Qual é a escolaridade dos Microempresários?
Mais da metade dos microempresários (65%) chegaram ao nível superior. Esse resultado indica que esse público tem uma escolaridade acima da média brasileira (17%) e acima do observado entre os MEI.
Onde funciona o negócio dos Microempresários?
A maioria dos microempresários opera o seu negócio em um estabelecimento comercial (75%), sendo que uma parcela importante (15%) tem na sua própria residência o seu local de trabalho. Em comparação ao MEI a residência ainda é o principal local de funcionamento do negócio.
Quais os motivos que levam os Microempresários a escolher o empreendedorismo?
Quando questionados quanto ao principal motivo que os levou a se tornarem microempresários, as principais respostas foram ter conhecimento ou experiência na área em que empreenderam (51%) e vontade de abrir um negócio (22%). Importante observar que essa é uma situação diferente do que é observado entre os MEI, onde a vontade de ser independente e a necessidade de uma fonte de renda são os principais motivadores.
Qual é a ocupação do empreendedor antes de se tornar microempresário?
Antes de se tornarem microempresários a maioria (54%) era empregado com carteira assinada. Interessante notar que essa situação é semelhante a encontrada entre os MEI, onde a maioria também tinha um emprego com carteira assinada antes de se tornarem empreendedores.
Quais são os principais motivos para a formalização segundo os Microempresários?
Quando questionados quanto ao principal motivo que os levou a se formalizarem, os microempresários citaram ter uma empresa formal (34%) e poder emitir nota fiscal (12%). Em relação a 2019 nota-se um aumento na opção “Ser dono do meu próprio negócio”.
Por quanto tempo os Microempresários estiveram na informalidade?
Para aqueles que informaram que antes de se tornarem microempresários eram empreendedores informais, questionou-se por quanto tempo eles haviam permanecido na informalidade. 51% disseram que passaram mais de 7 anos na informalidade. O tempo médio que os empreendedores passaram na informalidade foi de 10 anos.
Os Microempresários têm outras fontes de renda?
A maioria dos entrevistados relataram que a sua atividade como microempreendedor é a sua única fonte de renda (71%). Entre os MEI a proporção daqueles que tem o empreendedorismo como única fonte de renda é maior (76%).
Qual é o tamanho da família dos Microempresários?
Em média a família do microempresário tem o tamanho da família brasileira, ou seja, é composta por 3,2 pessoas. Resultado semelhante foi encontrado entre os MEI.
Qual é a renda familiar dos Microempresários?
Em relação a renda familiar do Microempresário, a pesquisa apontou que 29% tem renda de mais de R$5 mil até R$10 mil.
Qual é o impacto da formalização nas condições de compra com os fornecedores?
A maioria dos microempresários (84%) afirmou que ter um CNPJ proporcionou melhoria nas condições de compra junto a fornecedores. Essa situação é semelhante a observada entre o MEI.
Qual é o impacto da formalização nas vendas para outras empresas?
A possibilidade de emitir nota fiscal facilita as vendas para outras empresas, já que pessoas jurídicas têm mais exigências no que diz respeito à compra de produtos e serviços do que pessoas físicas. Nota-se que 49% dos microempresários afirmaram que é frequente a venda de produtos e serviços para outras empresas.
Qual é o impacto da formalização nas vendas para o governo?
Outro benefício de se formalizar (ter um CNPJ) é a possibilidade de vender para governos e prefeituras. Um dos mecanismos da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (LC 123/2006) é a preferência em licitações. Porém, os números indicam que esse benefício parece ainda pouco utilizado pelos microempresários: 72% afirmaram que nunca venderam produtos ou serviços para a prefeitura ou governo. Entre os MEI a proporção daqueles que vendem para governos é ainda menor.
Qual é o impacto da formalização no acesso a crédito?
Questionados sobre o acesso ao crédito,nota-se que a maioria dos microempresários (63%) não buscou empréstimo como pessoa jurídica após a sua formalização. Apesar desse cenário ser melhor do que o observado entre os MEI, esses números parecem mostrar que ainda há espaço para avançar em relação a esse aspecto.