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IG – Cerrado

Os queijos do Cerrado são considerados de alta umidade, sendo a prensagem manual com o auxílio de tecido dessorador, uma técnica de produção oriunda da tradição e herança cultural da região. São justamente tais técnicas que diferenciam e contribuíram para que o Cerrado se tornasse conhecido pela produção de queijos artesanais.

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação.21 de agosto de 2023


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Queijo
Maturação
Produção
Identificação dos queijos
Queijo
Queijos

Sobre a Indicação Geográfica

Portugueses e brasileiros foram para a região do Cerrado mineiro à procura de ouro e pedras preciosas. A farta distribuição de terras propiciou uma corrente migratória para a região onde gradualmente a pecuária passou a ser a nova fonte de recursos devido as suas pastagens naturais, que permitiram a formação dos primeiros rebanhos. Com o passar do tempo e o aumento dos rebanhos, a grande quantidade de leite produzida e não consumida estimulou a produção de queijos artesanais como forma de preservação daquele leite.

Orginalmente o queijo era consumido pelas famílias e/ou comercializado junto aos tropeiros que passavam pela região e distribuíam estes produtos para toda a comarca de Paracatu e províncias de São Paulo e Goiás. No século XIX, mais precisamente em 1872, chega a primeira ferrovia ao Triângulo Mineiro, a Cia. Mogiana de Estradas de Ferro. Em 1913, a ferrovia Rede Mineira de Viação alcança Campos Altos e, em 1916, a Serra do Salitre.

O melhoramento dos meios de transporte contribuiu para a organização socioeconômica, inclusive, facilitando o escoamento dos queijos produzidos nesta região, contribuindo para que o local se tornasse conhecido pela produção de queijos.

A área geográfica delimitada para a Indicação de Procedência do queijo do CERRADO corresponde à área delimitada dos municípios de: Abadia dos Dourados, Arapuá, Carmo do Paranaíba, Coromandel, Cruzeiro da Fortaleza, Guimarânia, Lagamar, Lagoa Formosa, Matutina, Patos de Minas, Patrocínio, Presidente Olegário, Rio Paranaíba, Santa Rosa da Serra, São Gonçalo do Abaeté, São Gotardo, Vazante, Tiros e Varjão de Minas.

O clima caracterizado na área delimitada é classificado como tropical de altitude, típico do cerrado, com temperatura média anual em torno de 22°C, chuvas distribuídas entre os meses de outubro a março, com índice pluviométrico médio em torno de 1.470 mm anuais;

A região caracteriza-se por possuir uma variação acentuada de tipos de solos, dependendo dos limites geográficos analisados. Há predominância de latossolo vermelho amarelo, embora se registre também a evidência de latossolo roxo. Em áreas mais inclinadas predominam os cambissolos. Há solos aluviais de média a alta fertilidade nas baixadas, todos são utilizados com maior ou menor intensidade na exploração pecuária, o que pode interferir nas características físico-químicas do queijo produzido na região.

O Queijo do Cerrado é fabricado a partir de leite de vaca cru integral, produzido e processado na propriedade de origem , recém ordenhado e filtrado, ao qual se adiciona a cultura Láctea natural, o chamado “Pingo”, o coalho industrializado e o cloreto de sódio (sal), maturado pelo período mínimo de 22 (vinte e dois) dias, ou pelo menor tempo que a legislação vier a definir.

Os queijos do Cerrado são considerados de alta umidade, sendo a prensagem manual com o auxílio de tecido dessorador, uma técnica de produção oriunda da tradição e herança cultural da região. São justamente tais técnicas que diferenciam e contribuíram para que o Cerrado se tornasse conhecido pela produção de queijos artesanais.

Queijos padrões são produzidos em formas cilíndricas de aproximadamente de 15 a 17cm de diâmetro e até 7 cm de altura. Os merendeiros são produzidos em formas cilíndricas de aproximadamente de 9cm de diâmetro e até 7 cm de altura. É também possível a produção de queijos de tamanho superior pelo produtor que possui demanda e o saber fazer desta prática.

Foi juntada ao processo a compilação de uma série de documentos e reportagens em veículos de comunicação, que relacionam o nome geográfico “Cerrado” com a produção de queijos artesanais. Notícias sobre a participação em concursos, tais como o concurso de queijos na cidade de Araxá que cita o Cerrado como sendo uma das regiões produtoras de queijo artesanal reconhecidas pelo Instituto Mineiro de Agropecuária e como produtora de “Queijo Minas Artesanal”. E também o 13º Concurso Estadual de Queijo Minas Artesanal, evento mencionado por mais de uma fonte através de diversas matérias citando o nome geográfico “Cerrado”.

Outras matérias em portais da internet especializados, ou não, citam o “Cerrado” como uma das regiões reconhecidamente produtoras de queijo, com matérias que discorrem sobre a tipicidade do queijo do “Cerrado”, afirmando tratar-se de um “terroir” propício a produção e ainda sobre como o queijo do Cerrado tem atraído consumidores de diversas regiões, citando, inclusive, algumas das características do produto. Em 2006 a criação do selo “Queijo do Cerrado” visava destacar que tais queijos deveriam ser consumidos mais cedo, pois a fase de maturação média conferia o típico sabor amanteigado e a consistência macia.

Associação de Produtores de Queijo Minas Artesanal do Cerrado – Associação Queijo do Cerrado
Endereço: – | Cidade: Carmo do Paranaíba – MG, Minas Gerais | CEP: –
Telefone: – | Site: https://www.queijodocerradomineiro.com.br/ | E-mail: contato@queijodocerradomineiro.com

Dados Técnicos

Número: BR402022000008-1
Indicação Geográfica: Cerrado
UF: Minas Gerais
Requerente: Associação de Produtores de Queijo Minas Artesanal do Cerrado – Associação Queijo do Cerrado
Produto: Queijo de leite de vaca cru integral
Data do Registro: 01/07/2023
Delimitação: Municípios de Abadia dos Dourados, Arapuá, Carmo do Paranaíba, Coromandel, Cruzeiro da Fortaleza, Guimarânia, Lagamar, Lagoa Formosa, Matutina, Patos de Minas, Patrocínio, Presidente Olegário, Rio Paranaíba, Santa Rosa da Serra, São Gonçalo do Abaeté, São Gotardo, Vazante, Tiros e Varjão de Minas, no estado de Minas Gerais.

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