IG – Espírito Santo (pimenta-do-reino)

IG – Espírito Santo (pimenta-do-reino)

Atividade essencial para a agricultura familiar no Espírito Santo, o cultivo da pimenta-do-reino, coloca o estado como um dos maiores produtores da cultura no país, tendo colheitas de mais de 60 mil toneladas

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação.18 de novembro de 2022


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Pimenta-do-reino
Plantação
Pimenta-do-reino
Secagem
Pimenta-do-reino
Representação gráfica

Sobre a Indicação Geográfica

A pipericultura, cultivo da pimenta-do-reino, também conhecida como pimenta-da-Índia, começou a ser praticada por volta de 1970, quando as primeiras mudas da especiaria chegaram ao estado, vindas da Região Norte do país. Com os anos, a atividade se espalhou no Espírito Santo, levando o estado a estar entre os maiores produtores nacionais de pimenta-do-reino.

A produção da cultura, possui em sua base a agricultura familiar, realizada por uma mão de obra majoritária de jovens e mulheres. A colheita acontece ainda de forma manual, não utilizando de nenhum tipo de maquinários ou equipamentos.

A área delimitada para a Indicação Geográfica compreende o território norte do estado do Espírito Santo, ocupando os seguintes municípios: Água Doce do Norte, Águia Branca, Alto Rio Novo, Aracruz, Baixo Guandu, Barra de São Francisco, Boa Esperança, Colatina, Conceição da Barra, Ecoporanga, Governador Lindenberg, Jaguaré, Linhares, Mantenópolis, Marilândia, Montanha, Mucurici, Nova Venécia, Pancas, Pedro Canário, Pinheiros, Ponto Belo, Rio Bananal, São Domingos do Norte, São Gabriel da Palha, São Mateus, Sooretama, Vila Pavão e Vila Valério.

A região se tornou propícia para o cultivo da pimenta-do-reino, pois essa se desenvolve bem em climas quentes e úmidos, com temperaturas que variam entre 23ºC e 38ºC, umidade relativa entre 70% e 88% e altitudes de até 500m. O norte do estado, área menos chuvosa, concentra todas as características citadas e condições de solo favoráveis.

O produto protegido da Indicação de Procedência é a pimenta-do-reino, fruto da trepadeira (Piper Nigrum L.). Ela pertence à família Piperaceae, que se origina no litoral sudeste da Índia, mais especificamente na Costa do Malabar. A pimenta é uma das especiarias mais importantes e mais utilizadas na culinária mundial, sendo usada como condimento e na indústria de carnes e conservas.

O cultivo do produto é um processo que passa por diversas etapas, iniciando com a seleção das áreas de cultivo e preparo do solo, terminando com armazenagem e comercialização.

Com uma produção de mais de 60 mil toneladas, a indicação geográfica, em 2020, exportou a sua pimenta para mais de 65 países nos 5 continentes. Dentre os países importadores estavam Itália, Alemanha, Portugal, Índia e Vietnã.

A renda gerada com esse comércio é muito importante para a região e os moradores, especialmente se considerarmos que o cultivo da pimenta-do-reino é uma atividade tipicamente da agricultura familiar.

Associação dos Pipericultores do Espírito Santo
Endereço: R Pernambuco, 370 | Bairro: Boa Vista | Cidade: São Mateus | CEP: 29931-230
Telefone: +55 (27) 8808-5728

Dados Técnicos

Número: BR402021000006-2
Indicação Geográfica: Espírito Santo
UF: Espírito Santo
Requerente: Associação dos Pipericultores do Espírito Santo
Produto: Pimenta-do-reino
Data do Registro: 08/11/2022
Delimitação: A área geográfica delimitada para a produção compreende o território do norte do estado do Espírito Santo. Neste território estão definidos os seguintes municípios: Água Doce do Norte, Águia Branca, Alto Rio Novo, Aracruz, Baixo Guandu, Barra de São Francisco, Boa Esperança, Colatina, Conceição da Barra, Ecoporanga, Governador Lindenberg, Jaguaré, Linhares, Mantenópolis, Marilândia, Montanha, Mucurici, Nova Venécia, Pancas, Pedro Canário, Pinheiros, Ponto Belo, Rio Bananal, São Domingos do Norte, São Gabriel da Palha, São Mateus, Sooretama, Vila Pavão e Vila Valério.

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IG – Região de Corupá

IG – Região de Corupá

A Região de Corupá é conhecida histórica e qualitativamente pela produção de bananas há mais de 150 anos. O diferencial da banana produzida nessa região é o sabor: doce por natureza.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 19 de Outubro de 2018


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Banana de Corupá.
Vista da região.
Cachos de banana.
Casa da região.
Vista do bairro.
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A Denominação de Origem da banana da Região de Corupá possui uma área de 857,3 km2 distribuídos pelos municípios catarinenses de Schroeder, Jaraguá do Sul, Corupá e São Bento do Sul.

São várias famílias rurais que se beneficiam da produção num ambiente que é único e inigualável, não só pelas peculiaridades de clima e de relevo, mas também pelo saber-fazer, pelas tradições e culturas locais.

O fruto banana, reconhecido para a Denominação de Origem Região de Corupá, compreende todas as variedades de banana do subgrupo “Cavendish” (popularmente conhecida como Nanicão).

As bananas produzidas na Região de Corupá são caracterizadas por um sabor doce mais pronunciado, sendo esse um dos aspectos mais importantes nos atributos sensoriais reconhecidos pelos consumidores.

O manejo integrado na região é favorecido pelas condições edafoclimáticas locais. A cultura da banana chega a receber até dez vezes menos aplicações de produtos químicos que em outras regiões produtoras. O diferencial da banana produzida na Região de Corupá é o sabor: “doce por natureza”, que também é atribuído pelas condições locais, que fazem com que o tempo necessário para a produção de um cacho de bananas seja maior quando comparado às demais regiões produtoras. Como consequência, ocorre maior acúmulo e transformação dos açúcares e ácidos naturais das frutas, resultando em bananas mais aromáticas e saborosas.

Os frutos produzidos em Corupá apresentam menor acidez e maior relação açúcar-acidez (SST/AAT). As oscilações ao longo dos meses mostram que os frutos sofrem grandes interferências do ambiente em que são produzidas, possivelmente devido às temperaturas baixas e aos índices de radiação solar durante o inverno e início da primavera

As frutas produzidas na Região de Corupá apresentam maior teor de K, Ca e Mn, e menores teores de Mg. Essa composição mineral, possivelmente, está associada às características qualitativas das frutas produzidas nesta região.

A qualidade “doce por natureza” é conferida pelas características geo-edafo-climáticas encontradas na área demarcada da Denominação de Origem Região de Corupá, principalmente pela formação geológica e climática dessa região.

No conhecimento popular, a área delimitada de abrangência da Região de Corupá é definida pelas montanhas e vale, delimitada naturalmente pela cadeia contínua de montanhas com produção de banana até a altitude de 600 metros, montanhas que formam as nascentes do Rio ltapocú nos município que integram a região, e são interrompidas na fronteira dos municípios de Jaraguá do Sul e Schroeder com Guaramirim, a jusante do Rio ltapocú, onde se encontra a entrada do “vale” para a Região Corupá.

O sistema produtivo da banana na área geográfica da Denominação de Origem Região de Corupá é estabelecido pelas etapas e critérios descritos no Caderno de Campo do produtor. Ele se aplica a todas as etapas de produção da banana e seus derivados isoladamente ou consolidadas, de acordo com as atividades exercidas pelo produtor, sejam elas: produção da banana, colheita e pós-colheita, armazenagem e climatização, agroindustrialização, distribuição e comercialização.

A banana da Região de Corupá potencializa os recursos humanos existentes, gerando postos de trabalho, contribuindo para a subsistência de inúmeras famílias que veem na bananicultura uma importante fonte de rendimento, melhorando a qualidade de vida das populações e fixando-as no meio rural.

A Denominação de Origem Região de Corupá é uma extraordinária mais-valia para a região e populações que trabalham dia-a-dia no setor, como: o incentivo à produção integrada e mais sustentável; a proteção do nome contra imitações e utilizações indevidas; estratégias de promoção e de mercado deste produto diferenciado em nome da região; o melhoramento do rendimento dos agricultores; a fixação da população rural; e uma proximidade aos consumidores, fornecendo-lhes informações relativas às características específicas dos produtos.

Associação dos Bananicultores da Região de Corupá – ASBANCO
Endereço: R. Agostinho Oliari, 181 – João Tozini | Cidade: Corupá/SC | CEP: 89.278-000
E-mail: eliane@asbanco.com.br

Dados Técnicos

Número: BR412016000003-6
Indicação Geográfica: Região de Corupá
UF: Santa Catarina
Requerente: FEMAP – Associação dos Bananicultores da Região de Corupá – ASBANCO
Produtos: Banana
Data do Registro: 28/08/2018
Delimitação: Compreende parte dos municípios de Schroeder, Jaraguá do Sul, Corupá e São Bento do Sul.

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IG – Região da Própolis Verde

IG – Região da Própolis Verde de Minas Gerais

A própolis verde produzida em Minas Gerais é reconhecida mundialmente por suas propriedades medicinais. As características do ambiente e da florada propiciam uma coloração diferenciada e fazem desse produto único no mundo.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 04 de Setembro de 2018


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Abelha da região.
Abelhas na colméia.
Processo produtivo da indicação geográfica.
Apicultores e colméias.
Colméia de própolis verde.
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

As características topográficas do estado de Minas Gerais conferem à região altitudes elevadas, oscilando de 900 a 1500 metros. O clima predominante no estado é o tropical de altitude, com estações bem definidas, sendo o inverno seco e o verão chuvoso.

As regiões que apresentam produção de própolis verde apresentam solo ácido, com ph variando de 4 a 5,8 e altos teores de ferro, estando presentes em regiões com exploração de minério de ferro. Essa produção é mais presente nas áreas Sul, Centro Oeste e Leste do estado, distribuída em 102 municípios mineiros.

As características topográficas do estado de Minas Gerais conferem à região altitudes elevadas, oscilando de 900 a 1500 metros. O clima predominante no estado é o tropical de altitude, com estações bem definidas, sendo o inverno seco e o verão chuvoso.

As regiões que apresentam produção de própolis verde apresentam solo ácido, com ph variando de 4 a 5,8 e altos teores de ferro, estando presentes em regiões com exploração de minério de ferro. Essa produção é mais presente nas áreas Sul, Centro Oeste e Leste do estado, distribuída em 102 municípios mineiros.

Segundo estudo da Fundação Ezequiel Dias, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), a espécie Baccharis dracunculifolia (alecrim do campo) é a principal fonte de resina para abelhas no estado de Minas Gerais e possui os mesmos marcadores botânicos (tricomas glandulares, tricomas tectores e fragmentos de epiderme) utilizados para a determinação da origem botânica da própolis verde, localizados em seus ápices vegetativos.

Pesquisadores também observaram que o período no qual as abelhas mais coletam essa resina da espécie Baccharis dracunculifolia é o mesmo período da colheita da própolis verde em Minas Gerais. Os solos das regiões mineiras produtoras de própolis verde apresentam um perfil diferenciado, caracterizados pela maior presença de ferro, manganês, cobre, elevada acidez e pouco cálcio e magnésio.

A cor esverdeada da própolis tem relação com a presença da espécie Baccharis dracunculifolia, popularmente conhecida como alecrim do campo. A cor da própolis após retirada da colmeia é verde reluzente para aquelas refrigeradas até oito dias ou verde amarronzada por fora e reluzente por dentro para aquelas refrigeradas até um ano.

Em Minas Gerais, há predominância de abelhas africanizadas da espécie Apis mellifera, que se adaptaram melhor às condições climáticas do Brasil do que outras espécies. É autorizado a alimentação das abelhas com alimentos energéticos, como xarope de açúcar e melado. As colmeias devem apresentar uma distância mínima de 5 km de indústrias, áreas urbanas, rodovias e áreas agrícolas que apresentem o uso de agrotóxicos.

O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) instituiu a denominação de origem Própolis Verde de Minas Gerais, por meio da portaria nº 1.138/2011, considerando esse ativo como indicador de preferência no mercado nacional e internacional e considerando também os diversos estudos científicos realizados sobre a própolis verde produzida em Minas Gerais.

Federação Mineira de Apicultura – FEMAP
Endereço: Rua Rua Hudson, 449 – Jardim Canadá | Cidade: Nova Lima/MG | CEP: 34.000-000
Telefone: +55 (31) 3581-8555 | Site: www.femapmg.com.br

Dados Técnicos

Número: BR412013000005-4
Indicação Geográfica: Região da Própolis Verde de Minas Gerais
UF: Minas Gerais
Requerente: FEMAP – Federação Mineira de Apicultura
Produtos: Própolis verde
Data do Registro: 06/09/2016
Delimitação: A região delimitada “Região da Própolis Verde de Minas Gerais” está compreendida entre as coordenadas 42º50’24”W a 47º24’10”W de longitude e 18º14’02”S a 22º51’18”S de latitude, e é composta por cento e dois municípios conforme anexo único da portaria IMA nº 1603, de 18 de abril de 2016.

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IG – Maués

IG – Maués

Conhecido como a terra do guaraná, Maués ganhou notoriedade mantendo o processo produtivo tradicional e a produção familiar. Nativo da região amazônica, o guaraná encontrou em Maués o lugar ideal para seu plantio e desenvolvimento.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 10 de Agosto de 2018


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Guaraná de Maués.
 Estufa.
 Mudas de guaraná.
 Semente do guaraná.
 Semente descascada.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

Os primeiros habitantes de Maués consistiam nos índios das tribos mundurucus e maués (mawé), que já plantavam o guaraná e utilizavam a bebida para fins medicinais. Na linguagem tupi, Mauuêu se traduz como papagaio curioso, falante ou inteligente. O nome foi adaptado para à língua portuguesa e assim hoje é conhecido como Maués.

Os portugueses chegaram na região por volta de 1639, mas somente em 1892 que foi criado o município de Maués, por meio de lei estadual. A agricultura sempre predominou como atividade econômica na região, principalmente com o guaraná. Em 1963, a empresa Antarctica se instalou na região com uma fábrica de extração de incenso do guaraná.

O cultivo do guaraná no município se intensificou na década de 1980 aliado a chegada de imigrantes de diversas partes do Brasil e do mundo, e assim propiciou um maior desenvolvimento econômico e atração de turistas. Até essa década, o guaraná de Maués correspondia a quase 90% da produção nacional.

Maués está localizado na parte leste do estado do Amazonas, na divisa com o estado do Pará, na margem direita do rio Maués-Açú. A área do município é de aproximadamente 40.000 km², compreendendo 93 comunidades cadastradas no IBGE. O clima é caracterizado por ser tropical chuvoso, ideal para o plantio do guaraná.

O município também é reconhecido pelas suas belezas naturais, como as praias que surgem na época da estiagem, o encontro das águas dos rios Maués-Açú e Urariá, a Floresta Estadual de Maués, a Floresta Nacional do Pau Rosa, o Parque Nacional do Jurena, cachoeiras, grutas, dentre outros.

O guaraná é nativo da floresta amazônica. A palavra vem do termo indígena waraná, que significa árvore que sobe em outra. Consiste em arbusto semi-erecto e lenhoso que se acopla a árvores de grande porte.

O guaraná cultivado em Maués apresenta maior teor de cafeína, entre 3 a 5%. Essa característica fez com a bebida se tornasse conhecida pelos indígenas como “elixir de longa vida”. Atualmente, o principal subproduto do guaraná é a produção de refrigerantes, mas também é transformado em xarope, cosméticos e fármacos.

O guaraná de Maués representa um produto da biodiversidade brasileira e que faz parte de uma tradição iniciada pelas tribos indígenas e mantida até hoje por famílias de produtores. A região já foi responsável por quase toda a produção de guaraná no Brasil, hoje se diferencia no mercado pela sua qualidade e origem.

Associação dos Produtores de Guaraná da Indicação Geográfica de Maués
Endereço: Estrada dos Moraes, km 01, s nº | Cidade: Maués/AM
Telefone: +55 (92) 99367-1924 | E-mail: igguaranademaues@gmail.com

Dados Técnicos

Número: BR402015000001-0
Indicação Geográfica: Maués
UF: Amazonas
Requerente: Associação dos Produtores de Guaraná́ da Indicação Geográfica de Maués
Produto: Guaraná
Data do Registro: 16/01/2018
Delimitação: A área delimitada pela Indicação Geográfica Maués corresponde à área circunscrita na região do município de Maués, no Estado do Amazonas, excetuando-se a área da Terra Indígena Andirá́-Maraú, localizada na porção nordeste do Município.

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IG – Paraty

IG – Paraty

A cachaça de Paraty é produzida desde o século XVII, e sua história se confunde com a história do Brasil Colônia e do Brasil Império. No século XVIII, já era exportada para a Europa, como aperitivo, e também utilizada como moeda forte para a compra de escravos. Paraty guarda reminiscências da história do Brasil e de uma das maiores especialidades nacionais.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 30 de Janeiro de 2024


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Cachaça armazenada em barris.
 Vista da cidade Paraty.
 Cidade de Paraty.
 Vista do porto em Paraty.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A história da cachaça e a de Paraty se confundem de tal maneira que é praticamente impossível falar de uma sem se referir à outra. A partir do início do século XVIII, com a prospecção do ouro em Minas Gerais, Paraty dispunha do único caminho de ligação do Rio de Janeiro às minas e se transformou num dos mais importantes portos do Brasil Colônia. Em 1805, Paraty já produzia aproximadamente 1.200 litros de cachaça. Em 1808, a vinda da família real para o Brasil impulsionou o comércio entre Paraty e o Rio de Janeiro. Em 1820, havia em Paraty 12 engenhos de açúcar e mais de 150 alambiques, com uma população aproximada de 16 mil habitantes.

Após a abertura da estrada de ferro D. Pedro II, em 1870, e com a promulgação da Lei Áurea, em 1888, a produção de açúcar e cachaça em Paraty entrou em declínio. Dos mais de 150 engenhos existentes no século XIX, apenas três permaneceram ativos ao final do século XX. O século de abandono fez com que ficasse preservada toda a Vila de Paraty, como se o tempo ali tivesse parado. Um presente aos turistas e à história do Brasil.

O clima e o solo de Paraty são considerados ideais para a plantação de cana-de-açúcar. Sua geografia acidentada e seus numerosos rios facilitaram a construção de rodas d’água, indispensáveis para a moagem, em grande escala, da cana-de-açúcar. Esses elementos transformaram Paraty no maior centro produtor da bebida durante os períodos colonial e imperial. A Baía de Paraty constitui unidade geográfica e cultural singular. A área delimitada da Indicação de Procedência possui coordenadas extremas, limitando-se por serras ao norte, oeste e leste, e pelo Oceano Atlântico ao sul. A riqueza ambiental é tamanha que na área há um Parque Nacional, uma Reserva Ecológica e uma Área de Proteção Ambiental. A área total da Denominação de Origem da cachaça de Paraty é de aproximadamente 90 mil hectares.

A cachaça de Paraty obedece a uma normativatécnica rígida, com produção artesanal, familiar, limites máximos de produção estabelecidos e uma tradição secular, controlados pelo Conselho Regulador da Associação dos Amigos e Produtores da Cachaça de Paraty (APACAP).

Toda a cana-de-açúcar é produzida em áreas agrícolas, respeitando os requisitos ambientais e sociais. Os produtos da Denominação de Origem são a cachaça, a cachaça envelhecida, a cachaça Premium e a aguardente da cana composta azulada.

A Indicação Geográfica Paraty para cachaça foi um projeto de resgate a uma das mais tradicionais produções do País. A produção de cachaça em Paraty entrou em declínio, quase desaparecendo. Um grupo de produtores locais, motivados pela história da cachaça em Paraty, iniciou um processo de resgate da produção, fundando também a Associação dos Produtores e Amigos da Cachaça de Paraty. Atualmente, os produtores vendem praticamente toda a sua produção aos turistas que visitam Paraty, e trabalham num processo de proteção ao nome Paraty contra o uso indevido por produtores de fora da área delimitada.

Associação dos Produtores e Amigos da Cachaça Artesanal de Paraty – APACAP
Endereço: Avenida Roberto Silveira SN, Loja 4, Shopping Paraty, Centro | Cidade: Paraty/RJ | CEP: 23.970-000
Telefone: +55 (24) 2122-0632 | Site:www.apacap.com.br/ | E-mail: contato@apacap.com.br

Dados Técnicos

Número: IG200602
Indicação Geográfica: Paraty
UF: Rio de Janeiro
Requerente: Associação de Produtores e Amigos da Cachaça Artesanal de Paraty
Produto: Aguardentes, tipo cachaça e aguardente composta azulada
Data do Registro: 10/07/2007
Delimitação: A delimitação está compreendida no município de Paraty, com uma área total de 700 Km².

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IG – Pelotas

IG – Pelotas

Os doces de Pelotas surgem da estreita ligação cultural entre Portugal e o Brasil, onde os imigrantes europeus trouxeram receitas de doces finos de confeitaria e de frutas, que aqui se “aculturaram”. Os doces de Pelotas passaram a ser parte da economia e tradição local, e que hoje fazem parte da identidade da cidade e das heranças de sua população.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 18 de Julho de 2018


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Trouxas de Amendoa.
 Quindim.
 Pastel de Santa Clara.
 Doce de Pelotas.
 Flores da Região Pelotas.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A cidade de Pelotas teve sua economia baseada no charque, sendo grande fornecedora deste produto para todo o País e também o exportando para a Europa. Esta intensa interação com os europeus fez com que muitos hábitos daquele continente fossem introduzidos na população local, como por exemplo, por volta de 1860, iniciou a produção dos tradicionais doces de confeitaria, originários de Portugal. Já a produção dos doces de frutas é uma tradição e conhecimento trazidos pelos imigrantes alemães, que foram fixados na zona rural de Pelotas. Os doces finos de confeitaria e os doces de frutas de Pelotas fazem parte da tradição local, sendo reconhecidos nacionalmente com uma especialidade gastronômica.

Localizado na região sul do Rio Grande do Sul, Pelotas é um município muito antigo, com um acervo arquitetônico belíssimo, onde casarões e sobrados de estilo português remontam a rica época do ciclo do charque, onde os doces tradicionais de confeitaria eram servidos nos banquetes oferecidos pelos barões do charque. Com clima subtropical úmido ou temperado, a cidade possui uma hidrografia bem diversa e abundante, conferindo uma elevada umidade relativa do ar o ano todo. Sua temperatura média é de 17.5°C, sendo que em seu período mais quente (janeiro) essa média sobe para 23°C. Esse clima possibilitou a maior produção de pêssegos para a indústria de conservas do País.

Nenhum doce tradicional de confeitaria de Pelotas utiliza leite condensado. A base das receitas destes produtos, vindas de Portugal, foi mantida, com base de ovos e açúcar. As transformações ocorridas no decorrer do tempo agregaram ainda mais qualidade e valor aos produtos. Seus doces não são requintados e o método de preparo e os cuidados herdados desde a produção na Europa fazem com que esses produtos sejam considerados joias a serem apreciadas pelos mais apurados paladares. Na Indicação de Procedência de Pelotas está autorizada a produção dos seguintes doces: Bem casado, Quindim, Ninho, Camafeu, Olho-de-sogra, Pastel de Santa Clara, Papo de Anjo, Fatias de Braga, Trouxas de Ovos, Queijadinha, Broinha de Coco, Beijinho de Coco, Amanteigado, doces cristalizados de frutas.

O combate ao uso indevido do nome Pelotas para a produção de doces foi um dos principais benefícios que a Indicação Geográfica gerou para as doceiras de Pelotas, pois este é, sem dúvida, um dos nomes de territórios vinculados a um produto mais usurpados no País. Também se busca a agregação de valor em um produto tradicional e artesanal, vinculado à gastronomia nacional. O fortalecimento do turismo na região foi alcançado, principalmente durante a Feira Nacional do Doce – Fenadoce, que acontece desde 1986, na qual são atraídos milhares de turistas dos mais variados lugares. Toda essa produção surge como uma forma de fortalecer pequenos produtores locais e valorizar a herança cultural dos antigos doces caseiros. O consumidor também ganha, com um produto cada vez mais qualificado e com garantia de origem.

Associação dos Produtores de Doces de Pelotas
Endereço: Rua Sete de Setembro, 274, sala 110, centro | Cidade: Pelotas / RS | CEP: 96.015-000
Telefone: +55 (53) 3028-1541 | Site: www.docesdepelotas.org.br | E-mail: atendimento@docesdepelotas.org.br

Dados Técnicos

Número: IG200901
Indicação Geográfica: Pelotas
UF: Rio Grande do Sul
Requerente: Associação dos Produtores de Doces de Pelotas
Produto: Doces finos tradicionais e de confeitaria
Data do Registro: 30/08/2011
Delimitação: Incluem os limites políticos dos municípios de Arroio do Padre, Capão do Leão, Morro Redondo, Pelotas, São Lourenço do Sul e Turuçu, no Rio Grande do Sul.

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IG – Vale do Submédio São Francisco

IG – Vale do Submédio São Francisco

A elevada qualidade de uvas de mesa e mangas do Vale do Submédio São Francisco se deve às características únicas de seu terroir. Os fatores do meio geográfico combinados com o manejo e alta tecnologia asseguram níveis de produtividade e qualidades únicas às frutas desta região. A coloração intensa e o sabor das uvas e mangas é o destaque que conta como preferência dos consumidores nacionais e internacionais.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 17 de Abril de 2018


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Mangueira do Vale do Submédio.
 Mangas da indicação.
 Mangas coletadas para consumo.
 Vinícola da indicação geográfica.
 Cacho de uvas.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

Desde que nasce no estado de Minas Gerais até chegar ao Oceano Atlântico, o rio São Francisco, também conhecido como Velho Chico, percorre 3.160 quilômetros de terras castigadas por secas periódicas, trajetória longa e sinuosa que corta seis estados brasileiros.

A partir da visão de lideranças locais e apoio dos governos, foram construídas estruturas que desviam parte da vazante do rio para a irrigação de milhares de hectares de frutas do Vale do Submédio São Francisco. Graças a essa iniciativa, a região se tornou um polo produtor de frutas reconhecido mundialmente.

Há décadas, tem-se ciência da importância do Velho Chico para a mais castigada das regiões brasileiras, tanto que a Constituição de 1946 determinou a criação de um órgão federal para promover o desenvolvimento do Vale do São Francisco. Em 1948, foi criada a então Comissão do Vale do São Francisco (CDVS). Anos mais tarde, a CVSF foi transformada em Superintendência do Vale do São Francisco e, mais recentemente, em Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (CODEVASF).

O Vale do Submédio São Francisco está localizado na região sertaneja no semiárido do Nordeste do Brasil, a oeste do estado de Pernambuco e norte do estado da Bahia. A temperatura média da região gira em torno de 26°C, com uma umidade relativa média de 50% e precipitação anual média de 450 mm. A insolação anual de 3 mil horas, correspondentes a 300 dias de sol, é um diferencial para a produção de frutas.

As águas do rio São Francisco irrigam uma área de 110 mil hectares. O controle de irrigação permite que a região colha 2,5 safras por ano com alta produtividade. O polo de fruticultura da região do Vale do Submédio São Francisco responde por um terço das exportações de frutas brasileiras.

A região destaca-se por desenvolver o cultivo mais tecnificado de uvas de mesa e mangas do Brasil, assegurando a qualidade das frutas, além da aplicação de procedimentos técnicos coerentes com o respeito ao ambiente, à saúde e à segurança dos trabalhadores e à saúde do consumidor. Para receberem o registro da Indicação de Procedência, as frutas devem ser produzidas em propriedades certificadas GLOBALGAP, TESCO, Produção Integrada de Frutas (PI) ou outra certificação que siga os princípios das boas práticas agrícolas. A região responde por aproximadamente 95% da exportação brasileira dessas frutas.

A proteção do nome do Vale do Submédio São Francisco, que tem sido usurpado por outros produtores de frutas de fora dessa região, visa a garantia ao consumidor da origem do produto. A UNIVALE também garante a qualidade das frutas, de acordo com padrões definidos pelos compradores e certificações internacionais.

Conselho da União das Associações e Cooperativas dos Produtores de Uvas de Mesa e Mangas do Vale do Submédio São Francisco – UNIVALE
Endereço: Rodovia BR 235 km 14, sala 2, s/no – Zona Rural | Cidade: Petrolina/PE | CEP: 56302-970
Telefone: +55 (87) 3863-6000 | E-mail: secretaria@valexport.com.br

Dados Técnicos

Número: IG200701
Indicação Geográfica: Vale do Submédio São Francisco
UF: BA/PE
Requerente: Conselho da União das Associações e Cooperativas dos Produtores de Uvas de Mesa e Mangas do Vale do Submédio São Francisco
Produto: Uvas de Mesa e Manga
Data do Registro: 07/07/2009
Delimitação: O vale do Submédio São Francisco localiza-se na região sertaneja no oeste do estado de Pernambuco e norte do estado da Bahia, com uma área de 125.755 km², abrangendo municípios dos dois estados.

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IG – Serro

IG – Serro

O município do Serro está ligado à história do Brasil Colônia, sendo o seu centro urbano um significativo conjunto arquitetônico deste período, que por sua excepcionalidade mereceu o primeiro tombamento de caráter nacional no Brasil. Nesta região montanhosa, tradicional produtora de ouro e diamantes, e que faz parte da Estrada Real, se produz uma especialidade mineira: o famoso queijo do Serro.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 17 de Abril de 2018


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Queijo do Serro.
Processo de produção do queijo.
Fabricação do queijo do Serro.
Queijo fabricado.
Processo de produção.
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A região do Serro teve a tradição da produção do queijo introduzida pelos colonizadores portugueses, oriundos da região da Serra da Estrela, há mais de dois séculos, quando se formaram as primeiras fazendas de gado na região para dar suporte à promissora exploração do ouro e diamante.

Com a decadência do ciclo do ouro, o município do Serro intensificou sua atividade agropecuária e no momento de expansão o queijo foi o produto que garantiu divisas para a região, por sua qualidade e volume de vendas. A partir de então, o queijo do Serro consagrou-se como símbolo de representação de identidade cultural pelo peculiar sabor e modo de produção.

Na região do Serro, o queijo é mais que um bom produto, é uma herança que passa de pai para filho. Produzir um bom queijo do Serro faz parte da tradição e consiste em motivo de orgulho regional.

Situada no centro-nordeste de Minas Gerais, na região central da Serra do Espinhaço, a região produtora do queijo do Serro é formada pelos municípios de Alvorada de Minas, Conceição do Mato Dentro, Dom Joaquim, Materlândia, Paulistas, Rio Vermelho, Sabinópolis, Santo Antonio do Itambé, Serra Azul de Minas e Serro.

O clima é tropical de altitude, com chuvas bem distribuídas entre os meses de setembro a março. A altitude varia entre 600 a 1.200 m, sendo que 67% da área delimitada é montanhosa.

A altitude, as condições geomorfológicas e edáficas, e as características microclimáticas locais propiciaram o aparecimento de pastagens naturais típicas dos campos de altitude, dieta base das vacas leiteiras da região.

De cor branca amarelada, cilíndrico, com peso entre 700 a 1000 gramas, o queijo do Serro é um produto especial, com características únicas. É o resultado de um processo artesanal de produção, a partir do leite cru e integral de vaca, produzido numa região onde um conjunto de fatores de solo, relevo, clima e vegetação contribuem diretamente no grupo de bactérias que proporcionam o sabor especial ao queijo.

A região do Serro possui atualmente 98 produtores cadastrados pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), no Programa Queijo Minas Artesanal.

O reconhecimento do queijo do Serro como Indicação de Procedência, além de garantir o reconhecimento da origem desta especialidade, deverá agregar valor ao queijo, além de potencializar o turismo urbano e rural regional.

A garantia deste saber-fazer pelos produtores locais é parte importante dos benefícios gerados pela Indicação de Procedência e garantirá a perpetuação desta tradição gastronômica mineira e nacional.

Associação dos Produtores Artesanais do Queijo do Serro – APAQS
Endereço: Provisioriamente junto ao Sindicato dos Produtores Rurais de Serro na Praça Angelo Miranda, 108 – Centro
Cidade: Serro/MG | CEP: 39.150-000
Telefone: +55 (38) 3541-1281 | E-mail: apaqs_serro@yahoo.com.br

Dados Técnicos

Número: IG201001
Indicação Geográfica: Serro
UF: Minas Gerais
Requerente: Associação dos Produtores Artesanais do Queijo do Serro
Produto: Queijo
Data do Registro: 13/12/2011
Delimitação: Compreende os municípios de Alvorada de Minas, Conceição do Mato Dentro, Dom Joaquim, Materlândia, Paulistas, Rio Vermelho, Sabinópolis, Santo Antônio de Itambé, Serra Azul de Minas e Serro.

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IG – São Tiago

IG – São Tiago

Desde o século XIX, há o reconhecimento do valor cultural do biscoito em São Tiago. Fazer biscoitos em São Tiago é recordar gerações, é fazer o que sempre se fez, é voltar ao passado. Da simples atividade de se fazer o biscoito, se estabeleceu uma tradição local. A confecção do biscoito artesanal deu continuidade a essa herança deixada à cidade.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 17 de Abril de 2018


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Biscoitos de São Tiago.
 Produto da indicação geográfica.
 Processo produtivo da indicação.
 Biscoitos com chocolate.
 Lanche com produtos da indicação geográfica.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A origem do biscoito aparece em conjunto com a povoação de São Tiago. Conta-se que a cidade foi povoada, em 1708, quando bandeirantes espanhóis seguiam as margens dos Rios da Morte e dos Peixes.

A construção do arraial por estrangeiros deixou marcas europeias. Aqui se destaca, de uma maneira muito especial, os legados referentes às receitas, que ainda hoje são encontradas. São Tiago era ponto de parada, localizada em uma das comarcas mais promissoras de Minas Gerais.

Os tropeiros, aqueles que conduziam as bestas de cargas com mantimentos para serem comercializados nas cidades, eram recepcionados especialmente com esses biscoitos quando vinham, e levavam considerável quantidade quando se iam.

Na década de 1990, a fabricação de biscoito em São Tiago ultrapassa as cozinhas, com a abertura de diversas padarias. A realidade começa a ser transformada. Aos poucos, o biscoito feito à mão, ainda de modo artesanal, alcança as cidades vizinhas. Hoje, São Tiago é reconhecida como a cidade do biscoito.

Localizada no interior de Minas Gerais, São Tiago é a terra dos biscoitos. A festa do “Café com Biscoito” criada pela própria população, que perdura por anos e anos, é a concretização desta tradição.

No mês de setembro, ocorre o tradicional evento na Praça da Matriz. Com a presença dos artesões, das famílias, dos grandes fabricantes de biscoitos, toda a cidade se concentra nessa comemoração, presenteando amigos e parentes com os deliciosos biscoitos artesanais de São Tiago. Os visitantes degustam biscoitos juntamente com o café, saboreando o melhor da cidade.

Com a instituição da Parada do Café-com-Biscoito, retomando as paradas dos tropeiros, São Tiago alcança objetivos culturais e econômicos, resgatando as suas tradições, fortalecendo seus valores locais e atraindo um numero expressivo de turistas e visitantes.

A receita é simples: os biscoitos são obtidos através do amassamento e cozimento conveniente de massa preparada com farinhas, amidos, féculas fermentadas ou não, e outras substâncias alimentícias. Mas, o ingrediente secreto, está no seio de cada família são-tiaguense, a sua forma tradicional de fazer biscoitos artesanais, que é passada de geração a geração. São encontrados mais de 20 tipos de biscoitos artesanais nas padarias de São Tiago.

Atualmente São Tiago tem quase 40 fábricas que produzem uma grande variedade de biscoitos, doces e salgados. A economia da cidade hoje está totalmente baseada nas fábricas e padarias, direta ou indiretamente, com a venda dos produtos. O setor terciário é o grande sustento, colaborando com 51%. Segundo os moradores da cidade, “só não trabalha quem quer”, devido ao crescimento e numerosa venda dos populares biscoitos de São Tiago. O pico da produção ocorre entre julho e agosto, e atinge cerca de 15 mil toneladas.

Associação São-Tiaguense dos Produtores de Biscoitos – ASSABISCOITO
Endereço: Praça Ministro Gabriel Passos, s/nº | Cidade: São Tiago/MG | CEP: 36.350-000
Telefone: +55 (32) 3376-1636 | Site: assabiscoito.blogspot.com | E-mail: assabiscoito@outlook.com

Dados Técnicos

Número: 201104
Indicação Geográfica: São Tiago
UF: Minas Gerais
Requerente: Associação São- Tiaguense dos Produtores de Biscoito
Produto: Biscoitos
Data do Registro: 05/02/2013
Delimitação: A área delimitada coincide exatamente com a área do município de São Tiago.

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IG – Região de Pinhal

IG – Região de Pinhal

A cafeicultura da região de Pinhal constituiu em um dos pilares do desenvolvimento econômico da região e do Brasil, sendo referência do trabalho livre e de melhoria da qualidade de vida para a população local.

Este assunto é de responsabilidade da unidade de Inovação.4 de Setembro de 2018


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Passagem entre a plantação.
Café da região.
Vista da indicação geográfica.
Grãos de café ao sol.
Flor.
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A história da cafeicultura da região se inicia em 1850. O desenvolvimento da região ocorreu concomitantemente ao desenvolvimento da cafeicultura. Em 1881, foi criada por meio da Lei nº 62 a Comarca do Espírito Santo do Pinhal e, em 1883, elevada a à categoria de cidade. Todo esse processo de transformação política de Espírito Santo do Pinhal estava atrelado à riqueza acumulada com a cafeicultura e foi liderado pela elite cafeicultora.

Apesar de haver uma produção baseada na escravidão nesse período no Brasil, desde 1867, a Colônia de Nova Lousã, em Espírito Santo do Pinhal, se destacou e constitui objeto de estudo de historiadores pela sua experiência com o trabalho livre. Foi tamanho o sucesso da colônia, que recebeu ilustres visitas, inclusive o Imperador D. Pedro II, em 1878.

A cafeicultura significou desenvolvimento e progresso para a região, uma vez que os recursos oriundos da cafeicultura eram investidos em outros setores da economia, como foi o caso da construção da ferrovia, inaugurada em 1889. A melhora no transporte constitui um marco para a região e possibilitou melhoria na cidade, facilidade da circulação de notícias e contribuiu para o aumento da produção de café.

A Região Mogiana pode ser subdivida com base na característica de produção; organização política e associativista dos produtores de café; relevo, aspectos históricos; perfil da bebida; em três áreas: baixa, média e alta. A Região da Mogiana de Pinhal corresponde à média Mogiana, que abrange 16 municípios, totalizando 43.992 ha de cafezais do tipo arábica, situada na face paulista da Serra da Mantiqueira, com altitudes que variam de 800 a 1.100 metros.

A região é caracterizada pela cafeicultura de montanha com cultivos de espaçamento tradicional e sistemas de produção de perfil familiar. O clima é ameno, com temperatura média anual variando de 14°C a 21°C, e período definido de déficit hídrico, de abril a setembro.

O café da Região de Pinhal é caracterizado pelo equilíbrio entre corpo, acidez e doçura, com aroma intenso e finalização longa. Os cafés oriundos do processamento do tipo natural devem obter pontuação mínima de 75 pontos na metodologia SCAA (Associação Americana de Cafés Especiais) e aqueles oriundos do processamento do tipo cereja descascado e despolpado devem obter pontuação mínima de 80 pontos.

São utilizadas as variedades da espécie Coffea arabica, obtidas por meio da colheita manual no pano ou mecanizada. Somente será aceita a utilização da Indicação Geográfica blends com no mínimo 60% de cafés verdes da Região de Pinhal com outros cafés da espécie Coffea arabica.

Um dos pilares da Indicação Geográfica Região de Pinhal é a sustentabilidade. O Regulamento de Uso prevê a responsabilidade social, ao prever condições de segurança e qualificação aos trabalhadores da região; e também a responsabilidade ambiental, ao estabelecer a adequada destinação aos resíduos e embalagens, dentre outras disposições.

Conselho do Café da Mogiana de Pinhal – COCAMPI
Endereço: Rua Eduardo Teixeira, 120 – Centro | Cidade: Espírito Santo do Pinhal/SP | CEP: 13.990-000
Telefone: +55 (19) 3661-8181| Site: www.coopinhal.coop.br

Dados Técnicos

Número: BR402014000001-8
Indicação Geográfica: Região de Pinhal
UF: São Paulo
Requerente: Conselho do Café da Mogiana de Pinhal – COCAMPI
Produto: Café Verde e Café Torrado e Moído
Data do Registro: 19/07/2016
Delimitação: Os municípios que compõem a Região de Pinhal são Espírito Santo do Pinhal, Santo Antônio do Jardim, Aguaí, São João da Boa Vista, Água da Prata, Estiva Gerbi, Mogi Guaçu e Itapira, todos localizados no Estado de São Paulo. A região possui coordenadas extremas: Norte 21º49’6.33”S (município de Águas da Prata), Sul 22º35’9.66”S(município de Itapira), Leste 46º35’54.87”W (município de Santo Antônio do Jardim) e Oeste 47º14’31.52”W (município de Mogi Guaçu). Dentro da Região de Pinhal, o município de Espirito Santo do Pinhal é o maior produtor de café, sendo que já cultivava café em meados da década de 1980.ua área é de 394 km², a altitude da sede atinge 870 m. Encontra-se a uma latitude 22º11’00” sul e a uma longitude 46º44’00” oeste, com clima temperado, sujeito às variações moderadas; Seus limites são, ao norte com as cidades de Aguaí, São João do Boa Vista e Santo Antônio do Jardim; ao sul, com Mogi Guaçu, Itapira e Jacutinga (MG); ao leste, com Jacutinga (MG) e Santo Antônio Jardim e a oeste, com Aguaí e Mogi Guaçu. Sua distância é de 190 km da cidade de São Paulo capital do Estado. O Rio Mogi Guaçu corta o Município de Pinhal, no extremo sudeste, a partir da Fazenda Guatapará até a confluência do Rio Eleutério, que é a nossa divisa natural com o município de Itapira. Os rios do Espirito Santo do Pinhal pertencem às bacias hidrográficas do Mogi Guaçu e do Jaguari Mirim. O grande espigão central sobre o qual a cidade funcional como um dispersor de águas, que demandam as citadas bacias. A Região de Pinhal se localiza entre os contrafortes da face paulista da Serra da Mantiqueira, na parte noroeste do Estado de São Paulo e junto à fronteira estadual com Minas Gerais. Pertencem à grande morfoestrutura, conhecida por Planalto Atlântico. Neste vasto planalto, temos variações fisionômicas regionais, que possibilitam delimitar unidades geomorfológicas distintas. O relevo é composto por morros e cristas, com topos convexos, típica dos chamados “mares de morros”. As altitudes variam de leste para oeste, na divisa com o Estado de Minas Gerais estão entre 900 a 1.100 metros e, parte central, onde está a sede municipal, variam entre 800 a 900 metros. As rochas desta parte morfológica são constituídas por gnaisses e magmatitos e os solos são do tipo Cambissolos e Podzólicos vermelho-amarelado, sendo que nestes solos são comuns os afloramentos rochosos nas encostas mais inclinadas. São facilmente encontradas, ainda, grandes rochas arredondadas formadas pelas intempéries, chamadas matacões. Ao norte do Espirito Santo do Pinhal, um desses esporões recebe o nome local de Serra do Bebedouro, com altitudes que podem atingir 1.200 metros, onde esta Fazenda Santa Inês e vizinhanças. A Serra do Bebedouro serve, em alguns segmentos, de divisa estadual com Minas Gerais e, também, divisa com o município vizinho de Santo Antônio do Jardim. Ao sudeste está a Serra da Boa Vista, onde encontramos as fazendas Juventina, Floresta, Boa Vista, Funil, Guatapará e outras.

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IG – Vale dos Sinos

IG – Vale do Sinos

A produção de couro acabado no Vale do Sinos é fruto de uma rica história e do encontro entre duas culturas, a gaúcha, baseada na pecuária, e a dos imigrantes alemães, sustentada pelo cultivo em pequenas propriedades e pelo artesanato. O Vale do Sinos é a mais antiga região de curtumes, sendo a primeira Indicação Geográfica de um produto industrial no Brasil, e de couro acabado no mundo.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 17 de Abril de 2018


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Couro do Vale dos Sinos.
 Sapato em couro.
 Texturas dos couros.
 Couro da indicação geográfica.
 Textura do couro.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

Na história da indústria brasileira, o segmento de curtumes se apresenta como um caso de extrema especificidade. O segmento surgiu em função da combinação de uma série de fatores que não se repetiram em nenhum outro lugar ou época no Brasil: o encontro de mão de obra especializada livre, referente aos imigrantes alemães chegados ao Brasil, com a demanda de mercado.

Analisando a composição profissional dos grupos de imigrantes, entre os que chegaram até 1830, 60% eram artífices, sendo que destes, o ramo dos tecidos (alfaiates e tecelões) foi o mais fortemente representado, seguido de perto pelo ramo de couros (sapateiros, curtidores, seleiros). Os artesãos alemães que tinham a sabedoria de trabalhar o couro foram os grandes responsáveis pelo início da atividade coureira na região, tendo o conhecimento como grande diferencial, o que transformou a região em referência internacional na produção de couro acabado.

O crescimento do número de curtumes foi ocasionado por condições muito específicas, propiciadas pelas guerras do século XIX, que permitiram a formação de uma região geográfica caracterizada pela produção de couro. Essa especificidade foi reforçada, no século XX, pela entrada da indústria calçadista no segmento de exportação – o que levou a indústria dos curtumes, seu principal fornecedor de insumos, a passar por um processo de aperfeiçoamento.

O território Vale do Sinos compreende o que era originalmente o município de São Leopoldo, berço da colonização alemã no Rio Grande do Sul, em 1824, e que ao longo dos anos foi desmembrado em diversos municípios, o que ocorreu em função da expansão das indústrias produtoras de couro.

Hoje, o território abrange 44 municípios e tornou-se uma referência na formação de mão de obra altamente especializada, resultado da implantação das escolas técnicas, centros de pesquisa e da inteligência setorial ali gerada.

O couro acabado, que recebe o registro da Indicação de Procedência do Vale do Sinos, é fruto de uma produção industrial altamente controlada, que obedece a normas rígidas de produção. Essas normas abrangem desde o recebimento e controle da matéria-prima até qualidade do produto final, passando pelos mais rígidos controles socioambientais. O couro acabado atende a diversas finalidades, como a fabricação de calçados, acessórios, vestuário, estofamento, dentre outros, e é caracterizado por tipos de couro produzidos e acabamento aplicado sobre o mesmo.

O grande benefício buscado pelas indústrias participantes do projeto de Indicação de Procedência do couro acabado do Vale do Sinos é diferenciar o couro acabado, através de um selo de origem que garante qualidade na produção e no produto final, buscando lhe agregar valor.

A implementação do regulamento de produção com referências em normas técnicas nacionais e internacionais possibilita às indústrias a otimização do processo, trazendo maior controle e gerando ganhos de produção e qualidade. Além disso, visa a proteção e a valorização do nome Vale do Sinos no mercado nacional e internacional.

Associação das Indústrias de Curtumes do Rio Grande do Sul – AICSul
Endereço: Rua Lucas de Oliveira, 49/Sala 801 – Centro | Cidade: Novo Hamburgo/RS | CEP: 93.510-110
Telefone: +55 (51) 3273-9100 | Site: www.aicsul.com.br | E-mail: aicsul@aicsul.com.br

Dados Técnicos

Número: IG200702
Indicação Geográfica: Vale do Sinos
UF: Rio Grande do Sul
Requerente: Associação das Indústrias de Cortumes do Rio Grande do Sul
Produto: Couro acabado
Data do Registro: 19/05/2009
Delimitação: A zona de produção compreende os municípios delimitados pelos Conselhos Regionais de Desenvolvimento do Vale do Sinos, Paranhana/Encosta da Serra e Vale do Caí.

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IG – Região Pedra Cinza

IG – Região Pedra Cinza

No noroeste do estado do Rio de Janeiro, a produção da Pedra Cinza é tradicional, iniciando-se na década de 1960, e continuando até os dias de hoje, sem interrupção, e com aumento da produção e de novos usos para esse formidável material.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 31 de Julho de 2018


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Banco feito em pedra cinza.
 Pedra cinza.
 Placas denominadas “lajinhas”.
 Descrição da imagem.
 Muro feito de pedra cinza em formato de placas.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

O início da atividade da extração de rochas na Região foi no município de Santo Antônio de Pádua, no final da década de 1950 e início da década de 1960, com a lavra dos milonito-gnaisses, que receberam, primeiramente, a denominação comercial de pedra Miracema, e, mais recentemente, de Pedra Cinza. Estas rochas, de coloração cinza e textura rugosa, eram comercializadas no formato de placas brutas, sem polimento, sob a denominação de placas de curral.

Na década de 1990, quando surgiram as primeiras serrarias, as placas brutas eram transformadas em pequenas placas denominadas “lajinhas”. Ao lado de outras rochas similares, estes produtos alavancaram a atividade mineral numa região hoje considerada Arranjo Produtivo Local de base mineral pelas instituições oficiais.

A área tradicional de exploração da Pedra Cinza ocorre na Serra do Bonfim, no município de Santo Antônio de Pádua, numa faixa formada com aproximadamente 22 km, que se estende por mais 60 km, até o município de Natividade, com uma segunda faixa entre os municípios de Laje do Muriaé e Varre-Sai. A pedra para revestimentos comercializada com o nome Pedra Cinza é extraída de um ou mais corpos rochosos de forma tabular, com espessura máxima de 70 metros e extensão da ordem de dezenas de quilômetros, encaixados em rochas do Complexo Juiz de Fora.

A Pedra Cinza apresenta coloração cinza devido à matriz fina da rocha, formada por biotita e hornblenda. A sua principal característica é a presença da forte foliação milonítica. Esta foliação é o produto de intensa deformação, com recristalização dos minerais e diminuição da granulometria original da rocha, isto é, sem fusão com a rocha. É ao longo da foliação milonítica presente na Pedra Cinza que a rocha é desplacada, produzindo o material que será cortado nas serrarias para a produção das lajes e chapas.

Durante a colisão de dois paleocontinentes, há 560 milhões de anos atrás, ocorreu o alojamento e cristalização do protólito da Pedra Cinza, na base de uma espessa zona de cisalhamento, no qual rochas como a Pedra Cinza, bem como as rochas encaixantes do Complexo Juiz de Fora e os paragnaisses associados à Megassequencia Andrelândia foram transformadas em gnaisses miloníticos por meio de processos metamórficos e deformacionais, responsáveis pela geração da mineralogia atual. Esses processos ocorreram a profundidades superiores a 27 km no interior da crosta terrestre, e temperaturas acima de 600° C.

As rochas de revestimento da Pedra Cinza trazem ao setor da mineração o desenvolvimento necessário, aliado à tecnologia para exploração, com a devida preservação do meio ambiente, na medida em que se aproveitam os resíduos. Tudo isso alinhado com benefícios socioeconômicos para a comunidade envolvida.

Sindicato de Extração e Aparelhamento de Gnaisses no Noroeste do Estado do Rio de Janeiro – SINDGNAISSES
Endereço: Av. Doutor Themístocles de Almeida, nº 314 | Cidade: Santo Antônio de Pádua/RJ | CEP:28.470-000
Telefone: +55 (22) 3853-1120 | Site: www.sindgnaisses.com | E-mail: sindgnaisses@sindgnaisses.com

Dados Técnicos

Número: IG201006
Indicação Geográfica: Região Pedra Cinza Rio de Janeiro
UF: Rio de Janeiro
Requerente: Sindicato de Extração e Aparelhamento de Gnaisses no Noroeste do Estado do Rio de Janeiro
Produto: Gnaisse milonítico de coloração cinza possuindo três variedades: “olho de pombo”, “pinta rosa” e “granito fino”. Nas pedreiras é feito o desplacamento da rocha em lajes brutas de 50x50x8cm. Nas serrarias estas lajes são beneficiadas produzindo as lajinhas comercializadas.
Data do Registro: 22/05/2012
Delimitação: Engloba parte dos municípios de Santo Antonio de Pádua, Miracema, Laje do Muriaé, Itaperuna, Porciúncula, Varre-Sai, Natividade, Cambuci, São José de Uba e Aperibé, com área aproximada de 2.700 km².

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IG – Região Pedra Carijó

IG – Região Pedra Carijó Rio de Janeiro

As rochas do noroeste do estado do Rio de Janeiro são tradicionalmente empregadas nas construções, para a confecção de revestimentos, tanto internos quanto externos. As características físicas da Pedra Carijó são resultantes de uma colisão entre dois paleocontinentes, há mais de 500 milhões de anos.

Este assunto é de responsabilidade da unidade de Inovação.31 de Julho de 2018


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Rocha para extração de Pedra Carijó.
 Extração da Pedra Carijó.
 Descrição da imagem.
 Cidade do Rio de Janeiro.
 Revestimento de parede feito em pedra carijó.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

Em 1840, Frei Bento de Gênova coordenou a construção da igreja de Santo António de Pádua, na atual praça Pereira Lima. Aos poucos, os moradores passaram a chamar a localidade de Santo Antonio de Pádua, que passou de arraial a vila, e depois a cidade.

Um século depois, a trilha percorrida na mineração deixa raízes no declínio dos últimos ciclos econômicos dos arrozais e da pecuária. No final da década de 1950, a extração de rochas torna-se uma opção em função das diversas dificuldades da agricultura e criação de gado. A febre da pedra abriu pedreiras em fazenda, convertendo currais em serrarias.

A lavra da Pedra Carijó ocorre em maciços rochosos, mantendo o mesmo método de extração desde o início da sua exploração. No inicio da década de 1990, as serrarias que produziam pequenas placas denominadas “lajinhas” conquistam o mercado nacional.

A extração da Pedra Carijó está tradicionalmente vinculada à região noroeste do estado do Rio de Janeiro, sendo desenvolvida em serrarias que estão localizadas no entorno da área de ocorrência geológica da referida rocha. A área de maior extração e beneficiamento está localizada no município de Santo Antonio de Pádua, seguido por Cambuci, São Jose de Ubá e Natividade.

O sucesso da exploração da Pedra Carijó deve-se à facilidade de extração ao longo da foliação milonítica presente na rocha e também da grande extensão dos corpos rochosos, possibilitando o aproveitamento de um alto percentual do volume total desses corpos rochosos.

Geologicamente, a Pedra Carijó é classificada como um gnaisse, rocha metamórfica, apresentando composição granítica, sendo a mineralogia principal composta por Quartzo, Feldspato, Potássio, Plagioclásio e Granada com escassa Biotita, e entre outros minerais acessórios ocorrem zircão, allanita, apatita e minerais opacos.

O produto denominado Pedra Carijó apresenta três variedades: “olho de pombo”, “pinta rosa” e “granito fino”. Estes produtos são usados para revestimentos de pisos e paredes, tanto em ambientes internos quanto externos.

A singularidade da rocha da qual é extraída a Pedra Carijó está relacionada com eventos geológicos ocorridos há mais de 560 milhões de anos atrás. O desenvolvimento das principais características que a define ocorreram durante a colisão de dois paleocontinentes, o São Francisco e o Arco Magmático do Rio Negro, pertencente à microplaca Serra do Mar, resultando na formação do paleocontinente Gondwana.

O reconhecimento da Região Pedra Carijó Rio de Janeiro é a consolidação do desenvolvimento do setor da mineração voltado para as rochas de revestimento, por meio de ações de reconhecimento de novas áreas de exploração, segurança no trabalho, a tecnologia da exploração, o aproveitamento de resíduos e o retorno socioambiental da exploração mineral.

Sindicato de Extração e Aparelhamento de Gnaisses no Noroeste do Estado do Rio de Janeiro – SINDGNAISSES
Endereço: Av. Doutor Themístocles de Almeida, nº 314 | Cidade: Santo Antônio de Pádua/RJ| CEP: 28.470-000
Telefone: +55 (22) 3853-1120 | Site: http:www.sindgnaisses.com | E-mail: sindgnaisses@sindgnaisses.com

Dados Técnicos

Número: IG201004
Indicação Geográfica: Região Pedra Carijó Rio de Janeiro
UF: Rio de Janeiro
Requerente: Sindicato de Extração e Aparelhamento de Gnaisses no Noroeste do Estado do Rio de Janeiro
Produto: Gnaisse fitado milonítico de coloração branca e pontos vermelhos de diâmetro inferior a 1 centímetro. Nas pedreiras é feito o desplacamento da rocha em lajes brutas de 50x50x8cm. Nas serrarias estas lajes são beneficiadas produzindo as lajinhas comercializadas.
Data do Registro: 22/05/2012
Delimitação: Engloba parte dos municípios de Santo Antonio de Pádua, Miracema, Laje do Muriaé, Itaperuna, Porciúncula, Varre-Sai, Natividade, Cambuci, São José de Uba e Aperibé, com área aproximada de 2.700 km².

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IG – Região do Cerrado Mineiro: Indicação de Procedência

IG – Região do Cerrado Mineiro: Indicação de Procedência

O café da Região do Cerrado Mineiro é resultado da combinação das condições climáticas exclusivas do Cerrado Mineiro com a qualidade do café ali produzido, resultado das floradas intensas e únicas, maturação uniforme e colheita concentrada. O autêntico café do Cerrado Mineiro traz em si aromas intensos que variam de caramelo a nozes, com acidez delicadamente cítrica e sabor achocolatado de longa duração.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 20 de Julho de 2018


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Plantação de café no Cerrado Mineiro.
 Terra preparada para o plantio do café.
 Pés de café.
 Café antes da torra.
 Fruto de café.
 Vista da plantação de café no Cerrado Mineiro.

Sobre a Indicação Geográfica

A história do café da Região do Cerrado Mineiro remonta a uma época em que os produtores de tradicionais regiões cafeeiras procuravam locais fora da área de incidência de geadas. Encontraram o Cerrado Mineiro, com uma topografia plana, o que facilitou a mecanização das lavouras. Nos municípios de Araguari e Patrocínio, no Triângulo Mineiro, foram realizados os primeiros plantios de café na região.

A partir daí, os produtores se organizaram, no princípio, em associações. Depois, criaram as Cooperativas do Café do Cerrado, e, finalmente, o CACCER – Conselho das Associações dos Cafeicultores do Cerrado, num sistema inovador de gestão de interesses coletivos.

O café é uma bebida que pode se expressar diferentemente em função do local de seu plantio. Solo, clima, variedades e método de cultivo criam a identidade da bebida. A Região do Cerrado Mineiro tem condições de solo e clima próprios, que conferem ao café da região características únicas: uma perfeita definição das estações climáticas, com verão quente e úmido, inverno ameno e seco, temperaturas médias de 18 a 23°C, altitude de produção entre 800 e 1.250 metros, índice pluviométrico de 1.600 mm anual e ocorrência nula de geadas.

A região delimitada possui 55 municípios, 4.500 propriedades rurais e 3.500 produtores, com implantação de 155 mil hectares de café aptos a produzirem o café da Região do Cerrado Mineiro.

O café da Região do Cerrado Mineiro obedece a um programa de avaliação da conformidade que se desdobra em dois processos distintos: a certificação da propriedade produtora de café da Região do Cerrado Mineiro, que avalia as boas práticas agrícolas, responsabilidade social, respeito ao meio ambiente e rastreabilidade, alinhada às certificações internacionais GLOBALGAP, UTZ KAPEH e RAIN FOREST ALLIANCE; e a avaliação da origem e qualidade do café, segundo a metodologia da sociedade norteamericana de cafés finos.

A governança praticada pelos produtores da região é o diferencial competitivo desta Indicação Geográfica. Organizado em seis associações, oito cooperativas e na Fundação do Café do Cerrado, esse sistema trabalha para a geração de valor ao café e, consequentemente, à toda a cadeia produtiva. O programa de certificação do café do Cerrado garante segurança aos compradores e agrega valor ao produto. A proteção do nome Região do Cerrado Mineiro no cenário internacional deve ser destacada como o grande benefício da Indicação Geográfica aos produtores de café da região delimitada.

Conselho das Associações dos Cafeicultores do Cerrado – CACCER
Endereço: Rua Rio Branco, 231 – Cidade Jardim | Cidade: Patrocínio/MG | CEP: 38.740-082
Telefone: +55 (34) 3831-2096 | Site: www.cerradomineiro.org | E-mail: selodeorigem@cerradomineiro.org

Dados Técnicos

Número: IG990001
Indicação Geográfica: Região do Cerrado Mineiro
UF: Minas Gerais
Requerente: Federação dos Cafeicultores do Cerrado
Produto: Café
Data do Registro: 14/04/2005
Delimitação: A área geográfica abrange as regiões de Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e parte do Alto São Francisco e do Noroeste.

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IG – Região de Salinas

IG – Região Salinas

A produção artesanal de cachaça conferiu à região de Salinas uma importância ímpar, como expressão de suas potencialidades no contexto econômico, social e cultural. A cachaça artesanal de Salinas, genuína bebida nacional, é cada vez mais cobiçada pela sua qualidade e tradição.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 20 de Julho de 2018


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Barris onde a cachaça é armazenada.
 Cana de açúcar utilizada na produção de cachaça.
 Destilação artesanal da cachaça em alambiques de cobre.
 Etapa de fabricação da cachaça.
 Cachaça armazenada em colunas de inox.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A produção de cachaça artesanal iniciou-se no final do século XIX, seguindo os rastros da atividade pecuária, por ocasião do povoamento da região. Os escravos, que lidavam com o gado, tinham experiência em produzir a bebida.

Foi Balduíno Afonso dos Santos, que em 1876, fugindo da seca da Bahia, se instalou as margens do rio Serra Ginete, trazendo para a região as primeiras mudas de cana-de-açúcar caiana. No início do século XX, já havia alguma produção em escala comercial no município, visto a qualidade da cachaça produzida.

Na década de 1930, o fazendeiro João da Costa trouxe a variedade de cana Java. Esta se adaptou muito bem ao clima e solo, se espalhando rapidamente. As boas perspectivas para a fabricação tiveram início a partir da década de 1940, pelo fazendeiro Anísio Santiago, primeiro produtor a identificar e a legalizar a produção de cachaça artesanal.

A experiência positiva proporcionou o surgimento de novos produtores, iniciando uma atividade que mudou todo o panorama econômico da região: a produção da cachaça. A Região de Salinas vem se consagrando como maior pólo de produção da cachaça artesanal do Brasil.

A Região de Salinas, situada ao norte de Minas Gerais, é a principal referência na produção de cachaça artesanal no Estado. É a maior produtora do estado, tanto em volume quanto em número de marcas comercializadas.

A principal característica da sua produção é a uniformidade do solo e o clima semiárido. A região apresenta baixo índice pluviométrico, com média anual de 700 mm. As chuvas vão de novembro a março, época ideal para o plantio da cana-de-açúcar.

O uso de variedades de cana-de-açúcar apropriadas, o fermento orgânico natural, a higiene dos alambiques e a tradição dos produtores são fatores que fazem a diferença no processo da produção da cachaça artesanal.

A cachaça artesanal da Região de Salinas é obtida da destilação do mosto fermentado da cana-de-açúcar, produzida exclusivamente em alambiques e condensadores de cobre. É um produto tipicamente artesanal.

Embora haja outras espécies de cana na região, a Java, desde a década de 1930, é a principal variedade usada na produção. Apesar da implementação de novas tecnologias, em benefício da estrutura de produção, o método ainda é passado de geração a geração. Pode-se afirmar que as marcas das cachaças da Região de Salinas são as mais famosas do Brasil.

O curso superior da cachaça, implementado pelo Ministério da Educação, no ano de 2004, e a inauguração do Museu da Cachaça, em 2012, ambos na cidade de Salinas, são reflexos da importância econômica, histórica e cultural da Região de Salinas.

A fama e notoriedade da região consagradas pelo reconhecimento, vieram agregar valor de mercado à cachaça de Salinas. A Indicação de Procedência é fator essencial para a implementação de selos de controle no combate às falsificações e o meio de o consumidor identificar a verdadeira cachaça da Região de Salinas.

Associação dos Produtores Artesanais de Cachaça de Salinas – APACS
Endereço: Av. Antonio Carlos 1250, Casa Blanca – Museu da Cachaça | Cidade: Salinas/MG | CEP: 30.900-560
Telefone: +55 (38) 3841-3431 | Site: www.apacs.com.br | E-mail: apacs@apacs.com.br

Dados Técnicos

Número: IG200908
Indicação Geográfica: Região de Salinas
UF: Minas Gerais
Requerente: Associação dos Produtores de Cachaça de Salinas
Produto: Aguardente de cana tipo cachaça
Data do Registro: 16/10/2012
Delimitação: A área geográfica delimitada para produção possui uma área total de 2541,99 km², abrangendo a totalidade dos municípios de Salinas e Novorizonte e parte dos municípios de Taiobeiras, Rubelita, Santa Cruz de Salinas e Fruta de Leite, todos situados ao norte do estado de Minas Gerais.

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