IG – Oeste da Bahia

IG – Oeste da Bahia

CAFÉ VERDE EM GRÃOS

No Oeste da Bahia, existe um forte componente de integração entre o homem, o ambiente e a tecnologia, que sustenta a história de sucesso do café na região. O café produzido na região delimitada, ao longo dos anos, adquiriu notoriedade, tendo sido exportado para vários países e conquistado diversos prêmios nacionais e internacionais.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 13 de Janeiro de 2020


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Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

Os primeiros registros de cultivo do cafeeiro na região Oeste da Bahia datam do início do século XX, cultivos estes de pequena produção e notadamente nos vales úmidos da região. Nas décadas de 70 e 80, ocorreram alguns experimentos com o cultivo do cafeeiro e implantação de pequenas áreas na região do bioma cerrado, em localidades de 700 metros acima do nível do mar e em condição de sequeiro.

Os resultados dos experimentos com o cafeeiro cultivado em sequeiro, ainda que não tenham apresentado resultados significativos em produtividade, entusiasmaram alguns produtores a investirem na cafeicultura da região, desta feita com a adoção da tecnologia da irrigação, sendo, atualmente, 100% irrigada.

A história da cafeicultura no Oeste da Bahia pode ser dividida em duas fases: anos 1960/1970, época em que se plantava no sistema de sequeiro e apenas para subsistência, e a segunda fase, a partir de 1994, quando se iniciou o plantio comercial e irrigado. Entretanto, registros do início do século XX mostram que o café já era comercializado nessa época em Barreiras, um dos municípios que fazem parte da Indicação Geográfica.

Desde os anos 1990, o plantio de cafés tem se desenvolvido continuamente, representando cerca de 20% da produção total de café do estado da Bahia, segundo o Anuário do Café 2010. O Oeste da Bahia ocupa predominantemente área de Cerrado. O café nessa região é cultivado em áreas a partir de 700 metros de altitude. Diferentes agricultores, conjugando e aperfeiçoando suas experiências, foram responsáveis por tornar conhecida a região como centro produtor de café. Reportagens e diferentes documentos técnicos e acadêmicos mostram o conhecimento do nome “Oeste da Bahia” como local de produção de café.

A área demarcada da Indicação de Procedência Oeste da Bahia abrange os terrenos com altitudes a partir de 700 metros, dos seguintes municípios: Formosa do Rio Preto, Santa Rita de Cássia, Riachão das Neves, Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério, Catolândia, Baianópolis, Correntina, Jaborandi e Cocos.

Na região Oeste da Bahia, além do bioma cerrado, favorecem o cultivo cafeeiro o relevo formado por chapadas, encostas e vales, além dos solos profundos e diversificados. A região possui ainda boa disponibilidade hídrica, possuindo excelentes condições para a cafeicultura irrigada.

O café produzido no Oeste da Bahia é reconhecido pelo sabor agradável, com boa fragrância e aroma levemente frutado e floral, com excelente doçura e boa acidez. Esse é produzido sob condições de temperaturas médias que variam entre 22 e 26 °C, não havendo riscos de geadas, nem interrupções no desenvolvimento do cafezal durante o ano pela pouca variação na temperatura.

A pluviosidade média com cerca 1.600 mm está distribuída entre os meses de outubro e abril. No período seco, a compensação ocorre pela irrigação, a qual conta com grande disponibilidade de água subterrânea ou de superfície, de um dos maiores aquíferos do Brasil, o Urucuia. Este período seco gera grande contribuição para as operações de colheita e pós-colheita, pois não conta com chuvas.

Com luminosidade de aproximadamente 3.000 horas por ano e altitudes médias de 800 metros, são condições favoráveis para o bom desenvolvimento do café arábica. O relevo plano, típico do cerrado, tem permitido alta tecnificação em todas as fases do processo de produção. Estas condições, somadas ao perfil empresarial dos cafeicultores oriundos de regiões tradicionais de cultivo de café no Brasil, possibilitam a criação do cenário ora encontrado.

Cafés da espécie Coffea Arábica são cultivados em áreas acima de 700 metros de altitude em relação ao nível do mar na área demarcada, obtidos por meio de colheita mecanizada ou manual no pano. O catuaí vermelho é a variedade mais cultivada na região.

Os cafés da Indicação de Procedência Oeste da Bahia devem obter nota mínima de 75 (setenta e cinco) pontos, caracterizados por bebida com corpo acentuado, acidez positiva, leve doçura, sabor agradavelmente frutado, gosto remanescente prolongado e aroma floral com boa densidade, conforme metodologia SCAA (Associação Americana de Cafés Especiais).

Os produtores de café do Oeste da Bahia devem demonstrar o atendimento a um conjunto de requisitos relativos à rastreabilidade e segurança alimentar, responsabilidade social e responsabilidade ambiental na produção.

Para impulsionar o setor, a região conta com a atuação dos mais importantes fornecedores de máquinas e insumos, agentes financeiros, grandes exportadores estimulados pela presença do porto de Salvador a 900 km, juntamente com a organização setorial.

Esta dinâmica e moderna produção encontra-se aliada a preservação e monitoramento ambiental. As áreas produtivas encontram-se integradas às áreas de preservação ambiental, mantendo a flora e fauna local. Áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente são respeitadas nas fazendas, juntamente com o constante monitoramento do uso da água pelos Órgãos Ambientais competentes.

O café é reconhecido pelo seu sabor agradável, com aroma levemente frutado e floral, com excelente doçura e boa acidez.

Frente às condições naturais da região do Oeste da Bahia, os empresários dinamizaram o processo de produção através do investimento em tecnologia. Modernas máquinas e insumos são de uso comum, permitindo as maiores produtividades de café do Brasil.

As áreas produtivas encontram-se integradas às áreas de preservação ambiental, mantendo a flora e fauna local. Áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente são respeitadas nas fazendas, juntamente com o constante monitoramento do uso da água pelos órgãos ambientais competentes. Os aspectos sociais são cumpridos adequadamente, promovendo a saúde e segurança no trabalho, paralelamente à valorização do bem-estar humano. Dessa forma, está sendo possível implementar uma das mais modernas cafeiculturas do mundo, a qual alia produtividade e sustentabilidade.

Associação dos Cafeicultores do Oeste da Bahia – Abacafe
Endereço: Rua Sergipe, 388 – Centro
Município: Luís Eduardo Magalhães, BA | CEP: 47.850-000 | Telefone: (77) 3628-2356
E-mail: adm@abacafe.org.br

Dados Técnicos

Número: BR 402014000005-0
Nome Geográfico: Oeste da Bahia
UF: Bahia
Requerente: Associação dos Cafeicultores do Oeste da Bahia – Abacafe
Produtos: café verde em grãos, da espécie Coffea arábica
Data do Registro: 14/05/2019
Delimitação: L: abrange os terrenos com altitudes a partir de 700 metros, dos seguintes municípios: Formosa do Rio Preto, Santa Rita de Cássia, Riachão das Neves, Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério, Catolândia, Baianópolis, Correntina, Jaborandi e Cocos.

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Reconhecimento de Indicações Geográficas Brasileiras na União Europeia



Reconhecimento de Indicações Geográficas Brasileiras na União Europeia

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), o Ministério da Economia e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em parceria com a Delegação da União Europeia no Brasil (DELBRA), organizaram o Workshop Reconhecimento de Indicações Geográficas Brasileiras na União Europeia. O evento teve como objetivo qualificar a atuação das indicações geográficas brasileiras, indicando caminhos para viabilizar o seu reconhecimento na União Europeia.


24 de Junho de 2019

Palestras e debates

Sistema de Indicações Geográficas no Brasil | por Liliana Locatelli, perito nacional
Estrutura, procedimentos de controle e rastreabilidade da Indicação de Procedência de São Matheus | por Helinton H. Lugarini
Estrutura, procedimentos de controle e rastreabilidade da Denominação de Origem da Região do Cerrado Mineiro | por Juliano Tarabal
Procedimentos para proteção de IGs de terceiros países na União Europeia | por Ana Soeiro (Portugal)

Vídeos

IG São Matheus – Erva-Mate | por Helinton H. Lugarini


25 de Junho de 2019

Painel de Mercado Externo para as IGs brasileiras

Mercado Externo para IGs | por Miguel de Carvalho, analista de comércio exterior do Ministério da Economia
Mantiqueira de Minas | por Lucas Alckmin

Palestras

Pós-registo das IG na UE – Acompanhamento de mercado | por Ana Soeiro (Portugal)
A Instrução Normativa N.º 95/2018: o Registro de Indicação Geográfica | por Pablo Ferreira Regalado, chefe da Divisão de Exame Técnico do INPI, e Marcos Eduardo Pizetta Palomino, examinador da Divisão de Exame Técnico do INPI

IG – Tomé Açu

IG – Tomé-Açu

CACAU

As primeiras sementes de cacau foram introduzidas pelos imigrantes japoneses em 1929 na região de Tomé-Açu. Nos anos de 1970, com a implantação de um projeto para a recuperação da cultura cacaueira, o estado do Pará voltou a se tornar um grande produtor de cacau, transformando esse sistema produtivo em um modelo de produção reconhecido e premiado nacionalmente, com capacidade de geração de renda para os habitantes do município.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 08 de Janeiro de 2020


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Cacau de Tome-Açu.
Cacaueiro da Indicação Geográfica.
Sementes de cacau.
Secagem das sementes de cacau.
Processo de secagem das sementes.
Representação gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A contribuição do cultivo do cacaueiro no estado do Pará foi decisiva para o desenvolvimento de uma sociedade florescente no final do século XVII e começo do XVIII. Segundo os registros históricos, em 1687, no Pará foi instalada a primeira fábrica de chocolate do Brasil.

Não há como se negar a influência da cacauicultura no processo civilizatório da Amazônia, dados históricos mostram que o cacau representou 90,6% de todas as suas exportações no período de 1730 a 1744.

As primeiras sementes de cacau foram introduzidas na região de Tomé-Açu em 1929 pelos imigrantes japoneses, com o objetivo de estabelecer o cultivo de uma espécie perene, nativa da floresta amazônica, porém devido ao desconhecimento das técnicas de cultivo e do ataque de pragas, essa iniciativa não foi continuada.

Na década de 1970, com o declínio do monocultivo da pimenta-do-reino, aconteceu a reintrodução do cacau como uma cultura alternativa de geração de renda local, sob a orientação da CEPLAC – Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira.

Em 1976, a Organização Mundial de Saúde (OMS) proibiu o uso de óleo fóssil nos cosméticos, o que culminou numa grande demanda por amêndoa de cacau no mercado, levando assim a aumentar significativamente o seu preço.

Os agricultores ficaram motivados e plantaram mais de um milhão de cacaueiros em Tomé-Açu durante os anos de 1975 e 1976, transformando o sistema produtivo em um modelo de produção com capacidade de geração de renda em longo prazo e que, além de produzir frutas tropicais, essa renda foi complementada com a extração de produtos como: óleos nobres, borracha natural, madeiras legalizadas e outros produtos da Amazônia. O estabelecimento desse sistema conhecido hoje como sistema agroflorestal, originou mais de 100 (cem) combinações diferentes de consórcios, garantindo uma produção estável e contínua, bem como beneficiando a recuperação econômica da colônia japonesa. Esse sistema de produção foi reconhecido nos anos 2000 por vários prêmios de entidades oficiais no Brasil.

A delimitação da área autorizada de produção da Indicação de Procedência Tomé-Açu para o produto cacau está compreendida em toda a extensão territorial do município de Tomé-Açu, localizado no estado do Pará, conforme chancela da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca – SEDAP do estado do Pará.

O município de Tomé-Açú localiza-se no norte brasileiro, a uma latidude 02º25’08 sul e longitude 48º09’08” oeste, estando a uma altitude de 45 metros do nível do mar. O município possui uma população estimada em 61.095 habitantes distribuídos em 5.145,325 km2 de extensão territorial.

O relevo do município é caracterizado por compartimento topográfico bastante simples, tais como, baixos platôs aplainados (tabuleiros), terraços e várzeas, embora, na parte sul, sobressaiam baixas colinas. Insere-se no Planalto Rebaixado da região do Baixo Amazonas.
A vegetação representativa do município é a floresta densa dos baixos platôs, a densa de platôs, bastante alterada, ensejando o surgimento das florestas secundárias ou capoeiras.

O clima do Município de Tomé-Açu é quente e úmido. Caracteriza-se como clima tropical chuvoso e com estação seca bem definida, temperatura média anual entre 26,3 °C e 27,9 °C, umidade relativa entre 82% a 88%, precipitação média anual de 2.500 milímetros anuais, com distribuição mensal irregular, tendo um período (janeiro a abril) com maior intensidade de chuvas.

O Cacau (TheobromacacaoL.) é uma planta umbrófila de porte arbóreo e perene pertencente à família Malvaceae, gênero Theobroma. Chega a atingir 20 m de altura em condições silvestres, mas em condições de cultivo normalmente alcançam ao redor de 5 metros.

Das 22 espécies que compõem o gênero, apenas o Cacau e o Cupuaçu (Theobromagrandiflorum) são explorados comercialmente no Brasil. O cacaueiro é uma planta da classe das dicotiledôneas e, assim sendo, as sementes apresentam dois cotilédones que representam a parte economicamente aproveitável, sendo descartados a casca e o gérmen. É classificada também como uma planta cauliflora, pois as inflorescências se formam ao longo do tronco e ramificações secundárias e terciárias mais desenvolvidas, em estruturas denominadas almofadas florais, compostas de flores hermafroditas e pentâmeras, apresentando pétalas, sépalas, estames e estaminóides. Os órgãos reprodutivos encontram-se isolados por barreiras formadas pelos estaminóides e pétalas. O pólen é pegajoso, formando pequenos grumos, o que favorece a sua aderência à superfície de insetos, que comumente são os agentes polinizadores das flores.

É uma árvore típica de clima tropical, nativa da região de floresta úmida do continente Sul Americano, tendo como provável centro de origem as nascentes dos rios Amazonas e Orenoco. Constitui o principal fornecedor de matéria-prima para a fabricação do chocolate.

No sistema de produção em Tomé-Acú, as espécies arbóreas são utilizadas para sombreamento definitivo da cultura do Cacau, originando-se assim, o Sistema Agroflorestal de Tomé-Açu. Parte do sucesso da safra de cacau no Pará se deve a um trabalho científico que começou lá atrás. Há mais de 50 anos, pesquisadores realizam expedições na Amazônia em busca dos cacaueiros mais produtivos. É possível ver o resultado em um centro de pesquisa, na região metropolitana de Belém, onde existe uma coleção de árvores onde os cientistas estudam o material genético para produzir sementes de cacau de melhor qualidade.

Os pesquisadores da Ceplac, a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira, fizeram cruzamentos entre os pólens de 19 mil cacaueiros selecionados para chegar a sementes mais resistentes a pragas e doenças e até três vezes mais produtivas. 0 cacau que a Ceplac produz a partir dos híbridos que foram selecionados dessa coleção podem chegar a até três mil quilos por hectare.

Além dos reconhecimentos ao sistema de cultivo agroflorestal da região de Tomé-Açú, a qualidade das amêndoas de cacau tem se consolidado como resultados das atuações da CEPLAC e outras instituições nacionais e internacionais. Essa qualidade foi reconhecida pelo “Prêmio Internacional de Qualidade Cocoa of Excelence”, no Salão do Chocolate de Paris em 2010, o que contribuiu para a inserção da região no mercado mundial de chocolates finos e especiais.

O clima e o solo favoráveis colocam a cultura como uma alternativa agrícola rural sustentável na região. Áreas de pastagens degradadas estão sendo recuperadas com o cultivo consorciado a espécies florestais.

Atualmente, há cerca de 15 mil produtores no Estado, que geram cerca de 50 mil empregos diretos e indiretos. Além disso, as autoridades querem que a amêndoa seja processada no Estado, em vez de migrar para as indústrias de outras regiões.

A produção no Pará vem aumentando nos últimos anos. Em 2014, foram 88 mil toneladas de sementes de cacau. Um ano depois passou para 105 mil. Em 2016 chegou a 118 mil toneladas. Até 2022, o Pará quer alcançar 233 mil toneladas.

Associação Cultural e Fomento Agrícola de Tomé-Açu – ACTA
Endereço: Av. Dionísio Bentes, sem número – Vila Quatro Bocas | Município: Tomé-Açu/PA | CEP: 68.682-000
E-mail: acta_tomeacu@yahoo.com.br | Telefone: (91) 3734-1316

Dados Técnicos

Número: BR 402014000010-7
Nome Geográfico: Tomé-Açu
UF: Pará
Requerente: Associação Cultural e Fomento Agrícola de Tomé-Açu – ACTA
Produtos: Cacau
Data do Registro: 29/01/2019
Delimitação: Limites do município de Tomé-Açu/PA.

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IG – Sabará

IG – Sabará

O município de Sabará é conhecido nacionalmente pela produção de jabuticaba e de seus derivados. Os produtos autorizados da Indicação de Procedência são: licor de jabuticaba, geleia de jabuticaba, molho de jabuticaba, casca de jabuticaba cristalizada e compota de jabuticaba.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 13 de Fevereiro de 2019


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Jabuticada de Sabará.
Cachaça e geléia de jabuticaba.
Cachaça e geléia de jabuticaba.
Festival da Jabuticaba.
Produtos da Indicação de Procedência.
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

O município de Sabará realiza o Festival de Jabuticaba de Sabará, evento que ocorre sempre em meados do mês de outubro a dezembro (dependendo da safra da fruta) há 27 anos consecutivos. No festival são comercializados a fruta in natura e os produtos derivados de jabuticaba.

A produção é feita artesanalmente, sendo utilizadas diversas receitas tradicionais, passadas de geração a geração. A produção dos derivados é um elemento da manifestação cultural capaz de intensificar o envolvimento da comunidade no conhecimento de sua própria tradição, da sabedoria popular e especialmente da gastronomia. É onde ocorre a integração econômica, social e cultural que compõe um conjunto de significados determinantes do patrimônio cultural do município e que evoca um encantamento especial aos visitantes, por meio do seu entrosamento com os produtores de quitutes e com os diferentes sabores.

A área delimitada para a Indicação de Procedência “Produtos Derivados de Jabuticaba de Sabará” fica estabelecida nos limites político-administrativos do município de Sabará, localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais, e faz fronteira ao norte com o município de Taquaraçu de Minas, ao sul com os municípios de Nova Lima e Raposos, a leste com Caeté e a oeste com Belo Horizonte e Santa Luzia. Sabará está situada a 723 metros altitude e seu território possui área de 302,173 km2.

A produção de jabuticaba tem característica “temporária”. As jabuticabas são produzidas somente em épocas de chuva, o que as tornam indisponíveis no mercado ao longo do ano. Uma maneira inteligente de se aproveitar a safra, visto que os frutos maduros apodrecem rapidamente, é a produção de diversos derivados da jabuticaba.

Sobre a tecnologia de processamento dos derivados de jabuticaba, Sabará tem se apresentado com um diferencial competitivo muito grande, pois os processos de produção são muito específicos e transmitidos de geração a geração. O município se destaca ainda entre os 49 melhores produtores de derivados de um tipo de jabuticaba conhecido popularmente como Sabará.

A fruteira é adaptável a diversos tipos de solo, mas o cultivo deve ser feito preferencialmente em solos silico-argilosos, que devem ser profundos, bem drenados, férteis e ricos em matéria orgânica. O crescimento da árvore é lento, inicia a produção de frutas a partir do oitavo ano, prolongando-se por média de 35 anos. Uma jabuticabeira produz em média de 200 a 1000 kg de frutos por ano, o que se intensifica com a adubação. Os dois principais fatores que restringem a expansão do plantio são os custos e a dificuldade de colheita e a precariedade de conservação de seus frutos, já que o fruto deve ser colhido pronto para o consumo, e sua fermentação inicia logo após a lavagem da fruta.

Fazendo uso da tradição e do conhecimento da produção dos derivados da jabuticaba, os produtores instalados na área demarcada contribuem para o desenvolvimento econômico do município, por meio da comercialização dos derivados, cada um com seus sabores específicos. Esses produtores são conhecedores das receitas e processos produtivos tradicionais, conquistando um mercado cada vez mais abrangente e peculiar.

Associação dos Produtores de Derivados de Jabuticaba de Sabará – ASPRODEJAS
Endereço: Rua Carlindo Pinto, 36, sala 301 – Centro | Município: Sabará/MG | CEP: 34.505-400
E-mail: asprodejas@hotmail.com | Telefone: (31) 9 8800-4480

Dados Técnicos

Número: BR4020140000093
Nome Geográfico: Sabará
UF: Minas Gerais
Requerente: Associação dos Produtores de Derivados de Jabuticaba de Sabará – ASPRODEJAS
Produtos: Produtos derivados de jabuticaba
Data do Registro: 23/09/2014
Delimitação: A área delimitada para a INDICAÇÃO DE PROCEDÊNCIA “PRODUTOS DERIVADOS DE JABUTICABA DE SABARÁ” fica estabelecida nos limites político-administrativos do município de Sabará localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais, e faz fronteira ao norte com o município de Taquaraçu de Minas, ao sul com os municípios de Nova Lima e Raposos, a leste com Caeté e a oeste com Belo Horizonte e Santa Luzia. Sabará está situada a 723 metros altitude e seu território possui área de 302,173 km2. Sua localização é geograficamente determinada pelas coordenadas 19°53’11 “S, 43°48’24’W.

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IG – Região de Corupá

IG – Região de Corupá

A Região de Corupá é conhecida histórica e qualitativamente pela produção de bananas há mais de 150 anos. O diferencial da banana produzida nessa região é o sabor: doce por natureza.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 19 de Outubro de 2018


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Banana de Corupá.
Vista da região.
Cachos de banana.
Casa da região.
Vista do bairro.
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A Denominação de Origem da banana da Região de Corupá possui uma área de 857,3 km2 distribuídos pelos municípios catarinenses de Schroeder, Jaraguá do Sul, Corupá e São Bento do Sul.

São várias famílias rurais que se beneficiam da produção num ambiente que é único e inigualável, não só pelas peculiaridades de clima e de relevo, mas também pelo saber-fazer, pelas tradições e culturas locais.

O fruto banana, reconhecido para a Denominação de Origem Região de Corupá, compreende todas as variedades de banana do subgrupo “Cavendish” (popularmente conhecida como Nanicão).

As bananas produzidas na Região de Corupá são caracterizadas por um sabor doce mais pronunciado, sendo esse um dos aspectos mais importantes nos atributos sensoriais reconhecidos pelos consumidores.

O manejo integrado na região é favorecido pelas condições edafoclimáticas locais. A cultura da banana chega a receber até dez vezes menos aplicações de produtos químicos que em outras regiões produtoras. O diferencial da banana produzida na Região de Corupá é o sabor: “doce por natureza”, que também é atribuído pelas condições locais, que fazem com que o tempo necessário para a produção de um cacho de bananas seja maior quando comparado às demais regiões produtoras. Como consequência, ocorre maior acúmulo e transformação dos açúcares e ácidos naturais das frutas, resultando em bananas mais aromáticas e saborosas.

Os frutos produzidos em Corupá apresentam menor acidez e maior relação açúcar-acidez (SST/AAT). As oscilações ao longo dos meses mostram que os frutos sofrem grandes interferências do ambiente em que são produzidas, possivelmente devido às temperaturas baixas e aos índices de radiação solar durante o inverno e início da primavera

As frutas produzidas na Região de Corupá apresentam maior teor de K, Ca e Mn, e menores teores de Mg. Essa composição mineral, possivelmente, está associada às características qualitativas das frutas produzidas nesta região.

A qualidade “doce por natureza” é conferida pelas características geo-edafo-climáticas encontradas na área demarcada da Denominação de Origem Região de Corupá, principalmente pela formação geológica e climática dessa região.

No conhecimento popular, a área delimitada de abrangência da Região de Corupá é definida pelas montanhas e vale, delimitada naturalmente pela cadeia contínua de montanhas com produção de banana até a altitude de 600 metros, montanhas que formam as nascentes do Rio ltapocú nos município que integram a região, e são interrompidas na fronteira dos municípios de Jaraguá do Sul e Schroeder com Guaramirim, a jusante do Rio ltapocú, onde se encontra a entrada do “vale” para a Região Corupá.

O sistema produtivo da banana na área geográfica da Denominação de Origem Região de Corupá é estabelecido pelas etapas e critérios descritos no Caderno de Campo do produtor. Ele se aplica a todas as etapas de produção da banana e seus derivados isoladamente ou consolidadas, de acordo com as atividades exercidas pelo produtor, sejam elas: produção da banana, colheita e pós-colheita, armazenagem e climatização, agroindustrialização, distribuição e comercialização.

A banana da Região de Corupá potencializa os recursos humanos existentes, gerando postos de trabalho, contribuindo para a subsistência de inúmeras famílias que veem na bananicultura uma importante fonte de rendimento, melhorando a qualidade de vida das populações e fixando-as no meio rural.

A Denominação de Origem Região de Corupá é uma extraordinária mais-valia para a região e populações que trabalham dia-a-dia no setor, como: o incentivo à produção integrada e mais sustentável; a proteção do nome contra imitações e utilizações indevidas; estratégias de promoção e de mercado deste produto diferenciado em nome da região; o melhoramento do rendimento dos agricultores; a fixação da população rural; e uma proximidade aos consumidores, fornecendo-lhes informações relativas às características específicas dos produtos.

Associação dos Bananicultores da Região de Corupá – ASBANCO
Endereço: R. Agostinho Oliari, 181 – João Tozini | Cidade: Corupá/SC | CEP: 89.278-000
E-mail: eliane@asbanco.com.br

Dados Técnicos

Número: BR412016000003-6
Indicação Geográfica: Região de Corupá
UF: Santa Catarina
Requerente: FEMAP – Associação dos Bananicultores da Região de Corupá – ASBANCO
Produtos: Banana
Data do Registro: 28/08/2018
Delimitação: Compreende parte dos municípios de Schroeder, Jaraguá do Sul, Corupá e São Bento do Sul.

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IG – Marialva

IG – Marialva

A combinação das condições ambientais de Marialva ao nível tecnológico adotado e a diferenciação da qualidade das uvas finas de mesa produzidas resultou em reconhecimento e reputação nacional desses produtos. As particularidades das condições locais e dos sistemas produtivos geram características únicas, distinguindo a região pela produção de Uva Fina de Mesa em qualquer época do ano.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 06 de Setembro de 2018


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Vinícola.
Vista da região.
Uvas da Indicação Geográfica.
Escultura.
Caixas de carregamento de uvas.
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A história de Marialva com as uvas começou na década de 1960, com os descendentes japoneses da região – os primeiros a apostarem na uva. Com o tempo, as terras vermelhas daquela região começaram a ficar invalidadas pelas monoculturas mecanizadas, como a soja. Por isso, houve grande incentivo de instituições para que a uva ganhasse espaço.

Porém, ela começou a alcançar importância econômica no município somente no final da década de 1980 e início de 1990. 0 pioneiro na viticultura marialvense foi Toshikatsu Wakita, que erradicou seu cafezal para implantar a nova cultura, mesmo enfrentando dificuldades para conseguir as mudas para o plantio.

Apesar da existência de uva em outros espaços paranaenses, a fruta de melhor qualidade está em Marialva, em virtude de todo o histórico de conhecimento aplicado na atividade. A importância da uva para o município foi reconhecida pela população e tornou-se objeto de propaganda. Marialva é conhecida hoje como a “Capital da Uva Fina”, slogan presente em panfletos, na logomarca do governo municipal, em sites de empresas do município, dentre outros.

O município de Marialva, localizado na região noroeste do Paraná, é conhecido atualmente como Capital da Uva Fina de Mesa do Paraná e cerca de 1,4 mil hectares do município estão relacionados à viticultura, contando com 750 parreirais envolvendo aproximadamente 1,1 mil famílias. Cerca de 5,5 mil pessoas trabalham no cultivo da uva e outros 7, 5 mil empregos são gerados indiretamente (EMATER, 2006).

Possui uma área de 475,564 km2 representando 0,2386 % do Estado, 0,0844 % da região e 0,0056 % de todo o território brasileiro. Localiza-se a uma latitude 23°29’06” sul e a uma longitude 51°47’31” oeste, localizando-se muito próximo ao Trópico de Capricórnio. Sua população estimada em 2010 é de 31.972 habitantes.

A produção de uva no Paraná em 2008 foi de 101.500 toneladas; desse total, Marialva contribuiu com 42.808 toneladas, ou seja, mais de 42% do total. Em contrapartida, os municípios que ocupam o 2° e 3° lugar foram responsáveis, juntos, por menos de 10% da produção total (IBGE, 2008).

A uva é rica em cálcio, ferro, fósforo, magnésio, sódio e potássio; possui também vitaminas do complexo B e vitamina C.

Como características gerais:
a) As Cultivares aceitas são: Itália, Rubi, Benitaka, BRS Nubia e BRS Vitória.
b) Grupo: a Uva Fina de Mesa, de acordo com a presença de sementes ou não, e classificada em dois grupos:
Grupo I: constituído de variedades de uvas de mesa cujas bagas apresentem sementes;
e Grupo II: constituído de variedades de uvas de mesa cujas bagas não apresentem sementes.
c) Subgrupos: A coloração característica da variedade definirá a classificação da uva em dois subgrupos: I. Branco: composto de variedades de uvas de mesa cujas bagas apresentem a coloração verde, verde clara ou verde amarelada ; e II) Colorido: composto de variedades de uvas de mesa cujas bagas apresentem a coloração rosa, avermelhada ou preta.

A Associação Norte Noroeste Paranaense dos Fruticultores – ANFRUT tem por finalidade precípua, entre outras: “representar e coordenar os produtores de uvas de mesa da Região de Marialva, bem como suas associações e cooperativas, perante os organismos públicos e privados, nacionais e internacionais, com relação à proteção, promoção, uso e divulgação de direitos de propriedade intelectual relacionados com o território de procedência e origem da produção, na modalidade IP- Indicação de Procedência Marialva, conforme previsto na Instrução Normativa 2512013.

Associação Norte Noroeste Paranaense dos Fruticultores – ANFRUT
Endereço: Rua Guerino Ricieri, 47, Parque Industrial | Cidade: Marialva/PR | CEP: 86.990-000
Telefone: +55 (44) 3232 1292 | E-mail: anfrut@brturbo.com.br

Dados Técnicos

Número: BR402015000003-7
Indicação Geográfica: Marialva
UF: Paraná
Requerente: Associação Norte Noroeste Paranaense dos Fruticultores – ANFRUT
Produto: Uvas finas de mesa
Data do Registro: 27/06/2017
Delimitação: A área geográfica a ser protegida está restrita às regiões produtoras de uva dos municípios de Marialva e Sarandi, no estado do Paraná.

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IG – Região da Própolis Verde

IG – Região da Própolis Verde de Minas Gerais

A própolis verde produzida em Minas Gerais é reconhecida mundialmente por suas propriedades medicinais. As características do ambiente e da florada propiciam uma coloração diferenciada e fazem desse produto único no mundo.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 04 de Setembro de 2018


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Abelha da região.
Abelhas na colméia.
Processo produtivo da indicação geográfica.
Apicultores e colméias.
Colméia de própolis verde.
Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

As características topográficas do estado de Minas Gerais conferem à região altitudes elevadas, oscilando de 900 a 1500 metros. O clima predominante no estado é o tropical de altitude, com estações bem definidas, sendo o inverno seco e o verão chuvoso.

As regiões que apresentam produção de própolis verde apresentam solo ácido, com ph variando de 4 a 5,8 e altos teores de ferro, estando presentes em regiões com exploração de minério de ferro. Essa produção é mais presente nas áreas Sul, Centro Oeste e Leste do estado, distribuída em 102 municípios mineiros.

As características topográficas do estado de Minas Gerais conferem à região altitudes elevadas, oscilando de 900 a 1500 metros. O clima predominante no estado é o tropical de altitude, com estações bem definidas, sendo o inverno seco e o verão chuvoso.

As regiões que apresentam produção de própolis verde apresentam solo ácido, com ph variando de 4 a 5,8 e altos teores de ferro, estando presentes em regiões com exploração de minério de ferro. Essa produção é mais presente nas áreas Sul, Centro Oeste e Leste do estado, distribuída em 102 municípios mineiros.

Segundo estudo da Fundação Ezequiel Dias, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), a espécie Baccharis dracunculifolia (alecrim do campo) é a principal fonte de resina para abelhas no estado de Minas Gerais e possui os mesmos marcadores botânicos (tricomas glandulares, tricomas tectores e fragmentos de epiderme) utilizados para a determinação da origem botânica da própolis verde, localizados em seus ápices vegetativos.

Pesquisadores também observaram que o período no qual as abelhas mais coletam essa resina da espécie Baccharis dracunculifolia é o mesmo período da colheita da própolis verde em Minas Gerais. Os solos das regiões mineiras produtoras de própolis verde apresentam um perfil diferenciado, caracterizados pela maior presença de ferro, manganês, cobre, elevada acidez e pouco cálcio e magnésio.

A cor esverdeada da própolis tem relação com a presença da espécie Baccharis dracunculifolia, popularmente conhecida como alecrim do campo. A cor da própolis após retirada da colmeia é verde reluzente para aquelas refrigeradas até oito dias ou verde amarronzada por fora e reluzente por dentro para aquelas refrigeradas até um ano.

Em Minas Gerais, há predominância de abelhas africanizadas da espécie Apis mellifera, que se adaptaram melhor às condições climáticas do Brasil do que outras espécies. É autorizado a alimentação das abelhas com alimentos energéticos, como xarope de açúcar e melado. As colmeias devem apresentar uma distância mínima de 5 km de indústrias, áreas urbanas, rodovias e áreas agrícolas que apresentem o uso de agrotóxicos.

O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) instituiu a denominação de origem Própolis Verde de Minas Gerais, por meio da portaria nº 1.138/2011, considerando esse ativo como indicador de preferência no mercado nacional e internacional e considerando também os diversos estudos científicos realizados sobre a própolis verde produzida em Minas Gerais.

Federação Mineira de Apicultura – FEMAP
Endereço: Rua Rua Hudson, 449 – Jardim Canadá | Cidade: Nova Lima/MG | CEP: 34.000-000
Telefone: +55 (31) 3581-8555 | Site: www.femapmg.com.br

Dados Técnicos

Número: BR412013000005-4
Indicação Geográfica: Região da Própolis Verde de Minas Gerais
UF: Minas Gerais
Requerente: FEMAP – Federação Mineira de Apicultura
Produtos: Própolis verde
Data do Registro: 06/09/2016
Delimitação: A região delimitada “Região da Própolis Verde de Minas Gerais” está compreendida entre as coordenadas 42º50’24”W a 47º24’10”W de longitude e 18º14’02”S a 22º51’18”S de latitude, e é composta por cento e dois municípios conforme anexo único da portaria IMA nº 1603, de 18 de abril de 2016.

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IG – Maués

IG – Maués

Conhecido como a terra do guaraná, Maués ganhou notoriedade mantendo o processo produtivo tradicional e a produção familiar. Nativo da região amazônica, o guaraná encontrou em Maués o lugar ideal para seu plantio e desenvolvimento.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 10 de Agosto de 2018


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Guaraná de Maués.
 Estufa.
 Mudas de guaraná.
 Semente do guaraná.
 Semente descascada.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

Os primeiros habitantes de Maués consistiam nos índios das tribos mundurucus e maués (mawé), que já plantavam o guaraná e utilizavam a bebida para fins medicinais. Na linguagem tupi, Mauuêu se traduz como papagaio curioso, falante ou inteligente. O nome foi adaptado para à língua portuguesa e assim hoje é conhecido como Maués.

Os portugueses chegaram na região por volta de 1639, mas somente em 1892 que foi criado o município de Maués, por meio de lei estadual. A agricultura sempre predominou como atividade econômica na região, principalmente com o guaraná. Em 1963, a empresa Antarctica se instalou na região com uma fábrica de extração de incenso do guaraná.

O cultivo do guaraná no município se intensificou na década de 1980 aliado a chegada de imigrantes de diversas partes do Brasil e do mundo, e assim propiciou um maior desenvolvimento econômico e atração de turistas. Até essa década, o guaraná de Maués correspondia a quase 90% da produção nacional.

Maués está localizado na parte leste do estado do Amazonas, na divisa com o estado do Pará, na margem direita do rio Maués-Açú. A área do município é de aproximadamente 40.000 km², compreendendo 93 comunidades cadastradas no IBGE. O clima é caracterizado por ser tropical chuvoso, ideal para o plantio do guaraná.

O município também é reconhecido pelas suas belezas naturais, como as praias que surgem na época da estiagem, o encontro das águas dos rios Maués-Açú e Urariá, a Floresta Estadual de Maués, a Floresta Nacional do Pau Rosa, o Parque Nacional do Jurena, cachoeiras, grutas, dentre outros.

O guaraná é nativo da floresta amazônica. A palavra vem do termo indígena waraná, que significa árvore que sobe em outra. Consiste em arbusto semi-erecto e lenhoso que se acopla a árvores de grande porte.

O guaraná cultivado em Maués apresenta maior teor de cafeína, entre 3 a 5%. Essa característica fez com a bebida se tornasse conhecida pelos indígenas como “elixir de longa vida”. Atualmente, o principal subproduto do guaraná é a produção de refrigerantes, mas também é transformado em xarope, cosméticos e fármacos.

O guaraná de Maués representa um produto da biodiversidade brasileira e que faz parte de uma tradição iniciada pelas tribos indígenas e mantida até hoje por famílias de produtores. A região já foi responsável por quase toda a produção de guaraná no Brasil, hoje se diferencia no mercado pela sua qualidade e origem.

Associação dos Produtores de Guaraná da Indicação Geográfica de Maués
Endereço: Estrada dos Moraes, km 01, s nº | Cidade: Maués/AM
Telefone: +55 (92) 99367-1924 | E-mail: igguaranademaues@gmail.com

Dados Técnicos

Número: BR402015000001-0
Indicação Geográfica: Maués
UF: Amazonas
Requerente: Associação dos Produtores de Guaraná́ da Indicação Geográfica de Maués
Produto: Guaraná
Data do Registro: 16/01/2018
Delimitação: A área delimitada pela Indicação Geográfica Maués corresponde à área circunscrita na região do município de Maués, no Estado do Amazonas, excetuando-se a área da Terra Indígena Andirá́-Maraú, localizada na porção nordeste do Município.

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IG – São Matheus

IG – São Matheus

A cultura da erva-mate (Ilex paragiiariensis St. Hil), uma planta cujas folhas e ramos finos são beneficiados para posterior comercialização, tem grande valor comercial em muitos estados do Brasil, além de ser um elemento indissociável da dieta alimentar de parte da população, também tendo um alto valor terapêutico. Na região de São Mateus do Sul, sua produção se diferencia por fatores como ambiente de cultivo, tipos de semente, nutrição do solo e podas.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 9 de Agosto de 2018


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Erva Mate de São Mateus.
 Folha da erva mate.
 Folhagem da erva mate.
Muda de erva mate.
Chimarrão de erva mate.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

O estado do Paraná tem em sua bandeira, símbolo visual de maior representatividade de um estado, um galho de erva-mate e um galho de araucária, evidenciando a importância dessas duas plantas para o estado. A exploração da erva-mate ajudou na colonização do Paraná, na sua emancipação e na formação do povo paranaense.

Apesar de a produção de erva-mate ocorrer em diversos municípios, desde a sua colonização, a região de São Matheus se destacou, tendo sido citada sua qualidade e fama em vários relatos históricos.

A produção de erva-mate nessa região foi e ainda é uma atividade econômica que envolve milhares de propriedades rurais, mostrando-se um cultivo adequado ao modelo fundiário local.

A região de São Mateus do Sul possui condições climáticas peculiares. O volume colhido a cada ano, em áreas de ocorrência natural da planta (ervais nativos), torna a região uma das maiores fornecedoras de erva-mate do país, respondendo por 14% da produção. Isso permite que o ambiente favoreça o desenvolvimento da atividade e é capaz de conferir tipicidade à erva-mate colhida e aos produtos elaborados.

Cabe notar que os efeitos do clima não se restringem à erva-mate. A produção da erva-mate se dá em consórcio com outras espécies florestais, nativas da região, cujo crescimento e desenvolvimento também são afetados pelo clima local. Assim, a interação entre clima, plantas do consórcio e erva-mate são fatores de grande relevância para qualidade do produto.

Os produtos da Indicação de Procedência São Matheus são elaborados a partir de partes vegetais de erva-mate (Ilex paraguariensis St Hill.) 100% procedentes da região delimitada para esta indicação.

São protegidos pela Indicação de Procedência os produtos elaborados com erva-mate, definidos pela legislação brasileira: sementes de erva-mate; mudas de erva-mate; erva-mate cancheada; erva-mate para chimarrão, erva-mate para tererê e chá mate.

O grande objetivo da Associação dos Amigos da Erva Mate de São Mateus é construir, gerir e promover a Indicação Geográfica São Matheus para os produtos originados da cadeia produtiva da erva-mate na região. Em geral, pode-se dizer que a Indicação Geográfica promove a proteção do território no que tange à tradição na produção da erva-mate.

Diferenciada pelo paladar suave, típico da região, e especialmente pelo sistema de produção, erva-mate da região é cultivada historicamente em meio à floresta de araucária, de forma harmônica, que aliado às características de solo e clima locais, conferem ao produto um sabor leve, que agrada ao consumidor brasileiro e de outros países, como o Uruguai, onde ele é amplamente comercializado.

A erva-mate apresenta compostos minerais e metabólicos secundários de interesse para o ser humano. Esta espécie apresenta a característica de acumular alcalóides em sua composição química. Em grande parte consumida na forma de chimarrão e chás, a quantidade de minerais ingeridos junto às bebidas de erva-mate são importantes do ponto de vista da saúde humana.

Associação dos Amigos da Erva Mate de São Mateus
Endereço: Rua Barão do Rio Branco, 1376. Vila Prohmann | Cidade: São Mateus do Sul/PR | CEP: 83.900-000
Telefone: +55 (42) 3532-1336 | Site: igmathe.com.br | E-mail: sindimate@fiepr.org.br

Dados Técnicos

Número: BR402015000011-8
Indicação Geográfica: São Matheus
UF: Paraná
Requerente: Associação dos Amigos da Erva Mate de São Mateus
Produto: Erva-mate
Data do Registro: 27/06/2017
Delimitação: municípios de Antônio Olinto, Mallet, Rebouças, Rio Azul, São Mateus do Sul e São João do Triunfo, no estado do Paraná.

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IG – Região São Bento De Urânia

IG – Região São Bento De Urânia

O território de São Bento de Urânia é tão propício para o cultivo de inhame que ao longo do tempo a região desenvolveu a sua própria cultivar do tubérculo, o Inhame São Bento. Uma tradição que fez com que hoje a região seja conhecida nacionalmente como a capital do inhame.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 20 de Julho de 2018


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Sistema de irrigação do inhame de São Bento de Urânia.
 Inhame.
 Inhame servido como petisco.
 Inhame da indicação geográfica.
 Produtor da indicação geográfica.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A história do cultivo de inhame na região de São Bento de Urânia se inicia com a chegada de imigrantes italianos na região, por volta do ano de 1887. Inicialmente, a cultura do inhame localizava-se em brejos, cerca de córregos, mas ao longo do tempo foi verificando que a plantação era mais viável em terrenos secos, devido à facilidade do plantio e colheita.

Dentre as variedades de inhame plantadas em território capixaba estão o Inhame Chinês; Inhame Branco do Brejo; Inhame Rosa Italiano. Atualmente, a região também conta com o Inhame São Bento, cultivar de inhame genuinamente capixaba, que apresenta produtividade superior às outras variedades.

São Bento de Urânia ganhou esse nome devido à existência de minas de urânio e também de pedras preciosas. Seu lema é “ora e labora”, ou seja, oração e trabalho, o que demonstra o caráter religioso dos moradores da região.

São Bento de Urânia faz parte da zona rural de Alfredo Chaves, município capixaba, localizado ao sul do estado. A região é um dos maiores produtores de inhame do Brasil e por isso o município de Alfredo Chaves é conhecido como a Capital do Inhame, sendo que cerca de 80% dessa produção vem da região de São Bento de Urânia.

A região apresenta clima ameno e solo arenoso, propício para a plantação de inhame. A temperatura da região varia de 2 graus Celsius no inverno a 30 graus no verão e a altitude da área de plantio está entre 800 e 1200 metros. O relevo da região consiste tanto em planícies próximas ao rio quanto em áreas montanhosas.

Originário do sudeste asiático, o inhame é plantado desde a antiguidade. Este tubérculo possui elevado valor nutritivo e energético, contendo vitaminas e sais minerais. O inhame contém grânulos pequenos, assim é um alimento de fácil digestibilidade.

Somente podem utilizar o selo da Indicação Geográfica São Bento de Urânia os inhames da variedade São Bento. Essa variedade foi registrada como cultivar no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em 2008, pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).

O inhame já faz parte da economia e da cultura de São Bento de Urânia. O plantio e comercialização do inhame é um importante fator de geração de emprego e renda para as famílias, e desde 2007 é realizada anualmente a Festa do Inhame, que comemora o início do ciclo da colheita do tubérculo. Há também uma governança local de instituições de apoio que auxiliam os produtores nos quesitos de boas práticas agrícolas, produtividade e qualidade.

Associação dos Produtores de Inhame São Bento do Espirito Santo – APISBES
Endereço: Sítio Cantina Italiana Gratieri, S/N, Distrito de Urânia |
Cidade: Alfredo Chaves/ES | CEP: 29.240-000
Telefone: +55 (27) 9 9962-8502 | E-mail: gratieri2012@gmail.com

Dados Técnicos

Número: BR402014000004-2
Indicação Geográfica: Região São Bento de Urânia
UF: Espírito Santo
Requerente: Associação dos Produtores de Inhame São Bento do Espirito Santo – APISBES
Produto: Inhame
Data do Registro: 20/09/2016
Delimitação: A área delimitada da Indicação de Procedência “Região São Bento de Urânia” para inhame abrange os municípios de Alfredo Chaves, Castelo, Domingos Martins, Marechal Floriano, Venda Nova do Imigrante e Vargem Alta conforme laudo da delimitação da área.

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IG – Venda Nova do Imigrante

IG – Venda Nova do Imigrante

Venda Nova do Imigrante é referência no Brasil pela receptividade com o turista, que é atraído pela boa gastronomia, belas paisagens e clima agradável. O socol já consiste em um dos principais atrativos do agroturismo na região.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 20 de Julho de 2018


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Produto da indicação geográfica.
 Socol.
 Associação.
 Vista da região.
 Socol fatiado.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

O socol foi introduzido no Brasil por imigrantes italianos de Treviso, da região de Vêneto, por volta da década de 1880. Essas famílias se instalaram em Venda Nova do Imigrante em busca de terras férteis, clima agradável e água potável.

No início, devido ao alto custo de produção e pelo tempo de maturação, o produto era consumido ocasionalmente pelas famílias em ocasiões especiais. Era também servido a visitantes ilustres como prato principal. Soma-se a isso o fato de que na época não existia sistema de refrigeração e assim os produtores curtiam a carne para conservá-la.

O modo de preparo do socol se manteve ao longo dos anos, conforme a tradição vinda da Itália. O agroturismo na região contribuiu para dar mais visibilidade ao socol. Atualmente, é realizada a Festa do Socol em Venda Nova do Imigrante com o objetivo de atrair turistas e difundir a cultura.

O município Venda Nova do Imigrante foi emancipado de Conceição do Castelo e criado por meio da Lei nº 4.069/1988. A área delimitada abrange oito regiões do município de Venda Nova do Imigrante, que se localiza na região Serrana do estado do Espírito Santo.

O clima da região é frio e úmido, com temperatura média de aproximadamente 18,5 graus, e o relevo é montanhoso, com altitude variando de 630 a 1550 metros. A região possui vegetação nativa e diversas nascentes que contribuem para a bacia do rio Itapemirim.

O Socol é um tipo de presunto cru, ou seja, um embutido, envolto numa capa protetora. Inicialmente, ele era feito a partir da carne do pescoço de suínos. Atualmente, utiliza-se o lombo do porco para deixar o produto menos gorduroso. O clima frio é essencial para produção do socol por possibilitar a proliferação de fungos que curam a carne.

Os ingredientes autorizados para elaboração do socol são: lombo de carne suína resfriada, peritônio suíno, sal, pimenta-do-reino, alho. Para saborear esse produto diferenciado, é recomendado que se fatie o mais fino possível e que ele não seja cozido.

Até 1989, a produção de socol era para consumo próprio, a partir desta data ela começa a ganhar um caráter comercial como forma de complementar a renda das famílias. Atualmente, o socol é um dos principais produtos e um dos destaques do agroturismo da região.

Associação dos Produtores de Socol de Venda Nova do Imigrante
Endereço: Rodovia Pedro Cola, Km 04. Bairro Providência | Cidade: Venda Nova do Imigrante/ES | CEP: 29.375 -000
Telefone: +55 (28) 9 9921-1383 | E-mail: socol.associacao@gmail.com

Dados Técnicos

Número: BR4020140000026
Indicação Geográfica: Venda Nova do Imigrante
UF: Espírito Santo
Requerente: Associação dos Produtores de Socol de Venda Nova do Imigrante
Produto: Socol
Data do Registro: 12/06/2018
Delimitação: A área a ser considerada como indicação de procedência está localizada na parte nordeste do município de Venda Nova do Imigrante, localizado no Estado do Espírito Santo abrangendo as regiões de: Alto Bananeiras, Bananeiras, Lavrinhas, Sede, Tapera, Alto Tapera, Santo Antônio da Serra e Providência.

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IG – Cruzeiro do Sul

IG – Cruzeiro do Sul

A qualidade da farinha de Cruzeiro do Sul é fruto de um saber fazer passado por gerações, uma produção artesanal e familiar. Tudo isso confere à farinha sabor, aroma, coloração e consistência que é reconhecida e apreciada há anos.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 9 de Agosto de 2018


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Mandioca da Indicação Geográfica.
 Produção da farinha de mandioca.
 Farinha de mandioca da Central Juruá.
Mandioca descascada.
Farinha de mandioca.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A mandioca é originária da região amazônica, sendo cultivada na América Tropical há mais de 5000 anos. Já a produção de farinha foi introduzida na região por famílias de imigrantes nordestinos, no início do século XX. Tem-se registro da criação da Associação Agrícola do Juruá, que reuniu produtores rurais, como os que produziam farinha de mandioca em Cruzeiro do Sul.

A migração para o Acre foi marcada por pessoas que atuaram como seringueiros, aproveitando do ciclo da borracha. Com a queda do preço da borracha e visando preservar as terras, foram desenvolvidas e consolidadas outras culturas na região, como a da farinha de mandioca.

Atualmente, no estado do Acre, a farinha de mandioca é processada de forma artesanal, utilizando matéria-prima e mão-de-obra provenientes da agricultura familiar. A qualidade da farinha e a segurança do alimento são destaques, fruto do trabalho dos produtores juntamente com as entidades de apoio.

A área delimitada da Indicação de Procedência abrange os municípios de Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Cruzeiro do Sul, Porto Walter e Marechal Thaumaturgo, o que corresponde à área do Vale do Juruá. Essa região se localiza na fronteira com o Peru, no extremo oeste do estado do Acre, e consiste em um dos Territórios da Cidadania.

Em 2009, foi feito um mapeamento com georreferenciamento da produção de farinha na região do Vale do Juruá. Das 904 casas de farinha identificadas, aproximadamente metade se localizam no município de Cruzeiro do Sul.

Um dos principais produtos desidratados da mandioca é a farinha. O processo de fabricação da farinha de mandioca na região é caracterizado por ser uma atividade familiar e comunitária e por ser uma herança, passada de pais para filhos.

A farinha de mandioca da região é reconhecida pela sua qualidade, crocância, granulometria uniforme, torra e pelo sabor inconfundível. Podem utilizar o selo da Indicação Geográfica Cruzeiro do Sul a farinha elaborada a partir da mandioca das seguintes cultivares: Branquinha, Caboquinha, Mansa-e-Brava, Cumaru, Curimêm, Chico Anjo e Mulatinha, além de utilizar no processamento da farinha no mínimo 95% de mandioca produzida na área delimitada.

Ao longo dos anos, foi se consolidando na região uma governança de instituições de apoio que auxiliam os produtores no processo de melhoria contínua do processo produtivo e no resgate histórico e consolidação do saber fazer desse produto diferenciado.

Central das Cooperativas dos Produtores Familiares do Vale do Juruá – CENTRAL JURUÁ
Endereço: Rua Rego Barros, nº 37 – Centro | Cidade: Cruzeiro do Sul/AC
Telefone: +55 (68) 3322-6534 | E-mail: centraljuruaczs@gmail.com

Dados Técnicos

Número: BR402015000001-0
Indicação Geográfica: Cruzeiro do Sul
UF: Acre
Requerente: Central das Cooperativas dos Produtores Familiares do Vale do Juruá – CENTRAL JURUÁ
Produto: Farinha de mandioca
Data do Registro: 22/08/2017
Delimitação: A área geográfica delimitada para a indicação de procedência “Cruzeiro do Sul” é coincidente com a área da Regional Juruá, estando localizada na Região Oeste do Estado do Acre, abrangendo os municípios de Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Cruzeiro do Sul, Porto Walter e Marechal Thaumaturgo.

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IG – Sul da Bahia

IG – Sul da Bahia

Reconhecidas no mundo pela qualidade, as amêndoas de cacau do Sul da Bahia também se traduzem em sustentabilidade por contribuir na preservação da Mata Atlântica e na manutenção da tradição cacaueira, além de gerar renda para os produtores da região.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 9 de Agosto de 2018


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Cacau da Indicação Geográfica.
 Cacaueiro.
 Embalagem do produto.
Cacauicultor.
Carregamento de cacau.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

Originário das zonas equatoriais das Américas, sendo cultivado por maias e astecas, o cacau se espalhou da cabeceira do rio Amazonas em duas direções: América do Sul e América Central. As primeiras variedades de cacaueiro cultivadas na Bahia foram o Comum, o Maranhão e o Pará. A Comum foi introduzida no Estado em 1746 por Luiz Frederico Warneau, tendo se propagado pelos vales dos rios Jequitinhonha e Pardo.

Já a variedade Maranhão foi introduzida na Bahia em 1874 por Frederico Steiger no município de Ilhéus. Por fim, a Pará era aquela com maior relevância, uma vez que representava cerca de 75% dos cacaueiros baianos. Por muito tempo, o cacau significou prosperidade para os produtores e para a região.

O cacau é uma planta frágil e suscetível a doenças. A partir do final da década de 1980, a região entrou em crise devido à doença conhecida como vassoura-de-bruxa, que dizimou a plantação de cacau na região. Após intenso trabalho dos produtores e entidades de apoio, o Sul da Bahia ressurge e se consolida mais uma vez como um centro produtor de amêndoas de cacau de qualidade.

O cacaueiro é uma espécie arbórea que cresce em clima tropical úmido, em latitudes de até 20 graus de distância em relação à linha do Equador. A produção do cacau requer umidade, calor e sombra.

A região é caracterizada pela Mata Atlântica. Para preservação dessa vegetação, foi desenvolvido um modelo de produção orgânico, conhecido como cabruca, no qual os cacaueiros crescem às sombras das árvores da Mata Atlântica.

Podem utilizar o selo da Indicação Geográfica Sul da Bahia todas as amêndoas de cacau da espécie Theobroma cacao L., com exceção das variedades transgênicas. Já os sistemas de produção utilizados deverão ser baseados em sistemas agroflorestais do tipo: Cacau – Cabruca; Cacau com Erytrina; Cacau com Seringueira; dentre outros, desde que o cacau seja a cultura principal.

A qualidade das amêndoas de cacau compreende as seguintes características: índice de fermentação mínimo de 65%, aroma natural livre de odores estranhos e teor de umidade inferior a 8%.

A cultura cacaueira ressurge na Bahia com a produção de cacau fino, amparados por uma longa tradição familiar vinculada ao cacau e um investimento em novas técnicas e manejo sustentável. A região se posiciona como um dos principais centros no mundo de produção de cacau de qualidade.

Associação dos Produtores de Cacau do Sul da Bahia
Endereço: Praça do Cadete, 06 – São Sebastião | Cidade: Ilhéus/BA | CEP: 45.659-080
Telefone: +55 (73) 9 9938-1390 | E-mail: cacausulbahia.ig@gmail.com

Dados Técnicos

Número: BR402014000011-5
Indicação Geográfica: Sul da Bahia
UF: Bahia
Requerente: Associação dos Produtores de Cacau do Sul da Bahia
Produto: Amêndoas de cacau
Data do Registro: 24/04/2018
Delimitação: Situada entre os paralelos 13o03’ e 18o21’ sul e os meridianos 38o51’ e 40o49’ a oeste de Greenwich, fazendo parte da área geográfica da Indicação de Procedência Sul da Bahia os seguintes municípios: Aiquara. Alcobaça, Almadina, Apuarema, Arataca. Aurelino Leal, Barra do Rocha, Barro Preto, Belmonte, Boa Nova, Buerarema, Caatiba, Camacan, Camamú, Canavieiras, Coaraci, Cravolândia, Dário Meira, Eunápolis, Firmino Alves, Floresta Azul, Gandú, Gongogi, Guaratinga, Ibicaraí, Ibicuí, Ibirapitanga, Ibirataia, Igrapiúna, Iguaí, Ilhéus, Ipiaú. Itabela, Itabuna, Itacaré, Itagi, Itagibá, Itagimirim, Itaju do Colónia, Itajuípe, Itamaraju, ltamari, Itambé, Itanhém, Itapé, Itapebi, Itapitanga, Itororó, Ituberá, Jaguaquara, lequié, Jiquiriçá, Jitaúna, Jucuruçu, Jussari, Laje, Maraú, Mascote, Mucuri, Mutuípe, Nilo Peçanha, Nova Canaã, Nova Ibiá, Nova Viçosa, Pau Brasil, Pirai do Norte, Porto Seguro, Potiraguá, Prado, Presidente Tancredo Neves, Santa Cruz Cabráiia, Santa Cruz da Vitória, Santa Luzia, São José da Vitória, Taperoá, Teolândia, Ubaíra, Ubaitaba, Ubatã, Una, Uruçuca, Valença, Wenceslau Guimarães.

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IG – Oeste do Paraná

IG – Oeste do Paraná

O mel do Oeste do Paraná é oriundo da flora de reflorestamentos em áreas de preservação permanente às margens do Lago de Itaipu que aliado ao clima e a topografia dão o diferencial ao produto que tem elevada aceitação comercial e oferece princípios ativos que promovem a melhora da vitalidade corporal.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 9 de Agosto de 2018


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Mel orgânico da Indicação Geográfica.
 Produtos da COOFAMEL.
 Mel da cooperativa.
Favo de mel.
Potes de mel de diferentes volumes.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A atividade apícola paranaense já era conhecida desde a década de 1950 e na região Oeste do Paraná a atividade começou a se organizar na década de 1990 com o surgimento de várias associações de apicultores que mais tarde criaram a COOFAMEL -Cooperativa Agrofamiliar Solidária.

Pela sua vocação agrícola, a região traz a produção de mel como mais uma atividade para agregar valor às propriedades rurais dos pequenos produtores. A grande fartura hidrográfica e de áreas verdes preservadas, apoiada por melhorias técnicas da produção e de gestão, fizeram o Oeste do Paraná um dos produtores de mel de alta qualidade com interesse também de compradores internacionais.

A região Oeste do Paraná está localizado a oeste do Estado do Paraná sendo composta por cinquenta municípios. Seu relevo é plano e pouco ondulado com solos férteis e pouca susceptibilidade à erosão. Os verões são quentes, com geadas pouco frequentes e chuvas concentradas nos meses de verão.

As características climáticas descritas são propícias para a agricultura da região. As margens do reservatório de Itaipu com muitas áreas de proteção ambiental, com uma mata jovem e diversificada, trazem a diferenciação para a produção do mel.

Enquanto a média nacional é de 1 kg por caixa, na região Oeste do Paraná consegue-se até 2,5 kg por caixa, destacando-se a coloração suave, amarela, quase transparente de sabor floral e agradável, características bem aceitas pelo mercado, sendo que um dos locais mais indicados para a cultura fica entre Cascavel, Santa Tereza do Oeste, Lindoeste, Santa Lúcia e Capitão Leônidas Marques.

Na Região Oeste do Paraná existem cerca de dois mil produtores da agricultura familiar, somando o equivalente a cinquenta mil colmeias. O produto é vendido em potes, sachês, pólen, própolis, mel de jatai para tosse e geleia real.

O mel é um alimento rico em cálcio, fósforo, carboidratos com diversas vitaminas, sais minerais, proteínas e aminoácidos de fácil digestão. Auxilia no controle de doenças cardiovasculares, no funcionamento do coração, protege o cérebro, o fígado, eficaz no tratamento de problemas respiratórios e pulmonares. Ativa as funções do cálcio e do fósforo nos ossos, dentes e unhas e ajuda na proteção da membrana das hemácias e do organismo contra substâncias carcinogênicas.

A COOFAMEL têm por objetivo congregar produtores e suas organizações locais afins, para promover a ampla defesa dos interesses econômicos, a integração, a solidariedade e o crescimento social e cultural dos seus associados, propiciarem o aumento de produção, a melhoria da qualidade de vida e promover a sustentabilidade da atividade rural, através da disseminação de novos conhecimentos e técnicas das áreas de apicultura, meliponicultura e agropecuária em geral.

COOFAMEL Cooperativa Agrofamiliar Solidária
Endereço: Rua Ângelo Catani, lote 01-4 PR 317, Centro | Cidade: Santa Helena/PR | CEP: 85.892-000
Telefone: +55 (45) 3268-2445 | E-mail: coofamel©hotmail.com

Dados Técnicos

Número: BR402015000012-6
Indicação Geográfica: Oeste do Paraná
UF: Paraná
Requerente: COOFAMEL Cooperativa Agrofamiliar Solidária
Produto: Mel de abelha Apis Melífera Escutelata (Apis Africanizada) e mel de abelha Tetragonisca Angustula (Jataí)
Data do Registro: 04/07/2017
Delimitação: A região delimitada do Oeste do Paraná engloba os municípios de: Anahy, Assis Chateaubriand, Boas Vista da Aparecida, Braganey, Cafelândia, Campo Bonito, Capitão Leônidas Marques, Cascavel, Catanduvas, Céu Azul, Corbélia, Diamantes do Sul, Diamantes do Oeste, Entre Rios do Oeste, Formosa do Oeste, Foz do Iguaçu, Guaíra, Guaraniaçu, Ibema, Iguatu, Iracema do Oeste, Itaipulândia, Jesuítas, Lindoeste, Marechal Cândido Rondou, Maripá, Matelândia, Medianeira, Mercedes, Missal, Nova Aurora, Nova Santa Rosa, Ouro Verde do Oeste, Palotina, Pato Bragado, Quatro Pontes, Rarnilândia, Santa Helena, Santa Lúcia, Santa Teresa do Oeste, Santa Terezinha de Itaipu, São José das Palmeiras, São Miguel do Iguaçu, São Pedro do Iguaçu, Serranópolis do Iguaçu, Terra Roxa, Toledo, Três Barras do Paraná, Tupãssi e Vera Cruz do Oeste.

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IG – Colônia de Witmarsum

IG – Colônia de Witmarsum

A área geográfica, delimitada da Indicação de Procedência Colônia Witmarsum, localiza-se na região dos Campos Gerais, no Município de Palmeira no Estado do Paraná. A Colônia Witmarsum se encontra na parte oriental do segundo planalto paranaense, não muito distante da escarpa conhecida regionalmente pela denominação Serrinha, Serra do Purunã e Serra das Almas. A Colônia é cortada pela Rodovia do Café (BR 376) e a BR 277 está à margem direita, entre os km 50 e 60. É constituída por um território de 7.800 hectares. Em uma latitude 25°25’46” sul e a uma longitude 50°00’23” oeste, e altitude de 865 metros.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 17 de Abril de 2018


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Vaca leiteira da Colônia de Witmarsum.
 Queijo colonial.
 Alimentação do rebanho.
 Produto da indicação geográfica.
Vaca leiteira de origem holandesa.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A base econômica da Colônia Witmarsum é proveniente de atividades agropecuárias, principalmente da pecuária leiteira, desde a sua fundação em 1951 por alemães de origem menonita.

O processamento do leite foi iniciado já nos primórdios da colônia, sendo a primeira usina criada em 1961, com foco na produção de queijos, nata, manteiga e comercialização de leite in natura e, pelas características climáticas da região, se tornaram um ingrediente especial na alimentação de seus moradores.

A área geográfica, delimitada da Indicação de Procedência Colônia Witmarsum, localiza-se na região dos Campos Gerais, no Município de Palmeira, no Estado do Paraná. Com uma altitude de 865 metros, possui um clima ameno no verão e frio no inverno, criando um ambiente para produção de leite de alta qualidade.

A delimitação da área geográfica da Colônia Witmarsum abrange as propriedades rurais que fornecem leite para a Cooperativa, os sistemas de produção de leite, a produtividade dos animais e a qualidade do leite, bem como a área de produção autorizada, assim como a indústria que processa o leite.

O queijo originário do leite das raças holandesa e pardo-suíça, possui uma coloração amarela, massa semi-mole, fechada, podendo ocorrer pequenas oleaduras. Externamente apresenta uma casca, de coloração amarela intensa, devido ao tratamento de urucum, de sabor suave, massa semi-mole, fechado e muito saboroso.

Atualmente, as 20 toneladas de queijo produzidas por mês abastecem mercados em todo o Paraná e em diversos outros estados brasileiros, sendo gradativamente conhecidos em nível nacional e concorrendo, à mesma altura, com produtos semelhantes de países com séculos de expertise na produção de lácteos, como Brie e Camembert e queijos maturados por fungos.

Dos 25 mil litros de leite processados diariamente, quase metade é destinada à produção de queijos finos. Em Curitiba, os queijos são frequentemente recomendados em jornais especializados e feiras gourmet, pelos sabores diferenciados e um histórico especial de produção que alia a tradição e a qualidade, regadas ao padrão de produção baseada na agricultura familiar.

A Cooperativa Agroindustrial Witmarsum tem por objetivo a representação dos produtores que fornecem leite para a produção de queijo Colônia Witmarsum. A expertise na produção de queijos é antiga entre os moradores da região e com a construção de usinas, ainda na década de 1960, a cooperativa passou a buscar um padrão na qualidade no leite para poder produzir queijos diferenciados.

A cooperativa industrializa a produção de leite de seus cooperados, incluindo a produção do queijo colonial e fornece o excedente de leite para empresas de alimentos. A combinação de métodos artesanais e padrões de qualidade é o trunfo de Witmarsum.

A fabricação dos queijos finos vem desde 2002 agregando valor à produção dos agricultores familiares, perpetuando as receitas criadas originalmente por um mestre queijeiro suíço e atendendo a consumidores mais exigentes.

Cooperativa Mista Agropecuária Witmarsum Ltda
Endereço: Avenida Presidente Ernesto Geisel, s/n° Colônia Witmarsum | Cidade: Palmeira/PR | CEP: 84.130-000
Telefone: +55 (42) 3254-4000 | E-mail: witmarsum@witmarsum.coop.br

Dados Técnicos

Número: BR402015000010-0
Indicação Geográfica: Colônia Witmarsum
UF: Paraná
Requerente: Cooperativa Mista Agropecuária Witmarsum Ltda.
Produto: Queijo
Data do Registro: 24/04/2018
Delimitação: A Colônia Witmarsum corresponde a delimitação da antiga Fazenda da Cancela no Município de Palmeira no Estado do Paraná. A Colônia Witmarsum se encontra na parte oriental do segundo planalto paranaense, não muito distante da escarpa conhecida regionalmente pela denominação Serrinha, Serra do Purunã e Serra das Almas. A Colônia é cortada pela Rodovia do Café (BR 376) e a BR 277 está à margem direita, entre os km 50 e 60. É constituída por um território de 7.800 hectares. Em uma latitude 25º25’46” sul e a uma longitude 50º00’23” oeste, e altitude de 865 metros.

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