IG – Costa Negra

IG – Costa Negra

A região da Costa Negra cearense é uma das mais belas áreas litorâneas do Brasil. Com paisagens encantadoras e praias paradisíacas, a região ganhou espaço no cenário nacional e internacional pela qualidade dos seus camarões. Um produto de qualidade, produzido de forma ecologicamente correta, com características únicas, consequência direta do meio geográfico. Uma verdadeira especialidade!

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 17 de Abril de 2018


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Camarão de Costa Negra.
Vista aérea de Costa Negra.
Pescador de camarões.
Costa Negra.
Praia de Costa Negra.
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A história da comercialização do camarão da Costa Negra é relativamente recente, iniciou há 30 anos, e advém de uma ação empresarial da Associação dos Carcinicultores da Costa Negra. O resultado foi tão expressivo que hoje a Associação conta com 33 unidades de engorda, um laboratório de produção de pós-larvas e quatro unidades de beneficiamento, onde se produz aproximadamente 8.000 toneladas do crustáceo em uma área de 900 hectares de cultivo. A qualidade do camarão da Costa Negra faz com que este seja vendido no mercado nacional e internacional, atingindo os maiores preços pagos no mercado mundial.

A Costa Negra está situada no litoral oeste do estado do Ceará. O nome da região deriva de um aspecto característico das praias locais, que apresentam grandes extensões de sedimentos cinza escuros. A fisionomia mais típica das praias da Costa Negra é a presença de depósitos sedimentares submersos, que conferem um visual único às praias da região no período de baixa-mar, quando surgem em grandes extensões.

O rio Acaraú, de água escura e rico em nutrientes, ajuda a transformar o solo costeiro na melhor área biológica para a produção do camarão. O camarão da Costa Negra é criado em tanques de produção, com a água do mar.

O camarão da Costa Negra possui características únicas em função do território da produção. A intrínseca ligação do camarão com a região da Costa Negra começa pela presença dos sedimentos (microorganismos) depositados nesta região, que servem de alimentação natural para a produção do camarão. Estes sedimentos possuem alto teor de cálcio e fibras, fazendo com que o camarão atinja até 11 centímetros, num período de 70 a 120 dias. Por esta alimentação natural, o camarão da Costa Negra possui níveis diferenciados de proteína e uma consistência maior em sua textura.

O camarão da Costa Negra é beneficiado em unidades frigoríficas com Sistema de Inspeção Federal – SIF, adequados às exigências de segurança alimentar e certificações orgânicas. Os produtos autorizados pela Denominação de Origem são: camarão inteiro; camarão sem cabeça; camarão tipo butterfly; camarão empanado; camarão em espeto; dentre outros tipos de camarão processados.

Com a Denominação de Origem, o camarão da Costa Negra passa a ser uma especialidade nacional, o que agrega valor à produção, tanto no mercado nacional quanto internacional. A qualificação da cadeia produtiva, que passa a ter normas básicas para os distintos procedimentos de cultivo, processamento, conservação, embalagem, distribuição, transporte, publicidade (marketing), fiscalização
e rastreabilidade do camarão da Costa Negra, garante qualidade e padrão na produção.

O turismo, com foco na gastronomia, alavanca o desenvolvimento regional. Também há a promoção do desenvolvimento social de comunidades inseridas no entorno das unidades produtoras de camarão e a implementação de ações que garantam a sustentabilidade ambiental do ecossistema da região da Costa Negra.

Associação dos Carcinicultores da Costa Negra – ACCN
Endereço: Rua. Manoel Sales, 200 – Centro | Cidade: Acaraú/CE | CEP: 62.580-000
Telefone: +55 (88) 3661-1427 | Site: facebook.com/accnacarau | E-mail: accnacarau@gmail.com

Dados Técnicos

Número: IG200907
Indicação Geográfica: Costa Negra
UF: Ceará
Requerente: Associação dos Carnicicultores da Costa Negra
Produto: Camarões
Data do Registro: 16/08/2011
Delimitação: Área aproximada de 428,74 km², na região do Baixo Acaraú, englobando o território dos municípios de Acaraú, Cruz e Itarema, no estado do Ceará.

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IG – Região do Cerrado Mineiro: Denominação de Origem

IG – Região do Cerrado Mineiro: Denominação de Origem

A perfeita definição das estações climáticas, com verão quente e úmido e inverno ameno e seco, é uma característica na região. A Região do Cerrado Mineiro é uma referência de “atitude” para o novo mundo do café, em termos de região, produtores e produtos.

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Grãos de café da Indicação Geográfica.
Preparação do solo.
Plantação de café.
Grãos de café no pé.
Plantação de café na Indicação Geográfica.
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A Região do Cerrado Mineiro é pioneira nas Indicações Geográficas brasileiras. Foi a primeira região cafeeira reconhecida como Indicação de Procedência, no ano de 2005; e como Denominação de Origem, no ano de 2013.

A procura pelo reconhecimento de um “Café de Atitude” segue tendências mundiais. O mercado em crescimento e em transformação é influenciado diretamente por novos consumidores mais exigentes e conscientes.

A Região do Cerrado Mineiro, por meio de novas maneiras de agir, produzir e fazer negócios, responde a essa demanda com o seu café diferenciado, com qualidade e rastreabilidade.

A Região do Cerrado Mineiro está localizada no noroeste do estado de Minas Gerais. Todas as cidades que compõem a região demarcada estão em altitudes superiores a 800 m, fator determinante para a produção de grãos que resultam numa bebida de qualidade.

O café é cultivado em uma região que se encontra na faixa ideal de aptidão térmica para o café arábica (coffea arabica), permitindo frutificação uniforme e alta produtividade.

O plantio dos cafeeiros na região requer técnicas avançadas de cultivo, manejo e fertilização do solo. O plantio das mudas é a operação mais importante na formação da lavoura, sendo feitas com mudas de meio ano, com seis a oito meses de idade, com três a cinco pares de folhas, e cujo plantio pode ser efetuado em qualquer época do ano, mas preferencialmente no início do período chuvoso.

Os cafeeiros são cultivados em áreas com altitude variando entre 800 e 1.300 metros, e o resultado é um café com identidade única e de qualidade. O solo possui propriedades químicas específicas, destacando a sua baixa fertilidade natural; acidez elevada, com PH inferior a 5,0; baixa matéria orgânica – valores inferiores a 2% em solos argilosos; baixo teor de fósforo disponível – inferior a 5 ppm; e baixo teor de cálcio, magnésio, potássio e micronutrientes.

A umidade relativa do ar é reduzida quando comparada a tradicionais regiões cafeeiras, permitindo uma baixa acidez e sabor achocolatado. A maior quantidade de insolação favorece o aumento da produção e melhor maturação e colheita.

O café verde em grão, da espécie coffea arabica, deve apresentar classificação mínima tipo 6, com máximo de 86 defeitos, cor verde ou esverdeada, não sendo admitidos grãos preto, verde e ardido.

O café torrado ou moído tem a sua origem comprovada. A bebida deve obter nota mínima de 75, ser caracterizada por ter aroma intenso com notas variando entre o caramelo e nozes; acidez delicada, predominante cítrica; corpo de mediano a encorpado; sabor adocicado, achocolatado intenso; e, finalização de longa duração.

Os cafés produzidos com práticas sustentáveis geram progresso nos 55 municípios, reconhecimento e valor compartilhado para os 4.500 produtores e parceiros. São 5 milhões de sacas de cafés produzidos por meio de um processo único, tendo como base os atributos singulares da Denominação de Origem da Região do Cerrado Mineiro, comprovados e garantidos pela qualidade e certificação de origem.

Conselho das Associações dos Cafeicultores do Cerrado – CACCER
Endereço: Rua Rio Branco, 231 – Cidade Jardim | Cidade: Patrocínio/MG | CEP: 38.740-082
Telefone: +55 (34) 3831-2096 | Site: www.cafedocerrado.org | E-mail: comunicacao@cerradomineiro.org

Dados Técnicos

Número: IG201011
Indicação Geográfica: Região do Cerrado Mineiro
UF: Minas Gerais
Requerente: Federação dos Cafeicultores do Cerrado
Produto: Café verde em grão e café industrializado torrado em grão ou moído
Data do Registro: 31/12/2013
Delimitação: A região delimitada “Região do Cerrado Mineiro” é a área definida pela Portaria 165/95, de 27 de abril de 1995 do IMA, abrangendo as regiões do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e parte do Alto São Francisco e do Noroeste de Minas.

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IG – Região do Cerrado Mineiro: Indicação de Procedência

IG – Região do Cerrado Mineiro: Indicação de Procedência

O café da Região do Cerrado Mineiro é resultado da combinação das condições climáticas exclusivas do Cerrado Mineiro com a qualidade do café ali produzido, resultado das floradas intensas e únicas, maturação uniforme e colheita concentrada. O autêntico café do Cerrado Mineiro traz em si aromas intensos que variam de caramelo a nozes, com acidez delicadamente cítrica e sabor achocolatado de longa duração.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 20 de Julho de 2018


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Plantação de café no Cerrado Mineiro.
 Terra preparada para o plantio do café.
 Pés de café.
 Café antes da torra.
 Fruto de café.
 Vista da plantação de café no Cerrado Mineiro.

Sobre a Indicação Geográfica

A história do café da Região do Cerrado Mineiro remonta a uma época em que os produtores de tradicionais regiões cafeeiras procuravam locais fora da área de incidência de geadas. Encontraram o Cerrado Mineiro, com uma topografia plana, o que facilitou a mecanização das lavouras. Nos municípios de Araguari e Patrocínio, no Triângulo Mineiro, foram realizados os primeiros plantios de café na região.

A partir daí, os produtores se organizaram, no princípio, em associações. Depois, criaram as Cooperativas do Café do Cerrado, e, finalmente, o CACCER – Conselho das Associações dos Cafeicultores do Cerrado, num sistema inovador de gestão de interesses coletivos.

O café é uma bebida que pode se expressar diferentemente em função do local de seu plantio. Solo, clima, variedades e método de cultivo criam a identidade da bebida. A Região do Cerrado Mineiro tem condições de solo e clima próprios, que conferem ao café da região características únicas: uma perfeita definição das estações climáticas, com verão quente e úmido, inverno ameno e seco, temperaturas médias de 18 a 23°C, altitude de produção entre 800 e 1.250 metros, índice pluviométrico de 1.600 mm anual e ocorrência nula de geadas.

A região delimitada possui 55 municípios, 4.500 propriedades rurais e 3.500 produtores, com implantação de 155 mil hectares de café aptos a produzirem o café da Região do Cerrado Mineiro.

O café da Região do Cerrado Mineiro obedece a um programa de avaliação da conformidade que se desdobra em dois processos distintos: a certificação da propriedade produtora de café da Região do Cerrado Mineiro, que avalia as boas práticas agrícolas, responsabilidade social, respeito ao meio ambiente e rastreabilidade, alinhada às certificações internacionais GLOBALGAP, UTZ KAPEH e RAIN FOREST ALLIANCE; e a avaliação da origem e qualidade do café, segundo a metodologia da sociedade norteamericana de cafés finos.

A governança praticada pelos produtores da região é o diferencial competitivo desta Indicação Geográfica. Organizado em seis associações, oito cooperativas e na Fundação do Café do Cerrado, esse sistema trabalha para a geração de valor ao café e, consequentemente, à toda a cadeia produtiva. O programa de certificação do café do Cerrado garante segurança aos compradores e agrega valor ao produto. A proteção do nome Região do Cerrado Mineiro no cenário internacional deve ser destacada como o grande benefício da Indicação Geográfica aos produtores de café da região delimitada.

Conselho das Associações dos Cafeicultores do Cerrado – CACCER
Endereço: Rua Rio Branco, 231 – Cidade Jardim | Cidade: Patrocínio/MG | CEP: 38.740-082
Telefone: +55 (34) 3831-2096 | Site: www.cerradomineiro.org | E-mail: selodeorigem@cerradomineiro.org

Dados Técnicos

Número: IG990001
Indicação Geográfica: Região do Cerrado Mineiro
UF: Minas Gerais
Requerente: Federação dos Cafeicultores do Cerrado
Produto: Café
Data do Registro: 14/04/2005
Delimitação: A área geográfica abrange as regiões de Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e parte do Alto São Francisco e do Noroeste.

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IG – Região de Salinas

IG – Região Salinas

A produção artesanal de cachaça conferiu à região de Salinas uma importância ímpar, como expressão de suas potencialidades no contexto econômico, social e cultural. A cachaça artesanal de Salinas, genuína bebida nacional, é cada vez mais cobiçada pela sua qualidade e tradição.

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Barris onde a cachaça é armazenada.
 Cana de açúcar utilizada na produção de cachaça.
 Destilação artesanal da cachaça em alambiques de cobre.
 Etapa de fabricação da cachaça.
 Cachaça armazenada em colunas de inox.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A produção de cachaça artesanal iniciou-se no final do século XIX, seguindo os rastros da atividade pecuária, por ocasião do povoamento da região. Os escravos, que lidavam com o gado, tinham experiência em produzir a bebida.

Foi Balduíno Afonso dos Santos, que em 1876, fugindo da seca da Bahia, se instalou as margens do rio Serra Ginete, trazendo para a região as primeiras mudas de cana-de-açúcar caiana. No início do século XX, já havia alguma produção em escala comercial no município, visto a qualidade da cachaça produzida.

Na década de 1930, o fazendeiro João da Costa trouxe a variedade de cana Java. Esta se adaptou muito bem ao clima e solo, se espalhando rapidamente. As boas perspectivas para a fabricação tiveram início a partir da década de 1940, pelo fazendeiro Anísio Santiago, primeiro produtor a identificar e a legalizar a produção de cachaça artesanal.

A experiência positiva proporcionou o surgimento de novos produtores, iniciando uma atividade que mudou todo o panorama econômico da região: a produção da cachaça. A Região de Salinas vem se consagrando como maior pólo de produção da cachaça artesanal do Brasil.

A Região de Salinas, situada ao norte de Minas Gerais, é a principal referência na produção de cachaça artesanal no Estado. É a maior produtora do estado, tanto em volume quanto em número de marcas comercializadas.

A principal característica da sua produção é a uniformidade do solo e o clima semiárido. A região apresenta baixo índice pluviométrico, com média anual de 700 mm. As chuvas vão de novembro a março, época ideal para o plantio da cana-de-açúcar.

O uso de variedades de cana-de-açúcar apropriadas, o fermento orgânico natural, a higiene dos alambiques e a tradição dos produtores são fatores que fazem a diferença no processo da produção da cachaça artesanal.

A cachaça artesanal da Região de Salinas é obtida da destilação do mosto fermentado da cana-de-açúcar, produzida exclusivamente em alambiques e condensadores de cobre. É um produto tipicamente artesanal.

Embora haja outras espécies de cana na região, a Java, desde a década de 1930, é a principal variedade usada na produção. Apesar da implementação de novas tecnologias, em benefício da estrutura de produção, o método ainda é passado de geração a geração. Pode-se afirmar que as marcas das cachaças da Região de Salinas são as mais famosas do Brasil.

O curso superior da cachaça, implementado pelo Ministério da Educação, no ano de 2004, e a inauguração do Museu da Cachaça, em 2012, ambos na cidade de Salinas, são reflexos da importância econômica, histórica e cultural da Região de Salinas.

A fama e notoriedade da região consagradas pelo reconhecimento, vieram agregar valor de mercado à cachaça de Salinas. A Indicação de Procedência é fator essencial para a implementação de selos de controle no combate às falsificações e o meio de o consumidor identificar a verdadeira cachaça da Região de Salinas.

Associação dos Produtores Artesanais de Cachaça de Salinas – APACS
Endereço: Av. Antonio Carlos 1250, Casa Blanca – Museu da Cachaça | Cidade: Salinas/MG | CEP: 30.900-560
Telefone: +55 (38) 3841-3431 | Site: www.apacs.com.br | E-mail: apacs@apacs.com.br

Dados Técnicos

Número: IG200908
Indicação Geográfica: Região de Salinas
UF: Minas Gerais
Requerente: Associação dos Produtores de Cachaça de Salinas
Produto: Aguardente de cana tipo cachaça
Data do Registro: 16/10/2012
Delimitação: A área geográfica delimitada para produção possui uma área total de 2541,99 km², abrangendo a totalidade dos municípios de Salinas e Novorizonte e parte dos municípios de Taiobeiras, Rubelita, Santa Cruz de Salinas e Fruta de Leite, todos situados ao norte do estado de Minas Gerais.

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IG – Cariri Paraibano

IG – Cariri Paraibano

A renda renascença era considerada artigo de luxo, havendo suntuoso destaque dessas peças nos trajes masculinos, ao contrário dos dias atuais, onde sua aplicação prevalece nas roupas femininas. E é no Cariri Paraibano, no nordeste brasileiro, onde as rendeiras transformam a cultura local e o fazer artesanal numa potencialidade econômica, confeccionando as tradicionais e famosas renda renascença.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 17 de Abril de 2018


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Bordadeira.
Produto bordado.
Tecido bordado.
Processo de fabricação.
Ambiente de trabalho.
Processo de fabricação.

Sobre a Indicação Geográfica

A renda renascença surgiu entre os séculos XV e XVI. O seu modo de fazer foi consagrado como símbolo artesanal italiano, na ilha de Burano, em Veneza.

Henrique II, rei da França, usou excessivamente a renda na composição de fraise um colarinho rígido e plissado, para ocultar uma cicatriz no pescoço. O uso dessa renda pela realeza tornou-se moda, sendo amplamente usada na época, chegando à burguesia no século XVII.

Foi no século XIX, com a ocupação do Convento Santa Teresa, por religiosas francesas, que a renda renascença chega ao nordeste do Brasil. Essas freiras ficaram famosas por serem as únicas a confeccionar um excelente bordado.

O saber fazer desse artesanato foi por séculos um segredo. No entanto, na década de 1930, esse conhecimento chegou às mulheres mais humildes. Era chegado o momento da renda renascença se espalhar pela região, transformando-se em grande patrimônio cultural nacional.

O Cariri Paraibano é uma região localizada na franja ocidental do Planalto da Borborema, na Paraíba. Esse conjunto de terras elevadas, com altitudes que variam de 400 a 700m, influencia diretamente nas características fisiográficas da região.

O clima semiárido, com uma estação quente e seca no inverno e outra quente e com chuvas no verão, de forte insolação, e a temperatura elevada fazem do Cariri uma das áreas mais secas do país. Os solos são poucos desenvolvidos, rasos e pedregosos. Os rios que cortam ou nascem no Cariri são temporários.

O meio geográfico não foi favorável para o plantio, mas foi fértil o suficiente para o enraizamento da renda renascença.

O fazer artesanal da renda renascença tem atributos próprios das rendeiras, tais como delicadeza, paciência e destreza com as mãos.

A renda renascença é confeccionada com agulha, linha e lacê de algodão. O lacê tem para as rendeiras do Cariri Paraibano um significado muito fort porque serve para identificar a renda local. Além do lacê, outras linhas e papéis se acrescentam à renda.

São mais de 100 tipos de pontos de renda, todos devidamente catalogados. Os tipos de rendas produzidos na região se diferenciam das demais localidades, pois já estão inseridos e absorvidos pela cultura local.

A produção de renda renascença foi responsável pela inserção das mulheres da região no mercado de trabalho. A atividade artesanal da renda renascença representa, freqüentemente, a única fonte de receita para um expressivo número de famílias.

A partir do ano 2000, esta atividade se tornou um importante suporte econômico para a região, constituindo-se, também, como uma atração para o crescimento do turismo.

Nas oficinas instaladas, mulheres recebem orientações baseadas nas memórias de ofícios das rendeiras da região. Através dos seus trabalhos, os traços da cultura nordestina, seus costumes, crenças e tradições, são preservados, na renda renascença do Cariri Paraibano.

Conselho das Associações, Cooperativas, Empresas e Entidades Vinculadas a Renda Renascença – CONARENDA
Endereço: Rua Projetada, 12 – Vila Santa Maria | Cidade: Monteiro/PB | CEP: 58.500-000
Telefone: +55 (83) 9 9671-8679 | E-mail: email@email.com

Dados Técnicos

Número: BR402012000005-5
Indicação Geográfica: Cariri Paraibano
UF: Paraíba
Requerente: Conselho das Associações, Cooperativas, Empresas e Entidades vinculadas a Renda Renascença do Cariri Paraibano – CONARENDA
Produto: Renda renascença
Data do Registro: 24/09/2013
Delimitação: Mista – A delimitação da área da Indicação de Procedência para a produção da Renda Renascença da região conhecida como “Cariri Paraibano” corresponde aos limites políticos dos municípios de Monteiro, Camalaú, São João do Tigre, São Sebastião do Umbuzeiro, Zabelê, Prata, Sumé e Congo.

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IG – Região de Mara Rosa

IG – Região de Mara Rosa

Os bandeirantes, no início do século XVI, usavam o açafrão para indicar as trilhas das minas e temperar os alimentos. Desta maneira chegaram em Goiás, especificamente na região de Mara Rosa, as primeiras sementes e mudas da especiaria, incorporando-se à vegetação nativa. Hoje, o açafrão de Mara Rosa tornou-se o ouro do cerrado goiano.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 17 de Abril de 2018


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Açafrão da região de Mara Rosa pronto para ser comercializado
Flor originária do produto
Plantação de açafrão
Açafrão cúrcuma longa
Açafrão da região de Mara Rosa em etapa final de preparação
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

Desde a sua colonização, no século XVIII, as regiões de Mara Rosa, Amaralina, Formoso e Estrela do Norte são conhecidas como o Sertão do Amaro Leite, em alusão ao nome de um dos seus desbravadores, que adentrou terras goianas na busca pelo eldorado.

Nas origens da ocupação, a atividade preponderante era a mineração. Paralelamente, desenvolvia-se uma agricultura
de subsistência. Nesta época, os garimpeiros e os escravos introduziram na região o açafrão e o cúrcuma; os primeiros para marcar as lavras, os segundos como tempero. A planta adaptou-se bem ao solo e ao clima, tal como nativa, nas margens dos córregos e rios da região.

No final do século XIX, com a exaustão das minas, os arraiais goianos dedicavam-se à exploração agropecuária. No entanto, com as populações diminuídas, os ladrões de gado e a resistência dos índios, a região esvaziou-se.

No ano de 1948, com a construção da estrada transbrasiliana, rompeu-se o isolamento e as terras foram ocupadas. Nos anos de 1960, surgiram as primeiras plantações comerciais de açafrão. Por meio da interligação rodoviária, novas demandas pelo produto apareciam por parte das indústrias alimentícias. Desde então, Mara Rosa ganhou fama, sendo conhecida como capital do açafrão.

A área delimitada está localizada na Microrregião de Porangatu, no norte de Goiás. É cortada no sentido Norte-Sul pela rodovia Belém-Brasília, BR 153, intermediando as duas bacias hidrográficas do Rio Araguaia e do Rio Tocantins.

A região possui as condições ideais para o cultivo do açafrão, com um clima tropical úmido, apresentando duas estações bem definidas: uma chuvosa, que ocorre de meados de outubro até meados de abril (que permite o bom desenvolvimento da planta), e outra seca, do final do mês de abril até o final do mês de outubro (que permite uma boa secagem do produto), com temperaturas entre 20°C e 35°C.

A tradição da exploração da cultura do açafrão é favorecida pela disponibilidade da mão de obra na época da colheita, que ocorre de maio a novembro, na entressafra das outras culturas.

O açafrão da região de Mara Rosa pertence à espécie Cúrcuma longa, originária da Índia. Sua produção é usada na indústria de alimentos como temperos, mostarda, condimentos, massas, molhos, margarinas, entre outros. Porém, o produto possui substâncias oxidantes, antimicrobianas e corantes com aplicabilidade nas indústrias cosméticas,
têxtil e farmacológica.

A produção anual da raiz é de cerca de 5 mil toneladas em 250 hectares de área plantada. De acordo com a Cooperativa de Produtores de Açafrão de Mara Rosa (Cooperaçafrão), estima-se que 200 agricultores (300 famílias) vivam da cultura, sendo gerados 800 empregos diretos. A região é responsável por cerca de 90% da produção goiana,
representando 26% da produção nacional.

A Cooperativa dos Produtores de Açafrão de Mara Rosa – COOPERAÇAFRÃO, criada em 2003, possibilitou a articulação
e organização dos produtores, com objetivo social de congregar os agricultores na sua área de ação, no interesse e
na defesa econômica em benefício dos próprios.

O desenvolvimento do Arranjo Produtivo Local (APL) do açafrão, com o objetivo de desenvolver a localidade, de forma
econômica e viável, socialmente justa e ambientalmente correta, demonstra a consolidação e o potencial da região de
Mara Rosa, reconhecida como capital do açafrão.

Cooperativa dos Produtores de Açafrão de Mara Rosa – COOPERAÇAFRÃO
Endereço: Avenida Joaquim Gonçalves | Cidade: Mara Rosa | CEP: 76.490-000
Telefone: +55 (62) 3366-2045 | Site cooperacafrao.blogspot.com | E-mail: cooperacafrao@gmail.com

Dados Técnicos

Número: BR402013000006-6
Indicação Geográfica: Mara Rosa
UF: Goiás
Requerente: Cooperativa de Produtores de Açafrão de Mara Rosa (Cooperaçafrão)
Produto: açafrão
Data do Registro: 02/02/2016
Delimitação: a área geográfica abrange os municípios de Mara Rosa, Amaralina, Formoso e Estrela do Norte, com um perímetro de aproximadamente 4.250 km².

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IG – Região das Lagoas Mundaú-Manguaba

IG – Região das Lagoas Mundaú-Manguaba

Atualmente o bordado filé é mais do que uma imagem de artefato popular, de um produto comercial: é um símbolo alagoano servindo como uma identidade territorial e de referência do talento de seu povo.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 19 de Julho de 2018


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Trabalho em bordado filé ampliado.
 Sousplat em bordado filé.
 Porta guardanapo com detalhes em bordado filé.
 Bordado filé.
 Bordado filé em cores.
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

O nome filé vem do francês filet, que quer dizer rede e, de fato, é um bordado sobre uma rede de fios. Fios sobre fios que envolvem processos com complexidade de execução e muito aperfeiçoamento por meio desse longo tempo de repasses entre gerações, povos e países. Mesmo tendo quem vincule sua origem à antiga Pérsia, sua procedência também esteve ligada a certas áreas da Península Ibérica, nesses últimos séculos, sendo encontrado em localidades de Portugal e da Itália. Em seguida, aportou no Brasil colonial em que, possivelmente, esteve incluso na educação reformadora das escolas cristãs católicas que ensinavam prendas às mulheres.

Nesse território costeiro, a técnica cruzou com a herança da cultura material indígena, sua arte de tecer a palha e de construir instrumentos de pesca e outros utensílios com as fibras vegetais. Com o estabelecimento do ensino em escolas indígenas, objetivando uma educação civilizatória, muitos ofícios foram praticados,
especialmente entre as mulheres, o que incluiu as rendas e os bordados. Da mistura de gente e de suas técnicas de trabalho, formou-se, ao longo da história, a cultura do bordado filé, que se manteve e se desenvolveu até a forma como o conhecemos nos dias de hoje.

A região das Lagoas Mundaú e Manguaba é uma área de grande afluência turística e caracterizada por seu polo gastronômico, por seus balneários e pela atividade secular da pesca artesanal. É nesse local que o bordado filé estabeleceu uma verdadeira cadeia produtiva, envolvendo populações e comunidades.

Esse complexo estuarino é uma área de proteção ambiental e tradicionalmente foi povoado e habitado por populações pesqueiras e marisqueiras que dali retiram seu sustento, com a confecção do bordado tradicionalmente produzido na região como complemento de renda.

O filé é elaborado a partir de uma rede denominada malha, com espaçamento pequeno, que serve de suporte para a execução do bordado. O trabalho é realizado em duas etapas: a construção da rede e o preenchimento de pontos com a linha sobre a rede. Para sua execução são utilizados instrumentos artesanais: agulha em madeira e molde de bambu para tecer a malha, telas (bastidores) em madeira de diversos tamanhos para a esticagem da malha e, ainda, a confecção de goma de amido de milho para finalização dos produtos.

A variedade de pontos e a complexidade de execução destes entre si, além do intenso colorido, confere ao bordado desse território características singulares de outros executados com a mesma técnica. Mas é preciso empenho para a obtenção desses resultados.

Após a confecção da rede, ela é esticada em um tear de madeira e se inicia o bordado das linhas (monocromáticas ou com combinações de tons e cores diversas) que darão forma ao filé. Estas combinações são previamente projetadas pelas artesãs e marcadas na rede por meio de uma modelagem do produto. Matemática também é necessária, pois “a conta das casas” da malha tem que ser precisa e ritmada. Tudo é milimetricamente quantificado, definido e marcado.

Grande parte da comercialização e fama do bordado deve-se ao turismo na região das Lagoas, principalmente no trecho das ilhas e praias compreendidas entre Marechal Deodoro e Maceió, que são banhadas por esse complexo estuarino e que abrigam nos seus bairros, sítios e povoados lacustres grande parte da comunidade pesqueira na qual o bordado é produzido. Ações compartilhadas de desenvolvimento turístico contribuem para sua preservação e reconhecimento como Patrimônio Cultural Imaterial de Alagoas e o despontam no mercado de bens artesanais de grande expressão simbólica e viabilidade econômica.

Instituto Bordado Filé de Alagoas – INBORDAL
Endereço: Avenida Alipio Barbosa da Silva, 664 – Pontal da Barra | Cidade: Maceió/AL | CEP: 57.010-810
Telefone: +55 (82) 9 9130-3090 | Site: www.inbordal.org.br | E-mail: contato@inbordal.org.br

Dados Técnicos

Número: BR402014000012- 3
Indicação Geográfica: Região das Lagoas Mundaú Manguaba
UF: AL
Requerente: Instituto Bordado Filé da Região das Lagoas Mundaú Manguaba (Inbordal)
Produto: bordado filé
Data do Registro: 19/04/2016
Delimitação: Corresponde à área geográfica de 252 km², ao redor das Lagoas Mundaú e Manguaba, localizada na porção Centro- Leste do estado de Alagoas, compreendendo parte dos territórios dos municípios de Marechal Deodoro, Pilar, Santa Luzia do Norte, Coqueiro Seco, Satuba e Maceió.

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IG – Porto Digital

IG – Porto Digital

O Porto Digital é o local da inovação dos serviços de Tecnologia da Informação − TI. Referência internacional, o reconhecimento das empresas atende cinco áreas de excelência: capital humano, tecnologia e processo, inovação, cliente e mercado, e sociedade e ambiente. São diferenciadores estratégicos quando o assunto é qualidade.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 19 de Julho de 2018


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Vista de prédio do Parque Tecnológico.
 Instalação de empresa situada no Parque Tecnológico.
 Estações de trabalho no Parque Tecnológico.
 Estação de trabalho.
Vista do Porto Digital em Recife.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A invasão holandesa, no ano de 1630, trouxe para Recife, arquitetos, engenheiros, astrônomos, médicos e artistas. Nessa época, Recife foi berço do primeiro observatório astronômico e da primeira Sinagoga das Américas. A cidade, desde então, despontou como um ambiente favorável ao desenvolvimento cultural e tecnológico, tornando-se uma das mais modernas e importantes para o País.

O Porto Digital, em Recife, como ambiente de inovação e tecnologia, se consolidou nas últimas décadas. Reúne um dos principais núcleos econômicos, políticos e acadêmicos, com a participação de instituições, empresas, universidades e governo. É uma região que se insinua no cenário mundial por seu capital humano e empreendedorismo.

Dos engenhos de açúcar para uma economia baseada em serviços da Tecnologia da Informação e Comunicação
e Economia Criativa, isso é o Porto Digital.

A cidade de Recife, fundada no ano de 1537, é um patrimônio histórico e arquitetônico de valor internacional. A arquitetura da cidade possui grande diversidade de estilos, onde se fundem o colonial, o eclético, o industrial e
o moderno. A área tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional conta com 236 edifícios,
51 considerados imóveis de destaque.

O Porto Digital está situado no bairro de Santo Amaro e no sítio histórico do bairro do Recife. A revitalização urbana permitiu a combinação do desenvolvimento tecnológico e preservação da arquitetura e cultura. O bairro possui infraestrutura para a instalação de empresas de TI. Em 100 hectares, são 8 Km de fibra ótica e 26Km de dutos, dispondo de excelente estrutura de serviços de telecomunicações.

As empresas reconhecidas com a Indicação de Procedência do Porto Digital são inovadoras por sua natureza, prestando uma oferta eficiente de bens e serviços de qualidade internacional. Além disso, são comprovadamente empresas cidadãs, que perseguem objetivos de equidade, por meio de projetos de natureza social e atenta às questões contemporâneas de sustentabilidade do meio ambiente.

As empresas do parque tecnológico atuam na prestação de serviço de Tecnologia da Informação e Comunicação através do desenvolvimento, manutenção e suporte de sistemas tais como: inteligência artificial, redes neurais, segurança da informação, gestão empresarial, softwares sob demanda, páginas eletrônicas e mídias digitais, comércio eletrônico, jogos e entretenimento, consultoria em tecnologia e outros.

O Porto Digital já atraiu para a região mais de 200 empresas e quatro multinacionais, abrigando quatro centros de tecnologia, criando mais de 6.500 postos de trabalho. Em 2010, as empresas faturaram 1 bilhão. O Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco possui a maior produtividade científica na formação de mestre e doutores em todo o Brasil. A região puxa o crescimento do PIB a taxas superiores à média do país, com previsão de dobrar na próxima década. O Núcleo de Gestão do Porto Digital ainda realiza a inclusão social da comunidade, desenvolvendo projetos e capacitando os jovens.

Porto Digital
Endereço: Av. Cais do Apolo, nº 222, Edf. Vasco Rodrigues, 16º andar | Cidade: Recife/PE | CEP: 50.030-230
Telefone: +55 (81) 3419-8001 | Site: www.portodigital.org | E-mail: portodigital@portodigital.org

Dados Técnicos

Número: IG201103
Indicação Geográfica: Porto Digital
UF: Pernambuco
Requerente: Porto Digital
Serviço: Serviços de Tecnologia da Infomação – TI – através de desenvolvimento, manutenção e suporte
Data do Registro: 11/12/2012
Delimitação: Zona Especial do Patrimônio Histórico Cultural, do Bairro do Recife Antigo, na cidade de Recife.

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IG – Pinto Bandeira

IG – Pinto Bandeira

Os vinhos finos e espumantes de Pinto Bandeira são o resultado de um saber-fazer muito antigo, com origem na Itália, e incorporado à cultura gaúcha desde os anos 1880. Pinto Bandeira possui identidade territorial e cultural muito forte, presente na expressão de sua gente, no cultivo de suas frutas, na arquitetura tradicional das colônias italianas e, principalmente, no compartilhamento e degustação dos seus vinhos e espumantes.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 18 de Julho de 2018


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Parreiras em Pinto Bandeira.
 Uvas utilizadas na produção de vinhos finos.
 Parreiral em área ondulada.
 Parreiras.
 Paisagem do território de Pinto Bandeira.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

Os primeiros imigrantes italianos chegaram em Pinto Bandeira em 1876. Com base na sua tradição agrícola, logo iniciaram os plantios para sua subsistência, entre os quais, a videira aparece como elemento fundamental de sua identidade cultural. Em 1880, já havia produção de vinhos, elaborados artesanalmente nos porões das casas. A vitivinicultura expandiu-se ao longo dos anos, e ensejou, na década de 1930, a criação de cooperativas. Foi instalada então uma filial da Cia. Vinícola Riograndense, que muito contribui para a disseminação de variedades de uvas para vinhos finos. Desde então, é uma particularidade de Pinto Bandeira a existência de vinícolas no meio rural, que industrializam grande parte da produção de uvas e aportam tecnologias para melhorar a vitivinicultura.

A paisagem do território de Pinto Bandeira é múltipla: uma exuberante natureza, montanhas, matas nativas, as araucárias, culturas temporárias e as diversas espécies de frutíferas que convivem em harmonia com a vitivinicultura.

Pinto Bandeira produz vinhos finos e espumantes de qualidade, em encostas fortemente onduladas e íngremes, que formam vales fechados onde se descortinam as matas nativas de coloração intensamente verde.

Descendentes de imigrantes italianos que ainda conservam a tradição passada de pais para filhos, os moradores
de Pinto Bandeira têm, na produção de vinhos e espumantes, muito muito mais que uma atividade econômica, mas também uma forma de manter a memória dos antepassados, das dificuldades da imigração e da evolução da produção local ao longo dos anos.

É autorizada a produção de vinhos finos tintos secos e brancos secos, e vinhos espumantes finos e vinhos moscatel espumante, controlados pelo Conselho Regulador da Indicação de Procedência. Para a produção do vinho, está autorizado o cultivo de oito cultivares de Vitisvinifera L. tintas e doze de brancas. Para a produção do vinho espumante fino, só é permitido o uso do método tradicional de produção.

Os vinhos da Indicação de Procedência são elaborados com, no mínimo, 85% de uvas produzidas na área delimitada, vinhedos com controle de produtividade, elaboração, engarrafamento e envelhecimento dentro da área delimitada, com rigorosos padrões de qualidade química e sensorial dos vinhos.

Como principais benefícios alcançados pela Indicação de Procedência de Pinto Bandeira, pode-se citar o fortalecimento da entidade representativa dos produtores, a padronização da produção através das normas de produção e da qualificação dos diferentes elos da cadeia produtiva. Com a Indicação de Procedência, Pinto Bandeira passa a fortalecer sua identidade territorial em todos os seus aspectos e o consumidor a identificar a qualidade dos vinhos finos e espumantes produzidos neste território. Há também o fortalecimento turístico, que impacta de forma significativa esta região do sul do Brasil, onde em alguns empreendimentos está cunhada a frase: “Minha vida é um litro aberto!”.

Associação dos Produtores de Vinhos Finos de Pinto Bandeira – ASPROVINHO
Endereço: Rua 7 de Setembro, 675 | Cidade: Pinto Bandeira/RS | CEP: 95.717-000
Telefone: +55 (54) 99915-2051 | Site: www.asprovinho.com.br | E-mail: asprovinho@asprovinho.com.br

Dados Técnicos

Número: IG200803
Indicação Geográfica: Pinto Bandeira
UF: Rio Grande do Sul
Requerente: Associação dos Produtores de Vinhos Finos de Pinto Bandeira
Produto: Vinhos: tinto, brancos e espumantes
Data do Registro: 13/07/2010
Delimitação: A área geográfica delimitada totaliza 7.960,66 HA, compreendida nos municípios de Bento Gonçalves e Farroupilha.

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IG – Piauí

IG – Piauí

A cajuína é o suco puro de caju, clarificado, sem adição de açúcares e conservantes, acondicionado em garrafas e cozido em banho-maria. É uma bebida refrescante, fruto do conhecimento tradicional indígena que apresenta a vantagem de ser armazenada sem perder suas qualidades nutricionais e organolépticas.

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Caju.
 Separação do caju para produção de cajuína.
 Resultado da colheita de caju.
 Produção artesanal de cajuína.
 Produção de cajuína.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

Quando os portugueses chegaram ao Brasil, já encontraram o cajueiro amplamente disseminado no litoral nordestino. A palavra tupi acá-iu, aportuguesada, deu origem ao nome caju.

Os índios fermentavam o suco puro do caju, em condições naturais, por dois ou três dias, transformando-o em mocororó. Ao cozinhar o mocororó, obtinha-se o cauim, que, depois de frio, era consumido para celebrar as vitórias das grandes batalhas travadas pelo domínio dos cajueirais. Os colonizadores portugueses também aplicaram seus conhecimentos de enologia ao suco de caju, dele obtendo o licor, o vinagre e a aguardente.

Até meados da década de 1960, a cultura cajueira era tipicamente extrativista, na qual os cajueiros estavam dispersos ao longo do litoral. A partir daí, a agroindústria consolidou-se, graças ao mercado favorável aos produtos de caju e à existência de incentivos fiscais e subsídios oferecidos pelo governo.

Na década de 2000, a cajucultura piauiense passou por uma transformação, com o uso de tecnologias no manejo e emprego de técnicas recomendadas, resultando em melhoria na qualidade e na uniformidade do caju e, consequentemente, nos produtos processados, como a cajuína. Desde então, essa bebida artesanal e popularmente conhecida vem alcançando novos mercados.

O estado do Piauí, localizado no Nordeste, possui duas tipologias climáticas: tropical quente úmido (que domina a maior parte do território), e semiárido quente (na região Sudeste). Há quatro classes de vegetação: Caatinga, Cerrado, Mata de Cocais e Floresta. O relevo piauiense abrange planícies litorâneas e aluvionares, nas faixas das margens do Rio Parnaíba e de seus afluentes, que permeiam a parte central e norte.

O Piauí é o segundo maior produtor de caju do Brasil, ocupando uma posição de destaque. Os produtores piauienses utilizam um sistema de plantio sem irrigação, encontrado em todos os municípios do estado. A cajucultura é uma das atividades de maior importância econômica e social, gerando empregos e renda, principalmente durante a estação da seca, pois a maior parte do plantio é realizada por pequenos e médios produtores.

A cajuína é definida como suco de caju clarificado, sendo feita com três tipos diferentes de matéria-prima:caju nativo, caju anão CCP076 e caju misto (nativo + anão). Bebida não fermentada e não diluída, sem adição de açúcares, aditivos e conservantes, obtida da parte comestível do pedúnculo por meio de processo tecnológico adequado. Diferencia-se do suco de caju simples e do concentrado, por conta das etapas de clarificação (eliminação do tanino e resíduo) e do tratamento térmico (cozimento).

Apresenta as seguintes características físicas sensoriais: cor amarela média (resultante da caramelização dos açúcares naturais do suco), líquido brilhante e homogêneo, odor e gosto próprio de cajuína, textura leve, sabor frutado de caju mediano com acidez e adstringência leve, doçura média, suave e não acentuada, sensação oral frio forte. Para a percepção desses atributos, a cajuína deve ser ingerida na temperatura de 7°C a 10°C, no período de até um ano após a sua produção.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse segmento agrícola movimenta cerca de 37 mil empregos diretos no campo e um volume de quase R$ 70 milhões. No entanto, a produção de cajuína está em processo de expansão. Iniciou-se como uma atividade familiar para atender ao consumo próprio, passando por um processo de profissionalização com o tempo.

O reconhecimento da cajuína como Indicação de Procedência (IP) Piauí contribui para a padronização do seu processo de fabricação, qualidade, competitividade e para a conquista de novos mercados, nacionais e internacionais.

União das Associações e Cooperativas e Produtores de Cajuína do Estado do Piauí – PROCAJUÍNA
Endereço: Rua Prof. Odilo Ramos, 1.582 | Cidade: Teresina/PI | CEP: 64.056-480
Telefone: +55 (86) 9 9501-0210 | Site: www.procajuina.simplesite.com | E-mail: procajuina@yahoo.com.br

Dados Técnicos

Número: BR402012000004-7
Indicação Geográfica: Piauí
UF: Piauí
Requerente: União das Associações e Cooperativas e Produtores de Cajuína do Estado do Piauí (Procajuína)
Produto: Cajuína
Data do Registro: 26/08/2014
Delimitação: a área geográfica é definida pelo estado do Piauí, que se limita com o Oceano Atlântico e, seguindo no sentido horário, com os seguintes estados: Ceará, Pernambuco, Bahia, Tocantins e Maranhão.

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IG – Altos Montes

IG – Altos Montes

Altos Montes é a referência da vitivinicultura. A região, que abrange as cidades de Flores da Cunha e Nova Pádua, é constituída por uma área contínua, com altitudes entre 550 e 885 metros, na Serra Gaúcha, justifica o topônimo que dá nome a região. As condições topoclimáticas de Altos Montes são elementos de marcada influência na determinação das características e da tipicidade dos seus vinhos e espumantes.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 18 de Julho de 2018


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Vinho de Altos Montes.
 Vinicultura.
 Taça de vinho.
 Vinicultura.
 Pôr-do-sol em Altos Montes.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A videira teve o papel de destaque na criação da identidade da região, colonizada por imigrantes italianos, ao final do século XIX. A implementação de vinhedos e as diversas vinícolas fundadas, ainda nas décadas de 1920 e 1930, estruturaram a disseminação de muitas das variedades dos vinhos finos de Altos Montes.

A viticultura da região manteve o caráter familiar, sendo desenvolvida em pequenas propriedades. Com a evolução da produção local de vinhos finos de qualidade, várias vinícolas foram sendo criadas, ao longo das décadas.

Do início até os dias atuais, o processo de ocupação e uso do solo transformou a natureza, deixando marcas na paisagem, entre as quais se destacam as vinícolas familiares e vinhedos cultivados. A identidade territorial e cultural de Altos Montes está expressa em seus vinhos finos.

Localizada a nordeste do estado do Rio Grande do Sul, Altos Montes é formada pelas cidades de Flores da Cunha e Nova Pádua. Trata-se de uma região com elevada qualidade de vida.

A região de Altos Montes possui um relevo de planalto, recortado por vales encaixados nas grandes linhas de falhas e fraturas das rochas vulcânicas, pertencentes à formação da Serra Gaúcha. A paisagem inclui topos de patamares, encostas e fundos de vales, com declividades e exposições variadas.

Localizada nas altitudes mais elevadas da Serra Gaúcha, possui clima vitícola IH, conhecido por ser temperado quente, incluindo ares de clima temperado nas áreas de maior altitude, e índices noturnos de noites temperadas, única Indicação Geográfica na Serra Gaúcha a apresentar esse clima.

O meio rural é diverso em elementos paisagísticos de um relevo recortado com encostas íngremes e vales profundos, cobertos por florestas de araucária. Os vinhedos e fruteiras formam um mosaico multicolorido.

O fato de a região de Altos Montes estar situada no extremo nordeste da Serra Gaúcha, em áreas de maior altitude, determina alguns aspectos originais na composição das uvas. O potencial enológico é caracterizado pelo topoclima. A altitude é combinada com os demais fatores topográficos que caracterizam o relevo, assim como a meteorologia, determinados pelas massas de ar.

As temperaturas mais amenas em interação com os solos e variedades cultivadas resultam em um período de maturação das uvas mais longo, com colheitas mais tardias em relação à média das demais regiões vizinhas. Essas condições propiciam uvas de excelente acidez, elevada pigmentação e médios teores de açúcar.

Os vinhos e espumantes produzidos apresentam diversidade de tipos, com qualidades que refletem as características do meio geográfico,
incluindo o saber-fazer local. A recente evolução da vitivinicultura da região de Altos Montes, por meio da organização coletiva, incluindo a tecnologia em vinhedo e vinícolas, resultou em um grande aprimoramento na qualidade dos vinhos e espumantes.

O roteiro enoturístico da região, além de apresentar uma estrutura para atendimento em visita e degustação de vinhos, vem preservar
a identidade cultural, que mantém a originalidade resgatada da colonização italiana. As premiações nacionais e internacionais comprovam a reputação e qualidade de Altos Montes!

Associação de Produtores dos Vinhos dos Altos Montes – APROMONTES
Endereço: Rua Heitor Curra, 2231 | Cidade: Flores da Cunha, RS | CEP: 95.270-000
Telefone: +55 (54) 3292.3628 | Site: www.apromontes.com.br | E-mail: apromontes@apromontes.com.br

Dados Técnicos

Número: BR402012000002-0
Indicação Geográfica: Altos Montes
UF: Rio Grande do Sul
Requerente: Associação de Produtores dos Vinhos dos Altos Montes
Produto: Vinhos e espumantes
Data do Registro: 11/12/2012
Delimitação: A Indicação de Procedência Altos Montes é a área contínua localizada nos municípios de Flores da Cunha e Nova Pádua, totalizando 173,84km2.

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IG – Alta Mogiana

IG – Alta Mogiana

As mudas cultivadas de café em altitudes privilegiadas, aliadas ao uso de uma tecnologia de pós-colheita, são ingredientes que enriquecem o sabor e aroma com corpo e buquet próprios. A qualidade dos grãos, determinada pelos fatores geográficos, faz deste café um dos melhores do mundo.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação.17 de Julho de 2018


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Sementes de café.
 Sementes de café.
 Muda de café.
 Motorista de trator.
 Plantação de café.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

É de longa data que se encontra registro sobre o plantio de café na região. A região da Alta Mogiana é associada ao café há mais de 100 anos. O Código de Postura da Câmara Municipal de Franca, de 1833, obrigada os agricultores a plantar e manter 25 pés de café por cada braça de terreno, sob multa de $2.000, ou um dia de detenção.

No entanto, foi com a chegada da ferrovia, e a inauguração da Estação de Franca, na década de 1890, que a cafeicultura se consolida como principal atividade econômica. A presença de imigrantes, nesta mesma época, era cada vez mais constante.

O aumento da população de imigrantes, principalmente italianos, era acompanhado por uma explosão da produção de café. A cultura cafeeira era privilégio dos maiores proprietários da terra. A parceria entre os proprietários e os imigrantes mostrou-se rentável a ambos. Desde então, a região sempre fora um pólo qualitativo de café.

Alta Mogiana está localizada ao norte do estado de São Paulo. Um planalto com serras suaves, com altitudes de 900 a 1000 metros. é uma região tradicional no plantio de café, que apresenta temperaturas médias mensais de 21ºC no verão, e 17ºC no inverno, com precipitação anual em torno de 1.623 mm sendo caracterizada como estação chuvosa o período de Outubro a Abril.

As características climáticas descritas são propícias para o amadurecimento lento e uniforme do grão. A colheita seletiva é feita no pico do amadurecimento do grão, de forma a obter um número maior do grão do café. A secagem ao sol em camadas finas, controlada por mão de obra qualificada, é contemplada em modernos secadores mecânicos, com precioso controle de temperatura.

A região de Alta Mogiana produz café da espécie arábica e de grãos mais finos, conhecidos como “café de bebida mole”. Dentre as variedades mais cultivadas encontramos o catuaí, mundo novo, bourbon e obatã.

O café tem como principal característica um corpo cremoso aveludade. Possui um aroma marcante, frutado com suaves notas de chocolate e nozes, de acidez média e equilibrada. Assim que degustado, tem a magnitude de prolongado retrogosto com uma doçura de caramelo com notas de chocolate amargo. Trata-se de um café encorpado, talhado para o preparo de um excelente expresso.

A Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Alta Mogiana tem como objetivo o reconhecimento da região, a congregação de pessoas e empresas atuantes no mercado de cafés especiais, incluindo a produção, beneficiamento, comercialização, industrialização e distribuição. Ela orienta, organiza, fomenta re regula a cafeicultura da região, desempenhando um importante papel institucional para a propagação do café especial da região Alta Mogiana, tanto no mercado interno como no externo.

Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Alta Mogiana – AMSC
Endereço: Rua Diogo Feijó, 1915 | Bairro: Estação | Cidade: Franca/SP | CEP: 14.405-2012
Telefone: +55 (16) 3017-0705 | Site: www.amsc.com.br | E-mail: altamogiana@amsc.com.br

Dados Técnicos

Número: IG200703
Indicação Geográfica: Alta Mogiana
UF: São Paulo
Requerente: Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Alta Mogiana
Produto: Café
Data do Registro: 17/09/2013
Delimitação: A região delimitada de Alta Mogiana engloba os municípios de: Altinópolis; Batatais; Buritizal; Cajuru; Cristais Paulista; Franca; Itirapuã; Jeriquara; Nuporanga; Patrocínio Paulista; Pedregulho; Restinga; Ribeirão Corrente; Santo Antônio da Alegria e São José da Bela Vista.

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IG – Carlópolis

IG – Carlópolis

Em Carlópolis, no Norte Pioneiro do Paraná, o microclima formado com a criação da Represa de Chavantes favoreceu os plantios e possibilitou o largo uso da irrigação em suas margens. As condições edafoclimáticas locais somadas ao know-how da colonização japonesa disseminaram a cultura e a qualidade da goiaba da região.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 18 de Julho de 2018


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Pés de goiaba.
Joaninha em folha.
Goiabas.
Goiabas partidas.
Goiaba no pé.
Proteção dos frutos no pé de goiaba.

Sobre a Indicação Geográfica

A história da goiaba no município de Carlópolis confunde-se com a história dos imigrantes japoneses que se fixaram na região. O produtor Iwao Yamamoto, um dos pioneiros no cultivo da goiaba, chegou à região em 1949, com 4 anos de idade.

Em 1976, foram feitos os primeiros plantios de goiaba na região, com o apoio do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). Nessa época, Iwao foi o responsável por trazer frutos da Central de Abastecimento de São Paulo (Ceasa-SP) para tirar sementes e fazer experiências e avaliação de cultivares, buscando uma diferenciação de variedades.

Dessas experiências, uma planta destacou-se pelas suas características: formação de copa e de ramos compridos e bem abertos, folhas grandes e produção de goiabas graúdas, com polpa branca. O novo cultivar foi batizado com o nome de Iwao em homenagem ao seu descobridor. O produtor Iwao passa a fazer enxertias para a multiplicação dessa genética e forma um pomar com 70 pés, que entram em produção no ano de 1978.

Roberto Tanaka, Tadashi Uto e Ioneko Endo, entre outros, começaram a trabalhar com a goiaba Iwao e outras variedades, construindo um polo e referência deste cultivo. Hoje, a goiaba de Carlópolis é reconhecida nacionalmente pela sua excepcional qualidade, resultado da combinação das condições climáticas favoráveis, solos férteis e o saber fazer.

A área delimitada pela Indicação de Procedência (IP) Carlópolis possui, aproximadamente, 390 hectares usados para o cultivo de goiaba com o potencial de produção de 23 mil toneladas por ano, em condições normais de clima, segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) local. Essa produção credencia Carlópolis como o maior produtor de goiabas do estado do Paraná e um dos maiores do Brasil.

A região ainda possui uma diversificada produção agrícola no mercado – frutas de excelente qualidade, sendo produtos de exportação, em que se destacam: caqui, manga, acerola e lichia. O reconhecimento do município como potencial turístico pelo Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) abre novas possibilidades de desenvolvimento e serve como mais um estímulo à economia local.

As goiabas de Carlópolis apresentam as características de cultivares bem definidas, são inteiras, limpas e estão dentro da classificação adequada, relacionada à coloração da casca da goiaba e às características varietais de coloração da polpa (vermelha ou branca), obedecendo ao limite de defeitos.

A goiaba da região é obtida por sistema de poda total, dividido por talhões, por meio do qual é possível produzir o ano todo. Outra técnica importante para a qualidade do produto é a forma de ensacamento dos frutos, quando estes atingem de 2 a 3 cm de diâmetro. Essa prática elimina grande parte do uso de pesticidas e evita o surgimento de insetos e pragas.

Como forma de agregar valor a esse produto regional, protegendo os produtores e promovendo o desenvolvimento local, o Sebrae PR iniciou um trabalho em 2010, chamado “Cidades Cooperativas”, que resultou no atual trabalho de orientação aos produtores de goiaba, para a obtenção do registro da IP Carlópolis junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

O reconhecimento pelo órgão servirá de proteção do nome geográfico “Carlópolis” contra o uso indevido por atacadistas de frutas em todo o país, salvaguardando os direitos dos produtores desta região e garantindo ao consumidor a verdadeira origem e qualidade da goiaba de Carlópolis.

Associação dos Olericultores e Fruticultores de Carlópolis – APC
Endereço: Rua Profeta João de Maria, nº 2.863 | Cidade: Parque Industrial de Carlópolis/PR | CEP: 86.420-000
Telefone: +55 (43) 3566-1090 | Site: www.apcfrutas.com.br | E-mail: comercial@goiabadecarlopolis.com.br

Dados Técnicos

Número: BR402015000008-8
Indicação Geográfica: Carlópolis
UF: Paraná
Requerente: Associação dos Olericultores e Fruticultores de Carlópolis
Produto: Goiaba
Data do Registro: 17/05/2016
Delimitação: mista – a área geográfica que delimita abrange os municípios de Carlópolis e Ribeirão Claro, no estado do Paraná.

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IG – Monte Belo

IG – Monte Belo

Os viticultores da região de Monte Belo contribuíram de forma decisiva para a expansão da produção de vinhos localizada em diversos municípios da Serra Gaúcha. Atualmente, Monte Belo possui a maior produção de uvas per capita do Brasil, para o orgulho da cidade.

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Vinícola de Monte Belo
Vista ampliada da vinícola de Monte Belo
Uvas cultivadas na região
Uvas cultivadas na região
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A história da região de Monte Belo está plenamente vinculada ao projeto de colonização italiana constituída pelo governo imperial, na segunda metade do século XIX, por meio do processo de ocupação com base na pequena propriedade, no trabalho familiar e na produção de subsistência.

O trabalho nas propriedades foi transformando a paisagem e a produção, que começou para consumo próprio. Os excedentes eram comercializados na cidade de Bento Gonçalves e, ainda, em centros urbanos maiores, como Porto Alegre. No início do século XX, o eminente enólogo Celeste Globatt já anunciava ao mundo, através do Jornal “IL Corriere d’Itália”, a viticultura das Linhas Graciema e Leopoldina, na região de Monte Belo.

Desde os primórdios, os vinhos finos da Indicação de Procedência de Monte Belo são produzidos em pequenas vinícolas familiares. Os volumes são pequenos, mas sua qualidade e origem alcançaram reconhecimento.

A região de Monte Belo está localizada no nordeste do Rio Grande do Sul, compreendida pelas cidades de Monte
Belo, Bento Gonçalves e Santa Tereza.

Em Bento Gonçalves, a vista para os meandros do Vale do Rio das Antas revela paisagens tão marcantes quanto o colorido dos vinhedos e plátanos no outono. Em Monte Belo do Sul, as torres da Igreja de São Francisco de Assis
podem ser vistas a dezenas de quilômetros. Em Santa Tereza, a torre da Igreja junto com os casarões coloniais
foram tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional.

A estrutura fundiária mantém o caráter de pequena propriedade familiar. Na região há um total de 600 propriedades vitícolas, com 9,96 hectares de área média por propriedade, cultivando, aproximadamente, 3,32 hectares de vinhedos.

A região de Monte Belo possui clima vitícola relativamente homogêneo, distinguindo-se das demais indicações geográficas da Serra Gaúcha, por ser a região de maior potencial térmico, o que resulta no comportamento vitícola de maior precocidade quanto à maturação de uvas, bem como maior potencial de açúcares, com implicação no perfil enológico dos vinhos obtidos com uvas da região.

Os vinhos finos são provenientes exclusivamente de cultivares Vitis vinifera L, elaborados mediante processo tecnológico adequado, que assegura a otimização das características químicas e sensoriais.

As características originais dos vinhos finos brancos, tintos e espumantes de Monte Belo são reflexos das condições
climáticas. Temperado perúmido, sendo úmido o ano todo, incluindo o verão, período no qual as uvas amadurecem e são colhidas.

A importância da vitivinicultura na atual economia do município de Monte Belo do Sul é evidenciada no valor da produção, onde a relação uva/total do setor agrícola é de mais de 90%, acrescido o fato de que o setor agrícola representa mais de 40 % do PIB municipal.

As recentes transformações na vitivinicultura resultantes da Indicação de Procedência de Monte Belo, incluindo a modernização de algumas vinícolas, a instalação de novas vinícolas e a qualidade do vinho produzido permitiram agregar o enoturismo como atividade secundária, que tem ampliado o reconhecimento desta região vitivinícola, com potencial para ampliar de forma crescente o mercado para seus vinhos.

Associação dos vitivinicultores de Monte Belo do Sul – APROBELO
Endereço: Estrada da Vindima | Cidade: Monte Belo do Sul/RS | CEP: 95.718-000
Telefone: +55 (54) 34571173 | Site: www.aprobelo.com.br | E-mail: contato@vinicolacalza.com.br

Dados Técnicos

Número: BR402012000006-3
Indicação Geográfica: Monte Belo
UF: Rio Grande do Sul
Requerente: Associação dos Vitivinicultores de Monte Belo do Sul
Produto: Vinhos e espumantes
Data do Registro: 01/10/2013
Delimitação: A região delimitada de “Monte Belo” é uma área continua localizada nos municípios de Monte Belo, Bento Gonçalves e Santa Tereza, totalizando 56,09 km2.

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IG – Microrregião Abaíra

IG – Microrregião Abaíra

A Chapada da Diamantina testemunhou relevantes momentos da história do Brasil, como o ciclo do garimpo e a era do coronelismo. Atualmente, a economia regional é baseada no turismo e na agricultura, com destaque para a produção da famosa cachaça artesanal da Microrregião de Abaíra.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 17 de Abril de 2018


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Cachaça Abaíra.
Diferentes versões da Cachaça Abaíra.
Funcionária segurando a Cachaça Abaíra.
Cachaça Abaíra em frente paisagem da região.
Escultura em homenagem á indicação geográfica.
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

Os primeiros habitantes da Chapada da Diamantina foram os índios. No século XVII, chegaram os negros e os portugueses, sendo gradativamente povoada por comunidades quilombolas e grandes fazendas. Não tardou a
descoberta do ouro e do diamante, dando início ao ciclo do garimpo, perdurando por quase um século.

No início do século XX, o ciclo do garimpo entrou em decadência e se iniciou a era dos coronéis. A principal figura
desta época foi a do coronel Horácio de Mattos, com memoráveis participações históricas, incluindo a ligação com Lampião e a perseguição à Coluna Prestes.

A história da produção da cachaça de alambique confunde-se com a história da região, com uma tradição de mais de 450 anos. No entanto, não há um consenso sobre o início da produção de cachaça: se foi por iniciativa dos escravos ou dos senhores de engenho.

Na década de 1980, os pequenos produtores, interessados na melhoria do seu produto e de sua produção (que era a mesma desde os tempos coloniais), iniciaram um trabalho de beneficiamento e qualidade. Hoje, a cachaça produzida na Microrregião de Abaíra está entre as melhores do Brasil.

A Microrregião de Abaíra fica a aproximadamente 600 km de Salvador e se caracteriza, basicamente, por uma estação muito seca dos meses de abril a outubro, e outra estação muito chuvosa entre novembro e março.

A região possui uma gama de atrativos culturais, como as festas dos Padroeiros, de Reis, do São João, o Bumba meu boi e o Festival da Cachaça.

O ecoturismo, por sua vez, é muito explorado pela presença de uma rica diversidade biológica e geológica: cachoeiras, rios, serras, cânions e grutas (entre elas, a maior gruta de quartzito do Brasil). A beleza do Parque Nacional da Chapada da Diamantina e dos seus arredores é encantadora.

A cachaça da Microrregião de Abaíra diferencia-se pelo saber fazer dos produtores, que resulta em um produto de qualidade superior. Apresenta uma graduação alcoólica levemente menor e características sensoriais peculiares, associadas à sua origem e ao controle rigoroso de sua produção, que é feito por meio de avaliação físico-química.

A levedura mais usada na produção é natural da região, a Saccharomyces cerevisiae, o que garante um produto de qualidade e melhor rentabilidade. Na destilação, as porções denominadas cauda e cabeça são descartadas, e somente a porção coração (que é a verdadeira cachaça de qualidade) poderá ser armazenada, envasada e rotulada com a Indicação de Procedência (IP) Microrregião de Abaíra.

A IP favoreceu a integração dos produtores das quatro cidades que formam o território da Microrregião de Abaíra: Abaíra, Jussiape, Mucugê e Piatã. A integração promoveu o trabalho coletivo, a sustentabilidade da produção da cachaça de qualidade, o fortalecimento da comercialização e do turismo rural.

A cachaça da Microrregião de Abaíra vem atraindo investimentos e diversos parceiros, nacionais e internacionais. Esta é a prova da valorização da agroindústria familiar, da expansão da plantação da cana, da fabricação da cachaça de qualidade e da mais pura tradição.

Cooperativa dos Produtores Associados de Cana e seus Derivados da Microregião de Abaíra
Endereço: Rodovia BA 148 km 124, Fazenda Salgado | Cidade: Abaíra/BA | CEP: 46.690-000
Telefone: +55 (77) 3476-2348 | E-mail: cooapama@yahoo.com.br

Dados Técnicos

Número: BR402012000001-2
Indicação Geográfica: Microrregião de Abaíra
UF: Bahia
Requerente: Associação dos Produtores de Aguardente de Qualidade da Microrregião Abaíra (Apama)
Produto: aguardente de cana do tipo cachaça
Data do Registro: 14/10/2014
Delimitação: a área está localizada na região da Chapada Diamantina, abrangendo parte dos municípios de Abaíra, Jussiape, Mucugê e Piatã.

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