9902-7593 | E-mail: magalhaesjnp@gmail.com

Dados Técnicos

Número: BR402019000001-1
Indicação Geográfica: Bragança
UF: Pará
Requerente:Cooperativa Mista dos Agricultores Familiares e Extrativistas dos Caetés – COOMAC
Produto: Farinha de mandioca
Data do Registro: 18/05/2021
Delimitação:Delimitação geopolítica dos municípios de Augusto Corrêa, Bragança, Santa Luzia do Pará, Tracuateua e Viseu, todos localizados no estado do Pará.

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IG- Matas de Minas

IG – Matas de Minas

Reconhecida pela produção de cafés especiais, a região conta uma produção marcada pela agricultura familiar. Outra característica é o impacto socioeconômico da atividade nos 64 municípios que compõem o território.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação.17 de novembro de 2021


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Sementes de café
Vista da região
Vista da região
Sementes de café
Vista da região

Sobre a Indicação Geográfica

O café chegou à região conhecida como Matas de Minas por meio da expansão do Vale do Rio Paraíba do Sul, ainda no século 19. Por volta de 1970, o café se tornou o produto mais importante da agricultura regional, graças às condições ambientais relacionadas à altitude, à temperatura, à frequência e à quantidade de chuva e aos solos que favorecem o desenvolvimento do cultivo do café na região.

Nas últimas décadas, Matas de Minas vem adquirindo reconhecimento pela produção de cafés especiais tanto no mercado nacional quanto no internacional. Em 1995, pela primeira vez um produtor da região foi finalista de um concurso, o Prêmio Ernesto Illy de Qualidade do Café. Em 1997, outro produtor foi finalista na mesma premiação.

Mas, foi a partir de 2000 que os prêmios começaram a ser recorrentes, inclusive com o primeiro lugar obtido por um café da região no concurso da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA).

Formado por 64 municípios situados à leste de Minas Gerais, Matas de Minas ocupa cerca de 3% da área do estado e tem a mata atlântica como seu principal bioma.

O clima é predominantemente tropical, caracterizado por invernos secos e chuvas distribuídas entre o final da primavera e o início do outono. A precipitação anual fica em torno de 1.200 a 1.600mm de chuva e a temperatura média varia entre 18 e 22° Celsius.

Localizada a uma altitude superior a 600 metros acima do nível do mar, a região conta com a predominância de solos com as condições ideais de armazenamento de água, drenagem e aeração, características necessárias para o desenvolvimento do sistema cafeeiro.

Os cafés da região Matas de Minas são produzidos exclusivamente a partir de cultivares de cafés da espécie Coffea arabica, cultivados acima de 600 metros de altitude. Cultivares são espécies de plantas que foram melhoradas devido à alteração ou introdução, pelo homem, de uma característica que antes não possuíam.

O teor de água dos grãos deve ficar entre 10,5% e 11,5%. Esse aspecto é importante para que as características físicas e sensoriais dos grãos sejam preservadas durante o armazenamento. A colheita é predominantemente manual, devido ao relevo montanhoso da região.

A técnica usada para a torrefação e a moagem do café deve, comprovadamente, garantir a qualidade final do produto. Isso significa resultar em um café livre de impurezas, aditivos ou qualquer outro elemento que altere a qualidade, o aroma, a cor ou o sabor.

Todo esse cuidado resulta em um café reconhecido pelas seguintes características:
– Sabor: adocicado, com diversidade de sabores cítricos, caramelado e achocolato.
– Aroma: intenso, com notas flotais e cítricas.
– Corpo: de encorpado a muito encorpado.
– Acidez: delicada e equilibrada.
– Finalização: agradável e prolongada.

Em novembro de 2021, a região contava com 36 mil produtores, sendo 80% com menos de 20 hectares plantados. A atividade resultava na geração de 75 mil empregos diretos e outros 156 mil indiretos.

A região é responsável por, aproximadamente, 24% da produção de café do estado de Minas Gerais.

Conselho das Entidades do Café das Matas de Minas
Endereço: Av. Barão do Rio Branco, 353 | Cidade: Manhuaçu/MG | CEP: 36900-000
Telefone: +55 (33) 3332-4636 | Site: www.matasdeminas.org.br | E-mail: info@matasdeminas.org.br

Dados Técnicos

Número: BR402018000002-7
Indicação Geográfica: Matas de Minas
UF: Minas Gerais
Requerente:Conselho das Entidades do Café das Matas de Minas
Produto: Café em grãos crus, beneficiados, torrados e torrados e moídos
Data do Registro: 15/12/2020
Delimitação:Região formada por 64 municípios situados à leste do estado de Minas Gerais: de Abre Campo, Alto Caparaó, Alto Jequitibá, Araponga, Caiana, Cajuri, Canaã, Caparaó, Caputira, Carangola, Caratinga, Chalé, Coimbra, Conceição de Ipanema, Divino, Durandé, Entre Folhas, Ervália, Espera Feliz, Eugenópolis, Faria Lemos, Fervedouro, Imbé de Minas, Inhapim, Jequeri, Lajinha, Luisburgo, Manhuaçu, Manhumirim, Martins Soares, Matipó, Miradouro, Miraí, Muriaé, Mutum, Orizânia, Paula Cândido, Pedra Bonita, Pedra Dourada, Piedade de Caratinga, Porto Firme, Raul Soares, Reduto, Rosário da Limeira, Santa Bárbara do Leste, Santa Margarida, Santa Rita de Minas, Santana do Manhuaçu, São Domingos das Dores, São Francisco do Glória, São João do Manhuaçu, São José do Mantimento, São Miguel do Anta, São Sebastião da Vargem Alegre, São Sebastião do Anta, Sericita, Simonésia, Teixeiras, Tombos, Ubaporanga, Vargem Alegre, Vermelho Novo, Viçosa e Vieiras.

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