IG – Farroupilha

IG – Farroupilha

Berço da imigração italiana no Rio Grande do Sul, a cidade de Farroupilha constitui-se na região de maior concentração de uvas moscatéis do país, com foco na produção de vinhos finos moscatéis, espumante moscatel e moscatel frisante.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 17 de Abril de 2018


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Uvas de Farroupilha.
Cacho de uvas.
Cachos de uvas.
Videira de uva.
Uvas de Farroupilha.
Marca visual.

Sobre a Indicação Geográfica

Em maio de 1875, a região recebia as primeiras famílias italianas de imigrantes vindas de Milão. Em curto espaço de tempo, chegaram mais famílias, das regiões de Piemonte e Vêneto.

Os imigrantes ocupavam lotes denominados colônias, produzindo uma diversidade de produtos necessários para a sua subsistência. O plantio de videiras iniciou assim que os imigrantes instalaram-se em suas propriedades e, rapidamente, surgiu uma pequena produção de vinhos artesanais nos porões das casas.

Nas décadas de 1920 a 1930, leis estaduais e federais romperam com a produção artesanal e centralizaram a produção do vinho em grandes vinícolas. A dificuldade de comercialização da produção estimulou a criação de duas grandes associações: a Cooperativa Vinícola São João e a Cooperativa Vinícola Linha Jacinto, no ano de 1931.

As duas associações tinham sede no território que deu origem à cidade, criada no ano de 1934. A partir da década de 1960, com uma legislação mais branda e uma nova realidade educacional para a vitivinicultura, surgiram novas vinícolas. Desde então, Farroupilha consolida-se como produtora de vinhos finos e espumantes moscatéis.

Farroupilha está localizada nas Serras Gaúchas, região Nordeste do estado do Rio Grande do Sul. O clima é quente e temperado, com temperatura média de 16,8°C e média anual de pluviosidade de 1.837 mm.

A cidade é a terceira maior produtora vitivinícola do país e a maior produtora nacional de uvas moscatéis. Também ocupa a segunda posição no estado na produção de uvas Vitis vinifera (para vinhos finos). A estrutura vitivinícola local envolve cerca de 1.400 propriedades vitícolas, em uma área de vinhedos de aproximadamente 4.000 hectares.

O nome da cidade foi dado em homenagem ao centenário da Revolução Farroupilha. Famosa pela produção de kiwis, a cidade também é conhecida como capital nacional da malha e por abrigar um dos maiores centros de fé do estado, o Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio.

Os fatores naturais da região condicionam a fisiologia da planta videira, seu metabolismo primário, tais como carboidratos e ácidos orgânicos, e secundários, tais como precursores aromáticos, compostos fenólicos, estilbenos e outros. O efeito marcante do mesoclima regional determina alguns aspectos particulares na composição da uva, pelo efeito das temperaturas mais amenas, determinando uma maturação mais tardia.

São seis os produtos vitivinícolas da Indicação de Procedência (IP) Farroupilha: vinho fino branco moscatel, vinho moscatel espumante, vinho frisante moscatel, vinho licoroso moscatel, mistela simples moscatel, brandy de vinho moscatel.

O reconhecimento de Farroupilha como IP produtora de vinhos e espumantes moscatéis, de qualidade e origem, é a consolidação do crescimento dos últimos anos. O reflexo do reconhecimento é evidenciado pela organização do setor substanciado pela Associação Farroupilhense de Produtores de Vinhos Espumantes, Sucos e Derivados (Afavin), pela diversidade dos mercados que os vinhos e espumantes alcançaram, pela mídia espontânea e especializada e pelos prêmios obtidos em concursos nacionais e internacionais.

Associação Farroupilhense de Produtores de Vinhos, Espumantes, Sucos e Derivados – AFAVIN
Endereço: Rua José Martelli, nº 361, apto 601 | Cidade: Bento Gonçalves/RS | CEP: 95.707-010
Telefone: +55 (54) 9 8111-2119 | Site: www.afavin.com.br | E-mail: contato@vinhosdefarroupilha.com.br

Dados Técnicos

Número: BR402014000006-9
Indicação Geográfica: Farroupilha
UF: Rio Grande do Sul
Requerente: Associação Farroupilhense de Produtores de Vinhos Espumantes, Sucos e Derivados (Afavin)
Produto: vinho fino branco moscatel, vinho moscatel espumante, vinho frisante moscatel, vinho licoroso moscatel, mistela simples moscatel, brandy de vinho moscatel
Data do Registro: 14/07/2015
Delimitação: a região delimitada é uma área contínua de 379,20 km², incluindo integralmente o município de Farroupilha.

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IG – Região Pedra Madeira

IG – Região Pedra Madeira

O setor de rochas ornamentais é responsável por grande parcela do desenvolvimento econômico regional. A Pedra Madeira vem ampliando a sua participação no mercado nacional e internacional.

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Pedra madeira.
Aplicação em parede da pedra madeira.
Piso exterior em pedra madeira.
Região de extração da pedra madeira.
Pedra madeira.
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A produção de rochas no Noroeste do Rio de Janeiro teve seu início na década de 1960, que ensejou a constituição de um Arranjo Produtivo Local, que tem por base tipos litológicos e comerciais de características únicas no país.

No entanto, foi na década de 1990 que teve início a exploração da rocha denominada Pedra Madeira. Essa rocha apresentava coloração branca e amarelada, sendo comercializada também na forma de fragmentos trabalhados a mão, apelidada de almofadada.

A Pedra Madeira, junto com as demais rochas do Noroeste Fluminense, conquistou o mercado nacional, devido às singularidades das pequenas placas, conhecidas como “lajinhas”. Esses produtos alavancaram a atividade mineral da região.

O noroeste do Rio de Janeiro é o principal polo mineral do estado, onde encontramos a famosa Pedra Madeira. A área de maior extração e beneficiamento da Pedra Madeira consiste no município de Santo Antonio de Pádua.

Segundo a distribuição litológica, há uma predominância de rochas ornamentais do tipo granito, incidindo em 256 áreas, com características de cores claras, como branco e amarelo, e de granulação variando desde a fina à grossa.

O protólito da Pedra Madeira é uma rocha ígnea, que cristaliza a partir de magma, com composições granítica, apresentando um bandamento composicional marcado por bandas brancas, com maior quantidade de plagioclásio em relação a feldspato potásico, e bandas rosadas, com maior quantidade de feldspato potásico em relação a plagioclásio.

Durante o processo metamórfico e deformacional, posterior ao alojamento do corpo rochoso e cristalização da rocha, atinge-se o granulito, com enriquecimento dos plagioclassicos em cálcio e consequente modificação da coloração deste mineral branco para esverdeado. As características da Pedra Madeira são o resultado de eventos geológicos ocorridos há mais de 600 milhões de anos atrás.

A Pedra Madeira apresenta como característica geral colorações claras e lineações marcantes, produto do estiramento de minerais, principalmente o quartzo, no entanto, com quatro variações de cor: branca, rosa, verde e amarela.

A variedade branca é caracterizada pela presença do plagioclásio, a rosa pelo feldspato potásico, a verde pela granulação mais intensa, e a amarela da alteração de minerais ricos em ferro, devido à percolação de água ao longo de microfraturas presentes na rocha.

Os principais produtos beneficiados e comercializados pelas empresas certificadas são as lajinhas (23×11,5×5 cm), placas (47x47x4 cm), chapas (em medidas diversas), blocos (23×11, 5x 4 cm) e filetes decorativos (oriundos de corte de outras peças).

O reconhecimento da Pedra Madeira permitiu a caracterização e registro das suas peculiaridades, definindo-a em critérios geológicos, visando agregar valor ao produto e diferenciá-la das demais rochas e pedras de revestimento produzidas no país. A Indicação Geográfica da Pedra Madeira é o resultado de estudos técnicos e proteção das rochas do Noroeste Fluminense.

Sindicato de Extração e Aparelhamento de Gnaisses no Noroeste do Estado do Rio de Janeiro – SINDGNAISSES
Endereço: Avenida Doutor Themístocles de Almeida, nº 314 – Centro | Cidade: Santo Antônio de Pádua/RJ | CEP: 28.470-000
Telefone: +55 (22) 3853-1120 | Site: www.sindgnaisses.com | E-mail: sindgnaisses@sindgnaisses.com

Dados Técnicos

Número: IG201005
Indicação Geográfica: Região Pedra Madeira Rio de Janeiro
UF: Rio de Janeiro
Requerente: Sindicato de Extração e Aparelhamento de Gnaisses no Noroeste do Estado do Rio de Janeiro
Produto: Gnaisse milonítico de coloração clara com quatro variedades de cor: branca, rosa, verde e amarela. Nas pedreiras é feito o desplacamento da rocha em lajes brutas de 50x50x8cm. Nas serrarias estas lajes são beneficiadas produzindo as lajinhas comercializadas.
Data do Registro: 22/05/2012
Delimitação: Engloba parte dos municípios de Santo Antonio de Pádua, Miracema, Laje do Muriaé, Itaperuna, Porciúncula, Varre-Sai, Natividade, Cambuci, São José de Uba e Aperibé, com área aproximada de 2.700 km².

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IG – Região do Jalapão

IG – Região do Jalapão

É possível encontrar no leste do estado do Tocantins um produto natural de beleza inigualável: o Capim Dourado do Jalapão. As cores vivas amarelas dão um toque especial aos cerrados da região. Esta matéria-prima incentivou os moradores locais, no decorrer dos anos, a produzirem peças de costura e trançados. A produção de artigos a partir do Capim Dourado do Jalapão é uma herança das comunidades quilombolas que perdura há anos nesta região.

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Fabricação com capim-dourado.
 Chapéis de capim-dourado.
 Capim-dourado.
 Vista do Jalapão.
 Produto da indicação geográfica.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

No Jalapão, a partir de 1930, técnicas artesanais de manuseio do capim dourado foram aprendidas por povos da região, sendo que a partir dos anos 1990 (principalmente no fim da década) é que a produção das peças do artesanato do capim dourado se popularizaram Brasil afora. Atualmente, sua produção é reconhecida em todo o País, o que vem a estimular a produção e valorizar os produtores locais. Comunidades quilombolas do Jalapão são as responsáveis pela produção deste renomado artesanato, que ganha notoriedade no Brasil e no mundo por ser um produto coletado da natureza, por meio de técnicas que garantem a sustentabilidade ambiental e pela produção das peças de forma manual.

O Jalapão é uma região árida com temperatura média de 30°C, cortada por imensa teia de rios, riachos e ribeirões. A época de chuvas na região se restringe de dezembro a março. Na região, há dunas de areias douradas com até 30 metros de altura. A retirada do capim dourado é feita nos campos úmidos, uma espécie de vegetação rasteira sem árvores ou arbustos. O capim é uma planta sempre-viva, com tempo de vida de 5 a 10 anos. Entre abril e maio, as hastes começam a crescer, enquanto a colheita é feita pela segunda quinzena de setembro, quando o capim está bem maduro.

A costura do capim é um processo que exige muito cuidado, pois a peça de capim pode quebrar e inutilizar todo aquele filete. Os materiais utilizados para a confecção do artesanato são extremamente simples: capim, a “seda” do buriti (cordão originário de uma planta local) e uma agulha. Os artesãos da região definem dois tipos de capim: o “douradão”, com hastes mais grossas para peças grandes; e o “douradinho”, com filetes mais flexíveis para peças pequenas.

A maioria destes artesãos trabalha em casa, e estes trabalhos manuais surgem como uma forma de incentivar o trabalho e possibilitar maiores oportunidades de renda para os moradores da região. Estes produtores também foram aprimorando suas técnicas no decorrer dos anos, com o apoio de várias entidades, em cursos de produção e design. Uma herança cultural cada vez mais preparada e uma população com mais recursos para crescer. A Indicação de Procedência além de garantir o uso do nome do Jalapão às comunidades locais deverá qualificar a produção, agregar valor e incentivar ainda mais o turismo aliado ao artesanato na região do Jalapão.

Associação dos Artesãos em Capim Dourado da Região do Jalapão do Estado de Tocantins – AREJA
Endereço: 103 Norte, rua nº 516, Plano Diretor Norte | Cidade: Palmas/TO | CEP: 77.001-020
Telefone: +55 (63) 3216-3484 | E-mail: arejacampimdourado@yahoo.com

Dados Técnicos

Número: IG200902
Indicação Geográfica: Região do Jalapão do Estado do Tocantins
UF: Tocantins
Requerente: Associação dos Artesãos em Capim Dourado da Região do Jalapão do Estado do Tocantins
Produto: Artesanato em Capim Dourado
Data do Registro: 30/08/2011
Delimitação: A região do Jalapão do Estado do Tocantins abrange os municípios de Mateiros, São Felix do Tocantins, Ponte Alta do Tocantins, Novo Acordo, Santa Tereza do Tocantins, Lagoa do Tocantins, Lizarda e Rio Sono.

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IG – Costa Negra

IG – Costa Negra

A região da Costa Negra cearense é uma das mais belas áreas litorâneas do Brasil. Com paisagens encantadoras e praias paradisíacas, a região ganhou espaço no cenário nacional e internacional pela qualidade dos seus camarões. Um produto de qualidade, produzido de forma ecologicamente correta, com características únicas, consequência direta do meio geográfico. Uma verdadeira especialidade!

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 17 de Abril de 2018


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Camarão de Costa Negra.
Vista aérea de Costa Negra.
Pescador de camarões.
Costa Negra.
Praia de Costa Negra.
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A história da comercialização do camarão da Costa Negra é relativamente recente, iniciou há 30 anos, e advém de uma ação empresarial da Associação dos Carcinicultores da Costa Negra. O resultado foi tão expressivo que hoje a Associação conta com 33 unidades de engorda, um laboratório de produção de pós-larvas e quatro unidades de beneficiamento, onde se produz aproximadamente 8.000 toneladas do crustáceo em uma área de 900 hectares de cultivo. A qualidade do camarão da Costa Negra faz com que este seja vendido no mercado nacional e internacional, atingindo os maiores preços pagos no mercado mundial.

A Costa Negra está situada no litoral oeste do estado do Ceará. O nome da região deriva de um aspecto característico das praias locais, que apresentam grandes extensões de sedimentos cinza escuros. A fisionomia mais típica das praias da Costa Negra é a presença de depósitos sedimentares submersos, que conferem um visual único às praias da região no período de baixa-mar, quando surgem em grandes extensões.

O rio Acaraú, de água escura e rico em nutrientes, ajuda a transformar o solo costeiro na melhor área biológica para a produção do camarão. O camarão da Costa Negra é criado em tanques de produção, com a água do mar.

O camarão da Costa Negra possui características únicas em função do território da produção. A intrínseca ligação do camarão com a região da Costa Negra começa pela presença dos sedimentos (microorganismos) depositados nesta região, que servem de alimentação natural para a produção do camarão. Estes sedimentos possuem alto teor de cálcio e fibras, fazendo com que o camarão atinja até 11 centímetros, num período de 70 a 120 dias. Por esta alimentação natural, o camarão da Costa Negra possui níveis diferenciados de proteína e uma consistência maior em sua textura.

O camarão da Costa Negra é beneficiado em unidades frigoríficas com Sistema de Inspeção Federal – SIF, adequados às exigências de segurança alimentar e certificações orgânicas. Os produtos autorizados pela Denominação de Origem são: camarão inteiro; camarão sem cabeça; camarão tipo butterfly; camarão empanado; camarão em espeto; dentre outros tipos de camarão processados.

Com a Denominação de Origem, o camarão da Costa Negra passa a ser uma especialidade nacional, o que agrega valor à produção, tanto no mercado nacional quanto internacional. A qualificação da cadeia produtiva, que passa a ter normas básicas para os distintos procedimentos de cultivo, processamento, conservação, embalagem, distribuição, transporte, publicidade (marketing), fiscalização
e rastreabilidade do camarão da Costa Negra, garante qualidade e padrão na produção.

O turismo, com foco na gastronomia, alavanca o desenvolvimento regional. Também há a promoção do desenvolvimento social de comunidades inseridas no entorno das unidades produtoras de camarão e a implementação de ações que garantam a sustentabilidade ambiental do ecossistema da região da Costa Negra.

Associação dos Carcinicultores da Costa Negra – ACCN
Endereço: Rua. Manoel Sales, 200 – Centro | Cidade: Acaraú/CE | CEP: 62.580-000
Telefone: +55 (88) 3661-1427 | Site: facebook.com/accnacarau | E-mail: accnacarau@gmail.com

Dados Técnicos

Número: IG200907
Indicação Geográfica: Costa Negra
UF: Ceará
Requerente: Associação dos Carnicicultores da Costa Negra
Produto: Camarões
Data do Registro: 16/08/2011
Delimitação: Área aproximada de 428,74 km², na região do Baixo Acaraú, englobando o território dos municípios de Acaraú, Cruz e Itarema, no estado do Ceará.

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IG – Região do Cerrado Mineiro: Denominação de Origem

IG – Região do Cerrado Mineiro: Denominação de Origem

A perfeita definição das estações climáticas, com verão quente e úmido e inverno ameno e seco, é uma característica na região. A Região do Cerrado Mineiro é uma referência de “atitude” para o novo mundo do café, em termos de região, produtores e produtos.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 17 de Abril de 2018


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Grãos de café da Indicação Geográfica.
Preparação do solo.
Plantação de café.
Grãos de café no pé.
Plantação de café na Indicação Geográfica.
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A Região do Cerrado Mineiro é pioneira nas Indicações Geográficas brasileiras. Foi a primeira região cafeeira reconhecida como Indicação de Procedência, no ano de 2005; e como Denominação de Origem, no ano de 2013.

A procura pelo reconhecimento de um “Café de Atitude” segue tendências mundiais. O mercado em crescimento e em transformação é influenciado diretamente por novos consumidores mais exigentes e conscientes.

A Região do Cerrado Mineiro, por meio de novas maneiras de agir, produzir e fazer negócios, responde a essa demanda com o seu café diferenciado, com qualidade e rastreabilidade.

A Região do Cerrado Mineiro está localizada no noroeste do estado de Minas Gerais. Todas as cidades que compõem a região demarcada estão em altitudes superiores a 800 m, fator determinante para a produção de grãos que resultam numa bebida de qualidade.

O café é cultivado em uma região que se encontra na faixa ideal de aptidão térmica para o café arábica (coffea arabica), permitindo frutificação uniforme e alta produtividade.

O plantio dos cafeeiros na região requer técnicas avançadas de cultivo, manejo e fertilização do solo. O plantio das mudas é a operação mais importante na formação da lavoura, sendo feitas com mudas de meio ano, com seis a oito meses de idade, com três a cinco pares de folhas, e cujo plantio pode ser efetuado em qualquer época do ano, mas preferencialmente no início do período chuvoso.

Os cafeeiros são cultivados em áreas com altitude variando entre 800 e 1.300 metros, e o resultado é um café com identidade única e de qualidade. O solo possui propriedades químicas específicas, destacando a sua baixa fertilidade natural; acidez elevada, com PH inferior a 5,0; baixa matéria orgânica – valores inferiores a 2% em solos argilosos; baixo teor de fósforo disponível – inferior a 5 ppm; e baixo teor de cálcio, magnésio, potássio e micronutrientes.

A umidade relativa do ar é reduzida quando comparada a tradicionais regiões cafeeiras, permitindo uma baixa acidez e sabor achocolatado. A maior quantidade de insolação favorece o aumento da produção e melhor maturação e colheita.

O café verde em grão, da espécie coffea arabica, deve apresentar classificação mínima tipo 6, com máximo de 86 defeitos, cor verde ou esverdeada, não sendo admitidos grãos preto, verde e ardido.

O café torrado ou moído tem a sua origem comprovada. A bebida deve obter nota mínima de 75, ser caracterizada por ter aroma intenso com notas variando entre o caramelo e nozes; acidez delicada, predominante cítrica; corpo de mediano a encorpado; sabor adocicado, achocolatado intenso; e, finalização de longa duração.

Os cafés produzidos com práticas sustentáveis geram progresso nos 55 municípios, reconhecimento e valor compartilhado para os 4.500 produtores e parceiros. São 5 milhões de sacas de cafés produzidos por meio de um processo único, tendo como base os atributos singulares da Denominação de Origem da Região do Cerrado Mineiro, comprovados e garantidos pela qualidade e certificação de origem.

Conselho das Associações dos Cafeicultores do Cerrado – CACCER
Endereço: Rua Rio Branco, 231 – Cidade Jardim | Cidade: Patrocínio/MG | CEP: 38.740-082
Telefone: +55 (34) 3831-2096 | Site: www.cafedocerrado.org | E-mail: comunicacao@cerradomineiro.org

Dados Técnicos

Número: IG201011
Indicação Geográfica: Região do Cerrado Mineiro
UF: Minas Gerais
Requerente: Federação dos Cafeicultores do Cerrado
Produto: Café verde em grão e café industrializado torrado em grão ou moído
Data do Registro: 31/12/2013
Delimitação: A região delimitada “Região do Cerrado Mineiro” é a área definida pela Portaria 165/95, de 27 de abril de 1995 do IMA, abrangendo as regiões do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e parte do Alto São Francisco e do Noroeste de Minas.

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IG – Região de Mara Rosa

IG – Região de Mara Rosa

Os bandeirantes, no início do século XVI, usavam o açafrão para indicar as trilhas das minas e temperar os alimentos. Desta maneira chegaram em Goiás, especificamente na região de Mara Rosa, as primeiras sementes e mudas da especiaria, incorporando-se à vegetação nativa. Hoje, o açafrão de Mara Rosa tornou-se o ouro do cerrado goiano.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 17 de Abril de 2018


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Açafrão da região de Mara Rosa pronto para ser comercializado
Flor originária do produto
Plantação de açafrão
Açafrão cúrcuma longa
Açafrão da região de Mara Rosa em etapa final de preparação
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

Desde a sua colonização, no século XVIII, as regiões de Mara Rosa, Amaralina, Formoso e Estrela do Norte são conhecidas como o Sertão do Amaro Leite, em alusão ao nome de um dos seus desbravadores, que adentrou terras goianas na busca pelo eldorado.

Nas origens da ocupação, a atividade preponderante era a mineração. Paralelamente, desenvolvia-se uma agricultura
de subsistência. Nesta época, os garimpeiros e os escravos introduziram na região o açafrão e o cúrcuma; os primeiros para marcar as lavras, os segundos como tempero. A planta adaptou-se bem ao solo e ao clima, tal como nativa, nas margens dos córregos e rios da região.

No final do século XIX, com a exaustão das minas, os arraiais goianos dedicavam-se à exploração agropecuária. No entanto, com as populações diminuídas, os ladrões de gado e a resistência dos índios, a região esvaziou-se.

No ano de 1948, com a construção da estrada transbrasiliana, rompeu-se o isolamento e as terras foram ocupadas. Nos anos de 1960, surgiram as primeiras plantações comerciais de açafrão. Por meio da interligação rodoviária, novas demandas pelo produto apareciam por parte das indústrias alimentícias. Desde então, Mara Rosa ganhou fama, sendo conhecida como capital do açafrão.

A área delimitada está localizada na Microrregião de Porangatu, no norte de Goiás. É cortada no sentido Norte-Sul pela rodovia Belém-Brasília, BR 153, intermediando as duas bacias hidrográficas do Rio Araguaia e do Rio Tocantins.

A região possui as condições ideais para o cultivo do açafrão, com um clima tropical úmido, apresentando duas estações bem definidas: uma chuvosa, que ocorre de meados de outubro até meados de abril (que permite o bom desenvolvimento da planta), e outra seca, do final do mês de abril até o final do mês de outubro (que permite uma boa secagem do produto), com temperaturas entre 20°C e 35°C.

A tradição da exploração da cultura do açafrão é favorecida pela disponibilidade da mão de obra na época da colheita, que ocorre de maio a novembro, na entressafra das outras culturas.

O açafrão da região de Mara Rosa pertence à espécie Cúrcuma longa, originária da Índia. Sua produção é usada na indústria de alimentos como temperos, mostarda, condimentos, massas, molhos, margarinas, entre outros. Porém, o produto possui substâncias oxidantes, antimicrobianas e corantes com aplicabilidade nas indústrias cosméticas,
têxtil e farmacológica.

A produção anual da raiz é de cerca de 5 mil toneladas em 250 hectares de área plantada. De acordo com a Cooperativa de Produtores de Açafrão de Mara Rosa (Cooperaçafrão), estima-se que 200 agricultores (300 famílias) vivam da cultura, sendo gerados 800 empregos diretos. A região é responsável por cerca de 90% da produção goiana,
representando 26% da produção nacional.

A Cooperativa dos Produtores de Açafrão de Mara Rosa – COOPERAÇAFRÃO, criada em 2003, possibilitou a articulação
e organização dos produtores, com objetivo social de congregar os agricultores na sua área de ação, no interesse e
na defesa econômica em benefício dos próprios.

O desenvolvimento do Arranjo Produtivo Local (APL) do açafrão, com o objetivo de desenvolver a localidade, de forma
econômica e viável, socialmente justa e ambientalmente correta, demonstra a consolidação e o potencial da região de
Mara Rosa, reconhecida como capital do açafrão.

Cooperativa dos Produtores de Açafrão de Mara Rosa – COOPERAÇAFRÃO
Endereço: Avenida Joaquim Gonçalves | Cidade: Mara Rosa | CEP: 76.490-000
Telefone: +55 (62) 3366-2045 | Site cooperacafrao.blogspot.com | E-mail: cooperacafrao@gmail.com

Dados Técnicos

Número: BR402013000006-6
Indicação Geográfica: Mara Rosa
UF: Goiás
Requerente: Cooperativa de Produtores de Açafrão de Mara Rosa (Cooperaçafrão)
Produto: açafrão
Data do Registro: 02/02/2016
Delimitação: a área geográfica abrange os municípios de Mara Rosa, Amaralina, Formoso e Estrela do Norte, com um perímetro de aproximadamente 4.250 km².

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IG – Altos Montes

IG – Altos Montes

Altos Montes é a referência da vitivinicultura. A região, que abrange as cidades de Flores da Cunha e Nova Pádua, é constituída por uma área contínua, com altitudes entre 550 e 885 metros, na Serra Gaúcha, justifica o topônimo que dá nome a região. As condições topoclimáticas de Altos Montes são elementos de marcada influência na determinação das características e da tipicidade dos seus vinhos e espumantes.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 18 de Julho de 2018


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Vinho de Altos Montes.
 Vinicultura.
 Taça de vinho.
 Vinicultura.
 Pôr-do-sol em Altos Montes.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A videira teve o papel de destaque na criação da identidade da região, colonizada por imigrantes italianos, ao final do século XIX. A implementação de vinhedos e as diversas vinícolas fundadas, ainda nas décadas de 1920 e 1930, estruturaram a disseminação de muitas das variedades dos vinhos finos de Altos Montes.

A viticultura da região manteve o caráter familiar, sendo desenvolvida em pequenas propriedades. Com a evolução da produção local de vinhos finos de qualidade, várias vinícolas foram sendo criadas, ao longo das décadas.

Do início até os dias atuais, o processo de ocupação e uso do solo transformou a natureza, deixando marcas na paisagem, entre as quais se destacam as vinícolas familiares e vinhedos cultivados. A identidade territorial e cultural de Altos Montes está expressa em seus vinhos finos.

Localizada a nordeste do estado do Rio Grande do Sul, Altos Montes é formada pelas cidades de Flores da Cunha e Nova Pádua. Trata-se de uma região com elevada qualidade de vida.

A região de Altos Montes possui um relevo de planalto, recortado por vales encaixados nas grandes linhas de falhas e fraturas das rochas vulcânicas, pertencentes à formação da Serra Gaúcha. A paisagem inclui topos de patamares, encostas e fundos de vales, com declividades e exposições variadas.

Localizada nas altitudes mais elevadas da Serra Gaúcha, possui clima vitícola IH, conhecido por ser temperado quente, incluindo ares de clima temperado nas áreas de maior altitude, e índices noturnos de noites temperadas, única Indicação Geográfica na Serra Gaúcha a apresentar esse clima.

O meio rural é diverso em elementos paisagísticos de um relevo recortado com encostas íngremes e vales profundos, cobertos por florestas de araucária. Os vinhedos e fruteiras formam um mosaico multicolorido.

O fato de a região de Altos Montes estar situada no extremo nordeste da Serra Gaúcha, em áreas de maior altitude, determina alguns aspectos originais na composição das uvas. O potencial enológico é caracterizado pelo topoclima. A altitude é combinada com os demais fatores topográficos que caracterizam o relevo, assim como a meteorologia, determinados pelas massas de ar.

As temperaturas mais amenas em interação com os solos e variedades cultivadas resultam em um período de maturação das uvas mais longo, com colheitas mais tardias em relação à média das demais regiões vizinhas. Essas condições propiciam uvas de excelente acidez, elevada pigmentação e médios teores de açúcar.

Os vinhos e espumantes produzidos apresentam diversidade de tipos, com qualidades que refletem as características do meio geográfico,
incluindo o saber-fazer local. A recente evolução da vitivinicultura da região de Altos Montes, por meio da organização coletiva, incluindo a tecnologia em vinhedo e vinícolas, resultou em um grande aprimoramento na qualidade dos vinhos e espumantes.

O roteiro enoturístico da região, além de apresentar uma estrutura para atendimento em visita e degustação de vinhos, vem preservar
a identidade cultural, que mantém a originalidade resgatada da colonização italiana. As premiações nacionais e internacionais comprovam a reputação e qualidade de Altos Montes!

Associação de Produtores dos Vinhos dos Altos Montes – APROMONTES
Endereço: Rua Heitor Curra, 2231 | Cidade: Flores da Cunha, RS | CEP: 95.270-000
Telefone: +55 (54) 3292.3628 | Site: www.apromontes.com.br | E-mail: apromontes@apromontes.com.br

Dados Técnicos

Número: BR402012000002-0
Indicação Geográfica: Altos Montes
UF: Rio Grande do Sul
Requerente: Associação de Produtores dos Vinhos dos Altos Montes
Produto: Vinhos e espumantes
Data do Registro: 11/12/2012
Delimitação: A Indicação de Procedência Altos Montes é a área contínua localizada nos municípios de Flores da Cunha e Nova Pádua, totalizando 173,84km2.

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IG – Alta Mogiana

IG – Alta Mogiana

As mudas cultivadas de café em altitudes privilegiadas, aliadas ao uso de uma tecnologia de pós-colheita, são ingredientes que enriquecem o sabor e aroma com corpo e buquet próprios. A qualidade dos grãos, determinada pelos fatores geográficos, faz deste café um dos melhores do mundo.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação.17 de Julho de 2018


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Sementes de café.
 Sementes de café.
 Muda de café.
 Motorista de trator.
 Plantação de café.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

É de longa data que se encontra registro sobre o plantio de café na região. A região da Alta Mogiana é associada ao café há mais de 100 anos. O Código de Postura da Câmara Municipal de Franca, de 1833, obrigada os agricultores a plantar e manter 25 pés de café por cada braça de terreno, sob multa de $2.000, ou um dia de detenção.

No entanto, foi com a chegada da ferrovia, e a inauguração da Estação de Franca, na década de 1890, que a cafeicultura se consolida como principal atividade econômica. A presença de imigrantes, nesta mesma época, era cada vez mais constante.

O aumento da população de imigrantes, principalmente italianos, era acompanhado por uma explosão da produção de café. A cultura cafeeira era privilégio dos maiores proprietários da terra. A parceria entre os proprietários e os imigrantes mostrou-se rentável a ambos. Desde então, a região sempre fora um pólo qualitativo de café.

Alta Mogiana está localizada ao norte do estado de São Paulo. Um planalto com serras suaves, com altitudes de 900 a 1000 metros. é uma região tradicional no plantio de café, que apresenta temperaturas médias mensais de 21ºC no verão, e 17ºC no inverno, com precipitação anual em torno de 1.623 mm sendo caracterizada como estação chuvosa o período de Outubro a Abril.

As características climáticas descritas são propícias para o amadurecimento lento e uniforme do grão. A colheita seletiva é feita no pico do amadurecimento do grão, de forma a obter um número maior do grão do café. A secagem ao sol em camadas finas, controlada por mão de obra qualificada, é contemplada em modernos secadores mecânicos, com precioso controle de temperatura.

A região de Alta Mogiana produz café da espécie arábica e de grãos mais finos, conhecidos como “café de bebida mole”. Dentre as variedades mais cultivadas encontramos o catuaí, mundo novo, bourbon e obatã.

O café tem como principal característica um corpo cremoso aveludade. Possui um aroma marcante, frutado com suaves notas de chocolate e nozes, de acidez média e equilibrada. Assim que degustado, tem a magnitude de prolongado retrogosto com uma doçura de caramelo com notas de chocolate amargo. Trata-se de um café encorpado, talhado para o preparo de um excelente expresso.

A Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Alta Mogiana tem como objetivo o reconhecimento da região, a congregação de pessoas e empresas atuantes no mercado de cafés especiais, incluindo a produção, beneficiamento, comercialização, industrialização e distribuição. Ela orienta, organiza, fomenta re regula a cafeicultura da região, desempenhando um importante papel institucional para a propagação do café especial da região Alta Mogiana, tanto no mercado interno como no externo.

Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Alta Mogiana – AMSC
Endereço: Rua Diogo Feijó, 1915 | Bairro: Estação | Cidade: Franca/SP | CEP: 14.405-2012
Telefone: +55 (16) 3017-0705 | Site: www.amsc.com.br | E-mail: altamogiana@amsc.com.br

Dados Técnicos

Número: IG200703
Indicação Geográfica: Alta Mogiana
UF: São Paulo
Requerente: Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Alta Mogiana
Produto: Café
Data do Registro: 17/09/2013
Delimitação: A região delimitada de Alta Mogiana engloba os municípios de: Altinópolis; Batatais; Buritizal; Cajuru; Cristais Paulista; Franca; Itirapuã; Jeriquara; Nuporanga; Patrocínio Paulista; Pedregulho; Restinga; Ribeirão Corrente; Santo Antônio da Alegria e São José da Bela Vista.

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IG – Carlópolis

IG – Carlópolis

Em Carlópolis, no Norte Pioneiro do Paraná, o microclima formado com a criação da Represa de Chavantes favoreceu os plantios e possibilitou o largo uso da irrigação em suas margens. As condições edafoclimáticas locais somadas ao know-how da colonização japonesa disseminaram a cultura e a qualidade da goiaba da região.

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Pés de goiaba.
Joaninha em folha.
Goiabas.
Goiabas partidas.
Goiaba no pé.
Proteção dos frutos no pé de goiaba.

Sobre a Indicação Geográfica

A história da goiaba no município de Carlópolis confunde-se com a história dos imigrantes japoneses que se fixaram na região. O produtor Iwao Yamamoto, um dos pioneiros no cultivo da goiaba, chegou à região em 1949, com 4 anos de idade.

Em 1976, foram feitos os primeiros plantios de goiaba na região, com o apoio do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). Nessa época, Iwao foi o responsável por trazer frutos da Central de Abastecimento de São Paulo (Ceasa-SP) para tirar sementes e fazer experiências e avaliação de cultivares, buscando uma diferenciação de variedades.

Dessas experiências, uma planta destacou-se pelas suas características: formação de copa e de ramos compridos e bem abertos, folhas grandes e produção de goiabas graúdas, com polpa branca. O novo cultivar foi batizado com o nome de Iwao em homenagem ao seu descobridor. O produtor Iwao passa a fazer enxertias para a multiplicação dessa genética e forma um pomar com 70 pés, que entram em produção no ano de 1978.

Roberto Tanaka, Tadashi Uto e Ioneko Endo, entre outros, começaram a trabalhar com a goiaba Iwao e outras variedades, construindo um polo e referência deste cultivo. Hoje, a goiaba de Carlópolis é reconhecida nacionalmente pela sua excepcional qualidade, resultado da combinação das condições climáticas favoráveis, solos férteis e o saber fazer.

A área delimitada pela Indicação de Procedência (IP) Carlópolis possui, aproximadamente, 390 hectares usados para o cultivo de goiaba com o potencial de produção de 23 mil toneladas por ano, em condições normais de clima, segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) local. Essa produção credencia Carlópolis como o maior produtor de goiabas do estado do Paraná e um dos maiores do Brasil.

A região ainda possui uma diversificada produção agrícola no mercado – frutas de excelente qualidade, sendo produtos de exportação, em que se destacam: caqui, manga, acerola e lichia. O reconhecimento do município como potencial turístico pelo Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) abre novas possibilidades de desenvolvimento e serve como mais um estímulo à economia local.

As goiabas de Carlópolis apresentam as características de cultivares bem definidas, são inteiras, limpas e estão dentro da classificação adequada, relacionada à coloração da casca da goiaba e às características varietais de coloração da polpa (vermelha ou branca), obedecendo ao limite de defeitos.

A goiaba da região é obtida por sistema de poda total, dividido por talhões, por meio do qual é possível produzir o ano todo. Outra técnica importante para a qualidade do produto é a forma de ensacamento dos frutos, quando estes atingem de 2 a 3 cm de diâmetro. Essa prática elimina grande parte do uso de pesticidas e evita o surgimento de insetos e pragas.

Como forma de agregar valor a esse produto regional, protegendo os produtores e promovendo o desenvolvimento local, o Sebrae PR iniciou um trabalho em 2010, chamado “Cidades Cooperativas”, que resultou no atual trabalho de orientação aos produtores de goiaba, para a obtenção do registro da IP Carlópolis junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

O reconhecimento pelo órgão servirá de proteção do nome geográfico “Carlópolis” contra o uso indevido por atacadistas de frutas em todo o país, salvaguardando os direitos dos produtores desta região e garantindo ao consumidor a verdadeira origem e qualidade da goiaba de Carlópolis.

Associação dos Olericultores e Fruticultores de Carlópolis – APC
Endereço: Rua Profeta João de Maria, nº 2.863 | Cidade: Parque Industrial de Carlópolis/PR | CEP: 86.420-000
Telefone: +55 (43) 3566-1090 | Site: www.apcfrutas.com.br | E-mail: comercial@goiabadecarlopolis.com.br

Dados Técnicos

Número: BR402015000008-8
Indicação Geográfica: Carlópolis
UF: Paraná
Requerente: Associação dos Olericultores e Fruticultores de Carlópolis
Produto: Goiaba
Data do Registro: 17/05/2016
Delimitação: mista – a área geográfica que delimita abrange os municípios de Carlópolis e Ribeirão Claro, no estado do Paraná.

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IG – Monte Belo

IG – Monte Belo

Os viticultores da região de Monte Belo contribuíram de forma decisiva para a expansão da produção de vinhos localizada em diversos municípios da Serra Gaúcha. Atualmente, Monte Belo possui a maior produção de uvas per capita do Brasil, para o orgulho da cidade.

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Vinícola de Monte Belo
Vista ampliada da vinícola de Monte Belo
Uvas cultivadas na região
Uvas cultivadas na região
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A história da região de Monte Belo está plenamente vinculada ao projeto de colonização italiana constituída pelo governo imperial, na segunda metade do século XIX, por meio do processo de ocupação com base na pequena propriedade, no trabalho familiar e na produção de subsistência.

O trabalho nas propriedades foi transformando a paisagem e a produção, que começou para consumo próprio. Os excedentes eram comercializados na cidade de Bento Gonçalves e, ainda, em centros urbanos maiores, como Porto Alegre. No início do século XX, o eminente enólogo Celeste Globatt já anunciava ao mundo, através do Jornal “IL Corriere d’Itália”, a viticultura das Linhas Graciema e Leopoldina, na região de Monte Belo.

Desde os primórdios, os vinhos finos da Indicação de Procedência de Monte Belo são produzidos em pequenas vinícolas familiares. Os volumes são pequenos, mas sua qualidade e origem alcançaram reconhecimento.

A região de Monte Belo está localizada no nordeste do Rio Grande do Sul, compreendida pelas cidades de Monte
Belo, Bento Gonçalves e Santa Tereza.

Em Bento Gonçalves, a vista para os meandros do Vale do Rio das Antas revela paisagens tão marcantes quanto o colorido dos vinhedos e plátanos no outono. Em Monte Belo do Sul, as torres da Igreja de São Francisco de Assis
podem ser vistas a dezenas de quilômetros. Em Santa Tereza, a torre da Igreja junto com os casarões coloniais
foram tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional.

A estrutura fundiária mantém o caráter de pequena propriedade familiar. Na região há um total de 600 propriedades vitícolas, com 9,96 hectares de área média por propriedade, cultivando, aproximadamente, 3,32 hectares de vinhedos.

A região de Monte Belo possui clima vitícola relativamente homogêneo, distinguindo-se das demais indicações geográficas da Serra Gaúcha, por ser a região de maior potencial térmico, o que resulta no comportamento vitícola de maior precocidade quanto à maturação de uvas, bem como maior potencial de açúcares, com implicação no perfil enológico dos vinhos obtidos com uvas da região.

Os vinhos finos são provenientes exclusivamente de cultivares Vitis vinifera L, elaborados mediante processo tecnológico adequado, que assegura a otimização das características químicas e sensoriais.

As características originais dos vinhos finos brancos, tintos e espumantes de Monte Belo são reflexos das condições
climáticas. Temperado perúmido, sendo úmido o ano todo, incluindo o verão, período no qual as uvas amadurecem e são colhidas.

A importância da vitivinicultura na atual economia do município de Monte Belo do Sul é evidenciada no valor da produção, onde a relação uva/total do setor agrícola é de mais de 90%, acrescido o fato de que o setor agrícola representa mais de 40 % do PIB municipal.

As recentes transformações na vitivinicultura resultantes da Indicação de Procedência de Monte Belo, incluindo a modernização de algumas vinícolas, a instalação de novas vinícolas e a qualidade do vinho produzido permitiram agregar o enoturismo como atividade secundária, que tem ampliado o reconhecimento desta região vitivinícola, com potencial para ampliar de forma crescente o mercado para seus vinhos.

Associação dos vitivinicultores de Monte Belo do Sul – APROBELO
Endereço: Estrada da Vindima | Cidade: Monte Belo do Sul/RS | CEP: 95.718-000
Telefone: +55 (54) 34571173 | Site: www.aprobelo.com.br | E-mail: contato@vinicolacalza.com.br

Dados Técnicos

Número: BR402012000006-3
Indicação Geográfica: Monte Belo
UF: Rio Grande do Sul
Requerente: Associação dos Vitivinicultores de Monte Belo do Sul
Produto: Vinhos e espumantes
Data do Registro: 01/10/2013
Delimitação: A região delimitada de “Monte Belo” é uma área continua localizada nos municípios de Monte Belo, Bento Gonçalves e Santa Tereza, totalizando 56,09 km2.

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IG – Microrregião Abaíra

IG – Microrregião Abaíra

A Chapada da Diamantina testemunhou relevantes momentos da história do Brasil, como o ciclo do garimpo e a era do coronelismo. Atualmente, a economia regional é baseada no turismo e na agricultura, com destaque para a produção da famosa cachaça artesanal da Microrregião de Abaíra.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 17 de Abril de 2018


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Cachaça Abaíra.
Diferentes versões da Cachaça Abaíra.
Funcionária segurando a Cachaça Abaíra.
Cachaça Abaíra em frente paisagem da região.
Escultura em homenagem á indicação geográfica.
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

Os primeiros habitantes da Chapada da Diamantina foram os índios. No século XVII, chegaram os negros e os portugueses, sendo gradativamente povoada por comunidades quilombolas e grandes fazendas. Não tardou a
descoberta do ouro e do diamante, dando início ao ciclo do garimpo, perdurando por quase um século.

No início do século XX, o ciclo do garimpo entrou em decadência e se iniciou a era dos coronéis. A principal figura
desta época foi a do coronel Horácio de Mattos, com memoráveis participações históricas, incluindo a ligação com Lampião e a perseguição à Coluna Prestes.

A história da produção da cachaça de alambique confunde-se com a história da região, com uma tradição de mais de 450 anos. No entanto, não há um consenso sobre o início da produção de cachaça: se foi por iniciativa dos escravos ou dos senhores de engenho.

Na década de 1980, os pequenos produtores, interessados na melhoria do seu produto e de sua produção (que era a mesma desde os tempos coloniais), iniciaram um trabalho de beneficiamento e qualidade. Hoje, a cachaça produzida na Microrregião de Abaíra está entre as melhores do Brasil.

A Microrregião de Abaíra fica a aproximadamente 600 km de Salvador e se caracteriza, basicamente, por uma estação muito seca dos meses de abril a outubro, e outra estação muito chuvosa entre novembro e março.

A região possui uma gama de atrativos culturais, como as festas dos Padroeiros, de Reis, do São João, o Bumba meu boi e o Festival da Cachaça.

O ecoturismo, por sua vez, é muito explorado pela presença de uma rica diversidade biológica e geológica: cachoeiras, rios, serras, cânions e grutas (entre elas, a maior gruta de quartzito do Brasil). A beleza do Parque Nacional da Chapada da Diamantina e dos seus arredores é encantadora.

A cachaça da Microrregião de Abaíra diferencia-se pelo saber fazer dos produtores, que resulta em um produto de qualidade superior. Apresenta uma graduação alcoólica levemente menor e características sensoriais peculiares, associadas à sua origem e ao controle rigoroso de sua produção, que é feito por meio de avaliação físico-química.

A levedura mais usada na produção é natural da região, a Saccharomyces cerevisiae, o que garante um produto de qualidade e melhor rentabilidade. Na destilação, as porções denominadas cauda e cabeça são descartadas, e somente a porção coração (que é a verdadeira cachaça de qualidade) poderá ser armazenada, envasada e rotulada com a Indicação de Procedência (IP) Microrregião de Abaíra.

A IP favoreceu a integração dos produtores das quatro cidades que formam o território da Microrregião de Abaíra: Abaíra, Jussiape, Mucugê e Piatã. A integração promoveu o trabalho coletivo, a sustentabilidade da produção da cachaça de qualidade, o fortalecimento da comercialização e do turismo rural.

A cachaça da Microrregião de Abaíra vem atraindo investimentos e diversos parceiros, nacionais e internacionais. Esta é a prova da valorização da agroindústria familiar, da expansão da plantação da cana, da fabricação da cachaça de qualidade e da mais pura tradição.

Cooperativa dos Produtores Associados de Cana e seus Derivados da Microregião de Abaíra
Endereço: Rodovia BA 148 km 124, Fazenda Salgado | Cidade: Abaíra/BA | CEP: 46.690-000
Telefone: +55 (77) 3476-2348 | E-mail: cooapama@yahoo.com.br

Dados Técnicos

Número: BR402012000001-2
Indicação Geográfica: Microrregião de Abaíra
UF: Bahia
Requerente: Associação dos Produtores de Aguardente de Qualidade da Microrregião Abaíra (Apama)
Produto: aguardente de cana do tipo cachaça
Data do Registro: 14/10/2014
Delimitação: a área está localizada na região da Chapada Diamantina, abrangendo parte dos municípios de Abaíra, Jussiape, Mucugê e Piatã.

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IG – Divina Pastora

IG – Divina Pastora

A cidade de Divina Pastora, localizada no estado de Sergipe, tem como destaques a arquitetura de sua igreja matriz, construída no início do século XIX, a devoção a Nossa Senhora Divina Pastora e o seu artesanato de renda. O saber tradicional das rendas feitas à mão, resgatado pelas rendeiras, com base em tradições seculares da Europa, tornou a localidade conhecida como “terra da renda irlandesa”.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 18 de Julho de 2018


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Tecido de mesa bordado.
 Descanso para copos bordado.
 Tecido bordado.
 Toalha com bordados.
 Descanso para copos bordado.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A renda irlandesa, por influência da renda italiana ou veneziana, ganhou contorno próprio, com o estímulo da produção deste tipo de artesanato nos conventos irlandeses, na tentativa para evitar o desaparecimento da renda com o surgimento da revolução industrial, a partir de 1872.

Descrita em livro do século XIX, é introduzida em Divina Pastora, por volta do início do século XX, por Ana Rolemberg, integrante da alta aristocracia. Os Rolembergs constituíam uma família de senhores de engenho, com destaque na vida política e muitas fazendas espalhadas por todo o vale.

Abolida a escravidão, os homens e mulheres livres ainda viviam à sombra dos antigos senhores, que cederam terra para o plantio. É nesse ambiente que a renda irlandesa é introduzida na cidade, envolvendo senhoras da aristocracia local e pessoas humildes relacionadas a elas. Assim, a técnica foi difundida entre todas as mulheres da cidade, ganhando uma feição própria.

A igreja Matriz, construída com traços barrocos, apresenta belíssimo teto de forro de madeira de cedro, com efeito ilusionista, do final do século XVIII, mostrando a Virgem Maria com o menino Jesus, cercados por carneirinhos. As paredes são em tons de azul e rosa, e no altar principal, oriundo da Espanha, a imagem da Divina Pastora.

A renda irlandesa ganhou, no ano de 2000, o título de Patrimônio Cultural do Brasil, conferido pelo IPHAN, sendo o modo de fazer incluído no Livro de Registro dos Saberes. O município de Divina Pastora foi considerado como a terra da renda irlandesa, porque no local se encontram os elementos que culminaram com a apropriação do ofício.

A renda irlandesa confeccionada pelas rendeiras de Divina Pastora é classificada como do tipo “renda de agulha”. É uma renda singular, de grande beleza, ressaltada pela textura e brilho. Os desenhos com relevos que se combinam de modo especial geram uma renda original e sofisticada.

Apresenta características específicas, pelo uso do tipo cordão sedoso achatado, conhecido como lacê, através de pontos adaptados ou criados pelas artesãs. São listados diversos pontos, os quais são nomeados com formas análogas a animais e vegetais, como exemplo o pé-de-galinha, a aranhinha e o abacaxi.

A agulha é o instrumento básico usado pelas hábeis mãos das rendeiras que reinventaram a técnica, transformando cordões e fios de linha na famosa e tradicional renda irlandesa.

O ofício, relacionado ao universo feminino, caracterizado como longa continuidade histórica, surgiu como uma alternativa de trabalho. Hoje, a confecção de renda irlandesa constitui a principal atividade de mais de uma centena de artesãs, além de ser uma referência cultural. O artesanato em renda irlandesa é responsável pela ascensão social de muitas mulheres que abandonaram o trabalho na roça para custearem os estudos a partir de sua produção e venda. Atualmente, 80 % da produção é comercializada para outros estados, principalmente Rio de Janeiro e São Paulo.

Associação para o Desenvolvimento da Renda Irlandesa de Divina Pastora – ASDEREN
Endereço: Praça Getúlio Vargas, 149 | Cidade: Divina Pastora/SE | CEP: 49.650-000
Telefone: +55 (79) 3271-1306 | Site: www.site.com.br | E-mail: asderem.dp@hotmail.com

Dados Técnicos

Número: IG201107
Indicação Geográfica: Divina Pastora
UF: Sergipe
Requerente: Associação para o Desenvolvimento de Renda Irlandesa de Divina Pastora
Produto: Renda de agulha em lacê
Data do Registro: 26/12/2012
Delimitação: A área delimitada fica compreendida no município de Divina Pastora.

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IG – Cachoeiro de Itapemirim

IG – Cachoeiro de Itapemirim

Cachoeiro do Itapemirim é conhecida nacional e mundialmente pelo seu parque industrial de beneficiamento de rochas ornamentais. O mármore conferiu destaque à cidade, principalmente na economia local, alavancando o construtivismo cultural, arquitetônico e até turístico. O mármore capixaba conta com mais de 50 anos de prestígio.

Este assunto é de responsabilidade da unidade de Inovação.25 de Julho de 2018


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Hall de entrada da associação.
Hall de entrada.
Mármore em bancada.
Pedreira.
Placa de granito.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

Os primeiro colonos portugueses, que chegaram à região, em busca do ouro, aproximadamente em 1570, encontraram um território dominado pelos temidos índios Purís, que disputavam a área com os Botocudos. Passado quatro séculos, nasce a Vila de Itapemirim, e com isso, o crescimento de fazendas provenientes de grandes latifúndios estendendo-se por toda a região.

O caminho da mineração do calcário surgiu, no entanto, por volta de 1874, quando chegaram os primeiros colonos italianos. Logo, o intercâmbio entre culturas, com o começo do beneficiamento do mármore, originou na primeira marmoraria, no ano de 1930. A bagagem cultural desses povos tornou-se parte do crescimento da mineração.

O início da extração do mármore não foi fácil, foi necessário pioneirismo e criatividade para efetuar o corte dos blocos na pedreira. Hoje, o parque tecnológico de rochas ornamentais de Cachoeiro do Itapemirim utiliza sistemas de produção com alto conteúdo tecnológico.

O setor mineral é a fonte principal da economia do município, que começa na extração de blocos e segue com serrarias, beneficiamento, talhas-blocos, cal, moagem de calcário, insumos, máquinas e tudo mais que for necessário para atender o setor da mineração.

As formações rochosas fazem parte do visual estético e engrandecedor do Espírito Santo. Os contornos da serra começam e se entrelaçam desde os limites do Rio de Janeiro até a Bahia. Em Cachoeiro do Itapemirim, particularmente, a paisagem muda e encanta. O mármore branco faz contraste natural com outras colorações de pedra, como o granito.

Pode-se afirmar que fica no Brasil a maior reserva de mármore e granito do mundo. Trata-se de uma camada de proporções gigantescas, de riqueza, ainda impossível de ser equacionada em sua dimensão.

Em estado de pureza, o mármore é de cor branca, podendo apresentar uma ampla faixa de cores. De Vargem Alta a Cachoeiro do Itapemirim, os mármores afloram continuamente, numa camada espessa e densa, constituindo um maciço de cerca de 20×8 km.

O interesse dos mercados pela beleza do mármore branco alvo, caramelo e chocolate caracteriza o seu grande valor mineral. O mármore é uma rocha metamórfica, ou seja, formada pela transformação de uma rocha preexistente, como o calcário. Essa transformação é o resultado de uma mudanã no meio geológico, no qual a estabilidade da rocha pode ser mantida somente por uma modificação correspondente à sua forma. No caso do mármore ocorre o metamorfismo termal, onde há predominâncias de temperaturas elevadas e onde são mais acentuados os fenômenos de recristalização.

A evolução dos setores de exploração e beneficiamento de mármores e granitos, a sua produção e comercialização nacional e internacional transformaram Cachoeiro do Itapemirim no centro mais importante do país, sendo considerada a maior vitrine de negócios do setor de rochas ornamentais. A Feira Internacional do Mármore e Granito acontece desde os anos 1980.

Centro Tecnológico do Mármore e Granito – CETEMAG
Endereço: Avenida Frederico Algusto Coser, 234 | Cidade: Cachoeiro do Itapemirim/ES | CEP: 29.300-970
Telefone: +55 (28) 3521-3131 | Site: www.marmoredecachoeiro.com.br | E-mail: secretariaexecutiva@sindirochas.com.br

Indicadores

Indicação de Procedência

O Mármore do Cachoeiro do Itapemirim é uma Indicação de Procedência brasileira. É delimitada pelos municípios de Cachoeiro do Itapemirim e Vargem Alta (Espírito Santo). Juntos, possuem população de cerca de 209 mil habitantes, sendo aproximadamente 50% da população analfabeta ou sem ensino fundamental completo.

PIB per capita

Aproximadamente R$ 24.612,00 (média do Brasil: R$ 28.876,00), cerca de 15% menor que a média brasileira.

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)

O IDH da Indicação de Procedência varia de 0,663 em Vargem Alta até 0,745 em Cachoeiro do Itapemirim (média do Brasil: 0,73).

Perfil Empresarial

Referindo-se à atividade econômica local,

  • CNAE 0810-0/03: Extração de mármore e beneficiamento associado
  • CNAE 2391-5/03: Aparelhamento de placas e execução de trabalhos em mármore, granito, ardósia e outras pedras.

Em 2014, haviam 575 empresas que atuavam na atividade da Indicação, sendo 459 pequenos negócios. [1] Em 2015, essas empresas exportaram cerca de 2,16 milhões. [2] Em 2015, 6.904 pessoas ocupadas, sendo 4.905 por pequenos negócios. [3]


Referência Bibliográfica

[1] RFB – Receita Federal Brasileira
[2] MDIC – Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços
[3] Relação Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho

Dados Técnicos

Número: IG201007
Indicação Geográfica: Cachoeiro de Itapemirim
UF: Espírito Santo
Requerente: Centro Tecnológico do Mármore e Granito
Produto: Mármore
Data do Registro: 29/05/2012
Delimitação: A delimitação da área corresponde aos limites políticos dos municípios de Cachoeiro de Itapemirim e Vargem Alta, somando uma área de 1.291,529 Km².

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