IG – Cariri Paraibano

IG – Cariri Paraibano

A renda renascença era considerada artigo de luxo, havendo suntuoso destaque dessas peças nos trajes masculinos, ao contrário dos dias atuais, onde sua aplicação prevalece nas roupas femininas. E é no Cariri Paraibano, no nordeste brasileiro, onde as rendeiras transformam a cultura local e o fazer artesanal numa potencialidade econômica, confeccionando as tradicionais e famosas renda renascença.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 17 de Abril de 2018


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Bordadeira.
Produto bordado.
Tecido bordado.
Processo de fabricação.
Ambiente de trabalho.
Processo de fabricação.

Sobre a Indicação Geográfica

A renda renascença surgiu entre os séculos XV e XVI. O seu modo de fazer foi consagrado como símbolo artesanal italiano, na ilha de Burano, em Veneza.

Henrique II, rei da França, usou excessivamente a renda na composição de fraise um colarinho rígido e plissado, para ocultar uma cicatriz no pescoço. O uso dessa renda pela realeza tornou-se moda, sendo amplamente usada na época, chegando à burguesia no século XVII.

Foi no século XIX, com a ocupação do Convento Santa Teresa, por religiosas francesas, que a renda renascença chega ao nordeste do Brasil. Essas freiras ficaram famosas por serem as únicas a confeccionar um excelente bordado.

O saber fazer desse artesanato foi por séculos um segredo. No entanto, na década de 1930, esse conhecimento chegou às mulheres mais humildes. Era chegado o momento da renda renascença se espalhar pela região, transformando-se em grande patrimônio cultural nacional.

O Cariri Paraibano é uma região localizada na franja ocidental do Planalto da Borborema, na Paraíba. Esse conjunto de terras elevadas, com altitudes que variam de 400 a 700m, influencia diretamente nas características fisiográficas da região.

O clima semiárido, com uma estação quente e seca no inverno e outra quente e com chuvas no verão, de forte insolação, e a temperatura elevada fazem do Cariri uma das áreas mais secas do país. Os solos são poucos desenvolvidos, rasos e pedregosos. Os rios que cortam ou nascem no Cariri são temporários.

O meio geográfico não foi favorável para o plantio, mas foi fértil o suficiente para o enraizamento da renda renascença.

O fazer artesanal da renda renascença tem atributos próprios das rendeiras, tais como delicadeza, paciência e destreza com as mãos.

A renda renascença é confeccionada com agulha, linha e lacê de algodão. O lacê tem para as rendeiras do Cariri Paraibano um significado muito fort porque serve para identificar a renda local. Além do lacê, outras linhas e papéis se acrescentam à renda.

São mais de 100 tipos de pontos de renda, todos devidamente catalogados. Os tipos de rendas produzidos na região se diferenciam das demais localidades, pois já estão inseridos e absorvidos pela cultura local.

A produção de renda renascença foi responsável pela inserção das mulheres da região no mercado de trabalho. A atividade artesanal da renda renascença representa, freqüentemente, a única fonte de receita para um expressivo número de famílias.

A partir do ano 2000, esta atividade se tornou um importante suporte econômico para a região, constituindo-se, também, como uma atração para o crescimento do turismo.

Nas oficinas instaladas, mulheres recebem orientações baseadas nas memórias de ofícios das rendeiras da região. Através dos seus trabalhos, os traços da cultura nordestina, seus costumes, crenças e tradições, são preservados, na renda renascença do Cariri Paraibano.

Conselho das Associações, Cooperativas, Empresas e Entidades Vinculadas a Renda Renascença – CONARENDA
Endereço: Rua Projetada, 12 – Vila Santa Maria | Cidade: Monteiro/PB | CEP: 58.500-000
Telefone: +55 (83) 9 9671-8679 | E-mail: email@email.com

Dados Técnicos

Número: BR402012000005-5
Indicação Geográfica: Cariri Paraibano
UF: Paraíba
Requerente: Conselho das Associações, Cooperativas, Empresas e Entidades vinculadas a Renda Renascença do Cariri Paraibano – CONARENDA
Produto: Renda renascença
Data do Registro: 24/09/2013
Delimitação: Mista – A delimitação da área da Indicação de Procedência para a produção da Renda Renascença da região conhecida como “Cariri Paraibano” corresponde aos limites políticos dos municípios de Monteiro, Camalaú, São João do Tigre, São Sebastião do Umbuzeiro, Zabelê, Prata, Sumé e Congo.

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IG – Região das Lagoas Mundaú-Manguaba

IG – Região das Lagoas Mundaú-Manguaba

Atualmente o bordado filé é mais do que uma imagem de artefato popular, de um produto comercial: é um símbolo alagoano servindo como uma identidade territorial e de referência do talento de seu povo.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 19 de Julho de 2018


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Trabalho em bordado filé ampliado.
 Sousplat em bordado filé.
 Porta guardanapo com detalhes em bordado filé.
 Bordado filé.
 Bordado filé em cores.
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

O nome filé vem do francês filet, que quer dizer rede e, de fato, é um bordado sobre uma rede de fios. Fios sobre fios que envolvem processos com complexidade de execução e muito aperfeiçoamento por meio desse longo tempo de repasses entre gerações, povos e países. Mesmo tendo quem vincule sua origem à antiga Pérsia, sua procedência também esteve ligada a certas áreas da Península Ibérica, nesses últimos séculos, sendo encontrado em localidades de Portugal e da Itália. Em seguida, aportou no Brasil colonial em que, possivelmente, esteve incluso na educação reformadora das escolas cristãs católicas que ensinavam prendas às mulheres.

Nesse território costeiro, a técnica cruzou com a herança da cultura material indígena, sua arte de tecer a palha e de construir instrumentos de pesca e outros utensílios com as fibras vegetais. Com o estabelecimento do ensino em escolas indígenas, objetivando uma educação civilizatória, muitos ofícios foram praticados,
especialmente entre as mulheres, o que incluiu as rendas e os bordados. Da mistura de gente e de suas técnicas de trabalho, formou-se, ao longo da história, a cultura do bordado filé, que se manteve e se desenvolveu até a forma como o conhecemos nos dias de hoje.

A região das Lagoas Mundaú e Manguaba é uma área de grande afluência turística e caracterizada por seu polo gastronômico, por seus balneários e pela atividade secular da pesca artesanal. É nesse local que o bordado filé estabeleceu uma verdadeira cadeia produtiva, envolvendo populações e comunidades.

Esse complexo estuarino é uma área de proteção ambiental e tradicionalmente foi povoado e habitado por populações pesqueiras e marisqueiras que dali retiram seu sustento, com a confecção do bordado tradicionalmente produzido na região como complemento de renda.

O filé é elaborado a partir de uma rede denominada malha, com espaçamento pequeno, que serve de suporte para a execução do bordado. O trabalho é realizado em duas etapas: a construção da rede e o preenchimento de pontos com a linha sobre a rede. Para sua execução são utilizados instrumentos artesanais: agulha em madeira e molde de bambu para tecer a malha, telas (bastidores) em madeira de diversos tamanhos para a esticagem da malha e, ainda, a confecção de goma de amido de milho para finalização dos produtos.

A variedade de pontos e a complexidade de execução destes entre si, além do intenso colorido, confere ao bordado desse território características singulares de outros executados com a mesma técnica. Mas é preciso empenho para a obtenção desses resultados.

Após a confecção da rede, ela é esticada em um tear de madeira e se inicia o bordado das linhas (monocromáticas ou com combinações de tons e cores diversas) que darão forma ao filé. Estas combinações são previamente projetadas pelas artesãs e marcadas na rede por meio de uma modelagem do produto. Matemática também é necessária, pois “a conta das casas” da malha tem que ser precisa e ritmada. Tudo é milimetricamente quantificado, definido e marcado.

Grande parte da comercialização e fama do bordado deve-se ao turismo na região das Lagoas, principalmente no trecho das ilhas e praias compreendidas entre Marechal Deodoro e Maceió, que são banhadas por esse complexo estuarino e que abrigam nos seus bairros, sítios e povoados lacustres grande parte da comunidade pesqueira na qual o bordado é produzido. Ações compartilhadas de desenvolvimento turístico contribuem para sua preservação e reconhecimento como Patrimônio Cultural Imaterial de Alagoas e o despontam no mercado de bens artesanais de grande expressão simbólica e viabilidade econômica.

Instituto Bordado Filé de Alagoas – INBORDAL
Endereço: Avenida Alipio Barbosa da Silva, 664 – Pontal da Barra | Cidade: Maceió/AL | CEP: 57.010-810
Telefone: +55 (82) 9 9130-3090 | Site: www.inbordal.org.br | E-mail: contato@inbordal.org.br

Dados Técnicos

Número: BR402014000012- 3
Indicação Geográfica: Região das Lagoas Mundaú Manguaba
UF: AL
Requerente: Instituto Bordado Filé da Região das Lagoas Mundaú Manguaba (Inbordal)
Produto: bordado filé
Data do Registro: 19/04/2016
Delimitação: Corresponde à área geográfica de 252 km², ao redor das Lagoas Mundaú e Manguaba, localizada na porção Centro- Leste do estado de Alagoas, compreendendo parte dos territórios dos municípios de Marechal Deodoro, Pilar, Santa Luzia do Norte, Coqueiro Seco, Satuba e Maceió.

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IG – Pinto Bandeira

IG – Pinto Bandeira

Os vinhos finos e espumantes de Pinto Bandeira são o resultado de um saber-fazer muito antigo, com origem na Itália, e incorporado à cultura gaúcha desde os anos 1880. Pinto Bandeira possui identidade territorial e cultural muito forte, presente na expressão de sua gente, no cultivo de suas frutas, na arquitetura tradicional das colônias italianas e, principalmente, no compartilhamento e degustação dos seus vinhos e espumantes.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 18 de Julho de 2018


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Parreiras em Pinto Bandeira.
 Uvas utilizadas na produção de vinhos finos.
 Parreiral em área ondulada.
 Parreiras.
 Paisagem do território de Pinto Bandeira.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

Os primeiros imigrantes italianos chegaram em Pinto Bandeira em 1876. Com base na sua tradição agrícola, logo iniciaram os plantios para sua subsistência, entre os quais, a videira aparece como elemento fundamental de sua identidade cultural. Em 1880, já havia produção de vinhos, elaborados artesanalmente nos porões das casas. A vitivinicultura expandiu-se ao longo dos anos, e ensejou, na década de 1930, a criação de cooperativas. Foi instalada então uma filial da Cia. Vinícola Riograndense, que muito contribui para a disseminação de variedades de uvas para vinhos finos. Desde então, é uma particularidade de Pinto Bandeira a existência de vinícolas no meio rural, que industrializam grande parte da produção de uvas e aportam tecnologias para melhorar a vitivinicultura.

A paisagem do território de Pinto Bandeira é múltipla: uma exuberante natureza, montanhas, matas nativas, as araucárias, culturas temporárias e as diversas espécies de frutíferas que convivem em harmonia com a vitivinicultura.

Pinto Bandeira produz vinhos finos e espumantes de qualidade, em encostas fortemente onduladas e íngremes, que formam vales fechados onde se descortinam as matas nativas de coloração intensamente verde.

Descendentes de imigrantes italianos que ainda conservam a tradição passada de pais para filhos, os moradores
de Pinto Bandeira têm, na produção de vinhos e espumantes, muito muito mais que uma atividade econômica, mas também uma forma de manter a memória dos antepassados, das dificuldades da imigração e da evolução da produção local ao longo dos anos.

É autorizada a produção de vinhos finos tintos secos e brancos secos, e vinhos espumantes finos e vinhos moscatel espumante, controlados pelo Conselho Regulador da Indicação de Procedência. Para a produção do vinho, está autorizado o cultivo de oito cultivares de Vitisvinifera L. tintas e doze de brancas. Para a produção do vinho espumante fino, só é permitido o uso do método tradicional de produção.

Os vinhos da Indicação de Procedência são elaborados com, no mínimo, 85% de uvas produzidas na área delimitada, vinhedos com controle de produtividade, elaboração, engarrafamento e envelhecimento dentro da área delimitada, com rigorosos padrões de qualidade química e sensorial dos vinhos.

Como principais benefícios alcançados pela Indicação de Procedência de Pinto Bandeira, pode-se citar o fortalecimento da entidade representativa dos produtores, a padronização da produção através das normas de produção e da qualificação dos diferentes elos da cadeia produtiva. Com a Indicação de Procedência, Pinto Bandeira passa a fortalecer sua identidade territorial em todos os seus aspectos e o consumidor a identificar a qualidade dos vinhos finos e espumantes produzidos neste território. Há também o fortalecimento turístico, que impacta de forma significativa esta região do sul do Brasil, onde em alguns empreendimentos está cunhada a frase: “Minha vida é um litro aberto!”.

Associação dos Produtores de Vinhos Finos de Pinto Bandeira – ASPROVINHO
Endereço: Rua 7 de Setembro, 675 | Cidade: Pinto Bandeira/RS | CEP: 95.717-000
Telefone: +55 (54) 99915-2051 | Site: www.asprovinho.com.br | E-mail: asprovinho@asprovinho.com.br

Dados Técnicos

Número: IG200803
Indicação Geográfica: Pinto Bandeira
UF: Rio Grande do Sul
Requerente: Associação dos Produtores de Vinhos Finos de Pinto Bandeira
Produto: Vinhos: tinto, brancos e espumantes
Data do Registro: 13/07/2010
Delimitação: A área geográfica delimitada totaliza 7.960,66 HA, compreendida nos municípios de Bento Gonçalves e Farroupilha.

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IG – Piauí

IG – Piauí

A cajuína é o suco puro de caju, clarificado, sem adição de açúcares e conservantes, acondicionado em garrafas e cozido em banho-maria. É uma bebida refrescante, fruto do conhecimento tradicional indígena que apresenta a vantagem de ser armazenada sem perder suas qualidades nutricionais e organolépticas.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 19 de Julho de 2018


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Caju.
 Separação do caju para produção de cajuína.
 Resultado da colheita de caju.
 Produção artesanal de cajuína.
 Produção de cajuína.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

Quando os portugueses chegaram ao Brasil, já encontraram o cajueiro amplamente disseminado no litoral nordestino. A palavra tupi acá-iu, aportuguesada, deu origem ao nome caju.

Os índios fermentavam o suco puro do caju, em condições naturais, por dois ou três dias, transformando-o em mocororó. Ao cozinhar o mocororó, obtinha-se o cauim, que, depois de frio, era consumido para celebrar as vitórias das grandes batalhas travadas pelo domínio dos cajueirais. Os colonizadores portugueses também aplicaram seus conhecimentos de enologia ao suco de caju, dele obtendo o licor, o vinagre e a aguardente.

Até meados da década de 1960, a cultura cajueira era tipicamente extrativista, na qual os cajueiros estavam dispersos ao longo do litoral. A partir daí, a agroindústria consolidou-se, graças ao mercado favorável aos produtos de caju e à existência de incentivos fiscais e subsídios oferecidos pelo governo.

Na década de 2000, a cajucultura piauiense passou por uma transformação, com o uso de tecnologias no manejo e emprego de técnicas recomendadas, resultando em melhoria na qualidade e na uniformidade do caju e, consequentemente, nos produtos processados, como a cajuína. Desde então, essa bebida artesanal e popularmente conhecida vem alcançando novos mercados.

O estado do Piauí, localizado no Nordeste, possui duas tipologias climáticas: tropical quente úmido (que domina a maior parte do território), e semiárido quente (na região Sudeste). Há quatro classes de vegetação: Caatinga, Cerrado, Mata de Cocais e Floresta. O relevo piauiense abrange planícies litorâneas e aluvionares, nas faixas das margens do Rio Parnaíba e de seus afluentes, que permeiam a parte central e norte.

O Piauí é o segundo maior produtor de caju do Brasil, ocupando uma posição de destaque. Os produtores piauienses utilizam um sistema de plantio sem irrigação, encontrado em todos os municípios do estado. A cajucultura é uma das atividades de maior importância econômica e social, gerando empregos e renda, principalmente durante a estação da seca, pois a maior parte do plantio é realizada por pequenos e médios produtores.

A cajuína é definida como suco de caju clarificado, sendo feita com três tipos diferentes de matéria-prima:caju nativo, caju anão CCP076 e caju misto (nativo + anão). Bebida não fermentada e não diluída, sem adição de açúcares, aditivos e conservantes, obtida da parte comestível do pedúnculo por meio de processo tecnológico adequado. Diferencia-se do suco de caju simples e do concentrado, por conta das etapas de clarificação (eliminação do tanino e resíduo) e do tratamento térmico (cozimento).

Apresenta as seguintes características físicas sensoriais: cor amarela média (resultante da caramelização dos açúcares naturais do suco), líquido brilhante e homogêneo, odor e gosto próprio de cajuína, textura leve, sabor frutado de caju mediano com acidez e adstringência leve, doçura média, suave e não acentuada, sensação oral frio forte. Para a percepção desses atributos, a cajuína deve ser ingerida na temperatura de 7°C a 10°C, no período de até um ano após a sua produção.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse segmento agrícola movimenta cerca de 37 mil empregos diretos no campo e um volume de quase R$ 70 milhões. No entanto, a produção de cajuína está em processo de expansão. Iniciou-se como uma atividade familiar para atender ao consumo próprio, passando por um processo de profissionalização com o tempo.

O reconhecimento da cajuína como Indicação de Procedência (IP) Piauí contribui para a padronização do seu processo de fabricação, qualidade, competitividade e para a conquista de novos mercados, nacionais e internacionais.

União das Associações e Cooperativas e Produtores de Cajuína do Estado do Piauí – PROCAJUÍNA
Endereço: Rua Prof. Odilo Ramos, 1.582 | Cidade: Teresina/PI | CEP: 64.056-480
Telefone: +55 (86) 9 9501-0210 | Site: www.procajuina.simplesite.com | E-mail: procajuina@yahoo.com.br

Dados Técnicos

Número: BR402012000004-7
Indicação Geográfica: Piauí
UF: Piauí
Requerente: União das Associações e Cooperativas e Produtores de Cajuína do Estado do Piauí (Procajuína)
Produto: Cajuína
Data do Registro: 26/08/2014
Delimitação: a área geográfica é definida pelo estado do Piauí, que se limita com o Oceano Atlântico e, seguindo no sentido horário, com os seguintes estados: Ceará, Pernambuco, Bahia, Tocantins e Maranhão.

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IG – Canastra

IG – Canastra

A Serra da Canastra forma uma das mais belas paisagens de Minas Gerais. De longe se avista a imensa formação rochosa, com mais de 50 km de extensão, que se assemelha a um grande baú, dando o nome à região. O paladar inconfundível do Canastra, conquistado gota a gota, depende dos pingos, água que escorre do queijo ressecado com sal grosso e é misturada ao leite da produção seguinte. Essa combinação é que dá textura, aroma e sabor ao tradicional queijo.

Este assunto é de responsabilidade da unidade de Inovação.7 de Agosto de 2018


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Queijo da Canastra.
 Prateleira de queijos.
 Serra da Canastra.
 Produção de queijo da Canastra.
 Queijos da Canastra.
 Associação.

Sobre a Indicação Geográfica

O início da colonização da Serra da Canastra se deu no século XIX, por famílias vindas de São João Del Rei, Barbacena e do Sul de Minas, à procura de diamantes e outras pedras preciosas. Os povoados foram surgindo em torno das capelas, sendo este fato bem caracterizado na formação das cidades de São Roque e Bambuí.

A agricultura era de subsistência, aproveitando as terras férteis situadas na cabeceira do Rio São Francisco. Essas famílias trouxeram o conhecimento da produção do queijo artesanal feito de leite cru, encontrando as condições propícias para a perpetuação desta arte.

O queijo era feito no período de abundância leiteira e guardado para ser consumido no período da seca. Foi nesse período de armazenamento que se descobriu a qualidade do queijo Canastra.

Esta região, ao redor do Parque Nacional da Serra da Canastra, localiza-se ao sudoeste do estado de Minas Gerais. O rio São Francisco, um dos rios mais importantes do Brasil, tem sua nascente no topo da serra.

O clima é classificado como tropical de altitude, típico do cerrado, com temperatura média anual em torno de 22,2 C° e com chuvas distribuídas entre os meses de outubro a março. Tem o inverno seco e o verão úmido. A altitude varia de 637 a 1.485 m, tendo um relevo com cerca de 25% de área plana, 40 % de área ondulada e 35 % de área montanhosa.

As condições físico-ambientais encontradas na região são favoráveis à produção de queijo, devido a um ambiente propício ao desenvolvimento de bactérias típicas que dão o sabor característico do queijo da Canastra.

O meio geográfico e a tradição se unem para a produção de um queijo artesanal feito de leite cru. O queijo da Canastra tem
sabor característico e paladar inconfundível.

O formato do queijo da Canastra é cilíndrico, ligeiramente abaulado nas laterais, com 15 a 17 cm de diâmetros e 4 a 6 cm de altura. A casca lisa amarelada, com tonalidade mais forte em suas bordas, tende a escurecer com a maturação, apresentando mofo branco ou verde. O odor da casca é suave com toques que lembram cheiro da gordura do leite. A massa amarelada é homogênea e sua textura possui poucas e pequenas olhaduras mecânicas ou de fermentação, bem distribuídas, com um ligeiro odor de manteiga ou da gordura do leite. O sabor é suave, levemente picante, ligeiramente ácido e agradável.

A produção do queijo é de expressiva importância para a região, tanto economicamente, uma vez que constitui a única fonte de renda para vários agricultores, quanto culturalmente, já que o reconhecimento do queijo artesanal Canastra é aquele de uma cultura passada de geração a geração.

O reflexo deste reconhecimento foi a publicação da Instrução Normativa n. 30/2013 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que regulamentou e autorizou a venda dos queijos artesanais tradicionalmente elaborados a partir de leite cru para todo o Brasil.

Associação dos Produtores do Queijo Canastra – APROCAN
Endereço: Rua Ana Umbelina, 122 | Cidade: Carmo de Minas/MG | CEP: 37.472-000
Telefone: +55 (35) 3334-1700 | Site: queijodacanastra.com.br | E-mail: aprocan_queijocanastra@yahoo.com.br

Canastra

Indicadores

Indicação de Procedência

A Indicação de Procedência do Queijo da Canastra é delimitada pelos municípios de Piumhi, Bambuí, Delfinópolis, Vargem Bonita, Tapiraí, Medeiros e São Roque de Minas, todos localizados no estado de Minas Gerais. A população somada desses municípios é de cerca de 76 mil habitantes.

PIB per capita

Aproximadamente R$ 16.500,00 (média do Brasil 28.876), cerca de 43% menor que a média brasileira.

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)

O IDH da Indicação Geográfica varia de 0,667 em Tapiraí até 0,741 em Bambuí (0,73 média do Brasil).

Perfil Empresarial

Referindo-se à atividade econômica local,

  • CNAE 1052-0/00: Fabricação de laticínios

Em 2017, mais de 25 mil estabelecimentos agropecuários produziram leite. [1] Em 2017, a quantidade produzida de leite de vaca nos estabelecimentos agropecuários foi superior a 190 mil litros. [1]

As críticas qualitativa e quantitativa dos dados ainda não foram concluídas, razão pela qual os resultados ora apresentados são preliminares, estando, portanto, sujeitos a alterações posteriores.


Referência Bibliográfica

[1] IBGE, Censo Agropecuário, 2017.

Dados Técnicos

Número: IG201002
Indicação Geográfica: Canastra
UF: Minas Gerais
Requerente: Associação dos Produtores de Queijo Canastra
Produto: Queijo
Data do Registro: 13/03/2012
Delimitação: Compreende os municípios de Piumhi, Vargem Bonita, São Roque de Minas, Medeiros, Bambui, Tapirai e Delfinópolis, com uma área total de 7.452 Km².

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