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IG – Região Salinas

A produção artesanal de cachaça conferiu à região de Salinas uma importância ímpar, como expressão de suas potencialidades no contexto econômico, social e cultural. A cachaça artesanal de Salinas, genuína bebida nacional, é cada vez mais cobiçada pela sua qualidade e tradição.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação. 20 de Julho de 2018


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Barris onde a cachaça é armazenada.
 Cana de açúcar utilizada na produção de cachaça.
 Destilação artesanal da cachaça em alambiques de cobre.
 Etapa de fabricação da cachaça.
 Cachaça armazenada em colunas de inox.
 Representação Gráfica.

Sobre a Indicação Geográfica

A produção de cachaça artesanal iniciou-se no final do século XIX, seguindo os rastros da atividade pecuária, por ocasião do povoamento da região. Os escravos, que lidavam com o gado, tinham experiência em produzir a bebida.

Foi Balduíno Afonso dos Santos, que em 1876, fugindo da seca da Bahia, se instalou as margens do rio Serra Ginete, trazendo para a região as primeiras mudas de cana-de-açúcar caiana. No início do século XX, já havia alguma produção em escala comercial no município, visto a qualidade da cachaça produzida.

Na década de 1930, o fazendeiro João da Costa trouxe a variedade de cana Java. Esta se adaptou muito bem ao clima e solo, se espalhando rapidamente. As boas perspectivas para a fabricação tiveram início a partir da década de 1940, pelo fazendeiro Anísio Santiago, primeiro produtor a identificar e a legalizar a produção de cachaça artesanal.

A experiência positiva proporcionou o surgimento de novos produtores, iniciando uma atividade que mudou todo o panorama econômico da região: a produção da cachaça. A Região de Salinas vem se consagrando como maior pólo de produção da cachaça artesanal do Brasil.

A Região de Salinas, situada ao norte de Minas Gerais, é a principal referência na produção de cachaça artesanal no Estado. É a maior produtora do estado, tanto em volume quanto em número de marcas comercializadas.

A principal característica da sua produção é a uniformidade do solo e o clima semiárido. A região apresenta baixo índice pluviométrico, com média anual de 700 mm. As chuvas vão de novembro a março, época ideal para o plantio da cana-de-açúcar.

O uso de variedades de cana-de-açúcar apropriadas, o fermento orgânico natural, a higiene dos alambiques e a tradição dos produtores são fatores que fazem a diferença no processo da produção da cachaça artesanal.

A cachaça artesanal da Região de Salinas é obtida da destilação do mosto fermentado da cana-de-açúcar, produzida exclusivamente em alambiques e condensadores de cobre. É um produto tipicamente artesanal.

Embora haja outras espécies de cana na região, a Java, desde a década de 1930, é a principal variedade usada na produção. Apesar da implementação de novas tecnologias, em benefício da estrutura de produção, o método ainda é passado de geração a geração. Pode-se afirmar que as marcas das cachaças da Região de Salinas são as mais famosas do Brasil.

O curso superior da cachaça, implementado pelo Ministério da Educação, no ano de 2004, e a inauguração do Museu da Cachaça, em 2012, ambos na cidade de Salinas, são reflexos da importância econômica, histórica e cultural da Região de Salinas.

A fama e notoriedade da região consagradas pelo reconhecimento, vieram agregar valor de mercado à cachaça de Salinas. A Indicação de Procedência é fator essencial para a implementação de selos de controle no combate às falsificações e o meio de o consumidor identificar a verdadeira cachaça da Região de Salinas.

Associação dos Produtores Artesanais de Cachaça de Salinas – APACS
Endereço: Av. Antonio Carlos 1250, Casa Blanca – Museu da Cachaça | Cidade: Salinas/MG | CEP: 30.900-560
Telefone: +55 (38) 3841-3431 | Site: www.apacs.com.br | E-mail: apacs@apacs.com.br

Dados Técnicos

Número: IG200908
Indicação Geográfica: Região de Salinas
UF: Minas Gerais
Requerente: Associação dos Produtores de Cachaça de Salinas
Produto: Aguardente de cana tipo cachaça
Data do Registro: 16/10/2012
Delimitação: A área geográfica delimitada para produção possui uma área total de 2541,99 km², abrangendo a totalidade dos municípios de Salinas e Novorizonte e parte dos municípios de Taiobeiras, Rubelita, Santa Cruz de Salinas e Fruta de Leite, todos situados ao norte do estado de Minas Gerais.

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