IG – Vales da Uva Goethe

IG – Vales da Uva Goethe

A região de Urussanga, hoje conhecida como Vales da Uva Goethe, colonizada por italianos, foi o grande palco para a vitivinicultura brasileira. A tradição vitivinícola faz parte do local e da vida de seus habitantes.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 17 de Abril de 2018


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Uvas Goethe.
Coleta das uvas.
Plantação das uvas Goethe.
Cacho de uvas.
Uvas da Indicação Geográfica.
Uvas em taças.

Sobre a Indicação Geográfica

A história da uva Goethe começou, na região, com a chegada do regente do consulado italiano, Senhor Giuseppe Caruso Mac Donald, no inicio do século XX. Além da função de acompanhar as colônias de imigrantes, também foi o responsável pela introdução e distribuição desta variedade.

Os títulos conquistados pelos viticultores com os vinhos da uva Goethe deram tanto destaque à região que o Governo de Getúlio Vargas decidiu apoiar a vitivinicultura, instalando, em 1942, a Subestação de Enologia de Urussanga. Na década de 50, o município de Urussanga foi considerado a Capital do Vinho.

A atividade vitivinícola sofreu um declínio na década de 1970, com ascensão de outras atividades industriais. No entanto, a insistência dos produtores e a retomada dos estudos pela antiga Subestação, na década seguinte, mantiveram e perpetuaram a fama da região.

No ano de 2004, o Vales da Uva Goethe recebe o título de Capital Catarinense do Bom vinho, outorgado pela Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina.

A região dos Vales da Uva Goethe está situada na porção sul do litoral catarinense, no início das elevações da Serra Geral, coberta pela vegetação nativa da mata atlântica.

As uvas e os vinhos dos Vales da Uva Goethe incorporam as horas de insolação, o calor do dia, os dias de chuva, a duração da neblina e o frio da noite. Todos estes elementos são influenciados pela energia da radiação solar, pelas correntes da Malvinas, pela umidade e sais trazidos do Oceano Atlântico e pelos ventos das escarpas, relevo que possui altitudes de 1800 metros.

Os Vales da Uva Goethe apresentam condições climáticas inigualáveis. O mosaico de fatores que constroem o meio geográfico pode ser considerado como um patrimônio da comunidade.

A variedade da uva Goethe no cultivo e na produção de vinho sempre foi destaque na região, tanto pela sua ótima adaptação ao território, quanto pela notoriedade dos vinhos produzidos. Certamente um vinho único, jamais encontrado em outro local.

Os vinhos dos Vales da Uva Goethe são elaborados com as variedades Goethe encontradas neste território, a “Goethe Clássica” e a “Goethe primo”, originárias e adaptadas há mais de 100 anos nesta região. Os vinhos são reconhecidos como verdadeiros terroirs devido à sua íntima relação com as condições específicas do clima e dos solos.

A importância do registro da Indicação de Procedência dos Vales da Uva Goethe vai além da proteção e certificação da origem dos vinhos.
Todos os esforços da associação dos produtores, parceiros e colaboradores possibilitaram o resgate histórico da uva e do vinho Goethe na região e na sua revalorização, fortalecendo a identidade local, os laços culturais, preservando a própria historia, de um produto único.

A busca pelo reconhecimento consolidou a organização dos produtores e o estabelecimento do enoturismo. Com um intenso suporte técnico e econômico, o registro da Indicação de Procedência Vales da Uva Goethe garante ao consumidor a qualidade, a tipicidade e a tradição dos vinhos Goethe.

Associação dos Produtores da Uva e do Vinho Goethe – PROGOETHE
Endereço: Rua D. Lúcia Delfino da Rosa, 150 – Bairro da Estação | Cidade: Urussanga/SC | CEP: 88.840-000
Telefone: +55 (48) 3465-6238 | Site: www.progoethe.com.br | E-mail: contato@progoethe.com.br

Vales da Uva Goethe

Dados Técnicos

Número: IG201009
Indicação Geográfica: Vales da Uva Goethe
UF: Santa Catarina
Requerente: Associação dos Produtores da Uva e do Vinho Goethe
Produto: Vinhos: Branco, Espumante E Licoroso
Data do Registro: 14/02/2012
Delimitação: Microrregião compreendendo os municípios de Urussanga, Pedras Grandes, Cocal do Sul, Morro da Fumaça, Treze de Maio, Orleans, Nova Veneza e Içara.

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IG – Paraíba

IG – Paraíba

O algodoeiro é considerado a mais tradicional das culturas do semiárido, existindo na região crescentes estoques de conhecimentos e tecnologias desenvolvidas para o seu cultivo, como é o caso dos têxteis e do algodão naturalmente colorido da Paraíba.

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Tecido com algodão da Indicação Geográfica.
 Modelo com vestido em algodão.
 Macaco de pelúcia feito em algodão.
 Modelos de blusas em algodão.
 Bonecas de pelúcia.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

O desenvolvimento da Paraíba está diretamente ligado à produção de algodão, fibra oriunda da malvaceae Gossypium hirsutum spp. Na década de 1920, a cidade de Campina Grande ficou conhecida como a “Liverpool” brasileira, o segundo pólo de comércio de algodão do planeta.

Na década de 1960, o Nordeste vivia e respirava o algodão, que chegou a ser chamado de “ouro branco”, pela riqueza que gerava. Contudo, na década de 1980, a produção de algodão na Paraíba teve uma queda significativa, motivada pela praga do bicudo, onde o plantio foi praticamente dizimado.

Ainda nos anos de 1980, com a implementação do programa de melhoramento genético, foi originada a primeira variedade de algodão de fibra colorida no Nordeste, que se chama BRS 200, de cor marrom claro. Na década seguinte, houve intensificação destes estudos, e novas cores e melhores fibras foram produzidas. Logo, a Paraíba retoma o plantio com um grande diferencial, o algodão naturalmente colorido.

A fundação do consórcio Natural Fashion e da Cooperativa de Produção Têxtil Afins do Algodão da Paraíba, no início do século XXI, teve papel relevante no fortalecimento das empresas têxteis e na comercialização para o País e para o exterior.

A Paraíba está localizada na posição mais oriental do território brasileiro. O clima úmido no litoral, com chuvas abundantes, torna-se semiárido depois da Serra da Borborema, na direção do interior, com estiagens prolongadas.

O planalto da Borborema é o mais marcante do relevo do Nordeste. Na Paraíba, ele tem um papel fundamental no conjunto do relevo, rede hidrográfica e nos climas. As serras e chapadas atingem altitudes que variam de 300 a 800 metros de altitude.

O algodão é uma das principais culturas, devido à sua capacidade de tolerar a seca e produzir, com pouca água, uma das melhores fibras do mundo.

O algodão naturalmente colorido foi inicialmente desenvolvido pelos incas e astecas há 4.500 anos. Na maioria das
espécies primitivas, o algodão possui fibras coloridas, principalmente na tonalidade marrom.

Esses algodões coloridos, por longos períodos, foram descartados pela indústria mundial, por serem considerados
como contaminação indesejável dos algodões brancos. Estes tipos coloridos, no entanto, foram preservados pelos povos nativos em vários países.

No Brasil, foram coletados plantas de algodoeiros asselvajados, nas tonalidades creme e marrom, em misturas com
algodoeiros brancos. Esses algodões coloridos tinham uso apenas artesanal ou ornamental.

A partir de 1989, desenvolveu-se o trabalho de melhoramento genético, com o objetivo de elevar a resistência das
fibras, a finura, o comprimento e a uniformidade, bem como estabilizar a coloração das fibras nas tonalidades creme e marrom e elevar a sua produtividade no campo.

A cultura do algodão é altamente significativa para a agricultura familiar nordestina, proporcionando uma melhoria na qualidade de vida. As confecções produzidas por pequenos tecelões já são, em sua grande maioria, exportadas para a Europa.

Existe grande quantidade de produtores tradicionais de algodão que foram estimulados pela política de revitalização
da produção dos produtos têxteis do algodão naturalmente colorido da Paraíba.

Cooperativa de produção têxtil de afins do algodão – COOPNATURAL
Endereço: Rodovia 104 km 143 | Cidade: Queimadas/PB | CEP: 58.101-400
Telefone: +55 (83) 3337-7077 | Site: www.naturalfashion.com.br | E-mail: atendimentontf@gmail.com

Dados Técnicos

Número: IG200904
Indicação Geográfica: Paraíba
UF: Paraíba
Requerente: Cooperativa de produção têxtil de afins do algodão
Produto: Têxteis de algodão naturalmente colorido
Data do Registro: 16/10/2012
Delimitação: O estado da Paraíba localizasse na posição mais oriental do território brasileiro, limitando-se ao norte com o Rio Grande do Norte, ao sul com Pernambuco, ao leste com o Oceano Atlântico e a oeste com o Ceará.

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IG – Pampa Gaúcho

IG – Pampa Gaúcho da Campanha Meridional

A carne do Pampa Gaúcho da Campanha Meridional é uma especialidade produzida numa das mais belas regiões do Brasil. As pastagens naturais recortadas pelas matas ciliares são uma das maiores diversidades florísticas do mundo. O forte do pampa é o equilíbrio: caracteriza-se por uma paisagem bucólica belíssima, preservada por bovinos e equinos que, há quase quatro séculos, representam a atividade agropastoril mais antiga do continente sulamericano.

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Criação de gado.
 Pampa Gaúcho.
 Gado da região.
 Área de pasto.
 Gado criado na região.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A carne do Pampa Gaúcho da Campanha Meridional é uma especialidade produzida numa das mais belas regiões do Brasil. As pastagens naturais recortadas pelas matas ciliares são uma das maiores diversidades florísticas do mundo. O forte do pampa é o equilíbrio: caracteriza-se por uma paisagem bucólica belíssima, preservada por bovinos e equinos que, há quase quatro séculos, representam a atividade agropastoril mais antiga do continente sulamericano.

O Pampa Gaúcho da Campanha Meridional tem clima temperado, com temperaturas médias de 18°C, e é formado basicamente por um relevo plano, levemente ondulado, onde se situam os campos de produção pecuária, e por várzeas que se caracterizam por áreas baixas e úmidas. A área da Indicação de Procedência possui 1.293.479,04 hectares, totalmente inseridos no Bioma Pampa.

O Pampa Gaúcho da Campanha Meridional encontra-se dentro da área de maior proporção de campos naturais preservados do Brasil.

A carne do Pampa Gaúcho da Campanha Meridional obedece um programa de avaliação da conformidade que analisa o processo de produção e o produto final, controlado pelo Conselho Regulador da Associação dos Produtores de Carne do Pampa Gaúcho da Campanha Meridional – APROPAMPA.

É a única carne brasileira com Indicação de Procedência, produzida exclusivamente a partir das raças Angus e Hereford, com alimentação exclusiva de pastagens nativas, nativas melhoradas ou cultivadas de inverno, num regime de criação extensivo, no qual os animais são rastreados desde o nascimento.

Como principal benefício alcançado pela Indicação de Procedência do Pampa Gaúcho da Campanha Meridional, cita-se a organização dos produtores em prol da valorização do ambiente e da agregação de valor da carne. A carne vendida com o selo da Indicação Geográfica atingiu um preço 30% superior às outras carnes no varejo.

Associação dos Produtores de Carne do Pampa Gaúcho da Campanha Meridional – APROPAMPA
Endereço: Av. Portugal, 495 – Castro Alves | Cidade: Bagé/RS | CEP: 96.640-000
Telefone: +55 (53) 3242-8888 | Site: www.carnedopampagaucho.com.br | E-mail: carnedopampagaucho@gmail.com

Dados Técnicos

Número: IG200501
Indicação Geográfica: Pampa Gaúcho da Campanha Meridional
UF: Rio Grande do Sul
Requerente: Associação dos Produtores de Carne do Pampa Gaúcho da Campanha Meridional
Produto: Carne bovina e seus derivados
Data do Registro: 12/12/2006
Delimitação: A área geográfica compreende os municípios de Herval, Pinheiro Machado, Pedras Altas, Candiota, Hulha Negra, Bagé, Aceguá, Dom Pedrito, Santana do Livramento, Lavras do Sul e São Gabriel.

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IG – Norte Pioneiro do Paraná

IG – Norte Pioneiro do Paraná

A formação social, econômica e cultural da região Norte Pioneiro do Paraná está intimamente ligada à expansão cafeeira. Localizada numa área propícia à cafeicultura, apresenta condições edafoclimáticas ideais para a produção de cafés finos, cuja bebida se destaca com atributos como doçura, corpo acentuado, agradável acidez cítrica, aroma que oscila entre chocolate, caramelo, floral cítrico e frutado, além de marcante sabor residual.

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Café do Norte Pioneiro do Paraná.
 Trator de coleta dos grãos de café.
 Grão de café.
 Secagem do café.
 Café da Indicação Geográfica.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

O Norte Pioneiro do Paraná foi o portal de entrada para a colonização de toda a região norte paranaense. Quando os
cafeicultores iniciaram a subida do curso do rio Paraíba, identificaram o planalto de São Paulo como ideal para suas plantações, local onde começa a convergência do cultivo para as terras roxas do oeste paulista. Consequentemente, São Paulo passou a ser o principal produtor de café do Brasil, e o principal fornecedor para o mercado externo.

No entanto, implementada a cobrança de impostos por novos pés de café, para conter o avanço da cafeicultura, os fazendeiros do sudeste de São Paulo se sentiram motivados a fazer novas plantações, e escolheram as terras roxas do Paraná.

O cultivo itinerante do café determinou a vinda de diversos tipos de imigrantes, gerou construções de ferrovias e
estabeleceu as relações econômicas da região. Mais de 200 cidades surgiram na metade do século XX, tais como Jacarezinho, Cornélio Procópio, Londrina e Maringá. Tradicionais famílias vivem na região, com mais de 100 anos de rica história ligada ao café.

A região do Norte Pioneiro do Paraná está localizada numa área com alta latitude, 23° S, e alta altitude, acima dos 500 m, numa área de transição climática, com temperatura média anual de 19 a 22° C. Estas características interferem na formação e maturação dos frutos, alterando as características intrínsecas do grão, possibilitando obtenção dos mais variados tipos de café, com potencial para os cafés especiais.

Soma-se, ainda, as propriedades bem estruturadas, solos férteis, topografia favorável, produtores capacitados, disponibilidade de técnicos e laboratórios qualificados, órgãos de pesquisa e extensão, corretores, cafeeiras e cerca de 30 indústrias torrefadoras.

O café em grão verde na região do Norte do Paraná é obtido das diversas variedades da espécie Coffea arabica, sendo caracterizado como café especial e superior.

Os cafeicultores apresentam cuidado extremo em todas as fases da produção: no manejo da lavoura, passando pela colheita e processamento, nas formas “cereja natural” ou “cereja descascada”, livre de grãos estranhos ou prejudicais ao padrão desejado, até o armazenamento.

As características da qualidade da bebida proporcionada pelos cafés produzidos na região são objeto de provas constantes de avaliação através de análises sensoriais em laboratórios credenciados.

O resultado é um café equilibrado, de excelente caracterização, com aroma, sabor, acidez, corpo e doçura, perfeito para atender as necessidades do mercado mais exigente, comprovado pelas premiações de concursos nacionais e internacionais.

O Resgate do nome da região como tradicional área na produção de cafés de qualidade, o aumento de renda e a organização dos produtores rurais numa entidade que os representem, as melhores condições de produção e comercialização são conquistas obtidas com o registro de Indicação de Procedência do Norte Pioneiro do Paraná.

Associação dos Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná – ACENPP
Endereço: Rua Vicente Machado, 186 | Cidade: Abatea/PR | CEP: 86.460-000
Telefone: +55 (43) 998423063 | Site: www.acenpp.com.br | E-mail: cocenpp@cocenpp.com.br

Dados Técnicos

Número: IG200903
Indicação Geográfica: Norte Pioneiro do Paraná
UF: Paraná
Requerente: Associação dos Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná
Produto: Café verde em grão e industrializado torrado em grão e ou moído
Data do Registro: 29/05/2012
Delimitação: A delimitação da área geográfica refere-se aos 45 (quarenta e cinco) municípios das regiões administrativas do estado do Paraná, representadas pelas Associações de Prefeituras Municipais, a AMUNORPI e a AMUNOP.

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IG – Manguezais de Alagoas

IG – Manguezais de Alagoas

Nos Manguezais de Alagoas, há alta incidência da planta Dalbergia ecastophyllum, que produz substância resinosa de coloração avermelhada, retirada do seu caule pelas patas das abelhas africanizadas e levada para a colmeia. É esta a matéria-prima para a produção da própolis vermelha, que vem se destacando pelas suas propriedades terapêuticas.

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Abelhas da Denominação de Origem.
Apicultores.
Produção da própolis-vermelha.
Colméias.
Própolis-vermelha.
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

Desde a década de 90, as propriedades químicas da própolis vermelha dos Manguezais de Alagoas começaram a ganhar destaque nas bancadas científicas do Brasil. A União dos Produtores de Própolis Vermelha do Estado de Alagoas foi constituída recentemente, no ano de 2010, para a proteção e gestão deste importante patrimônio, a Denominação de Origem.

Os Manguezais de Alagoas localizam-se na região litorânea e lagunar do estado de Alagoas. Banhados pelo Oceano Atlântico, os manguezais possuem um clima tropical úmido, sem grandes oscilações térmicas ao longo do ano, com períodos chuvosos no outono e inverno, e secos na primavera e verão. Possuem um tipo de vegetação arbóreo-arbustiva que se desenvolve nos solos lamosos dos rios tropicais e subtropicais, numa zona de transição entre os habitats de água doce e salgada.

Dentre as atividades sustentáveis pela população das zonas costeiras e ribeirinhas está a apicultura. A criação de abelhas favorece o equilíbrio biológico dos ecossistemas, através da polinização, minimizando o impacto ambiental.

Estudos realizados revelaram que a própolis oriunda de colmeias desta região pertenciam a um novo grupo de própolis, com características químicas e farmacológicas únicas.

As propriedades biológicas da própolis estão diretamente ligadas à sua composição química. A própolis vermelha se diferencia pelo seu alto teor de compostos fenólicos, especificamente isoflavonóides, as quais nunca foram encontrados em nenhuma outra própolis. A própolis vermelha foi classificada como um novo tipo, em função de sua origem vegetal, a leguminosa Dalbergia ecastophyllum, planta nativa e característica das áreas de mangue do litoral alagoano.

A cor avermelhada deu o nome à própolis oriunda dos Manguezais de Alagoas. É gerada a partir de substâncias resinosas, gomosas e balsâmicas, colhidas por abelhas da espécie Apis mellifera, de brotos, flores e exsudados predominantes da planta Dalbergia ecastophyllum – popularmente chamada de Rabo de Bugio, transformada na colmeia pela ação salivar das abelhas, além de cera e pólen. A própolis vermelha in natura apresenta coloração avermelhada, sabor balsâmico, aroma anis-adocicado, é rígida em temperatura abaixo dos 20°C, e consistente maleável entre 20 a 40°C.

As propriedades únicas da própolis vermelha trazem diversos benefícios para a saúde, como prevenção de doenças cardiovasculares, osteoporose, combate ao colesterol. Também é indicada para dermatites, ferimentos, inflamações e infecções. Além disso, é utilizada para fabricação de pasta de dente, solução de bochecho, balas, entre outros.

O acompanhamento técnico para o aumento da produção, as ações trabalhadas coletivamente e o uso de ferramentas gerenciais trazem para a própolis vermelha possibilidades de ampliar o seu comércio. A região dos Manguezais de Alagoas representa um ecossistema fundamental para a estabilidade da geomorfologia costeira, a conservação da biodiversidade e a manutenção de amplos recursos pesqueiros. Trata-se de um patrimônio ambiental, cultural, econômico e social de alta relevância.

União dos Produtores de Própolis Vermelha do Estado de Alagoas – Uniprópolis
Endereço: Chácara Âncora, Vila Goiabeira, 7 – Fernão Velho | Cidade: Maceió/AL | CEP: 57.070-440
Telefone: +55 (82) 9 9931 3397 | Site: www.unipropolis.com.br | E-mail: unipropolis@gmail.com

Dados Técnicos

Número: IG201101
Indicação Geográfica: Manguezais de Alagoas
UF: Alagoas
Requerente: União dos Produtores de Própolis Vermelha do Estado de Alagoas
Produto: Própolis vermelha e extrato de própolis vermelha
Data do Registro: 17/07/2012
Delimitação: A área geográfica localiza-se nos municípios do litoral e complexo estuarinolagunar, no estado de Alagoas.

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IG – Litoral Norte Gaúcho

IG – Litoral Norte Gaúcho

Um território de beleza única, onde a produção sustentável de arroz e a natureza convivem de forma harmoniosa há mais de 70 anos, resultando num produto de qualidade, com características únicas, fruto da íntima interação do meio com a produção. Assim é o arroz do Litoral Norte Gaúcho, a primeira Denominação de Origem do Brasil!

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Plantação de arroz.
Garças.
Coleta de arroz.
Litoral Norte Gaúcho.
Arroz da Indicação Geográfica.
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

No Litoral Norte Gaúcho, o arroz foi introduzido, em 1936, por italianos e, em 1937, por alemães e produtores da região. A partir desta data, houve uma miscigenação de culturas na lavoura do arroz, que sempre manteve foco comercial, levando o desenvolvimento para a região e tornando-a grande produtora do cereal. A partir da década de 1970, com o uso de novas tecnologias, a lavoura obteve um aumento da produtividade e o arroz do Litoral Norte Gaúcho começou a ser vendido para várias partes do País. Assim, a qualidade deste produto tornou-se reconhecida pelos consumidores brasileiros. Muito demandado pelos compradores, o arroz do Litoral Norte Gaúcho sempre teve preços superiores a de outras regiões produtoras do grão.

O território de produção do arroz do Litoral Norte Gaúcho é formado por uma península arenosa com aproximadamente 300 km de extensão, paralela a costa litorânea, entre duas grandes massas de água, a Lagoa dos Patos e o Oceano Atlântico. Esse complexo de ecossistemas costeiros inclui também outras lagoas de água doce e lagunas de água salgada, praias, dunas, banhados, vegetação de restinga e uma área marinha, compondo um ambiente diverso e riquíssimo do ponto de vista ambiental, considerada uma das paisagens mais belas do Brasil.

O arroz do Litoral Norte Gaúcho se diferencia pelo seu alto rendimento de grãos inteiros, translucidez e vitricidade. A região do Litoral Norte Gaúcho possui elevada estabilidade das temperaturas diárias, apresentando uma menor amplitude. Isto ocorre em função da alta umidade relativa do ar e das grandes massas de água que envolvem a região. O regime de ventos da região determina sua paisagem e vegetação. Estes ventos representam um importante elemento que contribui para a dissipação do calor, sobretudo na época da formação do grão de arroz. Assim, o regime de ventos, associado à estabilidade térmica da região, resultam em condições geográficas ideais e únicas para a produção de qualidade, influenciando diretamente nas características do produto.

O arroz é produzido em harmonia com o meio ambiente. O regulamento de uso foi construído para que a produção esteja alinhada com as mais modernas práticas da sustentabilidade ambiental, social e econômica, prevendo que haja licenciamento ambiental e racionalização do uso da água nas lavouras, controle do uso de defensivos agrícolas, produção com sementes certificadas, além de registros e controles em todas as etapas da produção, possibilitando a rastreabilidade da lavoura ao prato do consumidor. Tanto o processo de produção, quanto o produto final são controlados através do Conselho Regulador. O resultado é um arroz branco de qualidade, com alto rendimento de panela e sabor diferenciado.

Com a Denominação de Origem, o arroz do Litoral Norte Gaúcho é reconhecido como uma especialidade, o que agrega valor à produção. A qualificação da cadeia produtiva do arroz também é atingida, uma vez que passa a ter um protocolo de produção nas distintas etapas do processo produtório.

Associação dos Produtores de Arroz do Litoral Norte Gaúcho – APROARROZ
Endereço: Rua 27 de abril, nº 974 – Centro | Cidade: Palmares do Sul/RS | CEP: 95.540-000
Telefone: +55 (51) 3668-1186 | E-mail: aproarroz@aproarroz.com.br

Dados Técnicos

Número: IG200801
Indicação Geográfica: Litoral Norte Gaúcho
UF: Rio Grande do Sul
Requerente: Associação dos Produtores de Arroz do Litoral Norte Gaúcho
Produto: Arroz
Data do Registro: 24/08/2010
Delimitação: A região é composta pelos seguintes municípios: Balneário Pinhal, Capivari do Sul, Cidreira, Palmares do Sul, Mostardas, São José do Norte, Tavares e Tramandaí e parte dos municípios de Imbé, Osório, Santo Antonio da Patrulha e Viamão, com aproximadamente 300 quilômetros de extensão.

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IG – Pantanal

IG – Pantanal

O Pantanal é uma das maiores extensões úmidas contínuas do mundo e está localizado no centro da América do Sul, sendo considerado Patrimônio Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera pela UNESCO. Nesse ambiente único é colhido o mel do Pantanal.

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Abelhas do Pantanal.
 Produção do mel pelas abelhas.
 Equipe de apicultores.
 Mel coletado.
 Apicultores do Pantanal.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

O Pantanal, que fora considerado apenas uma rota para as minas de ouro, recebeu, durante o século XVIII, uma leva de imigrantes que lá construíram suas casas. O mel fazia parte das atividades extrativistas e a técnica empregada era a mesma usada em séculos anteriores pelos índios, que o buscavam no oco das árvores.

No início do século XIX, surgiram os latifúndios, cuja principal atividade era a criação de gado. Ao lado destes, permaneceram algumas tribos indígenas e moradores independentes, sendo a miscigenação a sua principal característica étnica.

Os relatos das expedições etnológicas aos índios pantaneiros, do alemão Max Schmidt, datados de 1901, registraram que a coleta de mel de abelhas era comum entre esses povos, e recebia o nome de mapaguá. O mel de abelhas silvestres era coletado apenas quando desejavam consumi-lo, o que, normalmente, ocorria por meio da derrubada da árvore em que se encontrava a colmeia.

O conhecimento empírico dos pantaneiros sobre a qualidade e diferenças do mel somou-se, a partir de meados do século XX, a estudos científicos sobre o bioma do Pantanal. O Programa de desenvolvimento e incentivo da Apicultura, proposto pela Empresa de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural – EMPAER, foi um marco na década de 1980, proporcionando um rápido crescimento da apicultura e a criação de novas associações.

O Pantanal possui um bioma constituído por uma savana estépica, alagada em sua maior parte, com mais de 300 mil km² de extensão, altitude média de 100 metros.

Presente em dois estados brasileiros possui uma área de 150.355 km², ocupando 25% do Mato Grosso do Sul e 7% do Mato Grosso, subdivido em 11 pantanais.

A flora apícola do Pantanal é riquíssima, com floração durante quase todo o ano, o que favorece a produção de mel. O clima também é propício para a apicultura, em virtude da estabilidade da temperatura e de um inverno não rigoroso.

O mel do Pantanal é colhido em meio à biodiversidade, o que o torna raro no mundo. Tem chamado a atenção principalmente por ser silvestre, de uma região onde predomina a criação de gado, com pequenas áreas de lavoura.

O mel do Pantanal é produzido pelas abelhas africanizadas (Apis mellifera), a partir do néctar das flores ou das secreções procedentes de partes vivas das plantas, que as abelhas recolhem, transformam, combinam com substâncias específicas próprias, armazenam e deixam madurar nos favos da colméia. O mel é uma solução concentrada de açúcares com predominância de glicose e frutose.

O Pantanal possui 206 espécies de plantas apícolas catalogadas, sendo 86 ervas, 44 árvores, 44 arbustos e 24 trepadeiras. Dentre estas, a assa-peixe, cumbaru, hortelãzinha e o tarumeiro são as mais procuradas pelas abelhas. Essa variedade de espécies somada aos índices de temperatura e umidade resultam em um mel silvestre singular, consistente, fino, de sabor forte e acentuado, levemente doce.

A organização dos apicultores em associações foi fundamental para o amadurecimento desses profissionais que, juntos, perceberam a importância do trabalho coletivo, da troca de informações e da apropriação de conhecimentos técnicos. A convicção na apicultura e a confiança no associativismo, cooperativismo e em redes colaborativas, possibilitou o valor agregado ao mel do Pantanal e o incremento nas vendas.

Conselho das Cooperativas, Associações, Entrepostos e Empresas de Afins a Apicultura do Pantanal do Brasil – CONFENAL
Endereço: Estrada NE2, 361 | Cidade: Campo Grande/MS | CEP: 79.037-804
Telefone: +55 (67) 3326-4570 | E-mail: apiarioszen@gmail.com

Dados Técnicos

Número: BR2013000004-0
Indicação Geográfica: Pantanal
UF: MS/MT
Requerente: Conselho das Cooperativas, Associações, Entrepostos e Empresas de Afins a Apicultura do Pantanal do Brasil – CONFENAL
Produto: Mel
Data do Registro: 10/03/2015
Delimitação: A delimitação da área geográfica corresponde ao bioma Pantanal que está presente em dois estados brasileiros, ocupa 25% do Mato Grosso do Sul e 7% do Mato Grosso.

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IG – Mossoró

IG – Mossoró

A produção de melão de Mossoró representa, em certas épocas do ano, mais de 80% do mercado. A competitividade e as exigências internacionais transformaram a agricultura praticada pelos produtores da região, que apresenta um alto grau de profissionalismo, resultando num produto de qualidade e apresentação visual atraente:
o melão de Mossoró!

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 17 de Abril de 2018


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Melão de Mossoró.
Trabalhadores.
 Coleta do melão.
 Melão de Mossoró sendo transportado.
 Lavagem do produto.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

As referências literárias indicam que a difusão do melão se deu da Ásia para Europa pela região do mar Mediterrâneo. O seu consumo já era popular na Itália, por volta do século III, alcançando a Espanha durante o século V. No entanto, a entrada do melão na França se deu somente por volta do século XV.

O melão foi trazido pelos escravos para o Brasil, por volta do século XVI. Porém, foi com os imigrantes europeus, no século XIX, que ocorreu a expansão da cultura nas regiões Sul e Sudeste.

Foram nos estados de Rio Grande do Sul e São Paulo, na década de 1960, que o cultivo do melão alcançou escala comercial. Mas, por motivos de melhor adaptação ao meio físico e às condições climáticas, no início dos anos 1980, a produção transferiu-se para a região Nordeste do Brasil.

O melão estabeleceu-se no semiárido nordestino ao longo da década de 1990. Nas últimas décadas, o Brasil deixou de ser importador para ser exportador de melão de alta qualidade.

A região de Mossoró, de clima tropical semiárido, é propícia para a produção do melão de grande valor no mercado nacional e no exterior. Os melões cultivados na região encontram excelentes condições climáticas, possuindo ótima aparência, harmonia e sabor.

As características gerais do solo e da irrigação, combinados com os índices de insolação, temperatura, velocidade do vento e precipitação apresentam uma perfeita combinação para produção de um melão de melhor qualidade.

Em algumas áreas, de solo mais arenoso, os produtores têm a possibilidade de plantio durante todo o ano, sobretudo porque esses solos não armazenam água, o que diminui a umidade na superfície do solo, garantindo as suas excelentes propriedades e características.

O melão produzido nessa região tornou-se conhecido no Brasil e no mundo como melão de Mossoró.

O melão (cucumis mello), embora confundido como fruta, é uma hortaliça muito apreciada. Excelente fonte de vitamina A, C e muitos minerais, como o potássio e suas fibras dietéticas, é altamente nutritivo e refrescante. O melão de Mossoró é ótimo para ser degustado in natura ou em sucos. Suas características nutricionais fazem dele excelente recompositor energético.

Uma curiosidade são suas sementes comestíveis, deliciosas quando tostadas e salgadas. Em termos de frescor, o melão da Região de Mossoró é de reconhecida reputação!

O melão tem uma grande importância para o comércio do Brasil. Representa o terceiro maior produto, considerado fruta fresca, em valor de exportação. No mercado internacional, o melão brasileiro goza de alta aceitação, devido à sua qualidade.

Atualmente, a produção do melão gera 24 mil empregos diretos e outros 60 mil empregos indiretos, apenas na região de Mossoró. Este setor demanda mão de obra intensiva e qualificada, mantendo o homem no campo, evitando o êxodo rural.

A agricultura na Região do Mossoró permite uma vida digna às famílias, em pequenas propriedades ou nos grandes projetos.

Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte – COEX
Endereço: Rod. BR 110, km 47, Costa e Silva – Campus da UFERSA | Cidade: Mossoró/RN | CEP: 59.625-900
Telefone: +55 (84) 3312-6939 | Site www.coexrn.com.br | E-mail: coex@mikrocenter.com.br

Dados Técnicos

Número: IG201108
Indicação Geográfica: Mossoró
UF: Rio Grande do Norte
Requerente: Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte
Produto: Melão
Data do Registro: 17/09/2013
Delimitação: Mista – A área geográfica que delimita abrange os municípios de Afonso Bezerra, Alto do Rodrigues, Areia Branca, Açu, Baraúna, Carnaubais, Grossos, Ipanguaçu, Mossoró, Porto do Mangue, Serra do Mel, Tibau e Upanema, todos do estado do Rio Grande do Norte.

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IG – Ortigueira

IG – Ortigueira

O município de Ortigueira está situado na região centro-oriental do estado do Paraná. A flora diversificada da região de Ortigueira mantém os enxames sempre populosos e prontos para produzir um dos melhores méis do mundo.

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Abelha de Ortigueira.
Apicultores.
Produção de mel.
Mel de Ortigueira.
Apicultores trabalhando.
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A história da apicultura na cidade de Ortigueira tem por origem a família Kalçoviski. Em meados da década de 1970, o patriarca Carlito e seus filhos Tadeu, Airton e Antonio foram os precursores na comercialização da produção de mel.

Antes da década de 1960, o mel era produzido somente para consumo. Vendia-se a cera e o mel era usado como açúcar. “Era o açúcar que o povo tinha”, como relatam os antigos produtores. Também era usado para engordar os porcos.

A partir da década de 1980, a apicultura começou a deslanchar, motivada por Tadeu Kalçoviski, que aprimorou a técnica de extração e ensinou os outros apicultores, tornando-se um negócio rentável. Em 1984, os produtores fundaram a Associação dos Produtores
Ortigueirenses de Mel (Apomel).

A experiência dos produtores mais antigos foi repassada a cada novo produtor, o que fez com que a prática se tornasse um modelo, passando a produzir mais e melhor. Desde o ano de 1999, Ortigueira mantém uma posição de destaque no ranking da apicultura, resultado do grande potencial da região, considerada referência nacional.

O clima predominante na região é o subtropical úmido mesotérmico, de verão fresco e inverno rigoroso, com ocorrências de geadas de várias intensidades. As chuvas concentram-se nos meses de verão, com precipitação média anual de 1.500 mm e temperatura média de 18,4°C.

A cidade guarda uma das maiores reservas remanescentes de Mata Atlântica do Paraná, com cobertura florestal em 13,28% do seu território e 11.319 hectares de plantios florestais.

A qualidade da flora melífera de Ortigueira sofre influência de diversos fatores, como: do solo e sua formação, do clima, da temperatura e da ação do homem. As diferentes fontes botânicas de néctar resultam em variações na composição química, propriedades físicas e nos atributos sensoriais do mel.

As características físico-químicas do mel (cor, viscosidade, propriedades higroscópicas e pH) foram determinadas pela sua origem botânica, vinculando o mel ao meio geográfico, comprovado por meio da análise de polens, distinguindo o mel da Ortigueira, de coloração clara e sabor suave, como um mel único, de excelente qualidade.

O mel é um líquido doce, viscoso, formado de carboidratos, aminoácidos, enzimas e vários outros compostos em pequenas quantidades. É o único alimento que contém substâncias de abelhas e néctar de flores.

O mel monofloral é feito do néctar das principais floradas. Segundo os apicultores, as mais importantes para a produção do mel são: capixingui, eucalipto, assa-peixe, canelas, maria-mole, gurucaia, aroeira, vassourinha, gabiroba e angico.

O mel silvestre, ou polifloral, é a mistura de vários néctares, formado pelas demais espécies melíferas da região de Ortigueira.

A Apomel teve como objetivo, desde a sua fundação, fortalecer as atividades de aprendizagem, pesquisa, inovação na produção, integração da cadeia produtiva e o mapeamento de toda a rede apícola. Das conquistas da Apomel, destaca-se a constituição de uma Unidade de Beneficiamento de Mel e do Centro de Transferência de Tecnologia Apícola.

A busca por um produto de excelência e um processo de qualidade resultou na obtenção do reconhecimento da Denominação de Origem (DO), por se tratar de um mel único, que refletirá no valor agregado do produto e na abertura de novos mercados.

Associação dos Produtores Ortigueirenses de Mel – APOMEL
Endereço: BR 376, km 354 – Rodovia do Café | Cidade: Ortigueira/PR | CEP: 84.350-000
Telefone: +55 (42) 9 8828-4851 | E-mail: apomelcooramel@gmail.com

Referência Bibliográfica

Número: BR412013000002-0
Indicação Geográfica: Ortigueira
UF: Paraná
Requerente: Associação dos Produtores Ortigueirenses de Mel (Apomel)
Produto: mel de abelha
Data do Registro: 01/09/2015
Delimitação: a área delimitasse pela extensão territorial do município de Ortigueira, região Centro-Oeste do estado do Paraná.

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IG – Vale dos Vinhedos: Denominação de Origem

IG – Vale dos Vinhedos: Denominação de Origem

O Vale dos Vinhedos, consagrado hoje como Denominação de Origem, foi a primeira Indicação de Procedência do Brasil. O reconhecimento oficial, a consolidação no mercado, e os benefícios auferidos, fizeram do Vale dos Vinhedos um exemplo, estimulando diversas outras iniciativas de novas Indicações Geográficas.

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Vinhedos.
Vinho do Vale dos Vinhedos.
Trabalhadores.
Vista do Vale dos Vinhedos.
Uvas da indicação geográfica.
Garrafas armazenadas.

Sobre a Indicação Geográfica

A partir da experiência conquistada, a Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos – APROVALE, em 2005, se mobilizou para iniciar o processo de pedido de registro para o depósito de uma Denominação de Origem, no INPI, para os seus vinhos e espumantes finos.

Realizou-se um trabalho minucioso, com a caracterização agronômica e enológica, a integração de dados de solo, clima e resposta vitivinícola às condições naturais, para a seleção de condições de excelência de produção, em conjunto com a elaboração do regulamento de uso e das normativas de controle, fundamentando um pedido de reconhecimento no ano de 2010.

O Vale dos Vinhedos foi reconhecido, em 2012, como a primeira Denominação de Origem para vinhos do Brasil.

A área compreendida situa-se na região do Planalto das Araucárias, numa altitude entre 500 a 700 metros, a nordeste do estado do Rio Grande do Sul. O clima corresponde a um dos topoclimas que ocorre na região vitivinícola da Serra Gaúcha. Possui condição térmica intermediária quando comparado com os mesoclimas ocorrentes nesta região.

As temperaturas médias anuais são de 17,2°C, com uma amplitude térmica anual de 10°C. A precipitação pluviométrica distribui-se ao longo do ano, com valores médios mensais de 107 e 185 mm. A insolação é de 2.240 horas/ano, com valores mais elevados no verão, correspondente aos dias mais longos.

Na vitivinicultura, o solo e suas propriedades, a planta, o sistema de condução e o manejo do vinhedo imprimem personalidade aos produtos finais da videira. O clima do Vale dos Vinhedos, por sua vez, é muito peculiar quando comparado com os demais grupos climáticos encontrados na vitivinicultura mundial, tendo em vista o seu padrão térmico. Tal diagnóstico é um indicador de que as uvas colhidas na área delimitada possuem características próprias na sua composição química, e nas características sensoriais dos vinhos, associadas ao meio geográfico.

Os vinhos do Vale dos Vinhedos possuem um sistema de vinificação diferenciado. Permitem-se apenas quatro variedades de uvas para a elaboração de vinhos finos tintos, estabelecendo, ainda, um percentual mínimo da variedade Merlot (estruturante), que apresenta elevado desempenho quanto a composição química e sensorial.

Os vinhos e espumantes finos do Vale dos Vinhedos refletem uma arte em conjunto com a tradição, um saber-fazer, aliada com a tecnologia.

Os vinhos tintos são elaborados com um mínimo de 60% de uvas Merlot, sendo o restante Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Tannat. Os vinhos brancos possuem um mínimo de 60% de uvas Chardonnay, sendo o restante exclusivamente da uva Riesling Itálico. Os vinhos-base para a elaboração do espumante podem ser brancos ou tintos, com um mínimo de 60% de Chardonnaye ou Pinot Noir.

O Vale dos Vinhedos, no ano de 2007, foi reconhecido pela Comunidade Europeia, integrando a lista de terceiros países com Indicação Geográfica de vinhos, de acordo com o Regulamento CE 1.493/1999 da União Europeia. Os vinhos finos do Vale dos Vinhedos, primeira Denominação de Origem de vinhos do Brasil, estampam a identidade e qualidade para o restante do Mundo.

Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos – APROVALE
Endereço: RS 444, Km 14.85 – Estrada do Vinho, Bairro Vinosul | Cidade: Bento Gonçalves /RS | CEP: 95.701-430
Telefone: +55 (54) 3451-9601 | Site: www.valedosvinhedos.com.br | E-mail: faleconosco@valedosvinhedos.com.br

Vale dos Vinhedos

Dados Técnicos

Número: IG201008
Indicação Geográfica: Vale dos Vinhedos
UF: Rio Grande do Sul
Requerente: Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos
Produto: Vinhos: tinto, branco e espumante
Data do Registro: 25/09/2012
Delimitação: A área geográfica delimitada possui uma área total de 72,45 km2 e está localizada nos município de Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul.

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IG – Vale dos Vinhedos: Indicação de Procedência

IG – Vale dos Vinhedos: Indicação de Procedência

Os vinhos finos e espumantes do Vale dos Vinhedos trazem 140 anos de história da imigração italiana no Brasil. A bagagem histórica e cultural desta região proporciona um ambiente raro e rico, onde o homem de origem italiana, religioso por tradição, elabora um produto que, há mais de um século, abastece a mesa de sua família e de apreciadores de vinho de todo Brasil e também do mundo.

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Vinhedos.
Vinho do Vale dos Vinhedos.
Trabalhadores.
Vista do Vale dos Vinhedos.
Uvas da indicação geográfica.
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

O Vale dos Vinhedos, colonizado em meados de 1875 por imigrantes italianos, vindos em sua maioria das regiões de Trento e Vêneto, reúne diversas características que o distingue dos demais. O legado histórico e cultural deixado por esses imigrantes está enraizado nas pessoas, nos costumes e, até mesmo, na paisagem do Vale dos Vinhedos. A construção de capelas, a devoção aos santos, o dialeto vêneto e, principalmente, o cultivo da videira e a produção do vinho são marcas da imigração.

A beleza e o aconchego do Vale dos Vinhedos, assim como seu colorido, perfume e romantismo são claramente sentidos por quem o visita. As estações do ano podem ser claramente percebidas devido à explícita transformação do cenário natural. Na primavera e no verão, os vinhedos formam verdadeiros tapetes verdes. Os vales, cheios de parreirais, carregam uvas de diversas variedades. Com a chegada do outono, o cenário ganha tons mais avermelhados. Já no inverno, os dias de neblina remetem a um clima europeu. O Vale dos Vinhedos possui uma área total de 8.112,30 hectares. Desta área, 26% é plantada com vinhedos.

É autorizada a produção de vinhos finos, dos tipos tintos, brancos e espumantes, com requisitos definidos de produção, controlados pelo Conselho Regulador da Indicação de Procedência, formado por seis representantes de associados da Aprovale, dois representantes de entidades técnico-científicas e um representante de consumidores.

Para a produção do vinho, é autorizado o cultivo de 12 cultivares de Vitis vinifera L. tintas e 11 de uvas brancas, sendo permitido o rendimento máximo de 150 hectolitros por hectare. Os produtos da Indicação de Procedência são elaborados com, no mínimo, 85% de uvas produzidas na área delimitada.

Como principais benefícios alcançados pela Indicação de Procedência Vale dos Vinhedos, pode-se citar a melhoria da gestão do espaço vitícola e a gestão agrovitícola, através do sistema de condução, práticas vitícolas e da qualidade da uva. Com relação ao desenvolvimento territorial, observou-se um aumento do preço das terras, a geração de postos de trabalho e uma melhor gestão territorial. Percebeu-se também uma valorização do vinho pelo mercado. Hoje, a Indicação Geográfica do Vale dos Vinhedos é inclusive reconhecida pela União Europeia.

Atualmente, as vinícolas e demais empreendimentos do Vale dos Vinhedos empregam diretamente mais de 2000 mil pessoas, sem contar as famílias proprietárias e novos empreendedores ligados ao turismo e ao setor vinícola, que passaram a se instalar no roteiro.

Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos – APROVALE
Endereço: RS 444, Km 14.85 – Estrada do Vinho – Bairro Vinosul | Cidade: Bento Gonçalves/RS | CEP: 95.701-430
Telefone: +55 (54) 3451-9601 | Site: www.valedosvinhedos.com.br | E-mail: faleconosco@valedosvinhedos.com.br

Dados Técnicos

Número: IG200002
Indicação Geográfica: Vale dos Vinhedos
UF: Rio Grande do Sul
Requerente: Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos
Produto: Vinhos: tinto, branco e espumante
Data do Registro: 19/11/2002
Delimitação: A região do Vale dos Vinhedos possui uma área total de 81,23Km2, distribuída na sua maior parte no Município de Bento Gonçalves, mas também nos Municípios de Garibaldi e Monte Belo do Sul.

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IG – Goiabeiras

IG – Goiabeiras

A cidade de Vitória é uma das capitais mais antigas do Brasil, com registro ainda dos anos 1550. Um bairro da cidade conhecido como “Goiabeiras” se popularizou pela produção de panelas de barro, num hábito que é uma herança cultural de indígenas e afrodescendentes, residentes ali há mais de 300 anos.

Aliada inseparável da gastronomia local, nas panelas de barro de Goiabeiras são feitas as famosas “moquecas” capixabas, reconhecidas como uma especialidade da gastronomia nacional.

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Paneleiras de Goiabeiras.
 Panela de barro.
 Fabricação das panelas de barro.
 Panelas de barro.
 Panelas secando ao sol.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

Em Goiabeiras, o ofício das paneleiras é tradicional. As artesãs produzem panelas de barro utilitárias e sua confecção está ligada à gastronomia e é indissociável na apresentação das moquecas de peixe e de outros frutos do mar, como também da torta capixaba, iguaria consumida também de forma tradicional na Semana Santa. Esses elementos fazem parte dos valores que se constituem na sua identidade cultural.

A torta, as moquecas e as panelas de barro ganharam o mundo e configuram, na literatura gastronômica, uma das “mais brasileiras das cozinhas”, por reunirem e mesclarem elementos das culturas indígena, portuguesa e africana. A fabricação das panelas de barro é uma atividade tradicionalmente feminina, uma vez que constitui um saber repassado de mãe para filha por gerações sucessivas, no âmbito familiar e comunitário.

A fabricação artesanal de panelas de barro é o ofício das paneleiras de Goiabeiras, bairro de Vitória, capital do Espírito Santo. A técnica cerâmica utilizada é de origem indígena, caracterizada por modelagem manual, queima a céu aberto e aplicação de tintura de tanino.

O conhecimento técnico e habilidade das artesãs, que são as guardiãs desse saber, é resultado da tradição passada por várias gerações desde o período pré-colonial. A matéria-prima para a confecção das panelas de barro, a argila, é extraída de uma jazida localizada no Vale do Mulembá, em Goiabeiras, e é feita pelos chamados de “tiradores de barro”, que a misturam com sedimentos que são encontrados na superfície, dando a “liga” necessária para a produção das panelas.

O processo de produção das panelas de Goiabeiras conserva todas as características essenciais que a identificam com a mesma prática dos grupos indígenas das Américas, antes da chegada de europeus e africanos.

Os produtos autorizados para a Indicação de Procedência Goiabeiras são compostos pelas panelas dos tipos: moquequeira ou frigideira, a panela de arroz ou pirão, o caldeirão, a assadeira onde é assada e servida a típica torta capixaba, e as panelas de caldo, com bastante demanda entre os restaurantes. Foram estes tipos de panelas que deram a notoriedade nacional às panelas de Goiabeiras.

Um dos principais benefícios que a Indicação de Procedência trouxe às paneleiras de Goiabeiras é a garantia de origem e legitimidade para estas tradicionais panelas, que, por terem alcançado fama em todo território nacional, eram muito copiadas e falsificadas. O registro do nome no Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI protege o nome Goiabeiras, evitando que ele seja utilizado de forma indevida.

A agregação de valor ao produto também traz em si história e tradição, principalmente por este modo de fazer o artesanato mais que centenário, que se pode sentir em cada uso das panelas de Goiabeiras.

Associação das Paneleiras de Goiabeiras
Endereço: Rua das Paneleiras, 55 | Cidade: Vitória/ES | CEP: 29.075-100
Telefone: +55 (27) 3327-0519 | E-mail: bereniciapaneleira@hotmail.com

Dado Técnicos

Número: IG201003
Indicação Geográfica: Goiabeiras
UF: Espírito Santo
Requerente: Associação das Paneleiras de Goiabeiras
Produto: Panelas de barro
Data do Registro: 04/10/2011
Delimitação: A área delimitada para a Indicação Geográfica, identificada como Goiabeiras, situa-se na parte continental da cidade de Vitória.

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IG – São João Del Rei

IG – São João Del Rei

A cidade de São João Del Rei é marcada pela religiosidade, mantendo viva toda a tradição das procissões, do culto e do soar dos sinos. As peças artesanais em estanho carregam um sentido de natureza simbólica, referente à identidade cultural são-joanense.

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Artesanato em estanho.
Peça fabricada em estanho.
Processo de fabricação de peças em estanho.
Fabricação da peça artesanal.
Peça artesanal.
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

O estanho já era produzido em São João Del Rei e Tiradentes desde o século XVIII. O uso de estanho na confecção de utensílios domésticos e litúrgicos foi muito difundido nessa região no período colonial. Porém, com o advento dos utensílios de alumínio e outros materiais, o estanho foi substituído, sendo o seu uso mais restrito à liga do bronze.

Somente a partir da década de 1960, com a insistência de um antiquário inglês, John Leonel Walter Somers, que a fabricação de peças de estanho se consolidou. Ele aprendeu a fabricar as peças e ensinou o ofício a outras pessoas. Logo, fábricas de produtos de estanho proliferaram pela cidade mineira.

As produções, no entanto, remontam às mesmas características coloniais do século XVIII, mantendo uma continuidade com o passado. As peças artesanais fabricadas em estanho na cidade de São João Del Rei representam a tradição local, e a identidade histórico-cultural da região.

Escolhida como Capital Brasileira da Cultura, em 2007, São João Del Rei é uma das principais cidades históricas de Minas Gerais, com um vasto patrimônio histórico e cultural. Está posicionada com destaque no Circuito dos Inconfidentes e na Estrada Real.

O conjunto arquitetônico e urbanístico da cidade foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 1983. As ladeiras, capelas, igrejas, casarios, os casarões coloniais, as pontes e os Passos da Paixão são magníficas edificações do barroco a composições do gosto rococó, guardando a riqueza do ciclo do ouro.

O estanho é um metal beneficiado a partir da cassiterita, muito macio, o que impede de ser utilizado puro. Por isso, é feita uma liga denominada como “pewter”, que contém de 90 a 98% de estanho, sendo o restante composto por 1 a 8 % de antimônio e 0,25 a 3% de cobre.

O artesanato em estanho de São João Del Rei tem características barrocas, peças sacras e os utensílios domésticos possuem design colonial. O estanho de design colonial é um produto que reforça a identidade cultural de São João Del Rei. Nas peças sacras, são mantidas as formas arredondadas da religiosidade são-joanense. Estes aspectos agregam valor ao produto na medida em que o estanho traz a representação da cidade em si.

O fortalecimento do grupo de artesãos, o aumento da competitividade e atratividade do produto, o produtor como agente formador de uma identidade coletiva e a construção de um acervo para a comunidade, tudo isso consolida a tradição no favorecimento do desenvolvimento regional.

A cidade possui 10 fábricas, com uma produção de 5 mil peças/mês. O faturamento médio das empresas é na ordem de R$ 150 mil por mês, gerando pelo menos 80 empregos diretos, alem do montante de R$ 15 mil mensais de impostos para o município.

As peças em estanho são uma expressão de um patrimônio imaterial relacionado ao saber-fazer artesanal, com as características identitárias e culturais próprias da cidade de São João Del Rei.

Associação dos Artesãos de Peças em Estanho de São João Del Rei – AAPE
Endereço: Praça Embaixador Gastão da Cunha, 50 | Cidade: São João Del Rei/MG | CEP: 36.300-084
Telefone: +55 (32) 3372-1352 | E-mail: estanhossantaclara@yahoo.com.br

Dados Técnicos

Número: IG201010
Indicação Geográfica: São João Del Rei
UF: Minas Gerais
Requerente: Associação dos Artesãos de Peças em Estanho de São João Del Rei
Produto: Peças artesanais em estanho
Data do Registro: 07/02/2012
Delimitação: A área delimita coincide com a área do Município de São João Del Rei.

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IG – Rio Negro

IG – Rio Negro

Os peixes ornamentais da Amazônia encantam criadores de peixe ao redor do mundo há muitas décadas. Os piabeiros e ribeirinhos percorrem, na bacia do médio Rio Negro, as doces águas de rios, igapós, lagos e igarapés, à procura das diversas espécies de peixes de pequenos portes de cores exuberantes.

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Cardume de cardinal.
 Cardume de peixe-borboleta.
 Peixe-lápis (ao centro).
 Acampamento de pesca.
 Barco de pesca.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A pesca artesanal dos peixes ornamentais, conhecidos como piabas, é uma atividade extrativista, com décadas de existência, que ocorre nas áreas inundáveis do Rio Negro, gerando renda aos ribeirinhos e sustentando as comunidades rurais.

Em meados da década de 1950, o pesquisador H. Axelrodi, em sua primeira viagem ao Brasil, à procura da espécie de peixe ornamental Acará-disco, no Rio Negro, descobriu o Cardinal tetra. Logo, montou uma operação envolvendo 50 pescadores, na cidade de Barcelos, para a pesca do Cardinal.

No início de 1956, os espécimes chegaram aos pesquisadores americanos, que as descreveram cientificamente em poucos dias, sendo identificados com o nome de Cardinal tetra. A Comissão Internacional de Nomenclatura posteriormente validou a descoberta, adotando o nome científico de Cheirodon axelrodi.

A descoberta do Cardinal tetra desencadeou uma grande mudança no comércio de peixes ornamentais, dando origem a um novo ciclo de exportação dos peixes ornamentais do Rio Negro.

A bacia do Rio Negro é uma região relativamente intocada, devido à grande área de florestas intactas, rios e ecossistemas variados, como igapó, igarapé e lagos. A ictiofauna é caracterizada pela alta diversidade de peixes, com cerca de 1.000 espécies, com mais de 30% endêmicos da bacia. Dentro desta diversidade, encontramos os peixes ornamentais, que constitui uma considerável parcela.

O peixe ornamental é um dos poucos recursos oriundos do extrativismo viável no interior da Amazônia, devido à grande área de planície inundável, à abundância das espécies e à rápida renovação. Trata-se da maior área de pesca extrativista de peixes ornamentais do Brasil.

A maioria dos peixes ornamentais é de pequeno porte, com ciclo de vida curto (de um a dois anos), com alto potencial reprodutivo e rapidamente renovável. Os peixes são considerados recursos naturais sustentáveis, desde que devidamente manejados, gerando pouco ou nenhum impacto aos ecossistemas.

O Cardinal tetra é o peixe ornamental mais abundante e cobiçado, por conta do seu colorido ventral, azul e vermelho. Representa mais de 80% do total de peixes exportados por ano. O cardinal prefere as margens dos igarapés, nos remansos, locais de pouca ou nenhuma correnteza e baixa concentração de oxigênio.

Atualmente, cerca de 180 espécies de peixes de água doce são liberadas para a pesca. Entre estas, reguladas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), destacam-se neon verde (Paracheirodon simulans), rodóstomo, (Petitella georgiae), rosa-céu (Hyphessobrycon sp), borboletas (Carnegiella) e apistogramas (Apistogramma).

Estima-se que mais de 1.000 famílias estejam envolvidas na pesca, no transporte e no comércio dos peixes ornamentais. Em torno de 100 espécies são exploradas e mais de 40 milhões de peixes são exportados por ano, gerando um negócio em torno de US$ 5 milhões.

A Indicação de Procedência (IP) Rio Negro fortaleceu a sociedade local, a gestão participativa, a conservação do meio ambiente e o bem-estar dos peixes vivos ao longo da cadeia produtiva. A partir do reconhecimento, desenvolveu-se um plano de políticas públicas capaz de garantir a preservação desta atividade, incrementando o valor dos peixes ornamentais do Rio Negro.

Cooperativa de Pescadoras e Pescadores Artesanais de Peixes Ornamentais do Médio e Alto Rio Negro – ORNAPESCA
Endereço: Bairro Nazaré, Rua Dorval Porto | Cidade: Barcelos/AM | CEP: 69.700-000
Telefone: +55 (92) 3657-0539 | E-mail: ornapesca@gmail.com

Dados Técnicos

Número: BR2012000003-9
Indicação Geográfica: Rio Negro
UF: AM
Requerente: Ornapesca – Cooperativa P.P.A.P.O.M.A. Rio Negro
Produtos: peixes ornamentais
Data do Registro: 09/09/2014
Delimitação: a região delimitada está inserida no estado do Amazonas, sendo composta pelos municípios de Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro.

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IG – Franca

IG – Franca

Franca também é conhecida como a Capital dos Calçados. Seus produtos ocupam os espaços mais sofisticados do mundo, atendendo a todos os padrões de consumo, cada vez mais segmentados. Em uma atividade no qual predomina o trabalho essencialmente manufatureiro, e por vezes, artesanal, o saber-fazer é ponto crucial na produção e sucesso dos calçados.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 17 de Abril de 2018


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Sapatos de Franca.
 Fabricação de calçados.
 Calçados de Franca.
 Calçados.
 Fábrica de calçados.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A Vila de Franca do Imperador foi um dos principais entrepostos da chamada Estrada dos Goiases, rota do comércio que ligava a capital da província de São Paulo aos sertões do Mato Grosso do Sul e Goiás. Para atender as necessidades dos tropeiros e mercadores que transitavam por este caminho, artesões locais produziam arreios, sapatões de atanado, sandálias, bainhas para facas e outros artigos de couro.

Foi o Curtume Progresso, remodelado e modernizado, em 1917, que estabeleceu um marco, ao disponibilizar para a indústria local matéria- prima apropriada para a manufatura de sapatos mais refinados.

Na década de 1940, com a chegada da maquinaria, as empresas calçadistas, pouco a pouco, comercializavam seus produtos para todo o país, vindo a consagrar-se como o mais importante polo de fabricação do Brasil.

Na década de 1980, devido a mudanças políticas econômicas brasileiras, somada a globalização, Franca passou por uma reestruturação. Grandes empresas encerraram suas atividades, e vários operários se tornaram pequenos empresários.

Franca reinventou-se, como grande polo de fabricação, mantendo o mesmo entusiasmo e tradição na produção de calçados.

O município de Franca, localizado no interior do estado de São Paulo, é o principal polo fabricante de calçados masculinos do país.

Possui todos os elos da cadeia produtiva, tais como curtumes, fabricantes de máquinas para calçados, solados, colas adesivas, formas, palmilhas, facas para corte, adornos e acessórios de metal, entre os mais importantes. Destaca-se a presença de mais de 1000 empresas de grande, médio e pequeno porte.

Há uma preocupação constante com o bem-estar dos trabalhadores e o meio ambiente. Os centros de ensino e pesquisa no setor calçadista, incluindo centros de design e formação profissional, são considerados os mais modernos que existem, sendo referência nacional e internacional.

A reestruturação de Franca, ao intensificar a difusão do trabalho domiciliar, contribuiu para disseminar o saber-fazer de fabricação de calçados por amplas camadas da população; ao facilitar o acesso de modelos, designs e materiais num ambiente produtivo no qual as condições de estabelecimento por conta própria são favoráveis.

Franca produz calçados masculinos e femininos para adultos e crianças. Os calçados são fabricados em couro, material sintético; tênis de distintos materiais, e possuem diversas finalidades, como: uso diário, estação, caminhada, práticas de esportes, uso caseiro, entre outros. Todos os produtos destinados à Indicação de Procedência passam por ensaios para a verificação da qualidade.

Os produtores de calçados de Franca, através da sua representação SINDIFRANCA estabelecem o intuito de colaborar com os poderes públicos e demais associações, visando a solidariedade da classe e os interesses nacionais.

A substituição das grandes empresas por pequenos empresários aumentou o número de fabricantes. A preservação secular de um ofício e a motivação de ex-trabalhadores a repetirem o êxito das primeiras indústrias na vocação de Franca em fazer calçados.

Sindicato da Indústria de Calçados de Franca – SINDIFRANCA
Endereço: Rua Dr Cecim Miguel, 2760, Parque Moema | Cidade: Franca/SP | CEP: 14.409-174
Telefone: +55 (16) 3712-9400 | Site: www.sindifranca.org.br | E-mail: sindifranca@sindifranca.org.br

Dados Técnicos

Número: IG201012
Indicação Geográfica: Franca
UF: São Paulo
Requerente: Sindicato das Indústrias de Calçados de Franca
Produto: Calçados
Data do Registro: 07/02/2012
Delimitação: A delimitação corresponde aos limites do município de Franca, no interior do estado de São Paulo.

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