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IG – Bragança

Distante 220 km de Belém, o município tem na farinha de mandioca um elemento socio-econômico-cultural histórico. Crocante e de sabor intenso, o produto possui reconhecimento internacional

Este assunto é de responsabilidade da Unidade de Inovação.07 de dezembro de 2021


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Mandioca
Produção de Farinha
Produção de Farinha
Produção de Farinha
Produção de Farinha
Representação gráfica

Sobre a Indicação Geográfica

A relação entre Bragança e a produção de farinha de mandioca é quase tão antiga quanto a origem do município, fundado no ano de 1613. Já nessa época, o produto fazia parte do cotidiano dos indígenas que viviam na região.

Contudo, foi a partir do final do século 19 que o produto ganhou mais espaço, com a chegada de migrantes do Nordeste do Brasil que foram para a região com objetivo de formar núcleos agrícolas e exportar a produção de farinha por via férrea.

A reconhecida qualidade da farinha e o seu alto consumo local a transformaram, ao longo do tempo, em um forte elemento da cultura paraense.

A região da produção de farinha de mandioca de Bragança abrange cinco municípios do estado do Pará: Augusto Corrêa, Bragança, Santa Luzia do Pará, Tracuateua e Viseu.

Bragança propriamente dita está distante 220 km da capital Belém e tem uma população de 124 mil habitantes.

O clima é quente e úmido, com temperatura média anual em torno de 26°C, podendo chegar a 37° de outubro a dezembro.

A farinha de mandioca de Bragança é chamada de farinha d’água, posto que é feita de acordo com um método específico de preparo: a mandioca precisa passar por um período de fermentação de 4 a 5 dias, de molho em reservatórios, antes de ser descascada e colocada novamente de molho por mais 24h em água limpa.

Em seguida, o produto é triturado e colocado no tipiti (utensílio indígena que funciona como uma prensa) ou em prensa comum, quando são separados o líquido (tucupi) e a massa da mandioca, escaldada e torrada em seguida, em forno pré-aquecido.

A farinha da região de Bragança é crocante e de sabor intenso. Além do tempo de fermentação, responsável pelo sabor intenso, outro segredo é a torra: ela vai ainda úmida para o tacho e é mexida manualmente durante o processo chamado de escaldamento, quando ela é pré-cozida antes de torrar, processo que resulta na crocância característica da farinha de Bragança.

Em Bragança, a produção de mandioca está presente em praticamente todos os grupos familiares de produção agrícola da comunidade. Os moradores são, prioritariamente, produtores de farinha e baseiam a produção na agricultura familiar e na agroecologia.

Os cinco municípios da região de produzem, juntos, em torno de 32 mil toneladas de farinha por ano, em 13 mil casas de farinha. Estima-se que cerca de 10 mil produtores locais trabalhem na produção da farinha.

Considerada patrimônio imaterial, a farinha de mandioca de Bragança possui reconhecimento nacional e internacional.

Cooperativa Mista dos Agricultores Familiares e Extrativistas dos Caetés – COOMAC
Endereço: Rod. Bragança-Viseu, BR 308, km 12 | Bairro: Comunidade do Cearazinho, Zona Rural | Cidade: Bragança/PA | CEP: 68660-000
Telefone: +55 (91) 9902-7593 | E-mail: magalhaesjnp@gmail.com

Dados Técnicos

Número: BR402019000001-1
Indicação Geográfica: Bragança
UF: Pará
Requerente:Cooperativa Mista dos Agricultores Familiares e Extrativistas dos Caetés – COOMAC
Produto: Farinha de mandioca
Data do Registro: 18/05/2021
Delimitação:Delimitação geopolítica dos municípios de Augusto Corrêa, Bragança, Santa Luzia do Pará, Tracuateua e Viseu, todos localizados no estado do Pará.

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